sexta-feira, 31 de maio de 2019

Brasileiros: Saiam da Inércia e Abandonem o Conformismo

Um dos princípios básicos da física é conhecido como LEI DA INÉRCIA. Essa lei nos faz saber que, nenhum objeto é posto em movimento ou é parado sem que aja a quebra da inércia. Trazendo isso à realidade da sociedade, nenhuma transformação é possível sem a ação efetiva das pessoas; a realidade não se modifica para melhor ou pior sem que a sociedade quebre a inércia. 
Nada nos dias atuais causa mais repulsa e tristeza ao cidadão do que assuntos relacionados com a política. Todos os dias novos escândalos são trazidos à luz e, até mesmo a última estância da justiça nacional (STF) que, em tese, deveria zelar e aplicar a lei, acabam prostituindo a constituição em nome de favorecimentos pessoais. O assunto relacionado à política está na boca do povo; no ônibus, táxi, empresas, filas de banco, redes sociais, entre amigos e familiares, todos debatem em diferentes níveis esse assunto.
Debater o assunto é algo importante e sadio. Demonstra que a população de algum modo está mais atenta às nuances do cenário político nacional. Porém ainda está aquém de verdadeiramente conhecer os bastidores do jogo político. Infelizmente para a esmagadora maioria do povo a única fonte de informação vem da grande mídia (TV, rádios, jornais e internet). 
O problema da grande mídia é que ela atende a seus próprios interesses comerciais e, para não perder patrocinadores, acaba omitindo ou tirando relevância de assuntos chave para a compreensão dos fatos reais. Tanto isso é verdade, que o maior patrocinador das emissoras de televisão é o governo federal. Logo, a mídia até fala dos fatos, mostra a ponta do iceberg, sem nunca mostrar o problema real. Já escrevi diversas vezes e continuarei a escrever: a única forma de entender o cenário real do mundo é através dos livros. Infelizmente em nosso país as pessoas nutrem uma espécie de aversão ao conhecimento e aos livros. 
Não querem de maneira alguma ter o esforço de conseguir a informação. Preferindo no lugar disso, receber a informação da mídia que, como já expliquei, muitas vezes vem distorcida por interesses diversos, seja comercial ou até mesmo político-ideológico.
O que sabemos é que a política de modo geral está corrompida e muito distante de estar representado a nós, o povo, os verdadeiros chefes. Sabemos também que existem dois mundos, o mundo real, e o mundo dos políticos. Isso por si só é uma aberração. É preciso que as coisas voltem ao centro da normalidade, ou seja, que a população mande e os políticos acatem, e não o contrário como ocorre hoje. 
Também sabemos da importância da renovação dos quadros políticos na esfera municipal, estadual e federal. Pois bem, sabemos do básico para começarmos a mudança. 
A questão a ser debatida é: 
  • Por que não mudamos? 
  • Por que a política piora ou invés de melhorar? 
  • Por que parece que os processos no Brasil estão fadados a serem iguais sempre? 
  • Por que o país não assume seu lugar de destaque no mundo? 
  • Sempre seremos o país do futuro? 
  • Esse futuro chegará? 
  • Quando? 
  • Como?
Desculpe se confundi sua cabeça com tantas questões, entretanto elas são fundamentais para quebrar a inércia de seu pensamento que, seguramente, está engessado — essa afirmação se aplica às pessoas que apenas se abastecem de informações da grande mídia. Vou tentar, dentro de minhas limitações, responder as perguntas feitas acima.
Por que não mudamos? A maioria das pessoas está condicionada a pensar e agir de um modo quase mecânico. Segue a opinião da maioria sem nunca se questionar a razão de fazerem isso. Quebrar a inércia do pensar é fundamental.
Por que a política piora ou invés de melhorar? Simples, o povo está acorrentado no conformismo. A frase: “Político é tudo ladrão”, é quase criminosa. Expressa a incapacidade de discernir entre bons e maus, e com isso nivela todos a um padrão negativo. Se todos são ladrões, por qual razão você escolhe candidatos? Ao dar de ombros para a política, você ajuda a manter o nível baixo e a piorá-lo, uma vez que continua a votar nas mesmas pessoas das quais passa quatro anos reclamando.
Por que parece que os processos no Brasil estão fadados a serem iguais sempre? Pela mesma razão da resposta acima. Nada mudará enquanto você se render ao conformismo. Somente rompendo a inércia será possível mudar os processos.
Por que o país não assume seu lugar de destaque no mundo? Mais uma vez a resposta está calcada no conformismo do povo. Enquanto a população não ter ciência de que faz parte do processo e de que deve fazer valer sua vontade, o Brasil sempre será o que é hoje.
Sempre seremos o país do futuro? Enquanto a inércia for o norte do povo, sim.
Esse futuro chegará? Isso depende exclusivamente de você. Você quer fazer a diferença ou ser apenas mais um entre milhões?
Quando? Quando você criar consciência de que tem culpa do país ser assim e, quando mudar seu comportamento como cidadão. Ser cidadão é muito mais que obedecer à lei e pagar impostos.
Como? Quebre a inércia, saia do conformismo e estude verdadeiramente história e política. A melhor maneira de ajudar sua pátria é você desenvolver-se intelectualmente. 
Saber a razão das coisas e não ser enganado por um discurso populista e simpático é de uma importância fundamental no desenvolvimento do país. Se tiver disposição filie-se em algum partido político e concorra aos cargos. Tire o lugar do ladrão e faça boa política; crie bons projetos e barre os ruins. 
Seja o espelho para os mais jovens, seja a fonte de inspiração para os bons e o inimigo dos maus. 
Mas acima de tudo, SAIA DA INÉRCIA!

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Fábula: Os Macacos E As Bananas

Numa experiência científica, um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e batiam muito nele.
Mas um tempo depois, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira atitude do novo morador foi subir a escada. Mas foi retirado pelos outros, que o surraram.

Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu – tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo da surra ao novato.
Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas, então, ficaram com o grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles por que eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:

“Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui”.
  • Você tem questionado os paradigmas estabelecidos em seu local de trabalho ou em sua vida pessoal?

Deixo essa reflexão para que o conformismo não lhe prive de alcançar o seu “cacho de bananas”! Você deve questionar os paradigmas impostos para saber se não está perdendo o prazer de desfrutar o seu sucesso.
Muitos dos comportamentos que nos são colocados vem de hábitos ultrapassados e repetidos por quem já “apanhou” antes ou por pessoas que vão te dizer: “Tem que fazer assim”, “Sempre foi feito desse jeito”.
O medo do novo pelo novo não é nada de anormal, imagine você costuma se sentar sempre no mesmo lugar em sua sala de aula, no mesma cadeira de reunião, no mesmo assento do ônibus. É assim porque queremos evitar surpresas, a fuga da angústia gerada pelo novo comportamento.

Muito sabiamente falado, ouvi de uma ex-chefe a seguinte frase: “A ótima solução de hoje, provavelmente não será a melhor de amanhã”.
Isto expressa exatamente o que é abordado na nossa fábula acima, as coisas e os “macacos” mudam, mude você também o seu comportamento.

Inauguração da nova Sede do Conselho Regional de Administração Maranhão - CRA-MA

Tivemos a Honra de Participar e ser Homenageado, na Inauguração da nova Sede do Conselho Regional de Administração Maranhão - CRA-MA, como Conselheiro Federal - CFA (suplente) e Ex-Presidente CRA-MA.
Parabéns a todos nós outros, que ao longos dos anos, temos dedicado nossas energias em prol dos Administradores Maranhenses e Brasileiros.
Tenho a Honra de participar juntamente com meus pares, desta luta pelo engrandecimento da nossa Profissão de Administração.
Parabéns a todos os Administradores.

Abaixo algumas fotos:




quarta-feira, 29 de maio de 2019

Engenharia Simultânea - conceito e aplicação.

O surgimento de novas tecnologias e a crescente complexidade dos produtos, entre outros fatores, resultam em aumento do lead time de desenvolvimento de produtos. No entanto, para se manterem competitivas, as empresas precisam lançar novos produtos em espaços de tempo cada vez menores. 
Nesse sentido, as empresas passaram a procurar formas de reduzir seu ciclo de desenvolvimento de produtos. Uma das soluções adotadas pelas empresas, no início dos anos 80, foi o aumento do grau de paralelismo das atividades de desenvolvimento. 
Atividades que eram realizadas somente após o término e aprovação das atividades anteriores são antecipadas de forma que seu início não dependa dos demorados ciclos de aprovação.
Em 1982 foi iniciado um estudo, conduzido pelo DARPA ( Defense Advanced Research Project Agency), sobre formas de se aumentar o grau de paralelismo das atividades de desenvolvimento de produtos. O resultado desse trabalho, publicado em 1988, definiu o termo Engenharia Simultânea, tornando-se uma importante referência para novas pesquisas nessa área.

  • Definição de Engenharia Simultânea

O estudo realizado pelo DARPA definiu Engenharia Simultânea da seguinte forma (WINNER et al., 1988 apud PRASAD, 1996): "Engenharia Simultânea é uma abordagem sistemática para o desenvolvimento integrado e paralelo do projeto de um produto e os processos relacionados, incluindo manufatura e suporte. Essa abordagem procura fazer com que as pessoas envolvidas no desenvolvimento considerem, desde o início, todos os elementos do ciclo de vida do produto, da concepção ao descarte, incluindo qualidade, custo, prazos e requisitos dos clientes." 

A partir dessa definição surgiram muitas outras. O conceito de Engenharia Simultânea tornou-se muito mais abrangente, podendo incluir a cooperação e o consenso entre os envolvidos no desenvolvimento, o emprego de recursos computacionais (CAD/CAE/CAM/CAPP/PDM) e a utilização de metodologias (DFx, QFD, entre outras). Outras definições de Engenharia Simultânea são:
  • "Engenharia Simultânea é uma abordagem sistemática para o desenvolvimento integrado de produtos que enfatiza o atendimento das expectativas dos clientes. Inclui valores de trabalho em equipe, tais como cooperação, confiança e compartilhamento, de forma que as decisões sejam tomadas, no início do processo, em grandes intervalos de trabalho paralelo incluindo todas as perspectivas do ciclo de vida, sincronizadas com pequenas modificações para produzir consenso" (ASHLEY, 1992 apud PRASAD, 1996)
  • "Engenharia Simultânea é um ambiente de desenvolvimento, no qual a tecnologia de projeto auxiliado por computador é utilizada para melhorar a qualidade do produto, não somente durante o desenvolvimento, mas em todo ciclo de vida" (ELLIS, 1992 apud PRASAD, 1996)
  • "Engenharia Simultânea é uma metodologia de desenvolvimento de produtos, na qual vários requisitos ( X-abilities) são consideradas parte do processo de desenvolvimento de produtos (manufatura, serviço, qualidade, entre outros). Esses requisitos não servem somente para se atingir as funcionalidades básicas do produto, mas para definir um produto que atenda todas as necessidades dos clientes" (HARTLEY, 1992 apud PRASAD, 1996)
  • "Engenharia Simultânea é a integração do projeto do produto e do processo em toda a empresa" (FINGER, 1993 apud PRASAD, 1996)
Todas essas definições continuam válidas. No entanto, a definição de Engenharia Simultânea deve ser adequada à ênfase atual da visão do processo de desenvolvimento de produtos como proceso de negócio das empresas.
Em inglês existem dois termos que significam engenharia simultânea: simultaneous engineering e concurrent engineering

  • Definição orientada a processos de negócio

Com base nos conceitos de processos de negócio, pode-se definir Engenharia Simultânea como sendo a filosofia utilizada no processo de desenvolvimento (ou alteração) de novos produtos, visando:
  • aumento de qualidade do produto, com foco no cliente;
  • diminuição do ciclo de desenvolvimento e
  • diminuição de custos.

Esta filosofia toma como base a sinergia entre seus agentes, que devem trabalhar em equipes multifuncionais, formadas por pessoas de diversas área da empresa. Esta equipe deve crescer e diminuir ao longo de sua existência, mantendo sempre um mesmo núcleo de pessoas, que acompanham o desenvolvimento. Durante algumas atividades devem fazer parte desta equipe clientes e fornecedores, quando se trabalhar no conceito de cadeia de suprimentos, conforme a posição da empresa dentro desta cadeia. Todo o trabalho desta equipe deve ser suportado por recursos, métodos e técnicas integradas, tais como: QFD, FMEA,Taguchi, etc. Apesar da repetição, deve-se sempre enfatizar que o foco do trabalho deve estar concentrado nas necessidades do cliente. Apesar de longa, essa definição poderia ainda ser considerada incompleta, pois, por exemplo, não citou a melhoria contínua e outros conceitos, que a tornariam muito mais extensa.
Livros
CARTER, D. E.; BAKER, B. S. (1992). Concurrent engineering: the product development environment for the 1990s. Reading, Mass.: Addison-Wesley. ( Disponível na biblioteca da EP - USP ).
PRASAD, B. (1996). Concurrent engineering fundamentals: integrated product and process development. v. 1. New Jersey, Prentice Hall. ( t: 321 )
PRASAD, B. (1997). Concurrent engineering fundamentals: integrated product development. v. 2 .New Jersey, Prentice Hall. ( t: 326 ) ( Disponível na EESC - USP )
SYAN, C. S.; MENON, U. (1994). Concurrent engineering: concepts, implementation and practice. London, Chapman & Hall. ( Disponível na biblioteca da EP - USP ).

Periódicos

O Concurrent Engineering: Research and Applications é um dos principais periódicos sobre Engenharia Simultânea. Nesse site podem ser consultados os índices das edições mais recentes e encontradas informações sobre assinatura e compra de exemplares atrasados. Além disso são fornecidas instruções para o envio de artigos. 

Teses

CHIUSOLI, R. F. (1996). Engenharia Simultânea: estudos de casos na indústria brasileira de autopeças. São Carlos. 147p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Carlos.
MUNIZ JUNIOR, J. (1995). Utilizacao da engenharia simultanea no aprimoramento continuo e competitivo das organizacoes:estudo de caso do modelo usado no aviao emb 145 da embraer. São Paulo. 196p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica - Universidade de São Paulo. ( Disponível na biblioteca da EP - USP ).

Sites

terça-feira, 28 de maio de 2019

Carreiras Digitais: minha profissão vai morrer?

No final do século XX, entramos na Era da Informação, momento em que os avanços tecnológicos mudaram a forma como nos comunicamos uns com os outros. No entanto, o processo de transformação vem acontecendo desde sempre, tanto no mundo corporativo como no intelectual. Nos últimos anos, passamos pelos processos de automatização – nuvem, machine learning, IoT, reconhecimento de voz – com o objetivo de desenvolver novas experiências, modelos de negócios, processos, produtos, serviços e conexão de diversas áreas.
É importante reforçar que o processo de transformação digital não é uma tendência e, sim, uma realidade. Contudo, não se faz isso da noite para o dia, mesmo sendo a tecnologia o grande fator dos impactos gerados e da velocidade das transformações. Empresas e profissionais ainda estão em fase de adaptação, entendendo quais são seus papéis em meio a tantas mudanças. O mundo caminha para o digital e entender que essa mudança de era é um fato e não uma tendência faz com que antecipemos a nossa atualização e possamos caminhar junto ao mercado de maneira menos injusta.


As empresas atualizam seus processos, produtos e serviços mais rápido do que os próprios profissionais conseguem acompanhar. A cada dia, acompanhamos as constantes substituições de mão de obra por tecnologias, as novas empresas substituindo negócios inteiros em modelos disruptivos (entende-se por disruptivo a digitalização, desmaterialização e a democratização). Ter a consciência de que já estamos vivendo na Era Digital e perceber a necessidade de nos tornarmos produtores e não só consumidores é vital para a saúde dos negócios e das carreiras.
As carreiras digitais são uma realidade no momento em que vivemos, já que todas as áreas estão passando por um processo de digitalização. Algumas de forma mais avançada, como marketing, tecnologia, dados, experiência do usuário, liderança de projetos e produtos, comunicação, mídia e tantas outras área. Por isso, os profissionais precisam acompanhar o quanto a tecnologia vem impactando os negócios e as nossas vidas, mas também entender que ela é apenas um meio para o processo de digitalização. É necessário compreender esse movimento como um fato e passar a gerenciar melhor as nossas carreiras para não gerar o efeito “lost”, ou seja, quando estamos em uma situação que nos desconecta de tudo. Precisamos acompanhar essa evolução para não ter que sair correndo em desespero quando as carreiras digitais se tornarem 100% da nossa realidade.
Muitos modelos de negócios já estão surgindo para acompanhar essa nova demanda do mercado, como é o caso da Digital House, uma escola localizada em São Paulo totalmente voltada para o mundo digital e que forma profissionais em até 5 meses com a proposta de ajudar a diminuir o gargalo de mão-de-obra no setor de tecnologia.
Apesar de algumas empresas e instituições já estarem dando os primeiros passos para essa nova realidade, o Brasil ainda explora o mercado digital de forma tímida. Precisamos passar de consumidores para produtores de novas tecnologias, outros modelos de negócios e novos processos, caso contrário, continuaremos atrasando a transformação digital e, consequentemente, o avanço da nossa economia. Entender melhor esse mundo é fundamental e conectar os setores, ainda mais. Estamos em processo e temos muito a aprender e resolver ainda. Como dizem alguns especialistas, a transformação digital não é uma responsabilidade da área de tecnologia e, sim, de todos.
O que vem mudando na economia pede que os modelos de negócios sejam digitais. Mas não é só isso: pensar de forma digital e produzir tecnologia são atitudes necessárias. Trabalhar com foco direcionado ao trabalho junto com o cliente faz com que essas transformações digitais sejam mais bem sucedidas. O profissional precisa se empoderar da sua vida e de sua carreira para que apoie as transformações digitais das empresas, que já começam com uma atualização de uma nova cultura, e aprender como trabalhar junto e não com medo da tecnologia, substituindo carreiras.
Obviamente, existem barreiras que a tecnologia enfrenta. A forma de pensar das pessoas sobre elas mesmas e a falta de conhecimento sobre as necessidades de mudança de mindset atrapalham bastante os avanços da transformação digital. As lideranças e os colaboradores são papéis fundamentais nesse processo, onde a mentalidade, cultura e ação intraempreendedora se fazem necessárias.
As empresas que resistirem à tecnologia estão fadadas à extinção, sem sombra de dúvida, à curto ou médio prazo. A transformação coloca modelos de negócios em outro patamar de concorrência e sobrevivência. Portanto, não estar no mundo digital não é mais uma opção.
Já ouvimos o seguinte questionamento algumas vezes: “Com o avanço tecnológico, corre o risco de algumas profissões acabarem?”. A resposta é sim, mas isso não deve ser motivo de pânico. Não somente os modelos de negócios estão se transformando, mas as pessoas também, como sempre estivemos. A velocidade nos força a fazer isso em outro processo de consciência e, infelizmente, muita gente só percebe a mudança depois que ela passa. Tomar posse da administração da sua vida e carreira torna o profissional dono de sua marca e esse processo nos coloca em contato com as nossas melhores competências, resultados, análise de cenários, cruzamento de objetivos, entendimento do mercado, oportunidades e muito mais. É aí que as pessoas se reinventam, se adaptam e criam profissões novas, um novo mundo e novos desafios, sempre.
Para uma empresa ou um profissional identificar que é a hora de ingressar no digital, é necessário conhecer mais sobre Gestão de Vida e de Carreira. Desta forma, é possível ter ferramentas, além de um novo mindset sobre como identificar necessidades e oportunidades.
É importante que o profissional – esteja ele inserido ou não no meio digital – aprenda a reaprender, tome posse da sua marca profissional e identifique quais gaps possui para algo que deseja construir e atingir. E se estiver pensando somente nas oportunidades do mercado, faça o seu balanço profissional, identificando qual a sua capacidade de execução e qual seria melhor ferramenta digital para compor seu branding, mas com o mindset totalmente voltado para a necessidade de se alfabetizar no digital.
Por: Andrea Tedesco - https://www.jornalcontabil.com.br

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Fui Demitido. E Agora?

Ser demitido, infelizmente, pode acontecer até com o melhor de nós. Isso pode acontecer mesmo quando não é sua culpa. Poderia haver um conflito de personalidade entre você e seu supervisor. Sua ideia de trabalho pode diferir do que a gestão estava pensando. Você poderia simplesmente ter cometido um erro. Acontece. Você não está sozinho.

  • Ser Demitido

Primeiro de tudo, não se culpe. Como eu disse, ser demitido pode acontecer com o melhor de nós. Não gaste muito tempo pensando nisso. Em vez disso, se concentre no que você vai fazer a seguir e como você está indo para encontrar outro emprego. Tenha em mente que um outro obstáculo (o estigma de ser demitido) acaba de ser adicionado à sua busca de trabalho. Dito isto, existem maneiras que você pode resolver este problema e colocá-lo em pelo menos um ponto neutro ou melhor, até algo positivo.

  • Questões legais

Antes de iniciar uma busca de trabalho considere onde você está do ponto de vista legal. Foi sua demissão legítima ou pode ser considerada uma demissão injusta? Você é elegível para benefícios de desemprego? Se você foi demitido por má conduta, com justa causa, pode não ser elegível.
Verifique com seu escritório de desemprego na sua cidade, especialmente se você tem uma opinião diferente do que o seu empregador tem sobre como você se separaram. Em muitos casos, o escritório pode te ajudar a receber um encaminhamento para um novo e bom emprego.

  • Currículos e cartas

Todo o seu trabalho de pesquisa para a correspondência deve ser positivo. Não há necessidade de mencionar que você foi demitido em seu currículo ou em suas cartas de apresentação. Em suas cartas de apresentação, o foco deve estar sobre o básico. Certifique-se de suas cartas abordam a posição para a qual você está se candidatando e por que e como, você está qualificado para isso. Isso é tudo que você precisa fazer. Não há nenhum ponto em trazer as circunstâncias de sua saída até que você precise.

  • Aplicações para vagas

Ao preencher pedidos de emprego, não seja negativo, mas, seja honesto e não minta, porque isso vai voltar para assombrá-lo. Você pode usar a linguagem como “trabalho terminado/encerrado” ou “terminado” se você precisa declarar por que você não está mais trabalhando no trabalho. Se você foi perguntado especificamente por que você foi demitido, você precisa responder. Mentir em uma aplicação de emprego é motivo para demissão a qualquer momento no futuro, e pode custar-lhe o subsídio de desemprego futuro.

  • Entrevistas de emprego

Aqui é onde a demissão vai importar mais. Você pode ter certeza que você vai ter a pergunta “Por que você deixou seu último emprego?”. A recomendação de especialistas é que você responda antes mesmo de a pergunta ser feita e, em seguida, seguir em frente. Mantenha a explicação breve, honesta, e mantenha ela em movimento. Diga ao entrevistador que você aprendeu uma lição e explique como você se beneficiou da experiência. Leve o negativo e transformá-lo em algo positivo.
Prática.
Tire algum tempo para preparar respostas a perguntas sobre ser demitido para que você saiba exatamente como você está indo respondê-las. Pratique novamente, para que possa responder com confiança e sem hesitação. Quanto mais você diz isso, menos doloroso será.
Mais uma vez, não minta.
A maioria das empresas verifica as referências e informações de fundo e, por isso, se você mentir você provavelmente vai ser pego.
Não se contradiga.
Diga a verdade e tenha uma história completa, independentemente de quantas pessoas estão entrevistando. Eles vão comparar as notas mais tarde e você não quer ter dito a uma pessoa uma coisa e outra pessoa uma outra história.
Não insulte o seu ex-chefe ou seu ex-empregador.
Nenhum empregador gosta de saber se você vai falar mal deles no futuro. Além disso, não fique com raiva. Sentindo-se irritado depois de ser demitido é normal. No entanto, é preciso deixar a raiva em casa e não trazê-la para a entrevista com você.

  • Continuando a vida

Por mais difícil que possa ser, e é difícil, você precisa passar por cima de ser demitido e seguir em frente. Você precisa ser capaz de convencer os empregadores que, independentemente do que aconteceu no passado, você é um forte candidato para a posição e pode fazer o trabalho. Concentrando nas habilidades e experiência que você tem vai ajudar a se vender para o empregador e irá ajudá-lo a conseguir o emprego.

Copiado: https://www.pontorh.com.br/

sexta-feira, 24 de maio de 2019

O Bullying no Ambiente de Trabalho

O bullying é uma prática que recebeu este nome apenas nas últimas décadas. Contudo, ele sempre existiu. Embora ele traga algumas semelhanças em relação ao assédio moral (e esse seja um tipo específico de bullying), o bullying não necessariamente parte de um superior ou alguém com maior nível hierárquico.
De um modo geral, o bullying no ambiente de trabalho pode ser definido como uma série de comportamentos impróprios que ocorrem de maneira repetitiva em relação a um ou mais funcionários, podendo criar riscos à saúde, segurança e relacionamentos. Esse tipo de comportamento geralmente assume características típicas:
  • Humilhações;
  • Agressões;
  • Intimidação;
  • Ameaças;
  • Provocações;
  • Fofocas e rumores;
  • Privações;
  • Exclusão ou isolamento;
  • Excesso de críticas sem justificativa;
  • Piadas.
O que antes era basicamente um problema sociológico, no qual poucos departamentos de RH ou chefias interferiam, começou a ser visto como um problema que impacta diretamente na produtividade. De fato, os impactos do bullying nos níveis de produção de uma empresa podem ser devastadores, além de criar riscos também para a saúde mental e até mesmo física dos trabalhadores que são vítimas desse tipo de atitude.
Manifestações visíveis do bullying incluem a depressão, excesso de ansiedade, ataques de pânico, baixa autoestima, sensação de isolamento, agressividade extrema ou contida, excesso de dores de cabeça e musculares e até mesmo tentativas de suicídio em casos extremos.
Minimizar o problema, nos dias de hoje, não é apenas sem conivente com o agressor, é ser conivente com a queda ou falta de produtividade, com a incompetência, com a preguiça e com os vícios que destroem o valor de seu negócio e o tornam um péssimo local para trabalhar e um local ainda pior para produzir.
  • Como orientar vítimas 
Assim como ocorre na sociedade, vítimas de bullying dificilmente se manifestam de pronto. Elas evitam o confronto e muitas vezes guardam para si os resultados das agressões. Claro, o perfil comportamental aqui desempenha papel fundamental: funcionários com um perfil mais analítico, por exemplo, quase nunca informarão ou comentarão a respeito do bullying até que seja tarde demais. Colaboradores com um perfil mais comunicativo, por outro lado, podem manifestar sua insatisfação. Infelizmente, comunicadores ou executores são muito mais raramente alvo do bullying, especialmente em razão de sua maior facilidade ao se impor perante um grupo. Planejadores, e principalmente analistas, geralmente são um alvo mais fácil.
O perfil comportamental, já nesse âmbito, pode indicar funcionários mais propensos a sofrer as mazelas do bullying, especialmente em equipes excessivamente competitivas. Do mesmo modo, um estudo mais apurado dos perfis em equipes maiores pode antecipar possíveis conflitos e situações de bullying, permitindo ao RH e lideranças agirem antes que essa possibilidade venha a ocorrer.
Orientar vítimas de bullying não é fácil – não há muito como identificá-las, caso não estejam dispostas a romper a barreira do abuso que sofrem. Entretanto, há como orientar todo o pessoal e estabelecer políticas e normas de conduta, assim como oferecer canais de orientação, auxílio e mesmo denúncia.

Seminários e eventos do pessoal de segurança e saúde no trabalho também podem e devem abordar o tema de forma geral e abrangente, atingindo todos os funcionários. Em muitos casos, profissionais dessa área e de órgãos constituídos por exigência trabalhista, como a CIPA, também podem servir de monitores a respeito do bom relacionamento entre os colabores.
  • Como agir em situações de bullying
Em primeiro lugar, se a empresa possuir procedimentos em suas políticas, é preciso fazer valer o processo. Punições têm de ser aplicadas, procedimentos seguidos à risca e de acordo com o que foi estabelecido. A razão, mais do que simplesmente obedecer ao disposto por escrito, é fazer com que os empregados vítimas de bullying sintam que há eficácia nas normas e sanções contra aqueles que cometem o assédio. Caso contrário, perde-se a confiança e casos de bullying permanecem ocultos, minando o moral e a produtividade e criando problemas que podem culminar em processos, problemas de saúde e crises sistêmicas nas organizações.
Para funcionários e colaboradores, o melhor é dar instruções claras e simples num primeiro momento:
  • Consultar a política da empresa ou do respectivo setor;
  • Falar com outras pessoas e colegas;
  • Buscar aconselhamento junto ao RH, líderes e superiores;
  • Não buscar revide;
  • Agir de forma rápida;
  • Transitar todo tipo de informação, denúncia ou similar por escrito.
Sob o ponto de vista do RH, a primeira coisa a se fazer, antes de mais nada, é verificar a idoneidade ou a veracidade de uma reclamação ou denúncia. Isso pode ser feito por meio de consultas e entrevistas a colegas, tentando evitar a forma direta, consultas a lideranças e verificação de episódios ou notificações anteriores.
O principal aspecto a ser mantido é a confidencialidade. A vítima de bullying geralmente teme represálias maiores caso denuncie e, se quando se dispõe a tanto for traído, tende a se fechar e deixar o problema persistir até seu limite.
Como RH, é preciso também permitir a manifestação de ambas as partes. O bullying é caracterizado por um comportamento repetitivo e insistente, e episódios isolados, nesse caso, jamais devem ser tratados do mesmo modo. Cada situação precisa ser analisada, acompanhada, pessoas e envolvidos, e também testemunhas, precisam ser todos ouvidos.
Finalmente, o RH precisa interagir com as lideranças responsáveis pela equipe na qual tal comportamento foi registrado, de modo a buscar alternativas e soluções para o problema. Em última instância, é do chefe de cada setor a responsabilidade por gerenciais seus times, e embora o bullying possa ser uma preocupação de RH, esses chefes podem ser tanto causadores dessas circunstâncias como também facilitadores.
E, claro, o RH também deve ser estratégico. O aparecimento comum de bullies nos quadros de uma empresa pode significar uma série de coisas. As lideranças podem ter um perfil que beneficie abusos e assédios, ou pode indicar chefias fracas e ditatoriais demais.
O RH tem como função manter um acompanhamento e um registro cauteloso e sempre atualizado desse tipo de ocorrência, que geralmente se torna mais comum nas empresas à medida que aumenta a carga de pressão.
  • Encaminhamento legal

Alguns casos de bullying, mesmo não caracterizando o chamado assédio moral por conta da ausência de relação de subordinação, podem eventualmente ter consequências que justifiquem o encaminhamento legal.
Em empresas que possuam um departamento jurídico, eventuais denúncias ou queixas de vítimas devem ser tratadas, independentemente de reclamações legais existentes. Em empresas que não possuam um jurídico, muitas vezes cabe ao RH indicar ao trabalhador canais nos quais ele possa acionar seus direitos.
Pode parecer difícil acreditar, mas existem, mesmo em empresas, casos de bullying que envolvem humilhação física, comentários ou comportamentos degradantes, atentados contra a honra e outros casos que podem envolver furtos, lesões e agressões, ameaça (sob o ponto de vista legal) e muitos outros tipos penais.
Uma vez encaminhado o processo, a empresa deve ao máximo evitar intervenções. Especialmente no caso de um departamento de RH, não cabe o papel de advogado de acusação. Envolver-se em disputas legais é algo que pode inclusive invalidar ou enfraquecer o departamento de RH dentro da organização.
  • O que não é bullying?
Vale ainda ressaltar casos que possam constar em denúncias e reclamações de funcionários, mas que não consistem em bullying e nem tampouco assédio mora. Há também funcionários que se aproveitam de posições de desvantagem para criar pressupostos legais que possam levar a indenizações e vantagens financeiras. Por essa razão, é preciso ter em mente situações que não caracterizam o bullying corporativo:
  • Reforçar ou impor uma política e procedimentos da empresa;
  • Oferecer feedbacks construtivos;
  • Discutir ou argumentar temas relativos ao trabalho e funções de cada um;
  • Solicitar ou pressionar colegas para que entreguem suas partes.
É preciso ter muito cuidado. Denúncias muitas vezes são injustificadas e até mesmo mentirosas, e cada caso tem de ser analisado separadamente ou as supostas vítimas de bullying acabam se tornando os verdadeiros bullies, e com o apoio do RH da empresa.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

A Diferença entre Deficiência e Incapacidade

Se buscarmos qual é a primeira coisa ou expressão que nos vem à cabeça quando falamos em deficiência, na maioria das vezes termos como dificuldade, incapacidade, e falta de algo, serão os lideres em nossas mentes.

 E por que isto acontece?

Isto acontece porque, desde sempre, a sociedade discrimina e classifica as pessoas com deficiência usando os termos que citamos a pouco.
  • Na antiguidade, em diversos povos, as crianças que nasciam com algum tipo de deficiência eram eliminadas (mortas) logo após seu nascimento.
  • Na Idade Média, as pessoas com deficiência eram isoladas, seja porque eram vistas como pessoas sem alma, seja porque eram, em alguns casos, vistas como divindades.
  • Nos palácios, podíamos encontrar pessoas com deficiência servindo como “Bobos da corte”.
Os conceitos que temos sobre as pessoas com deficiência, desta forma, não nasceram com a gente, muito menos com nossos pais.

Foram passados de geração para geração durante centenas, milhares de anos.
Isto justifica relacionarmos palavras e expressões negativas às pessoas com deficiência.
  • Mas deficiência e incapacidade são a mesma coisa?

Não. São coisas diferentes embora possam se relacionar.

Explico melhor.
  • A deficiência é algo inerente ao corpo, à condição física ou intelectual da pessoa, por exemplo, a cegueira e a síndrome de Down. Esteja o mundo acessível ou não, a deficiência está lá.
  • Já a incapacidade é o resultado da relação entre a deficiência e as eventuais barreiras do meio.
Uma pessoa cega, isto é, que tem uma deficiência, pode ou não ser capaz de mexer em um computador, dependendo da existência de algumas barreiras. 

Se o computador possuir um programa de leitura de tela, as barreiras desaparecem. A deficiência continuará lá, mas a incapacidade de mexer no computador não.

No caso de um “cadeirante”, a deficiência física estará lá, mas a incapacidade de transpor um degrau com autonomia vai depender da existência de uma rampa.

Assim temos a diferença entre deficiência e incapacidade.

As vezes a barreira que tem que ser transposta é a falta de um leitor de tela ou um degrau, porém há um outro tipo de barreira tão cruel ou mais que é a barreira de atitude.. 

É a barreira invisível que muitas vezes não dá a oportunidade de uma pessoa com deficiência mostrar sua capacidade. 

É o não sem explicação, é o desvio de direção das outras pessoas quando passam por ela. É a discriminação baseada em conceitos preconcebidos.

 O desafio de cada um de nós é contribuir para eliminar ou ao menos diminuir as barreiras físicas ou de atitude, para que uma pessoa com deficiência seja capaz de desempenhar uma tarefa, aproveitar uma oportunidade e, sobretudo, usufruir a vida.