sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Como Livraria Cultura e Saraiva mergulharam em uma crise profunda

Lojas da Livraria Cultura e Saraiva são presença certa em shoppings e regiões comerciais de grandes cidades brasileiras. Algumas delas, como a Livraria Cultura da Avenida Paulista, em São Paulo, são tão visitadas que parecem até pontos turísticos. Mas, por trás da aparente bonança, essas empresas enfrentam uma crise capaz de levá-las à falência.
A Livraria Cultura foi a primeira a tomar decisões drásticas. A companhia assumiu o controle da Fnac no Brasil em 2017, mas, neste ano, fechou todas as unidades da rede, incluindo a loja virtual. Dias depois, a companhia fez um pedido de recuperação judicial. As dívidas da Livraria Cultura são estimadas em pelo menos R$ 285 milhões.
Cerca de um mês depois, a principal concorrente seguiu pelo mesmo caminho: com dívidas na casa dos R$ 675 milhões, a livraria Saraiva pediu recuperação judicial em 23 de novembro, ironicamente, no dia da realização da Black Friday, uma das datas mais importantes para o comércio.
Ninguém esperava por isso. Resta, então, a pergunta: o que levou as duas maiores livrarias do Brasil a mergulhar em uma crise tão profunda?

O primeiro sinal de alerta: a estranha aquisição da Fnac

Por razões culturais e econômicas, vender livros no Brasil nunca foi uma atividade fácil. Apesar disso, livrarias e editoras não só sobreviveram como expandiram as suas operações ao longo das últimas décadas. Elas aparentavam conhecer tão bem as peculiaridades do mercado brasileiro que conseguiam se desvencilhar com maestria das dificuldades do setor.
Mas, em 2017, o tapete que encobria os estragos começou a ficar pequeno. As duas maiores livrarias brasileiras adotaram a estratégia de “continuar sorrindo e acenando”, mas as editoras, principalmente as pequenas, sentiram as consequências.
Reclamações sobre atrasos nos pagamentos às editoras começaram a ganhar força em 2016, mas tinham relação com livrarias de pequeno ou médio porte que, provavelmente, estavam sendo afetadas pela crise econômica do país.
Em 2017, ficou claro que as livrarias maiores também estavam enfrentando dificuldades. A Livraria Cultura, por exemplo, já estava há meses atrasando pagamentos aos fornecedores. No entanto, uma estranha manobra camuflou a situação: a Livraria Cultura adquiriu as 12 unidades brasileiras da Fnac, que meses antes já falava em sair do Brasil.
Na verdade, não foi bem uma aquisição. A família Hertz, dona da Livraria Cultura, topou assumir as operações da Fnac no Brasil em troca de € 36 milhões (na ocasião, algo em torno de R$ 130 milhões). Para a Fnac, repassar esse dinheiro pareceu ser um bom negócio, pois o simples encerramento de suas operações no país poderia custar muito mais.
Para a Livraria Cultura, o dinheiro poderia aliviar as contas. Só que uma mudança de mãos não faz os problemas sumirem magicamente. Além do caos dentro de casa, a Livraria Cultura agora tinha que desarmar a bomba deixada pelos franceses da Fnac.
Até hoje não está claro se a Livraria Cultura tinha mesmo intenção de reavivar as operações da Fnac ou se planejava fechar as lojas da rede gradativamente. O fato é que nenhuma das 12 unidades sobreviveu. A loja online também fechou. Olhando em retrocesso, a gente percebe que essa incomum negociação foi o preâmbulo de uma crise devastadora.

Livraria Laselva: a primeira gigante a cair

Em um passado não muito distante, o meu ritual consistia em fazer check-in e, logo em seguida, comprar revistas na Laselva para ler durante o voo. Apesar de ter tido lojas em shoppings e rodoviárias, a rede ficou conhecida por instalar unidades nos principais aeroportos do Brasil.
A Laselva chegou a ter mais de 80 lojas espalhadas pelo país. Sabe quantas restaram? Isso mesmo, nenhuma. Atolada em dívidas que somavam mais de R$ 120 milhões, a empresa entrou em recuperação judicial em 2013. Em março de 2018, a 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo decretou a falência da rede.
Foi um susto para o mercado editorial, mas não a ponto de causar pânico generalizado. Enquanto a Laselva seguia o seu plano de recuperação — ou, pelo menos, deveria seguir —, Cultura e Saraiva expandiam as suas operações auxiliadas com empréstimos de bancos, incluindo o BNDES.
O problema é que essa expansão foi pautada principalmente pela expectativa de crescimento, não pelo aumento da demanda. Em outras palavras, as duas empresas montaram mais lojas esperando que elas iam naturalmente atrair mais clientes, e não necessariamente porque a procura por livros e outros produtos relacionados estava aumentando.
Como uma bola de neve, as dívidas começaram a se acumular. Mas não foram os bancos que sentiram o impacto. As editoras é que estavam na linha de frente. Como Saraiva e Cultura respondem por cerca de 35% das vendas do setor — esse número pode passar de 50% com relação às pequenas editoras —, muitas delas podem fechar as portas se uma solução não surgir em tempo hábil.
Isso porque o mercado editorial segue uma dinâmica própria. Em vez de comprar livros para revendê-los, geralmente, as livrarias recebem lotes das editoras para remunerá-las conforme as vendas vão sendo realizadas. Trata-se de um sistema conhecido como consignação.
Com a crise das livrarias, as editoras não têm recebido pelos livros que forneceram e que, em muitos casos, foram comercializados há tempos pelas livrarias. É um efeito dominó que atinge editoras de todos os portes.

Muitas diminuíram a produção ou o ritmo de lançamentos por falta de capital de giro ou por conta das incertezas que assombram o setor. Outras estão se negando a fornecer livros para Cultura e Saraiva ou apenas estão topando fechar negócio fora do sistema de consignação.

Por que livrarias grandes entraram em crise?

A decadência da Laselva aconteceu em um contexto diferente do atual. A companhia atribuiu o problema aos resquícios da crise internacional de 2008 e a mudanças no sistema de licitação da Infraero, por exemplo.
Já Livraria Cultura e Saraiva apontam para fatores como os preços praticados pela Amazon, a recente crise econômica do Brasil, a defasagem dos preços dos livros no país e a falta do hábito de leitura pelo brasileiro.
Esses argumentos podem fazer sentido, mas só até certo ponto. Nos três casos, a principal causa da crise parece ser uma só: falha de gestão. O caso da Livraria Cultura talvez seja o mais emblemático: se a Fnac estava pagando para que outra empresa assumisse as operações brasileiras, não estava visível que alguma coisa não ia bem ali?
Apontar o dedo para a Amazon é contraproducente. A gigante norte-americana tem crescido no Brasil por, entre outras estratégias, comprar lotes de livros em vez de consigná-los, o que eventualmente a permite negociar valores e, assim, baixar preços.
Mas, antes mesmo de a Amazon chegar ao Brasil, Saraiva e Cultura já praticavam descontos agressivos. Em muitos casos — muitos, mesmo —, os preços das lojas online eram mais convidativos do que os das lojas físicas. Certamente, esse é um dos fatores que afastaram os clientes das livrarias de tijolo e cimento.
Também não adianta colocar a culpa nos ebooks. A linha Kindle faz cada vez mais sucesso, mas os leitores brasileiros que estão preferindo livros digitais aos físicos representam uma minoria dos consumidores.
As livrarias também reclamam dos preços dos livros que, nos últimos anos, não acompanharam a inflação. O contrassenso desse argumento é que, apesar disso, os livros continuam sendo caros para a maioria dos consumidores.
Há alguma movimentação no sentido de negociar com o governo a desoneração do setor ou promover uma política de controle de preços, mas esses não parecem ser os melhores caminhos, pelo menos não isoladamente.
Já o argumento da falta de hábito de leitura retrata um cenário real, mas que tem pouco impacto sobre a atual crise das grandes livrarias, pois o problema existe há tempos e aparece como consequência da falta de políticas públicas voltadas à educação e cultura. Esse, sim, é um problema que o governo deveria priorizar.
Certa vez, no metrô, uma senhora me elogiou por eu estar lendo a Bíblia. Na verdade, o que eu lia era uma versão pocket de um dos livros de As Crônicas de Gelo e Fogo. Não sou de responder com prepotência ou sarcasmo, então apenas agradeci. Mas essa situação me perturbou porque, naquele instante, eu me dei conta de que, provavelmente, a Bíblia é o único livro que um sem-número de brasileiros tem acesso.
Mudar essa realidade requer tempo e boa vontade política. Não dá para esperar que uma solução surja no curto prazo, muito menos que ela seja orientada pelos interesses das livrarias.

Há luz no fim do túnel para as livrarias?

Recuperação judicial é coisa séria. Quando uma empresa chega a esse ponto, não há solução óbvia ou fácil para o problema. Mas, definitivamente, demonizar novas tecnologias ou insistir em modelos de negócios que funcionavam anos atrás não resolve.
Exemplos de que uma gestão mais realista dá resultados estão bem abaixo dos nossos narizes. Enquanto Cultura e Saraiva agonizam, a livraria mineira Leitura cresce apostando em lojas mais enxutas e localizadas em regiões que não recebiam muita atenção das grandes redes, a exemplo das cidades de Mogi das Cruzes (SP) e Sete Lagoas (MG).
Hoje, a Leitura tem cerca de 70 lojas e poderá ter mais se a Saraiva aceitar a proposta de vender cinco de suas unidades fechadas a ela. Cortar o mal pela raiz também é uma estratégia mandatória ali: se uma loja da Leitura dá prejuízo por mais de dois anos, ela é fechada sem dó. Foi o que aconteceu com a unidade que a companhia mantinha em um ponto mainstream: a Avenida Paulista.
Outra rede que vem se sobressaindo é a Livrarias Curitiba, que completou 55 anos neste mês. A companhia também tem crescido seguindo a fórmula de olhar para locais que eram pouco visados pelas concorrentes maiores. Na capital paulista, por exemplo, a Curitiba tem lojas fora das áreas mais nobres: no Shopping Aricanduva (Zona Leste) e no Shopping Tucuruvi (Zona Norte).
É difícil saber se Livraria Cultura e Saraiva irão conseguir dissipar as nuvens carregadas que pairam sobre elas, mas os exemplos das livrarias menores mostram que, a despeito de todas as dificuldades, o mercado editorial brasileiro não está morto.
Reorganizar a casa, cortar excentricidades e negociar com as editoras com mais empatia — e não como se elas fossem um mal necessário, como tem acontecido — é um bom começo. Ou recomeço.
Copiado: https://tecnoblog.net/

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O Que é Período Sabático

Você sabe o que é período sabático
Esse termo tem ficado em muita evidência nos últimos anos. Isso porque está crescendo o número de pessoas que trabalham cada dia mais cedo para conquistar a sua independência financeira. 
O resultado é: muito dinheiro no bolso, mas pouca realização pessoal.
Por isso, esses profissionais têm buscado viver um período sabático. O significado desse fase nada mais é do que uma parada no ritmo de labuta e a busca por um encontro mais pessoal consigo mesmo ou com as pessoas mais importantes ou até mesmo um tempo para descobrir outras atividades profissionais que lhe dão prazer.

O que significa período sabático

O período sabático é um tempo que o profissional tira de “licença” da carreira profissional. Geralmente, ele é uma opção para pessoas que alcançam o sucesso profissional mais cedo do que os demais e precisam recarregar as suas energias e encontrar motivação fora do ambiente corporativo. Essa pausa pode variar entre meses ou um ano (ou até mais).

De onde surgiu o período sabático

Esse costume tem relação com a cultura judaica. Essa tradição diz que a cada sete anos, o religioso deve tirar um ano para recomeçar. A ideia faz parte da forma antiga de exercer o judaísmo.
A palavra vem do termo shabat que significa repousar, descansar, dar um tempo. Para você ter uma ideia, na antiguidade, quando fechava-se esse ciclo de sete anos, os agricultores passavam um ano sem plantar, nem colher insumo algum.
No final do século 19, os acadêmicos dos Estados Unidos começaram a pedir um tempo de licença das universidades. Com o passar dos anos, na metade do século 20, alguns profissionais do ambiente corporativo trouxeram essa antiga tradição religiosa para o mercado e acabaram adaptando os propósitos do período sabático para os dias atuais e necessidades mais urgentes.
O que fazer durante um momento sabático

Durante um momento sabático, o profissional pode optar por diversas atividades em menor ou maior ritmo, como por exemplo:
  • Estudar
  • Viajar
  • Aprender um novo ofício
  • Desenvolver habilidades
  • Dedicar-se a uma paixão (escrever, correr, velejar, surfar etc)
  • Ficar mais tempo com a família
  • Buscar respostas inquietantes
  • Se autoconhecer
  • Fazer voluntariado
  • Aprender uma nova língua

Como tirar um ano sabático

Para tirar um ano sabático, o profissional precisa estar preparado para isso. Logo, não é raro essa decisão demorar a ser tomada. São anos de planejamento e organização para poder dar um tempo nas atividades profissionais. Por isso, você deve observar as seguintes questões:

Lado financeiro

É a primeira coisa que pesa quando alguém decide tirar uma ano sabático. Como se sustentar? Como manter as contas em dia? Por isso mesmo uma das atitudes primordiais que devem ser tomadas frente ao desejo de tirar um período sabático é colocar as contas na mesa e definir como funcionará a provisão pelos próprios meses. Afinal, a ideia é ficar livres dos problemas e não arrumar mais um.

Lado familiar

Tirar um período sabático pode implicar em ficar mais junto da família. Ou não. Algumas pessoas optam por se isolar até mesmo daquelas pessoas cuja ligação é de sangue. Mas nem sempre isso acontece.
Quando o ano sabático é tirado por pessoas que querem aproveitar para ficar mais próximo dos seus, o planejamento tem que envolver todos os membros da família, principalmente o período sabático envolver viagens ou até mudança de cidade ou país.

Lado pessoal

Mesmo que o período sabático seja importante para resolver conflitos internos, ele deve também esperar o momento certo para acontecer. O lado pessoal é importante nessa tomada de decisão, pois depende muito da força de vontade e interesse em fechar um ciclo da vida pessoal.

Lado profissional

Esse é um dos mais importantes itens a ser avaliado quando o assunto é o ano sabático. É o momento certo? Minha carreira pede isso nesse momento? Quando é hora de parar? Voltarei ao mercado de trabalho mais preparado ou não pretendo mais exercer essa profissão? Tudo isso deve ser levado em conta antes de fazer essa pausa profissional.

Como se preparar para um período sabático

Se preparar para uma pausa na carreira profissional não é tão fácil como parece. Afinal, não basta somente aposentar as “chuteiras” por um momento, mas sim estudar, planejar e se organizar para viver esse momento.

Para se preparar para um período sabático, o principal é ter a mente voltada para esse propósito, pois, por mais que seu corpo esteja cansado, sua mente tem que estar preparada para dar uma pausa na rotina do dia a dia.

A pessoa também precisa ter a mente aberta para novas ideias e modos de vida, pois quando ela está disposta a tirar um ano sabático, sua vida está prestes a mudar totalmente. A grande parte das atividades rotineiras serão substituídas por ações fora da agenda. Então, quem trabalhava 16 horas por dia, agora simplesmente será dono da sua própria programação e terá que lidar bem com essas novidades.

Além da mente está preparada para uma decisão como esta, a família é um elemento importante nesse processo, é preciso esclarecer com os mais próximos quais são os seus objetivos para evitar conflitos desnecessários.


Busque conversar também com a empresa, quem sabe você não consegue tirar uma licença não-remunerada, sem precisar se demitir. Inclusive, esse é um benefício que grandes companhias oferecem aos seus executivos.

Ano sabático não é férias

Algumas pessoas confundem período sabático com férias. Embora ficar sem trabalhar seja relacionado aos dias de descanso, nem sempre é assim. Em grande parte do tempo, o período sabático é bem produtivo mesmo que isso não implique em trabalho remunerado.
Além disso, algumas instituições têm programas fixos para que os seus profissionais tirem um período sabático. No entanto, ainda são poucas as iniciativas, se comparadas com os Estados Unidos, por exemplo.
A Universidade de São Paulo, a USP, por meio do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, é uma das instituições que oferecem esse benefício para os seus docentes. Para isso, é preciso passar por uma seleção e desenvolver um projeto de pesquisa durante o recesso.
Portanto, isso significa que o período sabático não é férias, mas sim uma pausa para que o indivíduo foque naquilo que mais importa naquele momento para ele. E por mais difícil que pareça, tem muito trabalho envolvido nessa questão.

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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

A CONDUTA DO GERENTE AGINDO COMO INSTRUTOR

Como Fazer Apresentações? 
Qual Deve Ser a Postura Corporal de Um Instrutor no Ato do Treinamento?
A responsabilidade do sucesso de um programa de treinamento é quase que integral do Gerente agindo como Instrutor. Ele é o encarregado e a forma de condução de cada parte tem grande influência na reação dos participantes. 
O Gerente pode induzir interesses e motivações no grupo ou pode desviar e causar tédio e, nesse caso, poderá haverá uma perda geral do interesse. Dessa forma, é total a responsabilidade do Gerente na motivação, na indução do entusiasmo e na transmissão de conhecimentos, habilidades e atitudes adequadas à sua equipe.
Sendo assim, atuando como Instrutor o Gerente deverá observar alguns conceitos para se tornar um Instrutor eficaz:
-   A Preparação Para o Treinamento: Agindo como Instrutor o Gerente deve estar completamente preparado para apresentar cada tópico e isso significa pesquisar, ler, estudar manuais, analisar plano de aula; enfim, aumentar seu próprio conhecimento. Também significa a prática, visando apresentações eficazes; a conferência de todo material a ser utilizado, além da familiaridade com os recursos visuais e a esquematização do tempo e do ritmo. Dessa forma, Instrutores de comprovada eficiência costumam afirmar que são necessárias – pelo menos – 3 (três) horas de preparação para cada hora de aula.
-   Pontualidade: Deve ser ponto de honra de cada Gerente agindo como Instrutor o rigoroso cumprimento dos horários, sejam de início, de intervalos ou de término das sessões diárias. Isto é importante não apenas para a imagem do Instrutor perante a equipe, mas para os próprios participantes. Início atrasado cria na mente dos participantes a impressão de desinteresse ou desorganização do Instrutor, impressão essa que pode gerar desinteresse da equipe. Com relação aos intervalos, sua duração deve ser de até 15 minutos cada um, após um máximo de 2 (duas) horas de aula, devidamente estipulados no programa. 

O encerramento das sessões de treinamento também deve seguir o horário determinado no programa, sendo preferível terminar dois minutos antes do que cinco minutos após. Por mais interessante que seja o assunto, uma ultrapassagem de tempo além de indicar falta de habilidade do Instrutor em planejar e controlar o tempo, também cria um clima de insatisfação e desinteresse, que podem destruir os bons resultados até então obtidos.
-   Interrupções: Cabem ao Instrutor as providências necessárias – variáveis, conforme os locais das reuniões – para a proibição total de interrupções durante as sessões de treinamento. Além de serem fatores prejudiciais à seqüência da apresentação dos temas, as interrupções quebram a linha de raciocínio do instrutor e prejudica seriamente a assimilação dos participantes.
-   Apresentação Pessoal: Sendo o alvo das atenções durante todo processo de treinamento, o Gerente atuando como Instrutor deve ter uma apresentação impecável, devendo ser condizente com a imagem da empresa que representa. Além disso, ele é analisado pelos participantes durante todo o tempo de treinamento.
-   Falar em Tom Agradável e Amigável: Um bom Instrutor jamais discursa ou fala em tom oratório. Em vez disso, usa tom de conversa mantendo a atenção pela variação ocasional da modulação (ou entonação) da sua voz e a velocidade de sua fala. Através de sua tonalidade ele transmite amabilidade e, através da palavra “você”, o Gerente conseguirá maior identificação com o grupo, transmitindo a certeza que ambos estão trabalhando juntos e obtendo a harmonia necessária.
-   O Contato Visual: Outra maneira de criar e manter uma boa atmosfera é quando o Instrutor fala olhando diretamente para os participantes. Nada pior do que um Instrutor que fala olhando para o chão, para o teto ou para as paredes. O bom contato visual é feito inicialmente quando o instrutor olha a esmo para toda a equipe e, a seguir, fixa o olhar diretamente nos olhos de cada participante, por uma fração de segundos. Há um cuidado a ser tomado para evitar-se um erro muito comum – mesmo em Instrutores experientes – que é falar olhando a maior parte do tempo para um participante em especial, pois o olhar dirigido aos olhos dos participantes, deve ser distribuído igualmente entre todos.
-   A Postura: A postura do Instrutor deve ser confortável, natural e adequada Um bom Instrutor sabe que não deve cometer determinadas posturas durante a sua apresentação, tais como: (A) Ficar curvado; (B) Falar sentado; (C) Consultar demoradamente as anotações; (D) Falar lendo; (E) Apoiar-se excessivamente na mesa. A eliminação desses aspectos negativos contribui para maior atenção da equipe. Um excesso de braços cruzados, mãos nos bolsos, perna cruzada ou sentar-se sobre a mesa são fatores prejudiciais à boa apresentação e à imagem do instrutor.

-   Gesticulação, Posição e Movimentação: Se o Instrutor quer ser compreendido ele deve ser ouvido por todos, por isso é necessário que fale de forma que todos possam ouvi-lo, principalmente levando em conta os que estão sentados ao fundo da sala. Gestos devem ser usados, quando são naturais e dosados. Gesticulação afetada, teatral ou forçada, em vez de auxiliar prejudica a apresentação. É evidente que o Instrutor não pode ficar imóvel ou inexpressivo; sua apresentação precisa ser sempre descontraída e agradável. A movimentação e a gesticulação naturais surgem como conseqüência do bom domínio do assunto, inclusive do uso adequado das ajudas visuais.
Quando a reunião é realizada em sala plana, sem tablado, o Instrutor deve ficar pelo menos a dois metros de distância dos primeiros participantes e deve dispor de mesa própria para seu material de aula. Isso facilita sua movimentação, evitando que os participantes vejam o material a ser apresentado, coisa que causa irremediáveis prejuízos à atenção e à seqüência do assunto, e, portanto, à assimilação e ao entendimento.
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terça-feira, 27 de novembro de 2018

A ARTE DE INOVAR, OUSAR E REINVENTAR-SE TODOS OS DIAS

Você está contente com a sua evolução profissional? 
Está satisfeito com o desempenho da sua organização? 
Tem notado empresas crescendo enquanto outras definham? 
Tem acompanhado nações que evoluem mais que as outras? 
Por que e como será que essas coisas acontecem?
Recentemente, tive que renovar o meu visto de entrada nos Estados Unidos. Não sei a razão, mas eles pediram para eu relacionar todos os países que eu visitei nos últimos dez anos. Dai percebi que havia uma ótima oportunidade para eu ir um pouco além e descobrir quantas visitas ao exterior eu fiz e refletir sobre o que isso contribuiu para a minha formação.
“As pessoas eficazes não vivem voltadas para os problemas, elas vivem voltadas para as oportunidades. Elas alimentam oportunidades, e deixam os problemas ‘morrerem de fome’”. Peter Druker
A reflexão revelou alguns aspectos que eu não havia dado conta. Por exemplo, desde 1982, só pra os Estados Unidos, fiz mais de 30 viagens. Mas por que achei esse dado relevante? A maior parte das viagens que fiz foi a trabalho e eu sempre admirei a capacidade de criação, inovação e implementação do povo norte-americano. 
Chama atenção como eles são práticos e valorizam os pequenos detalhes que em médio e longo prazo se transformam em grandes realizações.
Quase sempre faço vôo noturno para chegar bem cedinho na terra do Tio Sam, onde quase sempre, chego antes das seis horas. Dai a primeira coisa que faço é ir ao toalete do aeroporto para cuidar de minha higiene pessoal. Aquele banheiro de avião mais parece lugar para passarinho tomar banho. 
Normalmente, encontro novidades: a saboneteira que mudou o formato, a torneira com uma nova função, o secador de mãos que a gente fica sem saber como usar, o sistema hidráulico cada dia mais sofisticado etc. Dessa vez, eu cheguei a comentar com uma cara que estava meio sem graça por não ter encontrado, de pronto, o funcionamento da torneira. 
Os fabricantes desses apetrechos parecem disputar para ver quem cria algo mais complicado só para “fazer pegadinha” com a gente. 

“Aquilo que insistimos em fazer torna-se fácil – não que a natureza da tarefa tenha se modificado, mas nossa habilidade para realizá-la aumentou” Emerson
Esse é apenas um exemplo. Quando você adentra no país e aluga um apartamento e um carro, como costumo fazer, visita uma loja ou mesmo um shopping center, vai logo descobrindo que muitos pequenos implementos fazem uma enorme diferença. 
Os automóveis, por exemplo, apesar de serem fabricados por empresas globais por aqui, sempre têm algo a mais, como a empunhadura do volante mais confortável, um alarme que soa quando o carro se próxima de algum objeto, acabamento mais cuidadoso e por ai vai. E, se você volta um ano depois, vai comprovar que algo mudou. 
É fato que todas essas e outras pequenas novidades somadas farão uma enorme diferença ao final de cinco anos.
É mais ou menos como tentar comer um cordeiro assado de uma só vez. É provável que vamos descobrir que é muito difícil. Mas se colocarmos ele aos pedacinhos no palito acompanhado com cerveja gelada em dia de lazer e calor extremo a história pode ser outra, não é mesmo? 
“Tudo que somos é resultado do que pensamos” Buda (562 a.C – 483 A.C)
É verdade que quem inova normalmente o faz aos poucos, não se importando muito com a visão do todo. As coisas vão acontecendo step by step. É como se pagássemos um caro para dirigir à noite do Rio para São Paulo. Sabemos para onde vamos, mas somente conseguimos enxergar o que o farol é capaz de iluminar. Ou seja, uns trinta metros à frente. 
O suficiente que precisamos ver. Assim, de trecho em trecho, percorreremos a distância que quisermos. Porém, muita gente acredita que precisa enxergar o percurso por inteiro.
Mas por que será que essas coisas acontecem desse jeito? Competitividade talvez seja uma boa resposta. É preciso inovar na produção, no marketing e na prestação de serviços para garantir o lucro. 
A lógica do modelo de gestão empresarial norte-americana, por exemplo, parte do princípio de que a margem deve ser minimizada enquanto o volume maximizado. 
A um observador menos atento poderia parecer ao contrário: que as inovações proporcionariam margens maiores - o que não seria nenhum absurdo.

Será mesmo que há alguma relação entre inovação, desenvolvimento e lucro? 
Se recorrermos ao magnífico livro “A Riqueza das Nações” de Adam Smith, vamos constatar que: “ao contrário de aluguéis e salários, o nível de lucro não sobe com a prosperidade nem cai com as depressões da sociedade. 
Ao contrário – ele é naturalmente baixo em países ricos e alto em países pobres, e é sempre mais alto nos países dirigindo-se rapidamente para a ruína”.
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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Qual a Diferença Entre Eficiência e Eficácia?

A diferença entre eficácia e eficiência é que enquanto a eficácia refere-se a fazer a tarefa certa, completar atividades e alcançar metas, a eficiência é sobre fazer as coisas de forma otimizada, de maneira mais rápida ou com menos gastos.
Por exemplo, um carro pode ser uma forma de transporte muito eficaz, capaz de mover as pessoas para lugares específicos. Porém um carro pode não ser o modo mais eficiente de transportar pessoas por causa do grande gasto de combustível.
Em termos gerais:
Eficaz (adj.) - É algo adequado para atingir um propósito, de modo a alcançar o resultado pretendido ou esperado.
Eficiente (adj.) - Quando a tarefa é executada da melhor maneira possível, com o menor desperdício de tempo, esforço e recursos.

Usando a eficácia e a eficiência

Indivíduos e empresas buscam maneiras de serem eficazes e eficientes, mas é possível ser eficaz sem ser eficiente, ou vice-versa. 
Por exemplo, se uma empresa não está indo bem, ela pode optar por mudar sua forma de trabalho, usando novas tecnologias. O treinamento pode até funcionar bem, com os funcionários aprendendo a nova tecnologia, mas se a produtividade geral não melhorar após a implementação desta, podemos dizer que a estratégia da empresa foi eficiente, mas não eficaz.

As empresas frequentemente falam sobre a eficácia e a eficiência dos funcionários ao fazerem planos para melhorar as empresas, e embora pareçam semelhantes, a eficácia significa algo completamente diferente da eficiência.
Um empregado eficaz alcança suas metas, enquanto um empregado eficiente produz de forma rápida e inteligente.

Melhorando a Eficácia

A eficácia pode ser medida no nível dos resultados das ações de funcionários e gerentes.
Para melhorar a eficácia, as empresas devem fornecer avaliações de desempenho, detalhando as fraquezas dos funcionários através de críticas construtivas. Deve-se mostrar como o desempenho de um funcionário afeta a empresa como um todo.

Melhorando a Eficiência

A eficiência no local de trabalho pode ser definida como o tempo necessário para fazer algo. Funcionários e gerentes eficientes completam as tarefas no mínimo tempo possível com a menor quantidade possível de recursos, utilizando estratégias de economia de tempo.
Os funcionários e gerentes geralmente são ineficientes porque não sabem como ser eficientes ou por não possuírem as ferramentas necessárias para executar tarefas de forma eficiente.
Trabalhar estrategicamente e pedir opiniões sobre o que está faltando no local de trabalho são formas de melhorar a eficiência.

É mais importante para uma organização buscar eficácia ou eficiência?

Se a empresa está tentando crescer de forma agressiva e tem recursos para isso, otimizar a eficácia pode ser o caminho a seguir.

No entanto, no caso de empresas menores e com menos recursos, buscar operações mais eficientes pode ser uma melhor saída, de modo a maximizar as capacidades que ela já possui.
Encontrar o ponto de equilíbrio entre eficácia e eficiência é o objetivo final para todas as empresas.
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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Atitudes Assertivas no Planejamento


COMO EVITAR A PROCRASTINAÇÃO E ADOTAR ATITUDES ASSERTIVAS FRENTE AO PLANEJAMENTO DIÁRIO.

Que causas levam um grande número de profissionais a lidar de forma não assertiva no planejamento de seu trabalho?

É comum no cotidiano empresarial, a presença de situações onde o acumulo de tarefas leva à procrastinação (hábito de deixar para amanhã, o que pode ser feito hoje). Metas importantes e decisivas, ligadas ao negócio da empresa, são relegadas a segundo plano.

A justificativa para tal fato, quase sempre é a “falta de tempo”. Para alguns o dia deveria ter 26 ou 30 horas!


É angustiante e desgastante, para qualquer ser humano, chegar ao final da tarde e perceber que quase nada de produtivo foi realizado. 


Perguntas tais como “O que fiz hoje?” Ou “O que deixei para amanhã?”, sempre incomodam àqueles que têm como responsabilidade gerar resultados.

Como transformar a procrastinação em ação?

Antes de tudo, é necessária uma boa dose de humildade para reconhecer que precisamos aprender e mudar. E, ainda, a conscientização de que podemos e somos capazes de rever hábitos e atitudes.


A ação de planejamento inicia com a pré-disposição e o esforço diário na organização e priorização de tarefas a realizar.


Uma pessoa determinada a mudar hábitos leva, pelo menos, seis meses para adquirir um novo comportamento. Pesquisas indicam que um bom percentual dos que tentam mudar acabam voltando à forma anterior de conduta.


Acredito que nada é impossível quando há vontade. Meu desafio vai para aquelas pessoas que, como eu, desejam parar de reagir e passar a agir frente às situações que exigem planejamento pessoal.






CRIANDO NOVOS HÁBITOS 


ETAPA I

A lista abaixo contém 40 atividades que fazem parte da rotina empresarial.
Dentre elas, marque as 15 que tomam mais seu tempo.

01. Atendimento a telefonemas
02. Emissão de telefonemas
03. Atendimento a profissionais de sua empresa
04. Atendimento a clientes externos
05. Redação de correspondências internas
06. Uso do correio interno do computador
07. Emissão da fax ou e-mail
08. Pesquisas na internet
09. Redação de propostas de negócio para clientes externos
10. Elaboração de projetos
11. Despacho de correspondências
12. Planejamento e balanços financeiros
13. Pesquisa de preços de fornecedores
14. Orçamentos para clientes
15. Organização de seu armário
16. Organização de sua mesa de trabalho
17. Organização de seu arquivo
18. Leituras técnicas
19. Leitura de revistas e jornais periódicos
20. Criação de novos produtos
21. Criação de novos instrumentos de controle internos
22. Criação de novos serviços
23. Participação em treinamentos externos
24. Participação em treinamentos internos
25. Participação em palestras
26. Controle diário da agenda (pela manhã)
27. Controle diário da agenda (final da tarde)
28. Visitas a outros setores da empresa
29. Negociação com sindicatos 
30. Negociação com sua equipe de trabalho
31. Parada para o cafezinho
32. Orientação de trabalho a colegas
33. Almoço com clientes
34. Viagens pela empresa
35. Atendimento a jornalistas (mídia em geral)
36. Permanência em fila de Bancos ou caixa eletrônica
37. Consulta de saldo pelo telefone ou computador
38. Permanência em consultórios médicos ou dentários durante o horário comercial
39. Permanência em oficinas mecânicas no horário comercial
40. Reunião de pais e mestres na escola freqüentada por filhos (horário comercial)

ETAPA II

Priorize sua marcação, indicando os números de cada item, de acordo com o tempo destinado a cada atividade.

MAIS TEMPO =

MENOS TEMPO =


ETAPA III 


Analise cada item priorizado, de acordo coma as categorias:

URGENTES = são aquelas atividades/tarefas que devem ser resolvidas logo pela manhã ou no início da tarde, permitindo mais tempo de dedicação às importantes. 

IMPORTANTES = são aquelas ligadas às metas e ao negócio. Estas devem merecer atenção especial, pois delas depende a sobrevivência de sua empresa no mercado. 

Agora, verifique como você se posicionou nas atividades. 

Em quais conjuntos de tarefas você está centrado(a)? 
Nas urgentes ou nas importantes? 

Há uma tendência em nos apegarmos àquilo que mais gostamos de fazer, deixando para depois o que nos desagrada. Se você está incorrendo nesta atitude, ela poderá ser modificada se você começar a usar um instrumento especial: a agenda. 


O hábito de usar controles pessoais (agenda ou outra forma específica) é indispensável. Costumo me referir a ela como “minha vida registrada em papel” (ou eletronicamente conforme a disponibilidade de cada um). 

A manhã é o horário crucial para a organização do dia, onde estabelecemos as prioridades de acordo com urgência e importância. Ao final da tarde é necessário verificar o que foi cumprido e registrar o que ficou para o dia posterior. 


O simples ato de visualizar um trabalho realizado já traz satisfação e estimula a automotivação para a superação de metas pessoais. 

No caso de você perceber que está acumulando muitas atividades, poderá lançar mão de outra estratégia: a delegação. 

COMO DELEGAR? 
O processo de delegação é muito confundido com repasse de responsabilidade para outras pessoas. Na realidade, é necessário estabelecer critérios e observar alguns cuidados ao delegar. 

Princípios básicos servem de elementos norteadores para a delegação: 
1º - Lembre-se: a responsabilidade final pelos resultados é sempre de quem delegou. 
2º - Verifique se a pessoa escolhida sabe fazer o que foi solicitado. Caso contrário, ela deverá ser orientada. 
3º - Profissional motivado apresenta melhores resultados e maior comprometimento. Passe as tarefas em forma de metas-desafio, estimule e qualifique o potencial da pessoa escolhida. Dê as informações necessárias para o bom desempenho.
4º - Coloque-se à disposição para ajudar, se necessário. 
5º - Avalie os resultados e dê feedback. 
6º - Mantenha sua equipe informada sobre o andamento das metas. 

O trabalho em equipe é uma realidade hoje. A maximização do esforço coletivo dependerá da forma como você forma sua imagem junto aos seus colaboradores. 

O grande desafio, o desafio maior que se apresenta a todos nós, profissionais na era da qualidade, diz respeito a mudanças atitudinais. Ninguém questiona a importância do planejamento e organização do trabalho. É necessário, sim: SAIR DO PAPEL E PARTIR PARA A PRÁTICA - AGIR NO LUGAR DE REAGIR.

Por: Maria Rita Gramigna - http://www.portaldomarketing.com.br