Você já sentiu inveja?
Conhece alguém que seja invejoso?
Por que as pessoas sentem inveja? Como lidar com elas?
Todas são questões com as quais convivemos, mas que nem sempre refletimos sobre elas como deveríamos.
A palavra inveja vem do latim "invidere" que significa "não ver". Aquele que inveja provavelmente não vê o mundo de oportunidade e de energia que desperdiça ao abandonar a sua vida para viver a dos outros.
A inveja é conceituada no dicionário como "desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outra pessoa, desejo violento de possuir o bem alheio, cobiçar o que é dos outros".
A inveja é um dos sete pecados capitais na tradição Católica. É considerado pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual. Muitos sofrem desta “doença” sem se dar conta de que ela poder ser curada com pequenos ajustes de pensamento, decisões e atitudes.
A inveja não tem idade, religião, cor, sexo ou posição social. Há muita gente bem resolvida financeiramente e ocupando posições de destaque socialmente que sofrem desta, que pode ser considerada uma “doença” de difícil cura, a medida que abandona a sua própria fonte de inspiração, vontade de vencer com seus próprios esforços para ficar o tempo todo prestando atenção e vivendo as posses, status, habilidades, possibilidades da vida alheia.
É como a história da cobra que persegue o vagalume. Depois de três dias, e sem forças para fugir, ele virou para a cobra e disse: “posso lhe fazer três perguntas”?
- “Sim, eu vou te devorar de qualquer forma” – respondeu a cobra
- Pertenço a sua cadeia alimentar? Lhe fiz algum mal? – Indagou o vagalume
A cobra respondeu negativamente, então o vagalume finalizou:
- Então por que você quer me comer?
- Porque não suporto ver você brilhar, respondeu a cobra.
A inveja vem de longe. A bíblia trata do assunto em várias passagens. Em Pv 14:30, por exemplo, diz que "a inveja é a podridão de nossos ossos." Salomão está querendo dizer que a pessoa invejosa está doente (física, emocional e espiritualmente). Também, muitas obras de sucesso se basearam no tema, como foi o caso de “Otelo, o Mouro de Veneza”, escrita por William Shakespeare, por volta de 1603.
O invejoso costuma sentir mais prazer com a derrota alheia do que com a sua própria vitória. Ele raramente busca o seu próprio sucesso, mas quando o faz, costuma não contar seus planos a ninguém, pois teme que alguém, semelhante a si, possa agir como ele, jogando carga negativa a fim de impedir o seu triunfo. Neste contexto, a bíblia, em Romano 12:15, evidencia que não devemos contar para todo mundo coisas boas que nos acontecem.
É preciso ter sabedoria para saber quem dos nossos amigos ou parentes vão realmente se alegrar conosco com uma bênção que recebemos. Nem todos os cristãos são maduros o suficiente para “(...) alegrarem-se com os que se alegram”.
O invejoso é capaz de caluniar, difamar e tudo mais que for possível para impedir o sucesso de alguém que esteja em sua mira. Pior que ele, somente o invejoso pessimista. Esse então é de lascar. Se você conta a ele algo positivo que pretende realizar, ele dirá prontamente: “não vai dar certo” e lutará com todos os seus recursos para impedir o seu sucesso.
Conta a fábula de Esopo, tão bem reproduzida pelo memorável livro “Insight 2”, de Daniel C. Luz, que um avarento e um invejoso fizeram pedidos a Júpiter que resolveu atender, desde que desse ao vizinho de cada um o dobro do solicitado.
O avarento pediu então que Júpiter lhe desse uma sala cheia de ouro e foi prontamente atendido. Naturalmente, ele não ficou lá muito contente ao ver seu vizinho receber duas salas cheias de ouro.
Daí, chegou a vez do invejoso que solicitou a Júpiter que um de seus olhos fossem furados. Ele ficou muito feliz ao ver seu vizinho com os dois olhos furados.
Devemos ter dó do invejoso, pois ele nunca terá vida própria, não poderá desenvolver as suas habilidades e jamais saberá o sabor da vitória.
Copiado: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário