quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ACESSIBILIDADE: É lei, mas só no papel.

Mas, quando o assunto é dificuldade de mobilidade a situação fica muito complicada, pois as ruas não tem nenhum tipo de facilidade, quando muito, tem uma rampa que é difícil de subir mesmo para quem não tem dificuldades, isso quando não tem um carro estacionado na frente impedindo seu acesso, sem citar que as calçadas, quando tem, são irregulares. Já nas empresas, públicas e privadas, quando tem rampas são muito inclinadas, de tal forma que, uma pessoa em cadeira de rodas ou um idoso só consegue subir com auxilio de outra pessoal.
 
Acessibilidade significa facilidade de acesso a todos os serviços, lugares e ambientes, de forma independente, respeitando a limitação de cada indivíduo. Para que isto fosse possível, no Brasil foi aprovada a Lei  10.048, de 8 de novembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.  Passaram-se 11 anos e muitas coisas foram realizadas, mas de modo geral, podemos considerar que esta lei só existe no Papel.
 
O lugar onde a acessibilidade tem funcionado é no mundo virtual. Pois os especialistas em TI  tem desenvolvido software para que os portadores de necessidade especiais sintam-se verdadeiramente incluso na sociedade. Os sistemas operacionais disponibilizam configurações para que pessoas de baixa visão possam utilizar computadores sem nenhum tipo de auxilio, isto permite uma interação social “livre de preconceitos” nas redes sociais e também para estudos e leitura de vários livros digitais, didáticos e literários.  A Universidade Federal do Rio de Janeiro desenvolveu um software, disponível gratuitamente para download no site http://intervox.nce.ufrj.br/~upgrade/#dosvox_oficial, que permite ao deficiente visual a utilizar um computador sem nenhum tipo de auxilio.
 
Atravessar uma rua é uma verdadeira “roleta russa”, existe poucos semáforos exclusivos para pedestres. Estes poucos, em sua maioria, não têm alertas sonoros para deficientes visuais, o botão para acionar o fechamento do semáforo fica muito alto, o que impossibilita o uso para quem esteja em cadeiras de rodas. Al[em disso, mesmo com dificuldades todos tem que atravessar a rua em alta velocidade, pois os automóveis mal esperam o sinal ficar verde.
 
 Estudar é outro  desafio, já que as escolas e faculdades privadas e públicas, nem de longe, conseguem ter acessibilidade, as bibliotecas não tem livros para deficientes visuais; não tem rampas para acesso com cadeiras de rodas, não tem portas preparadas para quem tem dificuldades de mobilidade.
 
Para a acessibilidade sair do papel e funcionar precisa ser sustentada por quatro pilares: Respeito as Necessidade, Cumprimento da Lei, Consciência individual e Ações públicas. Quem é responsável em fiscalizar e garantir que esta lei seja cumprida e as pessoas tenham acessibilidade? O Ministério Público?
 
Neste quesito de acessibilidade os Conselhos de Administração e a Ordem dos Advogados têm atuado com firmeza no sentido de apontar irregularidades e apresentar projetos de inclusão social, em como exigir que os governantes façam investimento para que se tenha inclusão social através de processo de acessibilidades?  
 
 O Processo tem sido lento, pois passa por uma transformação cultural de cada indivíduo, que de modo geral, espera que o outro faça alguma coisa, se colocando com espectador  no processo de inclusão social. 
 
Todos nós somos responsáveis pela falta de acessibilidade, seja por não exigir nossos direitos, seja por acreditar que nunca teremos algum tipo dificuldades  de acesso.

Administração em 4Vias

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