segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O Que Esperar de 2019?

O Boletim Focus tem mostrado um cenário cada vez mais atraente para a economia brasileira em 2018. O analista mediano de mercado antevê um 2018 com alta de 2,5% a 3,0% do PIB, inflação de preços ao consumidor abaixo da meta de 4,5%, Selic ainda próxima ao mínimo de 7%, e contas externas relativamente equilibradas. O emprego deve aumentar, o rendimento real também, ainda que talvez menos que este ano, e o crédito deve voltar a se expandir. O consumo das famílias vai crescer, ajudando na eventual recuperação do investimento, que pode surpreender positivamente, ainda que partindo de uma base muito deprimida.
As indicações também são de alguma melhora nas contas públicas: pequena redução no déficit primário, por conta da recuperação cíclica das receitas tributárias, e uma queda mais significativa do déficit operacional, como resultado de um custo mais baixo de financiamento público. A cereja do bolo será uma razão dívida pública bruta / PIB estável, em função da melhora do resultado nominal, da aceleração do crescimento e do pagamento antecipado de parte da dívida que o BNDES tem com o Tesouro.
A consolidação de expectativas mais favoráveis para a economia no próximo ano não parece ter ajudado, porém, a reduzir a bruma que tampa a visão sobre o que será do Brasil em 2019. Creio que isso é o resultado de indefinições em torno de três dimensões fundamentais.
Primeiro, a econômica. O país deverá entrar 2019 em ótima forma, pelo menos em um sentido conjuntural. O PIB deverá estar crescendo 4% ou mais em termos anualizados, a inflação e os juros vão estar baixos, e o desemprego em queda, ainda que alto para padrões históricos. Haverá espaço para uma gradual desaceleração, que evite um sobreaquecimento, enquanto o governo trabalha as reformas no Congresso para fortalecer os fundamentos e elevar o potencial de crescimento do país.

O risco, porém, é o governo apostar que consegue manter o crescimento elevado sem adotar reformas. Será (mais) um erro histórico. A volta do crescimento será insuficiente para equacionar a difícil situação fiscal, por conta da pressão crescente das despesas com previdência. Se alguma reforma acontecer nessa área este ano, será insuficiente e o novo governo terá de fazer uma nova rodada de mudanças legislativas. Além disso, terá de aprovar uma nova regra de correção do salário mínimo que pressione menos as contas públicas. O teto de gastos da Emenda Constitucional 95 também se tornará limitante e a disputa por recursos públicos mais feroz.
Sem reformas que equacionem a situação fiscal, será difícil uma retomada mais forte e consistente do investimento. E sem isso e sem reformas que elevem a produtividade, o potencial de crescimento vai permanecer baixo. Nesse caso, em algum momento o risco país vai subir, o real se desvalorizar e o Banco Central subirá os juros para conter o nível de atividade.
O risco de complacência vai depender de como vai evoluir a segunda dimensão de incerteza, a externa. Se esta continuar tão benigna como nos últimos anos, o risco de que o governo fuja de reformas impopulares vai aumentar. Se o apetite dos investidores pelo risco diminuir, a pressão sobre o preço dos ativos pode vir mais cedo e o risco de complacência será menor. Se a virada externa for muito dramática, a própria retomada cíclica pode ser abortada.
A maioria dos analistas prevê que a cena externa continuará favorável nos próximos anos. A visão majoritária é que a política monetária do Fed e do Banco Central Europeu ficará mais apertada, mas sem comprometer o quadro atual de farta liquidez. Não se espera que isso mude muito com o possível fim do NAFTA e a eleição de um governo populista no México – pelo contrário, isso pode até ter consequências positivas para o Brasil, que se tornaria relativamente mais atraente. Uma eventual saída dos EUA da Organização Mundial do Comércio seria mais dramática, mas também insuficiente para azedar o cenário externo.
É bom, porém, não exagerar no otimismo. A história mostra que o cenário global sempre pode trazer crises. Em especial, com a aceleração do crescimento global, que vem se mostrando cada vez mais disseminada, é de se esperar que em algum momento os juros longos comecem a subir também, especialmente se os bancos centrais reduzirem sua interferência na formação desses preços. Isso pode ocorrer mais cedo do que se espera, dependendo de como se processar a troca de comando no Fed.
Por fim, temos as eleições brasileiras de 2018. Eu trabalho com duas possibilidades. A mais provável, no meu entendimento, é que o radicalismo dos candidatos de esquerda e direita continue se acentuando, abrindo um grande espaço no centro, de onde surgiria o candidato vitorioso. A recuperação da economia favorece esse cenário. O outro cenário é que o centro atraia a maioria dos votos, mas por isso mesmo também atraia muitos candidatos e isso acabe pulverizando os votos e abrindo espaço para os candidatos extremos.

A eleição de um candidato de centro em princípio seria mais favorável à adoção de reformas e à manutenção de uma política macroeconômica responsável, especialmente em 2019, primeiro ano de governo. Mas a política é menos linear do que isso. Acredito que a significância das reformas de 2019 vai depender também da pressão que exista sobre a economia.
Isto posto, acredito que para as coisas terem uma solução mais favorável em 2019 os desafios que vão então se colocar precisam ser discutidos já em 2018. E para isso é preciso começarmos a desenhar melhor como 2019 pode vir a ser.
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domingo, 30 de dezembro de 2018

ÉTICA, o que é?














Quando nos deparamos com atitudes que fogem aos anseios da maioria das pessoas e do bem comum, sempre ouvirmos a frase: “É necessária uma postura ética”. Então o que vem a ser ética?
A ética garante princípios com que, de alguma forma, todos nós concordamos e que foram aceitos por aqueles que fazem parte da nossa sociedade.
Portanto, a ética é fundamental para regulamentar as relações entre todos nós. 
Se buscarmos a origem da palavra, sua etimologia origina-se no grego: ética vem de ethos = costumes, mores = moral. Isto significa que a “ética” já era estudada pelos gregos na antiguidade e era considerada uma ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.
Portanto, ética é uma ciência do comportamento moral dos homens a ser estudada no campo da filosofia. Chegando a outra definição que complementa a primeira: 

“Ética é um conjunto de regras morais que regulam a conduta e as relações humanas”.

Sabendo que ética, é um conjunto de regras morais, é importante entender o que é moral, afim de não se confundir ética e moral.

Como exemplo, vamos imaginar uma mulher vestida com uma roupa muito transparente ou que exponha muito o corpo, e outra pessoa se expressa censurado essa forma de vestir. Nesse caso, um indivíduo julgou o comportamento do outro e, para os seus costumes, aquele modo de vestir é inapropriado.
É bem possível que, para outra pessoa, essa situação nem chame a atenção. Da mesma forma ocorreram os primeiros contatos entre os grupos indígenas que viviam no Brasil e os europeus colonizadores, que consideravam uma imoralidade as vestimentas dos indígenas, o uso de grafismos, pinturas e adornos. Achavam que estes estavam “nus” pelo fato de não usarem as mesmas roupas e adornos aos quais eles estavam acostumados e isso, portanto, causava grande espanto.
Analisando a situação do ponto de vista dos grupos indígenas, a forma de vestir é outra, diferente da do europeu e, o corpo não precisava de toda aquela roupa com o calor tropical do Brasil. Os indígenas também deveriam achar esquisito (não necessariamente imoral) o jeito como os “brancos” estavam vestidos, cobertos de roupa até o pescoço.
Como podemos ver, moral dependerá muito de alguns referenciais como: quem somos, onde moramos, a qual cultura pertencemos e em que época histórica vivemos. Imaginem-se esses mesmos europeus colonizadores nos vissem caminhando pelas ruas com as vestimentas que usamos hoje, ou se as pessoas que viveram no final do século XIX vissem as mulheres usando calças, trabalhando e tendo os mesmos direitos que os homens. Isto, certamente, seria considerado uma imoralidade.

Devido a muitas mudanças na História, a sociedade é outra e a nossa moral também mudou. O que antigamente era considerado imoral, hoje pode não ser mais. Sabemos que essas designações quase sempre espelham valores pessoais, razão pela qual nem sempre há um perfeito acordo no julgamento de atitudes entre as pessoas.
Já com a ética é diferente. A ética seria um conjunto de padrões de condutas compartilhadas por todas as pessoas, e que, desde a filosofia do grego Aristóteles, está relacionada a uma noção de justiça. É lógico que o que é justo ou não muda ao longo da História e depende do ponto de vista de cada cultura. Porém, na ética, buscam-se valores que são universais, baseados na noção de justiça, como, por exemplo, o direito à vida.
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Depressão: Desafio da Próxima Década

Para a Organização Mundial de Saúde, as depressões são problemas de saúde pública, considerando que 20% das mulheres e 10% dos homens podem apresentar depressão ao longo de suas vidas. 
Também segundo a OMS, em 2030 a depressão deverá ser o problema de saúde mais frequente do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro, inclusive as doenças cardiovasculares e as neoplasias. Portanto, a depressão é um grande desafio atual e para o futuro da humanidade.
A meu ver, a perspectiva mais adequada e efetiva para a abordagem das depressões é a pluridimensional ou biopsicossocial. O uso de fármacos antidepressivos é importante, mas a relevância das terapêuticas psicossociais nos transtornos depressivos não pode ser neglicenciada no arsenal terapêutico. 
O primeiro passo para orientar o tratamento é o diagnóstico para que se possa formular a estratégia terapêutica mais adequada. 
Quando se está diante de uma depressão, é fundamental a diferenciação diagnostica entre transtorno bipolar, transtorno depressivo maior e distimia.
Esta última é denominada também neurose depressiva ou depressão reativa. A diferenciação é fundamental para a decisão terapêutica. Os dois primeiros são transtornos do humor que requerem o uso de psicofármacos, notadamente estabilizadores de humor para os bipolares e medicamentos com efeitos antidepressivos para as depressões maiores, enquanto a distimia, neurose depressiva ou depressão requerem principalmente tratamento psicoterápico.

O que quero destacar é que, não raro, na divulgação feita na mídia do tratamento das depressões, a ênfase recai sobre a abordagem biológica-medicamentosa, ao invés de incidir na abordagem pluridimensional, recomendada pela literatura internacional no campo da saúde mental.
Tal recomendação fundamenta-se em resultados de pesquisas por amostragem de pacientes portadores de depressões, comparando os resultados de três modalidades de tratamentos:
1) pacientes tratados exclusivamente com antidepressivos;
2) pacientes tratados exclusivamente com psicoterapia;
3) pacientes que receberam abordagem terapêutica combinada de psicofármaco e psicoterapia.
Evidenciou-se que este último grupo teve resultados terapêuticos superiores aos anteriores, que usaram exclusivamente medicamentos e psicoterapia. Desse modo, nas depressões maiores, seja de tipo bipolar ou unipolar, a medicação é indispensável, mas a psicoterapia melhora ainda mais os resultados terapêuticos. Nas distimias, neuroses depressivas ou depressão reativa, as psicoterapias são as indicadas, ainda que possam algumas vezes necessitar também do uso de antidepressivos.

Quanto às modalidades psicoterápicas recomendadas para as depressões, novamente vale a pena recorrermos às pesquisas como norte de indicação desse recurso terapêutico. Nas pesquisas quantitativas, a terapia cognitiva comportamental, ou TCC, é a primeira modalidade de psicoterapia recomendada, mas, nas pesquisas qualitativas, a psicanálise e a psicoterapia psicanalítica são as modalidades de psicoterapia mais recomendadas. 
Enfim, existe lugar tanto para a TCC, como para as psicoterápicas psicanalíticas e psicanálise na terapêutica das depressões, sendo que, nas depressões de média e grande gravidade, precisam ser associadas à terapêutica antidepressiva, enquanto que nos transtornos bipolares torna-se, também, indispensável o uso de estabilizadores de humor.
Por fim, fica a questão: por que será que, em geral, a ênfase é dada à terapêutica medicamentosa ao invés de uma abordagem biopsicossocial que tem evidência científica inquestionável?
Por: Dr. Theodor Lowenkron - http://agendacapital.com.br

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

“FAZEJAMENTO” VERSUS PLANEJAMENTO

Durante uma conversa com um colega da área de projetos, rimos a respeito de uns comentários sobre a falta de planejamento em projetos e usamos o termo “fazejamento”.
Se o sentido for realizar feitos, ações e objetivos, e o “fazejamento” for a conclusão de uma iniciativa, que podemos chamar de “terminativa”, o termo (inventado) “fazejamento” seria positivo, pois estaríamos realizando ao invés de só planejarmos ou pensarmos. No entanto, em projetos, a maioria das vezes que vemos o “fazejamento” sendo realizado seus impactos são negativos ou trabalham em cima de altos riscos.
Fazejamento
Esta brincadeira com a palavra fazer e planejar nos dá a palavra fictícia “fazejamento”, que significa fazer ao mesmo tempo que se planeja, que na prática e na verdade, é fazer sem planejar, é executar direto e fingir que se planeja, ou fazer de conta que está planejando ao mesmo tempo que se realiza.
Quando o “fazejamento” entra em operação, é porque não houve planejamento, e no minuto anterior a se realizar algo se supõe um planejamento ínfimo e uma execução de algo que apenas foi pensado como supostamente possível e os efeitos, consequências e resultados não são previstos ou esperados, são apenas imaginados rapidamente e uma grande aposta na sorte é feita.
No meio de um “fazejamento” muita coisa pode acontecer, e eu não tenho medo de afirmar com certeza absoluta, que quando tudo (ou quase tudo) dá certo, foi pura questão de sorte. Sabe aquela frase que ouvimos dos mais experientes ao longo dos nossos aprendizados? “Você tem mais sorte do que juízo hein!“. Então, esta é a frase que expressa claramente o resultado de um “fazejamento”.

Nada contra crenças, religiões e Deus, eu mesmo acredito em Deus, mas trabalhar com “fazejamento” é o mesmo que responder “se Deus quiser dará certo” quando alguém te pergunta quais são os fundamentos da sua afirmação de que algo será concluído ou entregue. Para um crente ou cristão esta resposta pode ser ótima, mas para um gerente que precisa responder a riscos e entregar um produto ao seu cliente, é uma grande falha que pode trazer grandes consequências.
Uma analogia boa para a sorte de quem trabalha com o “fazejamento” é quando vamos ao banheiro em uma emergência. Quantas vezes realmente olhamos para ver se tem papel antes de precisar do papel? Porém, a maioria das vezes o papel está lá (sorte) … e no dia que não estiver? =)
O “fazejamento” é um grande risco de falha para projetos, porque é até comum em algumas situações o “fazer sem planejar” dar certo a trancos e barrancos, e o produto é entregue, o trabalho é concluído e as coisas parecem tudo bem. No entanto, muitas vezes também, quando se trabalha com “fazejamento” não se faz lições aprendidas, não se realiza melhorias contínuas, não se aprende com projetos passados, não se analisa produtividade, ROI, perdas e ganhos, entre outras análises que são importantes para diversos projetos. Com isso, há uma impressão de sucesso, e o próprio sucesso pode ser relativo.
Porque o risco é grande? Porque quem faz “fazejamento” continua fazendo porque acreditam que podem continuar trabalhando assim pelas impressões de sucessos anteriores, até que uma grande bomba explode, e todos são mortos. Sabe aquela outra famosa frase? “Entre mortos e feridos salvaram-se todos (Churchill)“. Esta também é uma frase comum em projetos que não são planejados e executados com segurança, mas sim tocados na base do “fazejamento”. Porém, uma hora todos irão morrer e nem sequer poderão utilizar esta frase.
Bom! Se você se identificou, já realizou ou realiza o “fazejamento” em seus projetos, ou está em um time que o GP só realiza “fazejamentos”, cuidado, todos devem estar sendo feridos e pouco a pouco já estão morrendo.
Não trabalhe sem planejamento. Não planejar significa trabalhar o tempo todo na reação, o que aumenta o estresse, aumenta a incidência de erros e retrabalhos, aumentam os custos e frequentemente aumentam os tempos e prazos.

Outro problema comum enfrentado pelos times que trabalham com “fazejamento” é a urgência. Tudo aparece como urgente, pois como não houve planejamento, as necessidade surgem apenas quando precisam ser feitas, e passam a ser urgentes. Eu gosto de dizer que este é o principal sinal de estar trabalhando com “fazejamento”, quando tudo é urgente, e a maioria das atividades a serem feitas são descobertas quando estas já precisariam estar feitas, ou quando precisam ser feitas imediatamente e concluídas quase que instantaneamente.
Com as urgências vem a correria, as dúzias de tarefas em paralelo, as horas extras, os dias sem fim no trabalho, os finais de semana emendados, os feriados perdidos e por ai a fora.
Planeje o necessário, não é preciso ficar semanas ou meses planejando, escrevendo documentos, registrando tudo que será feito, mas pare, pense e execute apenas depois de analisar as condições possíveis e os riscos iminentes.
Copiado: http://www.fabiocruz.com.br

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

A Zona de Conforto

“Grandes empreendedores estão confortáveis em estarem desconfortáveis.” – Steve Blank
Na minha experiência como psicólogo e treinador, aquilo que mais promovo e ao mesmo tempo me confronto diariamente é como estimular os meus clientes e atletas a fazer coisas que lhe facilitem os seus objetivos, resolvam os seus problemas ou promovam comportamentos saudáveis. Alimentação regrada, exercício físico, deixar um mau relacionamento, iniciar um novo negócio, iniciar uma nova técnica, mudar uma crença, ser mais assertivo, estas são algumas das muitas coisas que as pessoas normalmente querem realizar, mas falham na tomada de ação.
Evitamos essas coisas porque, de uma forma ou de outra, todos elas envolvem diferentes tipos de dor. Se você quer perder peso, tem que enfrentar a dor de privar-se dos alimentos que você gosta. Se quiser deixar um relacionamento, você tem que enfrentar o fantasma da solidão. Se você quer começar um novo negócio, você tem que enfrentar a possibilidade de não ter êxito. Se um atleta quer alterar uma técnica, tem de lidar com o desconforto dos novos movimentos.
Se pretende mudar uma crença, tem de lidar com uma nova forma de pensar. Se gostava de ser mais assertivo, tem de aprender a comunicar melhor e a estar atento às suas reações e consequências dos seus comportamentos.
Não importa se evitamos essas coisas uma ou duas vezes por ano. Mas para a maioria de nós, a evasão torna-se um modo de vida. Barricamo-nos atrás de uma barreira invisível que não nos permite aventurarmo-nos, porque para lá desse muro fica a experiência de dor e mal-estar. Esse espaço seguro, onde nos sentimos seguros e confortáveis, chama-se “zona de conforto.” Nos casos mais extremos, as pessoas realmente escondem-se atrás dos muros da sua própria casa.
Isto verifica-se na fobia social em que a pessoa foi restringindo a sua zona de conforto aos limites das paredes da sua casa. Mas para a maioria de nós, a zona de conforto não é um espaço físico, é um modo de vida, que faz com que se evite qualquer coisa que possa ser doloroso ou que possamos perspectivar esforço acrescido.
Inevitavelmente isso inibe o alcance de alguns dos nossos objetivos, dado que nos afastamos dos caminhos dolorosos. E certamente, em algumas áreas da nossa vida, o sucesso é edificado na capacidade que temos de enfrentar obstáculos e dificuldades.
O preço a pagar pela zona de conforto
Para que você possa ter uma experiência pessoal, tente o seguinte exercício:
Feche os olhos. Pense em algo que você cronicamente evita fazer, por exemplo, conhecer novas pessoas, equilibrar as finanças pessoais, uma conversa difícil ou voltar a estudar. De que forma você se organiza ao ponto de evitar fazê-lo? Imagine que padrão de evitamento permite com que você não faça essas coisas. Essa é a sua zona de conforto. Qual é a sensação?

É muito provável que quando você evita algo que lhe é incómodo, depois se sinta como se estivesse num lugar seguro e familiar, livre da dor que o mundo pode provocar-lhe. Mas o exercício deixa de fora um ingrediente que também é parte da zona de conforto da maioria das pessoas.
Simplesmente escapar à dor e mal-estar não é suficiente para a grande maioria de nós. Insistimos que a dor pode ser substituído pelo prazer. Fazemos isso com uma infindável variedade de atividades que causam problemas psicológicos e dependências.
Exemplos incluem, vício das redes sociais, drogas, álcool e jogo, pornografia, ou compras excessivas. Todos estes comportamentos são muito comuns na tão proclamada cultura de conforto. Este tipo de comportamentos indesejados, são impulsionados pela tentativa da pessoa diminuir a ansiedade.
A pessoa escolhe atividades que permitem reduzir a ansiedade e ao mesmo tempo lhe proporcionem prazer, no entanto essas mesmas atividades a longo prazo irão causar uma dor maior do que a saída saudável da sua zona de conforto.
O quer que seja que consista a sua zona de conforto, você paga um preço enorme por isso. A vida oferece possibilidades incríveis, mas você não pode aproveitá-las sem ter que enfrentar algum tipo de dor, esforço, sacrifico ou sofrimento. Se você tem um baixo índice de tolerância à dor e mal-estar, é importante ganhar a noção que isso pode ser um tremendo impeditivo ao desenvolvimento do seu potencial. Há muitos exemplos disso.
Se você é tímido e evita as pessoas e o contato social, irá perder a oportunidade de estabelecer imensos contatos que poderiam enriquecer a sua vida. Se você é criativo, mas não suporta críticas, você certamente afastará a grande maioria das pessoas que poderiam apreciar (a fundo) o seu trabalho. Se você é um líder e não pode confrontar ou estabelecer laços com as pessoas, ninguém vai segui-lo. Ao ficar na sua zona de conforto, você acaba abandonando a maioria dos seus sonhos e aspirações.
Apresento alguns artigos que podem ajudá-lo a promover a saída da zona de conforto e a explorar todo o seu potencial e oportunidades de vida:

Ação massiva faz quebrar a zona de conforto

É importante que perceba o custo terrível de manter-se na sua zona de conforto e evitar comportamentos, atitudes e atividades que podem contribuir para o seu desenvolvimento pessoal. Sei por experiência que transmitir por si só a informação anterior, não é suficiente para levar as pessoas a mudar. A razão é que a informação funciona com base no nível de pensamento consciente ou racional. Mas a parte de nós que evita a dor é completamente processada de forma subconsciente.

Aquilo que nos provoca medo ou dor, sofrimento e mal-estar, faz-nos disparar um alarme de proteção:
“Isto é terrível para mim” ou “Isto é muito difícil” ou “Isto pode vir a ser embaraçoso para mim” e consequentemente faz com que a pessoa se agarre à sua zona de conforto, como se sua vida dependesse disso.
Lutar com um medo forte e irracional é extremamente difícil. Em vez disso, você precisa de uma força, de uma estratégia e de entendimento de como funciona o nosso organismo perante uma ameaça (mesmo uma ameaça imaginada). Você beneficia de aprender a movimentar-se por aquilo que quer e pretende alcançar e não por aquilo que teme ou lhe causa ansiedade.
Você não é o seu medo. E sentir medo, apesar de ser desagradável, não é certamente aquilo que melhor o define. Você certamente possui forças e virtudes em si mesmo que possibilitam enfrentar alguns dos seus receios. E sair da sua zona de conforto é um excelente treino para enfrentar aquilo que teme.
A saber: Aproximar-se daquilo que deseja é promotor da sua felicidade, afastar-se daquilo que teme e lhe causa ansiedade extrema, é um promotor de infelicidade.
Copiado: https://www.miguellucas.com.br 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Fim de Ano ou Final de Ano? Saiba qual o Correto


A língua portuguesa não é nada fácil. Quando partimos para a gramática e grafia das palavras tudo se complica ainda mais.

Há quem diga que o português é o idioma mais difícil do mundo, graças às inúmeras regras que existem. Por exemplo, o correto é fim de ano ou final de ano?

 Descubra agora.

Essas expressões são muito utilizadas pelo comércio, cartões de Natal, propagandas e artigos.

No entanto, poucas pessoas param para pensar qual é o jeito correto de se referir ao último período do ano. Chegou a hora da resposta; confira a seguir.

O correto é usar fim ou final de ano?

mais indicado é que você use fim de ano ou invés de final de ano. Isso se deve, sobretudo, à categoria das palavras. Fim é um substantivo, enquanto final é um adjetivo.

Uma regra simples para entender qual palavra se encaixa melhor é só substituir por palavras antônimas. A de fim é início. A de final é inicial. Então, a frase ficaria assim:
  • Início de ano
  • Inicial de ano
É claro que a de cima é a correta. Dessa forma, é só considerar que fim de ano é mais apropriado do que final de ano. Embora, seja bem usual. 


Entendeu?

Agora veja alguns costumes diferentes relacionados ao fim de ano ao redor do mundo.

Costumes relacionados ao fim e início de ano

As diferentes culturas que existem ao redor do mundo são fantásticas! No fim do ano, por exemplo, algumas tradições são bem curiosas. E é o que você vai descobrir a seguir.

Enquanto o dia 1º de janeiro no Brasil é comemorado tradicionalmente com sol e mar, no Canadá as temperaturas são negativas.

Por isso, em algumas cidades do país é tradição no feriado mergulhar nos lagos e oceanos congelantes. Esse hábito é chamado de “mergulho do urso-polar”.

Já na Nova Zelândia, a virada de fim de ano é comemorada com bastante barulho e não pense que são os fogos de artifício!

Os moradores costumam bater nas panelas para atrair coisas boas para o ano novo e espantar as ruins.

Outro costume para lá de curioso acontece na Dinamarca. Durante a noite de Réveillon, os amigos saem às ruas para jogar louças nas portas dos amigos. Isso mesmo!

Na passagem do fim de ano para começo do novo, as pessoas saem quebrando tudo quanto é prato, copo e xícara na porta dos melhores amigos. Dá para acreditar?

Isso é uma prova de amizade e uma forma de dizer o quanto aquela pessoa significou durante o ano que passou.

Já os ingleses são mais discretos nas suas comemorações de fim de ano se comparado aos dinamarqueses. Embora, não menos curioso.


Nos últimos minutos do anoos britânicos costumam abrir as portas do fundo das suas casas para que o ano velho vá embora e abrir também as portas da frente, justamente pelo motivo contrário.

Na Escócia, o ano novo é comemorado durante 7 dias seguidos, a partir do dia 31. As ruas das cidades recebem desfiles.

Na capital do país, para comemorar o fim e início de ano, os canhões que ficam no Castelo de Edimburgo, importante ponto turístico, fazem disparos.

Copiado: https://www.blogodorium.com.br

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

QUAL EXPECTATIVA DO MERCADO PARA PEQUENAS EMPRESAS EM 2019?

Apesar de 2018 não estar sendo um ano fácil para a economia brasileira, as empresas estão chegando ao final do ano com números positivos. 
Segundo dados do Banco Central, o ano deve terminar com crescimento do PIB em torno dos 1,5%.
Este cenário aponta para o fim da recessão e prevê que 2019 será um bom ano para empreender. De toda forma é preciso estar atento aos ramos de negócios mais promissores para garantir os lucros e fugir da crise. Confira:

Cenário econômico

Antes de iniciar 2019 abrindo um novo negócio é importante saber alguns números. O Boletim Focus do Banco Central estima uma alta do PIB para até 2,5% durante o ano de 2019. Isto significa mais poder de compra, mais dinheiro circulando e negócios mais lucrativos.
Mas fique atento! O mesmo relatório aponta que a inflação continuará acima da meta, hoje estimada em 4,11%. Prevê-se ainda um aumento da taxa básica de juros (Selic) de 6,50% para 8%. Isto significa que será mais caro conseguir crédito para o seu negócio
Com o dólar em alta, empreendedores que dependem de insumos importados terão que se desdobrar para conseguir preços mais competitivos.

Tendências de sucesso para 2019

Franquias

As franquias foram o grande destaque deste ano e devem continuar em alta em 2019. Segundo dados do SEBRAE, o mercado de empresas franquiadas deverá crescer em torno de 20% no próximo ano.
Solidez, modelo confiável e público fiel são algumas das vantagens para se investir neste ramo de negócios. O mercado é diversificado, com modelos de investimentos que cabem em qualquer orçamento.

Tecnologia

Este é um dos setores menos abalados pela crise e com maior potencial de lucro para o ano de 2019. Com clientes cada vez mais conectados, o mercado de tecnologia vem atraindo empresas de todos os tipos.
Desenvolvimento e distribuição de softwares, soluções de gestão e criação de aplicativos são as áreas com maior previsão de sucesso para 2019. 
Outro ramo em alta é a criação de startups – empresas de inovação tecnológica. Alguns modelos de negócio são relativamente baratos e possuem retorno acima da média.

Economia compartilhada e sustentável

Os negócios colaborativos se tornaram uma febre em 2018 e tudo indica que serão sucesso no ano que vem. O empreendedorismo coletivo e consciente foi impulsionado por uma mudança comportamental sem precedentes no mercado.
O cliente se tornou mais criterioso e em busca de consumo sustentável. Outras práticas com lucros em alta são as soluções de compartilhamento empresarial (Hubs de trabalho, escritórios compartilhados) e a criação de produtos ecologicamente corretos.

Alimentos e bebidas

Culinária vegana, cervejaria artesanal, alimentos orgânicos – eis alguns dos ramos de sucessopara 2019 quando falamos de alimentação. Mesmo em tempos de crise o mercado de alimentos e bebidas se manteve aquecido por conta da capacidade de seduzir seus clientes com inovação e qualidade.
Bares, restaurantes, cervejarias e outros negócios relacionados prometem bons lucros para quem quer empreender em 2019.

Saúde e bem-estar

Os negócios do setor de bem-estar movimentaram entre 2017 e 2018 cerca de 300 bilhões de reais (dados do SEBRAE). A onda das academias de Crossfit e dos serviços de alimentação balanceada foi uma das mais lucrativas dos últimos anos e está longe de acabar.
As opções para quem quer empreender no setor são bem amplas: alimentos, acessórios fitness e consultorias. Até os aplicativos entraram nesse seguimento com soluções para quem quer ficar em forma.

Três regras de ouro para lucrar em 2019

Diferenciação

Uns chamam de gourmetização, outros de diferenciação. O importante é ser diferente e se destacar. A ideia do produto enlatado e pouco dinâmico está ficando para trás.
Cada vez mais os clientes buscam empresas com um diferencial tangível. Ingredientes exclusivos, materiais únicos, serviços com um toque a mais. Mas cuidado: não basta ser diferentão, tem que ser realmente bom.

Informatização

Vendas online, serviços monitorados por aplicativos, gestão de clientes digitalizada – a era da internet está impulsionando empresas de todos os setores. Negócios que investem em informatização poupam tempo e dinheiro, são mais dinâmicos e possuem maior lucro.
Uma tendência em alta para 2019 é a utilização de softwares de gestão em nuvem. Com um ERP moderno e eficaz sua empresa lida com contas a pagar, estoques e demais burocracias de maneira mais eficiente.

Segmentação

Foi-se o tempo em que as empresas atiravam para todo lado. A criação de negócios de nicho foi tendência em 2018 e virá com tudo em 2019.
Os modelos são vários: clubes de assinatura, restaurantes veganos, lojas especializadas em apenas um produto. Para obter sucesso neste setor é preciso fazer uma pesquisa detalhada sobre o perfil do seu cliente, investindo em produtos e serviços que realmente dialoguem com o que eles querem.
Copiado: https://andrebona.com.br