segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Adversidade como aliada

A adversidade cria a cultura da poupança, meio de assegurar o futuro, e também o interesse pelo investimento, forma de garantir maior produção, gerando, consequentemente, condições para maiores reservas. Esse é de fato um círculo virtuoso.

A adversidade, em muitos casos, tem sido fator gerador de grandes avanços na humanidade.
Alimentos enlatados, carnes e peixes defumados, bolos vendidos em fatias são produtos das adversidades. As dificuldades é que fizeram com que o homem desenvolvesse formas de garantir o sustento e criasse produtos que o mercado no mundo todo incorporou em seus hábitos.
A adversidade cria a cultura da poupança, meio de assegurar o futuro, e também o interesse pelo investimento, forma de garantir maior produção, gerando, consequentemente, condições para maiores reservas. Esse é de fato um círculo virtuoso.
A escassez e a possibilidade de outras adversidades é que têm levado a humanidade a desenvolver formas de multiplicação, como vemos, por exemplo, com a reprodução dos peixes em laboratório. Esta é a lição que temos que levar para dentro de nossas empresas.
Lamentavelmente, o pensamento econômico em nosso país só consegue enxergar a elevação dos juros como meio de controlar a inflação, colocando o mercado num estágio de dormência há décadas. O custo do dinheiro, aliado a absurda tributação, são as grandes adversidades dos nossos empreendedores.
Para as empresas que precisam crescer, melhorar a produtividade, gerar empregos, investir muitas vezes parece pouco razoável frente a tantas incertezas.
Neste país, mal o mercado começa a mostrar sinais positivos, o pavor de um aumento da inflação leva o governo a tomar medidas para contenção do consumo. O mercado sabe que decisões como essa inibem imediatamente os investimentos, com efeitos retardados do consumo.
Caindo o consumo, as empresas farão promoções para desova dos estoques, evitarão novas compras, cortarão despesas, postergarão ainda mais os investimentos, entrando numa fase de estagnação, recessão ou dormência.
A busca de alianças, a substituição de materiais, a simplificação de produtos e processos, a montagem de turnos de produção ininterruptos, as negociações em grupo, as parcerias para desenvolvimento de tecnologia são fatores que o mercado precisa aprender a usar para driblar adversidades como: insegurança e falta de recursos para investimento.
Nossa cultura mercadológica é voltada ao mercantilismo pontual, onde cada venda se torna uma negociação isolada. Isso custa demasiadamente caro para nossas empresas e o processo fica sem continuidade.
Precisamos aprender a fazer alianças não só comerciais e de fornecimento de materiais, mas alianças intelectuais.
Não podemos nos esquecer, nunca, que os nossos concorrentes estão, não só no prédio vizinho como do outro lado do mundo, trabalhando no conceito 24 x 7 x 365, num mundo que não para. Hoje a tecnologia permite que se processe informações, para a mesma empresa, no mesmo dia, em várias partes do mundo.
Tenho insistido no seguinte ponto: - A luta pelo futuro começa não como uma batalha pela participação de mercado, mas como uma batalha pela liderança intelectual. Essa é a liderança que as empresas não podem perder, caso queiram perpetuar sucesso.
As maiores adversidades já superadas pela humanidade foram possíveis devido da soma das capacidades individuais. Fato que hoje o homem voa e com segurança.
Diferenciais para sua empresa podem ser obtidos tornando as adversidades sua aliada.
Pense: - Que barreiras vocês conseguem superar e seus concorrentes não?
Não está claro, não é tão simples perceber?
Lembre-se do capital intelectual que sua organização possui e o faça trabalhar!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Twitter: @ivanpostigo

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tá Reclamando de que?

Claro que só podemos reclamar ou exigir aquilo que praticamos, mas os exemplos têm que vir de cima para baixo, ou seja, nossos políticos, as pessoas públicas que NOS REPRESENTAM têm obrigatoriamente que dar bons exemplos, por isso, vamos agir com decência e cobrar isso deles.
Tá Reclamando de que?

Tá Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? Do Renan? do Palocci? do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso?
Brasileiro reclama de quê?

O Brasileiro reclama, mas age assim:
1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.
5. - Fala no celular enquanto dirige.
6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7. - Pára em filas duplas, triplas em frente às escolas.
8. - Viola a lei do silêncio.
9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.
10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
13. - Faz " gato " de luz, de água e de tv a cabo.
14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.
16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.
18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.
27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

E ainda quer que os políticos sejam honestos...
Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas...
Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?
E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!

"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."
Amigos! A mudança deve começar dentro de nós, em nossas casas, em nossos valores, nossas atitudes!

Credito:  Carla Beatriz Palmeira - via Gmail

XXI Enangrad em Brasilia - 24 a 27 de Outubro 2010

O XXI ENANGRAD será realizado na cidade de Brasília, no período de 24 a 27 de outubro, e terá como tema central "O Ensino de Administração: Realidades e Perspectivas".

Mensagem do Prof. Jorge Cavalcante - Conselheiro Fiscal da ANGRAD e Coordenador do Painel 1

Particularmente, aguardo o ENANGRAD com altíssimas expectativas e acredito que todos os envolvidos direta ou indiretamente na área da Administração fazem o mesmo. O ENANGRAD é, hoje, um dos eventos mais produtivos e interessantes realizado em território nacional, cresce continuamente e cada vez mais se consolida como um palco perfeito e obrigatório para as discussões que versam sobre o tema da Administração. Todos os anos me surpreendo um pouco mais com a capacidade de inovação, versatilidade e qualidade que o ENANGRAD apresenta. Como presidente do CRA/MA, entendo a importância deste evento como uma oportunidade de trocar ideias e experiências com pares de todos os estados do Brasil. Como professor, percebo que o evento permite aos seus participantes a possibilidade de crescimento e aprofundamento dos conhecimentos. Como membro do corpo diretivo da ANGRAD, sinto orgulho por fazer parte de uma organização que não se acomoda e é capaz de discutir todos os aspectos da Administração, sem cair no convencional. Na próxima edição do evento, espero carregar ainda mais a minha bagagem de conhecimentos e aprimorar o que eu sei sobre esta área tão versátil e dinâmica chamada Administração.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Homenagem do Senado Federal

Homenagem do Senado Federal aos 45 Anos da regulamentação do Profissional  de ADMINISTRAÇÃO, em 09 de setembro de 2010, dia do ADMINISTRADOR. Estou representando todos os ADMINISTRADORES do MARANHÃO, como Presididente do CRA-MA

sábado, 11 de setembro de 2010

DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre"

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

45 anos da Administração: mais um ano de vida e muita coisa pela frente

Em 2010 os administradores comemoram os 45 anos da regulamentação da profissão, com um cenário cheio de dinamismo, mudanças e novas ideias pela frente.
Toda a classe de administradores está comemorando no dia 9 de setembro o 45º aniversário da criação da nossa profissão. Foi o dia em que os nossos legisladores reconheceram legalmente a profissão de técnico de administração com a inicial tônica operacional a respeito do nosso trabalho.
Logo a seguir veio a correção legal e passamos de simples técnicos à certificação como administradores abrindo alas para todo o nosso incrível potencial de influenciação e dinamização de decisões e ações de que hoje nos orgulhamos. Agora somos uma respeitada e respeitável categoria social e profissional. Mas ela precisa estar ainda cada vez mais unida e coesa, mais integrada e presente para poder cobrir todos os espaços disponíveis e possíveis e até agora não preenchidos à sua frente.
Mais um ano de vida e mais realizações pela frente. Mas não podemos nos esquecer do trabalho solidário e da ajuda mútua aos nossos colegas administradores em termos de intercâmbio de idéias, conceitos, modelos, práticas e experiências bem-sucedidas. Além do profissionalismo precisamos também compartilhar nossas vitórias e sucessos para alavancar as vitórias e sucessos de nossos colegas administradores.
Temos uma bandeira comum, valores a defender, ética e responsabilidade. Estamos avançando em senso estratégico, liderança, renovação cultural e espírito de equipe dentro de nossas organizações. Mas precisamos criar sinergias em nossos relacionamentos profissionais como classe ou categoria que deve se fortalecer cada vez mais. Podem até chamar a isso de espírito corporativista ou a denominação que estiver mais próxima ou apropriada.
O que quero ressaltar é que como administradores nós precisamos estar sempre na frente, definindo rumos, metas e objetivos, abrindo horizontes, buscando novas oportunidades, incentivando a colaboração espontânea das pessoas sob nossa direção, desenvolvendo talentos e lideranças, provocando a inovação e gerando valor e riqueza para assegurar competitividade organizacional e sustentabilidade em todos os sentidos.
Para tanto, temos uma tarefa complexa e dinâmica em um caminho espiral cada vez mais abrangente e sem fim. Além do profissionalismo precisamos também começar a desenvolver cada vez mais o espírito de equipe e de coleguismo com nossos colegas administradores, principalmente os mais jovens e neófitos. E isso significa ampliar nossa rede de relacionamentos profissionais não somente para manter as amizades e a camaradagem social, mas principalmente para desenvolver reciprocidade e ajuda profissional mútua.
Coaching e mentoring estão por ai. Muitos colegas administradores precisam ter a confiança e a certeza de que nas situações complexas que enfrentam e nas decisões abrangentes e incertas eles podem contar com conselhos, ideias e até palpites de colegas mais experimentados que tenham tempo disponível para ajudá-los em suas dúvidas ou perplexidades. Essa é a prestação de um serviço social de aconselhamento e orientação profissional com a qual cada um de nós pode ajudar a melhorar o desempenho individual de nossos colegas e conseqüentemente a imagem da nossa categoria em seu conjunto como um todo.
Precisamos também colaborar cada vez mais com nossas entidades representativas, principalmente os Conselhos Regionais de Administração e se possível, também com as universidades para ajudar na formação de novos administradores. Em resumo, precisamos ampliar e expandir nossos horizontes de influenciação para deixar indelevelmente as marcas de nossa presença como administradores.
A Administração está em todos os lugares e em todos os cantos do planeta. Sem ela as organizações em geral e as empresas e empreendimentos em particular não alcançariam suficiente competitividade e sustentabilidade no dinâmico, competitivo e complexo mundo dos negócios de hoje. Ela é fundamental na gestão empresarial, na gestão pública e em qualquer tipo de negócio concentrado ou disperso, físico ou virtual. E precisa levar em conta a mudança, transformação e volatilidade que impera neste mundo globalizado e mutável. Se vivêssemos em uma era de estabilidade e manutenção do status quo certamente tudo seria mais fácil.
Mas, o mundo da Administração requer aprendizagem e renovação constante, novos conhecimentos, habilidades e competências.
Por: Idalberto Chiavenato
Fundador e Presidente do Instituto Chiavenato, Idalberto Chiavenato é Doutor (PhD) e Mestre (MBA) em Administração pela City University of Los Angeles-CA, EUA, especialista em Administração de Empresas pela FGV-EAESP, graduado em Filosofia/Pedagogia, com especialização em Psicologia Educacional pela USP e em Direito pela Universidade Mackenzie

sábado, 4 de setembro de 2010

Cola Jesus - O Sonho Cor de Rosa dos Maranhenses...


GUARANÁ JESUS, O SONHO COR DE ROSA


Coca-Cola, que nada! Aqui no Maranhão o que está sempre na mesa acompanhando as refeições é o Guaraná Jesus, um dos refrigerantes regionais mais famosos do mundo. Preferência entre a maioria dos maranhenses, o refrigerante agrada pelo sabor adocicado e por sua cor (rosa). Apesar de algumas pessoas o acharem meio enjoativo. Este é meu caso.
A Jesus (como é comumente chamada a bebida) só é comercializado no nosso estado e no norte do Tocantins. É claro que empresários maranhenses ou pessoas que têm uma relação com o Maranhão vendem o produto em alguns estabelecimentos em cidades como o Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo. Mas, oficialmente, são apenas 45 mil pontos de vendas, segundo a Renosa, empresa que realiza a distribuição do refrigerante. A empresa, contudo, diz ser confidencial a quantidade de litros vendidos. Há quem acredite que ultrapassa a quantidade da Coca-Cola.

História – O Guaraná Jesus é obra do farmacêutico Jesus Norbeto Gomes. Ele, em sua empresa, produzia medicamentos como antigripais, por exemplo. O negócio era próspero, por isso Jesus Gomes decidiu adquirir algumas máquinas gaseificadoras que ficaram paradas durante algum tempo depois de problemas com patente de um produto. Foi então que o farmacêutico resolveu produzir águas gasosas e refrigerantes, para dar utilidade às máquinas.
Depois de muitas misturas e degustações entre os amigos, Jesus Gomes consegue encontrar a fórmula de sucesso que conhecemos hoje e que agradou ao paladar. Em 10 de março de 1927, ele recebe o aval do Departamento Nacional de Saúde Pública que afirmou ser o produto bom para consumo. Além do refrigerante o farmacêutico ainda fez Água Mineral, Água de Mesa, Gengibre Jesus, Água Tônica Três Quinas, Licor de Mate, Lupo Mate, todos com a marca Jesus.
Além de produzir as bebidas, Jesus Gomes fazia questão de pensar nos rótulos. Foram pelo menos três, até que no quarto, o farmacêutico decidiu utilizar sua própria assinatura, usada até hoje, claro com suas devidas reformulações. E foi entre 1950 e 1960, que o guaraná ganhou o slogan “O sonho cor de rosa das crianças”.
Atualidade – Desde2001, afórmula do Guaraná Jesus é propriedade da Renosa (empresa da Coca-Cola), que investiu um uma mudança na identificação visual do refrigerante. Com rótulos e latas diferentes, a Jesus ganhou o slogan “Guaraná Jesus. O sabor de se viver no Maranhão”.
A popularidade do mais conhecido refrigerante do Maranhão vai contra toda a lógica publicitária, pois até 1998 nenhuma propaganda do produto tinha sido veiculada em qualquer meio de comunicação.   Recentemente, com o prêmio internacional de design conquistado pela agência DIA Comunicação pela campanha de renovação da embalagem da Jesus, o refrigerante foi destaque em veículos de comunicação nacionais e nas redes sociais na internet.
Dica: Nunca abra a garrafa do refrigerante Jesus quando a bebida estiver quente. Ela deve estar bem gelada, ou é capaz de não ficar quase nada na garrafa. A bebida explode tal qual espumante. Evite também sacudir a garrafa.
Por: http://passeiourbano.com/ - Com informações da jornalista Roberta Gomes, em reportagem publicada no JornalO Estado do Maranhão. A jornalista é bisneta do farmacêutico Jesus Noberto Gomes.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Michael Porter: o poder da estratégia contínua para as empresas

"A estratégia não é algo rígido, é preciso agregar os ‘insights’ que surgem no dia a dia. É preciso pensar no gerenciamento através de melhorias contínuas”, relata o pai da estratégia moderna ."

O consumidor de hoje tem muitas opções na hora de escolher um produto ou serviço. Existem cada vez mais empresas no mercado disputando o mesmo espaço e o mesmo cliente. Além disso, se antes os concorrentes diretos estavam localizados próximos um do outro, a internet deixou essa concorrência sem fronteiras.

Devido a essa atual estrutura competitiva, é fácil verificar uma mudança no comportamento das organizações comparada às últimas décadas. Se antes não era necessário um projeto elaborado para montar um negócio, hoje, o sucesso de empreendimentos é consolidado através de um planejamento baseado em excelentes estratégias. Mas como exatamente podemos definir essas estratégias?
Michael Porter, considerado o pai da estratégia moderna e citado em vários rankings como o mais influente pensador da gestão e competitividade no mundo, destaca que os gestores precisam ter total conhecimento sobre o seu negócio e decidir o que irão focar e também aquilo que não será feito. "É preciso ter clareza sobre as estratégias para dar certo o negócio. O objetivo de uma empresa não deve ser de se tornar grande, mas obter um bom retorno sobre o investimento".
Trabalhando a estratégia emergente
Durante sua apresentação no Fórum HSM, realizado em São Paulo, no final do mês de agosto, Michael Porter ressalta que a boa estratégia é aquela que está em constante renovação.
Porter explica que "o mundo muda o tempo todo" e, por isso, as empresas que focam na estratégia de antecipação ficam limitadas. Para Porter, elas precisam pensar na estratégia emergente, pois essa é uma fórmula de interação ininterrupta entre a ação e definição dos objetivos. "Na estratégia emergente, em vez de se antecipar, a empresa experimenta, aprende e, com o tempo, a estratégia emerge naturalmente."
Para isso, o professor de Administração e Economia da Harvard Business School explica que se deve unir as ideias que surgem no cotidiano para implementar a melhor tática possível. "A estratégia não é algo rígido, é preciso agregar os 'insights' que surgem no dia a dia. É preciso pensar no gerenciamento através de melhorias contínuas", relata Porter.
A hora da responsabilidade social
Hoje, a tendência para a estratégia corporativa é a responsabilidade social. Segundo Michael Porter, as empresas que apostaram ou apostam em suas estratégias baseadas nessa nova disposição empresarial possuem mais chances de ampliar seu mercado e ultrapassar seus concorrentes.
"Os valores do cliente mudaram significativamente nos últimos anos e estão mais voltados e preocupados com a pobreza e a sustentabilidade. As pessoas estão pensando diferente sobre as questões da responsabilidade social", relata o pai da estratégia.
Para Porter, esses novos valores devem ser usados não só como uma questão de imagem perande a sociedade, mas como algo eficiente e produtivo para o próprio negócio.
Segundo o professor, são poucas as empresas que realmente conseguem visualizar e aliar a sustentabilidade a favor da gestão financeira, principalmente com a redução de custos nos negócios. "As empresas devem parar de projetar os produtos sustentáveis de forma descordenada e sem planejamento apenas para chamar atenção. Ao administrarem e pensarem no valor da utilização de um material orgânico, por exemplo, economizarão gastos nas finanças da corporação".
A competitividade brasileira
O mundo acompanhou como o Brasil teve um desempenho satisfatório diante da recente crise econômica. Alias, o nosso país tem aproveitado diversas oportunidades de expansão nessa concorrência global. Michael Porter ressalta esse importante avanço na economia brasileira, mas destaca que o país ainda sofre com diversos problemas que dificultam um crescimento mais acelerado.
"Ninguém deve acreditar que vai crescer para sempre. O Brasil está com uma economia sólida e de otimismo, mas ainda precisa corrigir problemas como altas barreiras tributárias, déficit orçamentário elevado e muita violência", ressalta Michael Porter.
Além disso, outro aspecto que prejudica a competitividade brasileira é que, "apesar de excelente em recursos humanos, o Brasil não tem sido grande fonte de patentes e inovação em ciência e tecnologia. É preciso melhorar as instituições científicas e a educação". Segundo Porter, outros países considerados como emergentes - China e Índia - estão consideravelmente mais bem posicionados que o Brasil.
De acordo com sua visão, "está na hora do setor privado e dos empresários brasileiros assumirem suas responsabilidades sobre o destino da economia e tornar o país uma importante plataforma de negócios: o Brasil não será o local das commodities, nem tampouco da manufatura mais baratas".
Sobre Porter
Michael Porter é professor em Administração da Harvard Business School e autor de 18 best-sellers, entre os quais se destacam: Vantagem competitiva, Estratégia competitiva, A vantagem competitiva das nações, Competição e, Repensando a Saúde. Porter é considerado o pai da estratégia moderna e tem sido citado em vários rankings e pesquisas como o mais influente pensador da gestão e competitividade em todo o mundo.
Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br