sexta-feira, 30 de abril de 2021

Obesidade Mental: o que é e como prevenir.


Quando comecei a divulgar o canal do telegram, pensando em ajudar na distribuição dos conteúdos que posto aqui, me senti culpada.

Será que estou contribuindo para a sobrecarga de informações das pessoas?

Esse pensamento não me veio à toa. Com a quarentena e a migração para o online de praticamente tudo o que cerca a nossa vida diária (trabalho, relações sociais, lazer, etc), além da sobrecarga intrínseca a essa mudança houve também uma corrida dos conteúdos por parte dos criadores, empresas e afins.

E eu me senti sobrecarregada. Estressada, Com vontade de me desconectar de tudo. Mas sem ter para onde ir (afinal, era isolamento), o que me (nos) restou era mesmo aumentar o tempo de tela.

Eu vi esse tempo de tela me consumindo e piorando minha saúde mental. Vi isso acontecer com praticamente todo mundo ao meu redor. Mas não tinha parado pra pensar que eu mesma poderia estar sendo responsável por isso!  Só me dei conta disso quando uma amiga muito querida me chamou no inbox um dia e disse: “sou mãe. Não consigo acompanhar tudo o que você posta”.

E então veio a culpa. Eu, que estou sempre aqui falando para vocês sobre saúde integral, sobre cuidar das emoções, estava sendo também uma causa de sobrecarga de informações para as pessoas… que grande epifania!

E então, decidi pesquisar um pouco mais sobre a chamada “obesidade mental”, um termo muito falado no meio dos negócios (*) mas pouco falado na área da saúde. E então, descobri o seguinte:

Da mesma forma que a obesidade física está relacionada a maus hábitos de vida, como sedentarismo e escolhas alimentares erradas (guloseimas), a obesidade mental está relacionada com o sedentarismo intelectual e o consumo de conteúdos irrelevantes.

E da mesma forma que a obesidade pode trazer riscos a saude física, a obesidade mental pode trazer riscos a saude emocional.

O que causa “obesidade mental” (ou “obesidade intelectual”)?

·         Falta de atividades intelectuais produtivas (por exemplo, mais tempo de tela e menor tempo de leitura)

·         Consumo de conteúdos “lixo” (como propagandas) ou “guloseimas” (conteúdo de entretenimento de baixa qualidade)

·         Consumo excessivo de informação de uma forma geral (não necessariamente apenas conteúdo supérfluo, mas também o conteúdo “bom” em excesso), a ponto do cérebro não conseguir reter ou processar de forma eficaz.


 

Como saber se estamos diante de um quadro de OM?

Quando notamos a presença dos seguintes sintomas:

·         Esgotamento mental,

·         Distração (dificuldade de concentração),

·         Redução da capacidade de retenção de conteúdo,

·         Falta de criatividade,

·         Dificuldade na finalização de tarefas,

·         Procrastinação

·         Sintomas como ansiedade, estresse e piora do humor

·         Piora do sono…

Uma coisa que é importante dizer é que não existe um “artigo científico” que chancele essa lista acima. Eu construí essa lista a partir da consulta e combinação de uma série de textos e referências que encontrei na internet.

Nota do autor: nesse momento do texto, me dei conta dos meus padrões de “gula” de informações e percebi o quanto eu também estou presa nessa rede. Alguns desses sintomas são os que eu tive… #tamojunto

(*) Nota do autor 2: parece que o termo “mental obesity” é atribuído ao livro publicado em 2001 pelo autor Andrew Oitke, antropólogo de Harvard. No entanto, o livro original nunca foi encontrado – eu também tentei pesquisar e não consegui. Então, se você encontrar o original, por favor me escreva compartilhando esse achado!

E afinal, como melhorar isso?

·         Selecionar melhor o conteúdo (“gestão dos inputs”)

·         Respeitar o tempo de processamento (tempo para pensar)

·         Colocar em prática um conteúdo aprendido (vale fazer resumo, ensinar para alguém, praticar)

·         Na prática, surgem dúvidas – só aí, quando as dúvidas surgirem, aprofundar o conteúdo (e repetir o ciclo)

·         Preferir livros a telas e escrever ao invés de digitar (ajuda no tempo de processamento)

·         E O MAIS IMPORTANTE: respeitar o tempo de descanso (ir para o corpo – fazer atividades corporais como yoga, lian gong, tai-chi), meditar, esvaziar a mente, viver!



E depois de tudo isso, espero que consumir meus conteúdos continue fazendo sentido pra você.

Espero que o canal do telegram seja como um grande inventário, uma biblioteca que você pode consultar sempre que quiser (e não “mais um conteúdo” pra encher você e sua cabeça de informações que não vão ser postas em prática).


Desejo do fundo do meu coração que vocês fiquem bem! 

Eu vou fazer meu dever de casa por aqui.


Por: DRAJULIANAGABRIEL -  Saúde Integral (visão holística da saúde) 

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Soft Skills - Conheça 15 soft skills para desenvolver agora mesmo

 

Com o avanço das transformações no mercado e nas relações de trabalho, cada vez mais empresas estão percebendo que precisam de colaboradores com habilidades que vão muito além da técnica. Soft skills são competências relacionadas ao comportamento do indivíduo, muito mais atreladas à personalidade e às experiências, do que à formação profissional. Conheça algumas soft skills para desenvolver!

Reconhecer e ampliar suas capacidades é tão importante quanto ter uma formação específica na área de atuação. Se você ainda não começou a trabalhar seu desenvolvimento pessoal, estabeleça metas. Busque treinar sua inteligência emocional tanto no trabalho como em situações do cotidiano e, sempre que possível peça feedback para as pessoas próximas.

Neste conteúdo, você vai entender o que são as softs skills, assim como conhecer 15 que os candidatos precisam desenvolver para se destacar no mercado de trabalho. Acompanhe!

O que é soft skills?

Soft skills são as habilidades ligadas ao comportamento do colaborador. Ou seja, é a sua capacidade de desenvolver uma relação positiva com o trabalho e seus colegas, influenciando positivamente o ambiente. A inteligência emocional e o relacionamento interpessoal são exemplos de soft skills.

Durante um processo seletivo, muitos candidatos aparecerão cumprindo os requisitos especificados: formação acadêmica, fluência em idiomas, especialização, cursos técnicos, etc. Todas essas habilidades trarão aptidão para cumprir as exigências da vaga. No entanto, muitas vezes são as soft skills que farão a real diferença entre um concorrente e outro.

Algumas pessoas parecem ter certas habilidades inatas, como a criatividade ou a organização. Porém, com um bom autoconhecimento, é possível aprimorar essas qualidades que já se manifestam espontaneamente e ainda desenvolver outras, que trarão destaque para um cenário de negócios tão competitivo.

É possível desenvolver soft skills ao longo do tempo, para tanto, é preciso procurar o autoconhecimento e perceber o seu papel dentro da organização. A seguir, listamos 15 dessas habilidades para você conhecer.

Quais as 15 habilidades para desenvolver?

A seguir, listamos as 15 habilidades que os candidatos precisam desenvolver para conseguir se destacar no mercado de trabalho. São características que podem ser adquiridas com o passar dos anos de trabalho, desde que haja uma verdadeira percepção.

1. Comunicação eficaz

Essa é a principal aptidão que deve ser desenvolvida, e não apenas no meio profissional. É indispensável ter a capacidade de se fazer entender de maneira clara e eficaz, sempre levando em consideração seu público-alvo. 

Mas comunicar não é apenas expressar, como também saber ouvir atentamente e contextualizar o que é transmitido. Tenha em mente que dosar o que é dito e quanto é dito — ou escrito — além de sinal de inteligência pode interferir diretamente na sua produtividade.

2. Escrita

Muitas relações de trabalho se dão por e-mails, contratos ou algum tipo de programa de mensagens instantâneas. Saber escrever corretamente é garantir uma boa comunicação e aprimorar sua imagem como colaborador.



Vale lembrar que muitas pessoas acreditam que e-mail não tem “tom de voz”, mas a escolha dos verbos e colocação da frase trazem formas diferentes de se expressar, portanto, é fundamental tomar cuidado e escolher com cuidado a construção frasal.

3. Empatia

Essa soft skill também se relaciona diretamente com a comunicação. Ela que vai ajudar a liderar e obter maior dedicação de seus parceiros de equipe. Colocar-se no lugar do outro é tratar todos com respeito e educação, principalmente em situações mais difíceis. 

Dessa maneira, é possível criar espaço para pedir e dar feedbacks, ferramentas fundamentais para o crescimento profissional. É por meio dessa conversa que você poderá entender os seus pontos fortes e de melhorias.

4. Colaboração

Trabalhar bem em grupo é essencial para construir um grupo de alto rendimento. É nesse momento que temos várias cabeças pensando juntas para um objetivo em comum, os que faz com que as habilidades de cada um se complementem.

A colaboração é fundamental para o clima organizacional. Um ambiente de trabalho colaborativo é mais saudável para os colaboradores e ajuda no estreitamento das relações entre eles.

5. Organização ou planejamento

Fundamental para aumento da eficiência e qualidade do trabalho. Ser um profissional organizado faz com que haja economia de tempo, pois as informações são encontradas de forma mais rápida. 

Além disso, você diminui sua suscetibilidade aos erros relacionados à desatenção. Dessa forma, o profissional passa uma imagem de maior competência, podendo influenciar de maneira positiva os colegas.

6. Flexibilidade

Cada vez mais o mercado exige que os profissionais saibam se reinventar. Novas demandas surgem a cada dia, tanto para futuros desafios quanto para cargos já em vigência. 

Para ser um talento de destaque, é necessário mostrar essa versatilidade tanto no currículo quanto na sua rotina empresarial e emocional.

7. Resiliência

A resiliência é necessária, principalmente, em momentos de crise. Entender como superar as adversidades e, muitas vezes, recomeçar, demonstra maturidade e força. Não é uma habilidade fácil de desenvolver, pois é necessário ter passado pela experiência de situações difíceis.

É preciso compreender que errar faz parte do processo de aprendizagem e, dessa forma, persistir até conseguir finalizar ou avançar em determinado processo.

8. Trabalhar sob pressão

Mesmo nos melhores ambientes de trabalho, por algumas vezes, acontecem situações desafiadoras e/ou inesperadas que exigem muito equilíbrio emocional para que o rendimento e os resultados não sejam afetados. 

O segredo aqui é gerenciar o estresse sem perder o foco. Saber o momento de respirar e não se agarrar aos problemas, mas sim às soluções e possibilidades.

9. Capacidade de resolver problemas

Os bons observadores e detalhistas podem ter vantagem em desenvolver essa skill, que é uma das mais procuradas no mercado. Porém, além da capacidade de análise de um quadro, também é necessária a destreza para tomar uma decisão da melhor forma possível.

10. Pensamento criativo

É a criatividade que nos permite inovar e buscar melhorias e soluções em todos os âmbitos de um negócio. Essa capacidade é desenvolvida com muito estudo e aprendizado com as experiências.

11. Relacionamento interpessoal

Além das relações necessárias e estabelecidas dentro da própria equipe, há muitas áreas dentro de uma organização que conversam entre si. Uma boa conexão entre colaboradores de diferentes áreas (Recursos Humanos e Financeiro, por exemplo) ajuda a atingir melhores resultados.

12. Liderança

Exercer uma boa gestão de pessoas implica saber motivar e engajar as pessoas do seu time, identificando as melhores competências de cada um, sabendo aplicá-las em prol das metas estabelecidas. Ser um bom líder também significa mostrar segurança e dar exemplo.

13. Visão geral

Ter uma real dimensão do todo, mostra que o profissional está integrado com a dinâmica da empresa, seus objetivos e sua metodologia. Essa é uma ferramenta muito importante na hora de propor mudanças ou criar expectativas, pois causa impacto em toda a estrutura organizacional.

14. Negociação

Buscar atingir objetivos que satisfaçam as duas ou mais partes envolvidas. Para isso, essas partes devem ter um mesmo propósito final, como uma venda, a assinatura de um contrato ou a preenchimento de uma vaga de trabalho. 

Até mesmo a flexibilização de um horário ou prazo de entrega de um relatório são decididos por meio de pequenas negociações internas. É preciso saber conduzi-las com naturalidade e estratégia.

15. Ética

Desenvolvida ao longo da vida, é formada por valores individuais e coletivos. Diferencial bastante importante, principalmente no meio corporativo, que pode gerar situações tensas e competitivas. Em um cenário ideal, é ela que dá a sustentação para que as outras soft skills se desenvolvam.


Essas são as soft skills mais buscadas e necessárias atualmente. Tão importante quanto desenvolvê-las, é saber identificá-las, tanto na análise de colaboradores que já são membros de uma companhia, quanto durante a captação de futuros talentos. Contudo, diferentemente de capacitação técnica, essas aptidões não são ensinadas facilmente.

Nem todos desenvolvem todas as habilidades de igual forma e intensidade, e isso é natural devido aos diferentes tipos de experiências, pontos de vista e aprendizagem. É isso que garante a singularidade de cada um.

O importante é ter em mente que as soft skills são reflexo de um desenvolvimento contínuo e sempre sujeito a aperfeiçoamento. Assim sendo, vale a pena buscar fortalecer e reconhecer as capacidades de acordo com o autoconhecimento e as exigências do mundo corporativo atual.

Copiado: https://blog.solides.com.br/

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Salário Emocional: 10 fatores que definem a remuneração além do dinheiro


Salário emocional, você já ouviu essa expressão? Essa remuneração não é feita por meio de dinheiro, mas sim de satisfação de uma pessoa no trabalho. Esse conceito, que é composto por todas as coisas positivas e não financeiras que é possível obter exercendo uma atividade profissional, começou a ser estudado há 10 anos.

A mexicana Marisa Elizundia, especialista em recursos humanos, pesquisa o tema há anos na Espanha e diz que espera criar uma nova forma de pensar o trabalho a partir desse conceito. A especialistas explica que para a força de trabalho, os fatores emocionais que condicionam o trabalho são cada vez mais determinantes, principalmente em tempos de pandemia, onde predomina a sensação de "viver para trabalhar".

Analisar o seu salário emocional pode ajudá-lo a avaliar em que medida o seu trabalho realmente o satisfaz e quais elementos você deve observar e, se possível, modificar, para encontrar o equilíbrio.

"O salário econômico é a base, mas tudo o mais tem que ser adicionado a essa equação, todos aqueles elementos que ajudam você a crescer pessoal e profissionalmente. Esse é o salário emocional", diz Elizundia à BBC News Mundo.

"Nós investimos um terço de nossas vidas no trabalho e não podemos pensar nisso apenas em termos econômicos. Sim, você trabalha por dinheiro, mas se tirar a parte econômica, o que você tira disso? Por que você trabalha?", questiona.

O salário emocional reúne todos os elementos que "vão influenciar suas decisões no trabalho, como você se relaciona e todos os seus comportamentos".

"Não é algo fixo, pode mudar com o tempo, e você é um agente muito importante para administrar ativamente seu salário emocional e reivindicar o que falta, mas os líderes à frente das empresas também têm uma importância brutal", explica Elizundia.

Mas ela alerta que um alto salário emocional não compensa um baixo salário econômico — até porque a remuneração é a melhor forma da empresa mostrar que valoriza o funcionário.

"No final das contas, se as empresas querem reter seus melhores talentos, elas devem dar-lhes uma compensação financeira adequada. O salário emocional é algo que se soma ao salário econômico", diz a especialista.



Algumas empresas aproveitam o 'salário emocional' para atrair talentos ou ganhar a lealdade de seus funcionários. E não há nada mais improdutivo do que um funcionário infeliz.

Outras, por outro lado, consideram isso uma despesa. "E do ponto de vista contábil, é mesmo, pois é preciso investimento para fornecer um bom salário emocional", escreveu Juan Alfonso Toscano Moctezuma, doutor em Ciências da Administração pela Universidade de Ciudad Juárez, no México, em um trabalho acadêmico de 2020.

Alguns exemplos de salário emocional são horários flexíveis, folgas, creches, benefícios sociais, atividades de voluntariado ou espaços de lazer na empresa, explica a IMF Business School, escola de negócios em Madri, na Espanha. 

Coisas como reconhecimento, treinamento e planos de treinamento também fazem parte do salário emocional.

Os 10 fatores

Em sua pesquisa, realizada em mais de vinte países e em vários tipos de empregos, Elizundia encontrou 10 fatores-chave que servem para medir o salário emocional. Em resumo, são eles:

  • Autonomia — "É a liberdade que se sente para poder administrar seus próprios projetos", diz Elizundia.
  • Pertencimento — "O fato de pertencer a um grupo que te valoriza e te reconhece".
  • Criatividade — "Muitas pessoas acreditam que a criatividade é algo exclusivo dos artistas, mas mesmo as pessoas com trabalhos considerados mais 'sérios' podem colocar sua marca criativa no trabalho", diz Elizundia.
  • Plano de carreira — "A projeção de carreira no futuro, a perspectiva de médio e longo prazo na sua carreira".
  • Prazer — "É a parte de curtir, ter momentos agradáveis ​​no trabalho", explica ela. "Não podemos falar de felicidade, porque ela é um conceito muito mais complexo, mas é possível ter momentos de alegria e diversão no trabalho."
  • Dominar sua função — "A satisfação que você sente com um trabalho bem feito te enche de orgulho. E essa satisfação te faz ficar um pouco melhor a cada dia em sua função, você começa a aprender o que vai dar certo ou errado, começa a se tornar proficiente no que faz."

  • Inspiração — "Aqueles momentos que você tem graças ao seu trabalho que geram um sentimento de ampliação de possibilidades, que te inspiram, que te dão uma nova perspectiva, uma nova forma de olhar situações e pessoas que talvez você não tivesse antes."
  • Crescimento pessoal — "É quando, graças ao seu trabalho, você enfrenta desafios que o ajudam a melhorar como pessoa, a obter mais de si mesmo."
  • Crescimento profissional — "São aqueles momentos que te ajudam a exercitar suas habilidades e seus talentos no caminho para ser um profissional melhor".
  • Ter um propósito — "É quando você tem a sensação de que seu trabalho contribui para os seus próprios propósitos e os da empresa, que aquilo tem um significado para você", diz Elizundia.

  1. Copiado: https://www.contabeis.com.br/

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Esclarecimento sobre o termo “Administrador” ou “ADM”


Com o advento das redes sociais, não é raro encontrarmos as expressões relacionadas ao Administrador, ou seja, indivíduo devidamente formado no curso de bacharel em Administração e registrado em conselho profissional, sendo utilizado em um contexto não próprio. 

Frases como “administradores das redes sociais ou ADM” são amplamente difundidas hoje em dia e se referem a profissionais, muitas vezes de comunicação ou marketing, que gerenciam perfis profissionais de marcas, influencers, personalidades públicas ou artistas. 

São esses os responsáveis pela produção de conteúdo, posicionamento de branding e  interação com o público. Desempenham um papel, sem dúvida, fundamental para os dias atuais, nos quais a vida acontece, em grande parte, no meio virtual. Porém, isso não significa que sejam Administradores. 

Infelizmente, é comum vermos as empresas e até a imprensa utilizando, erroneamente, o termo Administrador para cargos, funções e pessoas que não o são. E isso não é de hoje. Está longe de ser um privilégio da internet. Pelo contrário… O deslize acontece também pelo senso comum. 

Vamos lá: Administrador, ou ADM como muitas vezes é carinhosamente chamado, é aquela pessoa que cursou Administração e está devidamente registrada em Conselhos Regionais de Administração, presentes em todas as unidades federativas do Brasil. 

 


A profissão é regulamentada pela Lei n.º 4.769, de 9 de setembro de 1965, que dispõe sobre o exercício da atividade.

Para que alguém possa ser, devidamente, chamado de Administrador, é necessário muito estudo. No mínimo, um diploma aceito pelo sistema educacional brasileiro e anos dedicados para se tornar um Administrador qualificado e com conhecimento.

A capacidade de um bom administrador vai além de planejar, dirigir, organizar e controlar e a importância de tal profissional para a sociedade já foi, muitas vezes, comprovada.

A Administração é uma ciência holística. O que significa que, do ponto de vista corporativo, permite visão e análise completas e integrais. E é exatamente o que garante a diferença. Mas, reforço novamente, que este é um processo que envolve muito estudo, preparação, formação e dedicação específicas.

Além disso, a Administração conta com um órgão responsável pela disciplina e fiscalização do exercício profissional, criado há mais de cinquenta anos.

O Sistema CFA/CRAs é composto pelo Conselho Federal de Administração, situado em Brasília, no Distrito Federal, juntamente com os Conselhos Regionais de Administração, espalhados por todo o Brasil. Juntos, eles são responsáveis pela defesa e desenvolvimento da profissão do Administrador.

 


Portanto, é preciso cautela e conhecimento para se usar adequadamente o termo Administrador ou ADM para não correr o risco de cair em usurpações ou apropriações indevidas.

Entende-se que eles são de uso exclusivo das situações explicitadas anteriormente. Sendo assim, o vocábulo mais adequado para essas situações genéricas seria gestor. 

Administrador Rogério Ramos

Presidente em exercício do CFA

Copiado: https://cfa.org.br/

segunda-feira, 19 de abril de 2021

O Mercado do Perito-Administrador


 Uma atividade rentável de mercado pouco conhecido.

O perito-administrador envolve-se com perícias onde em grande parte o economista e contador igualmente têm atuado.

O mercado do perito-administrador está na Justiça Estadual, do Trabalho e Federal, estando habilitado a realizar perícias que versem sobre: cartão de ponto, recibo de pagamento, registro de empregados, convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho, descrição de cargos, plano de carreira, guias de recolhimento do FGTS, atestado médico, contratos de financiamento, empréstimo, cheque especial, aluguel, leasing e outros que caracterizem procedimentos administrativos.

Não se pode deixar de comentar que o mercado é vasto e de pouco conhecimento da classe dos administradores. 

Certamente, o pouco conhecimento é devido a um fator marcante na atividade do perito: a discrição em que o trabalho pericial está restrito.

 Poucas são as pessoas que têm acesso ao laudo do perito-administrador e o quanto ele recebe de honorários. 

Estas pessoas são os juízes, advogados alguns funcionários do cartório onde tramita o processo.

Por outro lado, é notada determinada reserva na divulgação deste mercado pelos próprios administradores, sendo por demais difícil encontrar um perito-administrador ou qualquer outro interessado em ensinar os meandros do ofício àquele que nada conhece sobre o assunto e pretende fazer parte do meio. 

Outrossim, as faculdades de administração não costumam ensinar aos alunos a respeito do trabalho em si do perito e os trâmites afins na Justiça.

Por sua formação, o administrador é um técnico com razoável flexibilidade, o que pode possibilitar adaptação e conciliação do encargo de perito judicial às condições de trabalho que desempenha como profissional liberal ou proprietário de um pequeno negócio ou, até, como empregado de empresa.

A perícia judicial, como as práticas de consultoria empresarial e auditoria, se enquadra nas diversas especialidades em que se desdobra a administração e representa um grande mercado onde o administrador exerce o encargo como profissional liberal. 


A ele é possível atuar, judicial e extrajudicialmente, em áreas como: 

  • marketing, 
  • planejamento, 
  • materiais, 
  • finanças, 
  • recursos humanos e pessoal, 
  • análise de sistemas e informática, 
  • organização e métodos, 
  • administração geral, 
  • administração hospitalar e 
  • outras atividades exclusivas do administrador.

Para o exercício da função de perito-administrador, é exigível estar registrado no Conselho Regional de Administração – CRA, de seu estado. 

Deve também, no mínimo, ter à mão certidão emitida por este conselho, onde conste as áreas em que possui habilitação para perícia. 

Essa certidão de habilitação é obtida simplesmente com um pedido dirigido ao CRA.

O perito judicial administrador é nomeado pelo juiz do trabalho, juiz federal e juiz de direito, ou então é indicado pelas partes envolvidas em um processo.

Não se consente ficar desatento e portanto desconsiderar o fato que o administrador e o economista participam atualmente menos no mercado das perícias quando comparados ao contador, cabendo a eles empreenderem mais neste campo.

Para maiores informações sobre o assunto perícia judicial para administradores, leia o livro Manual de Perícias.

Copiado: https://www.manualdepericias.com.br/