sexta-feira, 27 de setembro de 2013

As 7 Farsas Sobre a FELICIDADE

Falar sobre felicidade é sempre uma tarefa delicada devido a sua relatividade, por isso optei por retratá-la através das farsas que são incutidas pela sociedade em nossa mente sobre felicidade, que na maioria das vezes somente nós afastam dela.
I. Felicidade é ter dinheiro
Essa é uma das maiores farsas sobre a felicidade, desde que já tenhamos as necessidades básicas supridas. São nos países de 1º mundo que os medicamentos antidepressivos são mais vendidos e também onde são registradas as maiores taxas de suicídios.
Ao contrário do que pensamos as pesquisas demonstram que o dinheiro gasto em bens não traz a felicidade esperada, mas aquele gasto com relacionamento com as pessoas que gostamos como viajens, refeições, festas e etc. trazem.
Essa ilusão ocorre, pois muitos erroneamente acreditam que quem tem mais vale mais e quem tem menos vale menos, ou seja, uma inversão valores ter e ser
Não estou dizendo que dinheiro não é importante, cada um lida com ele ao seu modo, mas com certeza ele não é fonte da felicidade.
II. A felicidade dos outros ofusca a nossa
Quem me conhece sabe que possuo uma felicidade exacerbada e devido a isso recebo criticas de que ela incomoda algumas pessoas ao meu redor. Isso é inveja, um sentimento antagônico á felicidade, observe, que coincidentemente, todos os invejosos são infelizes.
O Baron de La Brede et de Montesquieu diz que “Se quiséssemos ser apenas felizes, isso não seria difícil. Mas como queremos ficar mais felizes do que os outros é difícil, porque achamos os outros mais felizes do que realmente são”
Bertrand Russell, em “A Conquista da Felicidade” diz que a felicidade que satisfaz verdadeiramente é acompanhada pelo completo exercício das nossas faculdades e pela compreensão plena do mundo em que vivemos, ou seja, a sua felicidade depende somente de você.
III. A felicidade depende dos outros
Em minha opinião a felicidade está muito mais vinculada à atitude pessoal e a forma como construímos nosso mundo interno do que ao mundo externo, mesmo sendo influenciado por ele, mas o a felicidade em si está em nossos comportamentos na forma como vemos o mundo ao nosso redor, por isso que a felicidade é tão relativa.
Cuidado para não ser influenciado pelos sonhos coletivos de felicidade invente o seu próprio ambiente interior de felicidade, alimente-o sempre com momentos mágicos novos e mantenha-o fora de alcance dos pessimistas de plantão. Levo-o com você sempre em qualquer lugar que for, porque se existe realmente felicidade, ela está dentro de você.
IV. A felicidade está no final do arco-íris
Aquela historia de que somente será feliz quando casar, comprar sua casa, se formar, conseguir aquela promoção é uma desculpa para postergar a sua felicidade.
Estudos demonstram que as circunstâncias são responsáveis por apenas 10% da nossa felicidade, também demonstram que conseguir aquilo que queremos nos faz feliz apenas por um breve período de tempo alguns minutos, horas ou dias. Depois que passa aquela excitação inicial da conquista voltamos “ao normal” ou até sofremos um efeito rebote de infelicidade.
Felicidade não é um destino, mas uma jornada.
V. Pessoas felizes sempre têm a auto-estima elevada
Estudos realizados pela Califórnia University contradizem esta afirmação, na realidade auto-estima e felicidade não possuem nenhuma correlação de dependência.
O estudo demonstra que pessoas com auto-estima elevada podem ser infelizes, pois definem objetivos mais ousados que geram frustração quando não atingidos dando origem á sementes de infelicidade. Já aquelas com baixa auto-estima são felizes, pois acreditam na máxima de Aristóteles: A felicidade pertence aos que se bastam a si próprios, ou seja, exigem menos da vida e assim estão satisfeitos com a vida que levam.
VI. A Felicidade é eterna
E viveram felizes para sempre... somente existe em contos de fadas, na vida real existem altos e baixos. No século XVIII criou-se a crença de que o ser humano deveria evitar a dor das sensações negativas, ou seja, devemos evitá-las.
Na teoria isso é muito bonito, mas existe um problema nesta filosofia de vida, a dualidade das emoções. Embora dolorosas as ditas sensações negativas são na maioria das vezes responsáveis pelo nosso próprio crescimento, alem disso aprendemos que os efeitos destas sensações são temporários, e suas causas, específicas, delimitadas, já que a realidade é mutável.
Enfim enfrentar estas sensações nos torna mais fortes e conscientes de nossas competências.
VII. Eu não sou feliz
Não existe receita de felicidade, qualquer pessoa pode ser feliz.
Ao contrário do que imaginamos a falta de felicidade não está ligada simplesmente a um conceito de felicidade muitas vezes utópico. Pesquisadores têm observado que a forma na procura é que tem levado milhões de pessoas a não encontrá-la, pois as pessoas se esforçam tanto nesta busca que acabam deixando de lado os pequenos prazeres e alegrias diários, que podem ser consideradas como ilhas de felicidade.
Suce$$o

Não Seja um Profissional do Contra

Você conhece pessoas que vivem apresentando resistência diante de novas ideias, soluções ou mudanças? 

Aquelas pessoas que na maioria das vezes são do “contra”, e dificilmente contribuem para inovar? 

Quando surge uma nova ideia, ou um novo trabalho, muitas pessoas acabam se mostrando acomodadas e resistentes para aceitar o que é proposto, utilizando a expressão “AH, MAS”. 

Por exemplo, quando um novo sistema de gestão é divulgado, alguns já dizem “ah, mas isso não vai dar certo”, “ah, mas vai dar muito trabalho” e assim por diante. 

São pessoas que começam a colocar obstáculos antes mesmo da aplicação de qualquer novidade.

É claro que ter senso crítico moderado é importante. Em muitos casos o indivíduo pode usar a expressão “ah, mas” porque está enxergando algo que os outros não estão vendo, e isso deve ser avaliado para encontrar uma solução, ou ajustar um planejamento. Porém, antes de usar o “ah, mas” devemos acionar o senso realista e não o pessimista.

Se uma mudança for necessária devemos analisá-la, mas com a visão das possibilidades e não com uma visão de contrariedade. Os profissionais que são verdadeiramente comprometidos estão sempre engajados para contribuir com o sucesso da empresa. Ao invés de utilizarem a expressão “ah, mas”, eles pensam: “como podemos executar da melhor maneira?” 

“Torne-se um possibilitado. Não importa o quão escuras as coisas pareçam ser ou realmente sejam, levante sua mira e enxergue as possibilidades - sempre veja-as, pois elas estão sempre lá.” (Norman Vincent Peale)
  • Você pretende se destacar em seu trabalho? 
  • Quer ter um marketing pessoal positivo?

Então, quando não concordar com algo, ou quando enxergar os obstáculos de uma nova atividade, apresente soluções para agregar valor e não fique apresentando impossibilidades. Fazendo assim você estará contribuindo com novas possibilidades e mostrará preocupação, comprometimento e otimismo, sem deixar de ser realista.

Lembre-se que o “mas” é uma conjunção adversativa, então, quando ele é pronunciado nega tudo o que foi dito antes. Por exemplo, se alguém diz “quero fazer outra faculdade, mas não tenho tempo”, ou, “vamos qualificar nossas equipes, mas”... 
O “mas” demonstra restrição e impossibilidade quando não é bem empregado, principalmente se o tom de voz passa uma mensagem de resistência ao que está sendo proposto.

Caro leitor, não seja mais um profissional do contra, enxergue as possibilidades, pois devemos sempre olhar para frente, acreditando que é possível inovar. Tenha uma atitude proativa e elimine qualquer expressão que demonstre resistência e acomodação de quem não quer mudar. 

Substitua o “ah, mas” por “vamos conseguir”, “porque não”, “como posso dar minha contribuição”, etc. Seja um profissional agregador de soluções, pois as empresas não querem ter pessoas que empacam a inovação e a criatividade. 

Pense nisso.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O clichê, o básico e o simples


Sala de aula, congresso, programa de TV. Em qualquer destes cenários, não é preciso olhos e ouvidos muito atentos para notar como o uso de clichês está disseminado no discurso de professores, palestrantes e especialistas.


Há uma profusão de ideias prontas, previsíveis, quando não arcaicas e retrógradas. Uma repetição de mais do mesmo – às vezes, menos do mesmo – proferidas como se fossem pérolas contemporâneas do conhecimento. Vamos a alguns exemplos.


  • No Marketing, são os 4Ps (product, price, promotion, place), cunhados em 1960 por Jerome McCarthy, versando sobre produto, preço, propaganda e ponto de venda. Para sintetizar o anacronismo do conceito, trabalho atualmente com uma matriz ampliada de 15Ps, fundamentada nos escritos de Francisco Alberto Madia de Souza.
  • Em RH, é o CHA (conhecimento, habilidade, atitude), proposto em 1996 por Scott B. Parry, que já associava tais aspectos à performance, o que foi esquecido pela maioria dos divulgadores. A este respeito, leia minha sugestão de “Neocompetência”, formulada em 2011.
  • No Direito, frases como "O processo é uma relação jurídica trilateral: Estado, autor e réu", ou "Deve-se analisar a verdade por todos os lados, porque ela tem inúmeras faces" e a máxima “Todos são inocentes até que se prove o contrário". Acredite, há quem use deste jargão em petições e mesmo em sustentação oral.

 A lista é imensa. 

  • Na TV, especialistas em finanças pessoais “revelam” que “deve-se comprar à vista e evitar o cheque especial”. 
  • A sustentabilidade continua sendo declamada a partir do “triple bottom line” (aspectos econômicos, sociais e ambientais), uma criação de John Elkington em 1990, que desconsidera fatores como dimensão cultural e governança. 
  • A imagem de um iceberg é utilizada para demonstrar que “o visível é muito inferior ao que está oculto”
  • E o clássico da motivação: a foto de Ayrton Senna, uma de suas belas frases e o “tema da vitória” entoado ao fundo.

O problema do clichê é que ele não contesta, não provoca reflexão, não transforma, não evolui, pois lhe falta originalidade. 



E o mais preocupante é que há pessoas – e não são poucas – que aplaudem, possivelmente devido a um repertório restrito, decorrência direta de nosso processo educacional e do hábito não cultivado da leitura. 



Não é arrogância ou prepotência, mas constatação. Falta-nos o básico, o estrutural, o fundamental.

É por isso que defendo “um passo atrás na educação”

Explico-me. 
  • De que adianta tentar ensinar trigonometria, e depois derivadas e integrais, se o indivíduo sequer domina as quatro operações básicas? 
  • Qual o propósito de diferenciar orações subordinadas entre substantivas, adjetivas ou adverbiais, se o estudante mal sabe ler, pouco compreende do que lê, e não consegue reunir o mínimo de coesão e coerência ao redigir um texto?
Isso nos remete à simplicidade. 

É imperativo difundir ideias e conceitos que possam ser entendidos, compreendidos e apreendidos pelos interlocutores. Mas fundamentalmente, que sejam úteis e aplicáveis, porque só assim poderão ser incorporados – in corpore, ou seja, poderão tornar-se parte de quem vivencia.
Há muito para ser dito, mas os tempos atuais clamam por textos mais objetivos. 

Por isso, embora eu desejasse agradar a gregos e troianos, espero que este artigo seja uma luz no fim do túnel para você, lembrando sempre que devagar se vai ao longe e que a esperança é a última que morre. Ops, também caí na armadilha do clichê


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Sete Erros de Comunicação...

ERRO Nº 1. FAZER ANÚNCIOS CONTROVERSOS SEM PREPARAR O TERRENO ANTES
Não é novidade. Qualquer decisão minimamente polêmica pode disparar o gatilho dos rumores, da ansiedade e da resistência em uma empresa. Afinal, reorganizações, mudanças de metas e a partida de funcionários-chave geram incerteza e incerteza, por sua vez, gera ansiedade Mas já existe uma solução simples para isso: em vez de anunciar uma decisão controversa a um grupo inteiro, prepare as pessoas uma por uma.

O segredo está em descobrir quem será contrário à decisão e por quê. Portanto, inicie um diálogo com cada interlocutor. Comece por tocar no problema diretamente: “Essa reorganização significa que vamos fazer algumas coisas de modo diferente e é por isso que algumas pessoas andam apreensivas”. 
Aí aborde as preocupações que o interlocutor levantar em resposta. Se ele se mostrar incerto sobre o futuro, por exemplo, fale de quais são os desdobramentos esperados. Se achar que determinado projeto sairá prejudicado, divida com ele os planos para manter tal projeto vivo. Lembre, o tempo todo, que a linguagem corporal fala mais alto às emoções do que sua voz. Certifique-se de que seu corpo emite verdadeira preocupação e empatia.


ERRO Nº 2: MENTIR
Está certo. Algumas mentiras ou verdades parciais fazem sentido no mundo corporativo, até porque certos tópicos precisam mesmo permanecer confidenciais enquanto em discussão. 
Mas tome muito cuidado com a maneira como você guarda seus segredos. Se as pessoas acharem que mentiu, perderão a confiança em você para sempre. Exatamente como aconteceu com o controller de uma empresa start-up, que viu seu diretor financeiro mentir para membros de outros departamentos e começou a duvidar da sinceridade desse executivo em todas as ocasiões, até que foi procurar emprego em outras vizinhanças, em busca de um chefe em quem pudesse confiar. Esse foi um caso exemplar de custo da mentira equivalente a um colaborador valioso que se perdeu.

Em vez de mentir, treine-se para responder vagamente toda vez que lhe indagarem sobre assuntos confidenciais ou sensíveis. Algo como “Não estou livre para comentar” ou “Ainda não posso dar uma resposta completa para isso”.
Coerência é muito importante.
Mire-se no megainvestidor Warren Buffett. Como ele nunca discute seus investimentos, nem mesmo com os acionistas de seus fundos, seu silêncio não significa absolutamente nada, porque ser um túmulo é quase sua marca registrada.

ERRO Nº 3: IGNORAR A REALIDADE DO PODER
Surpreso de nunca ouvir as más notícias até que seja tarde demais? Não deveria. Quanto mais poder você tiver, menos vão informá-lo dos problemas. Essa redoma de vidro em torno dos chefes é da natureza humana: os problemas são filtrados e suavizados para quem ascende na hierarquia corporativa, com cada mensageiro amaciando a pancada a sua maneira. Portanto, se quiser uma análise realista dos problemas, busque as más notícias. Seja receptivo a elas. Deixe claro aos mensageiros que quer ouvi-las.

Do mesmo modo que perdem volume quando sobem a escada hierárquica, as mensagens “ruins” são amplificadas sempre que a descem. 

Se você, como líder, mostrar uma “cara feia” durante uma apresentação, por exemplo, todo mundo “saberá” que você a odiou –ou, pior, que odiou o apresentador.
Ninguém vai pensar em responsabilizar o sanduíche de pastrami que você engoliu rápido demais antes da reunião, por exemplo, quando é ele o verdadeiro culpado. Por isso, contenha-se, nas piadas inclusive, pois estas são especialmente perigosas.

Para acabar com boatarias, utilize uma linguagem simples e direta. Nada melhor que encerrar as reuniões repassando sua reações e as medidas seguintes com os colegas. E diga coisas como “Eu valorizo sua análise, Cris, a tendência de vendas é perturbadora de fato. Vamos fazer um follow-up na quarta-feira”.

ERRO Nº 4. SUBESTIMAR A INTELIGÊNCIA DA PLATEIA
Pular os assuntos por achar que as pessoas não vão entendê-los é sempre uma tentação no ambiente corporativo. Afinal, por que se dar ao trabalho de explicar uma reorganização quando você pode dizer simplesmente “este é o novo organograma”? Mas isso é um tiro n’água. Colaboradores da linha de frente podem não ser mestres em design organizacional, mas merecem saber as razões por trás das mudanças que afetam sua vida. Se você acha que as pessoas não conseguirão acompanhar alguma coisa, lembre-se de que é seu dever explicá-la a elas.

Muitos gestores gostam de dourar a pílula dos problemas quando querem motivar suas equipes. Esquecem que, se as coisas não vão bem, as pessoas certamente já sabem disso. E que, talvez, já o saibam há mais tempo que o chefe até. Em vez de evitar uma situação complicada, então, faça com seu time uma lista das habilidades de cada membro para encontrar soluções.

ERRO Nº 5: CONFUNDIR PROCESSO COM RESULTADO
Você prometeu a sua equipe um aumento de 7%, mas a direção da empresa, preocupada com a tendência de queda nas vendas, só conferiu 3%. Você lutou como um leão para elevar esse teto e conseguiu chegar aos 4%. Mas seu pessoal não valorizou isso, pelo contrário; mostrou-se até ressentido. E você também se ressentiu da insensibilidade deles em relação a sua briga.

Conhece essa história? É recorrente nas empresas. E acontece com tamanha frequência porque é fácil confundir processo com resultado na hora de estabelecer metas, de remunerar e de avaliar. No caso relatado, seu trabalho duro como chefe foi um processo, mas você prometeu à equipe um resultado e é isso que eles lhe cobrarão. Assim como a maioria das empresas penaliza os funcionários pelo resultado errado mesmo quando estes seguem o processo correto –e valoriza os que atingiram o resultado certo com o processo errado.

ERRO Nº 6. USAR FORMAS DE COMUNICAÇÃO INADEQUADAS
O e-mail é uma grande ferramenta para troca de informações, mas não o utilize em questões emocionais; é muito fácil a mensagem perder o rumo. Sempre lide com situações delicadas pessoalmente ou por telefone.

Telefonemas e reuniões pessoais são ineficientes como meio para disseminar informações, mas ótimos para discutir assuntos com nuances. Você pode reagir imediatamente à reação de seu ouvinte e usar o tom de voz e as expressões faciais para controlar sua mensagem. Se você escrever sinceramente “Tenho certeza de que você fez um grande trabalho”, isso pode ser interpretado até como um comentário sarcástico em um e-mail, mas, com o tom de voz correto, atingirá seu objetivo.

Um aprendizado particularmente importante é saber se seus interlocutores são mais ouvintes ou mais leitores. (Algumas pessoas são uma combinação das duas coisas.) Não deixe de lhes perguntar sobre isso e utilize a informação a seu favor. Falar para um leitor ou escrever para um ouvinte pode ser outro tiro n’água.

ERRO Nº 7: IGNORAR ATOS DE OMISSÃO
O que você não diz pode ecoar tão ou mais alto que o dito. Se um líder não elogia ninguém, por exemplo, seus subordinados podem tomar isso como falta de apreciação. Se não explica as razões por trás de suas decisões, podem achar que não confia neles. E se não conta aonde a companhia quer chegar, eles não saberão o que fazer para ajudar a completar o percurso.

Ou seja:

Por sua própria natureza, erros de omissão são difíceis de perceber. Portanto, reveja seus principais objetivos e a comunicação necessária para alcançá-los, e se pergunte se não é seu silêncio que está enviando a mensagem.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Os 8S – uma extensão do Programa 5S

O Programa 8S é uma extensão do Programa 5S, criada para aperfeiçoar e dar continuidade aos 5S’s. Trata-se de uma forma simples de combate ao desperdício, de conservação de recursos e de aumento de capital, aplicável a qualquer tipo de empresa ou instituição, independente do porte.

Os 8S’s têm como objetivos a mudança de hábitos e comportamentos, a partir da educação, qualificação e treinamento dos envolvidos no Programa. Sua principal característica é a não necessidade de investimentos tecnológicos e financeiros para colocá-lo em prática, sendo fundamental o comprometimento de todos.

A partir da necessidade de aperfeiçoar o Programa 5S, este ganhou mais três S’s (Shikari Yaro, Shido e Setsuyaku) e a ordem se sua implantação foi alterada. O Programa ficou, então, assim estruturado:
  • 1º S - Shikari Yaro – Senso de determinação e união - São precisos determinação, comprometimento e união de todos para que o Programa funcione continuamente. Nesse momento, a transparência na gestão da empresa ganha destaque.
  • 2º S - Shido – Senso de educação e treinamento – Todos precisam ser qualificados e receber treinamentos, sempre que necessário, para atingirem a competência adequada para realizar suas atividades.
  • 3º S - Seiri – Senso de Utilização - É preciso definir e separar o que é útil daquilo que é desnecessário.
  • 4º S - Seiton – Senso de Organização - Organizar e identificar os itens e espaços da empresa ou instituição.
  • 5º S - Seiso – Senso de Limpeza - É preciso limpar e preservar o ambiente.
  • 6º S -  Seiketsu – Senso de Higiene ou saúde - É preciso manter a higiene, cuidar da saúde física, mental e emocional.
  • 7º S - Shitsuke – Senso de autodisciplina - A autodisciplina é fundamental para manter o Programa. Cuidar dos outros sensos e criar regras claras para que tudo continue da forma adequada.
  • 8º S - Setsuyaku – Senso de economia e combate ao desperdício – É o momento de conscientizar as pessoas da importância de economizar e combater o desperdício.
Com a implantação do Programa 8S’s, são esperados, entre outros, os seguintes benefícios:
  • Bem estar das pessoas.
  • Prevenção de acidentes.
  • Redução de estoques sobressalentes.
  • Redução de custos.
  • Melhoria da qualidade de produtos e serviços.
  • Aumento da produtividade da empresa.
Fonte:Sonia Jordão  http://www.qualidadebrasil.com.br

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Networking - Você é um AMIGO ou um perigo para o seu meio?


Ninguém é autossuficiente, ninguém consegue progredir profissionalmente se não for capaz de conviver em sociedade de forma harmônica, e trabalhar em conjunto com outras pessoas.

Qualquer ser humano seria incapaz de levar uma vida saudável sem se relacionar com outras pessoas; o isolamento total ou mesmo parcial da sociedade seria extremamente danoso a qualquer um. 

Na vida profissional o mesmo ocorre, e de forma muito mais acentuada: nós temos que lidar com várias situações que exigem grande empenho e que na grande maioria das vezes não conseguimos resolver sozinhos, e precisamos de ajuda.

O fato é que nem sempre sabemos com qual pessoa precisamos exatamente nos relacionar, mas temos certeza absoluta de que precisamos de alguém. Buscamos então nos fortalecer de forma mútua, tanto em família, quanto na vida profissional. A esse magnífico processo de auto fortalecimento damos o nome de networking.

A palavra networking é a união dos termos em inglês "net", que significa rede e "working", que é trabalhando. O termo, em sua forma resumida, significa que quanto maior for a rede de contatos de uma pessoa, maior será a possibilidade de essa pessoa conseguir uma boa colocação profissional. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Networking).

A meu ver networking é:
O processo deliberado e sistemático de desenvolver e cultivar relacionamentos baseados no benefício mútuo em torno do bem coletivo.

Alguns desses relacionamentos são com pessoas dentro da organização e outros, com pessoas fora da organização. Alguns deles baseiam-se em vínculos organizacionais formais como aqueles com chefes diretos, subordinados, colegas e clientes. Outros se baseiam em vínculos informais tais como aqueles com pessoas de outros departamentos e pessoas que você encontra em reuniões profissionais, eventos sociais, clubes, reuniões do Rotary, Lions, Maçonaria, associações comerciais de diversos segmentos, etc.

Alguns são relacionamentos próximos com pessoas com quem você interage frequentemente e trazem apoio emocional, bem como instrumental. Outros são baseados em pouco mais que cartões de visitas...
Todos esses relacionamentos podem contribuir para a sua eficácia profissional, seu progresso de carreira e seu bem-estar psicológico. 

COMO VAI O SEU NETWORK?
Quantas pessoas você conhece que sabem que podem contar com você quando for preciso? Elas realmente estão certas, ou “na hora H” você irá sair pela tangente e recusar-lhes um favor que está ao seu alcance, e que exige pouco esforço da sua parte?
Quantas pessoas que você conhece estão aptas e dispostas a ajudá-lo quando for necessário e farão isso de bom grado?

Será que você realmente possui network? Ou você apenas recorre àqueles velhos conhecidos (com quem você não fala há muito tempo) apenas quando está com a “corda no pescoço”?

Criar e manter um network fiel é o resultado de uma vida inteira trabalhando bons relacionamentos, buscando sempre estabelecer e expandir uma rede de contatos, uma vida inteira indagando o que você pode fazer pela outra pessoa e se importando com ela.

Possuir um network compreende manter um relacionamento além dos negócios, significa transcender as relações de compra e venda e criar amizades verdadeiras que possuam reciprocidade equivalente de atitudes. Através de suas habilidades de relacionamentos interpessoais você pode criar uma rede de contatos que sempre que possível irá ajudá-lo, seja com ações ou informações. 

Mas como primeiro passo o que você deve fazer é sempre manter o contato ativo e estar disposto a colaborar com o que for preciso e estiver ao seu alcance.
  • Somente ter talento e grandes habilidades não será suficiente para garantir sua sobrevivência no atual mercado de trabalho se você não souber como e para quem vendê-los.
  • Buscar novas informações, participar de cursos e realizar treinamentos é vital para aprimorar qualidades profissionais. Porém, colocá-las em prática sem que haja alguém para admirá-las, e sem colocá-lo em evidência, não irá ge-ar grandes resultados, e novas oportunidades irão depender da sorte e do acaso para surgirem. Esperar por isso pode ser muito perigoso para sua carreira e sua empresa.
  • Não se apoie na política da empresa. Pensar que porque você tem 20 anos de casa demiti-lo trará grandes prejuízos à companhia é um grande equívoco.
Substituí-lo por alguém que possua excelente comunicação, carisma, bons relacionamentos, um interessante mailing de clientes, e principalmente uma forte rede de contatos, além de indicado à diretoria com ótimas referências, pode cobrir todos os gastos gerados pela sua demissão e, além do mais, resultar em lucros muito maiores.

Você pode ser confiante, confiável, leal, competente, bem instruído e muito bem treinado, porém somente isto não será suficiente. Se você pretende se manter e crescer no mercado, irá precisar de muito mais. Você irá precisar de uma rede de contatos, de um verdadeiro e muito eficaz network que irá ajudá-lo a resolver desde pequenos problemas do cotidiano até a triunfar perante os grandes desafios que lhe são impostos. 

Sua rede pode lhe fazer propostas, fornecer indicações, recomendar um treinamento, fornecer estadia em outra cidade, estado ou país; prestar auxílio financeiro, entretenimento, ou simplesmente lhe dar uma carona para o trabalho em um dia de chuva.

Sem os infinitos recursos favoráveis que uma rede pode proporcionar a você, se tornará muito mais difícil e complicado encontrar um cliente, fazer um novo contato, conseguir um emprego, encontrar um bom médico, trocar de carro, ou mesmo fechar aquela mega proposta que é muito importante para a empresa, e pode alavancar sua carreira profissional de forma praticamente imensurável.

Fonte: Paulo Silveira  - http://www.qualidadebrasil.com.br

sábado, 21 de setembro de 2013

SAL GROSSO ...

SAL GROSSO ... 

"E você pensou que era só misticismo? 

É não, veja!"


SAL GROSSO CIENTIFICAMENTE PROVADO SAL GROSSO - ONDA VIOLETA



Quem diria! O Sal grosso tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta! Interessante!!! 
Por isso que funciona... 
Aproveitem! 
Os Poderes do Sal Grosso

O sal grosso é considerado um potente purificador de ambientes.
Povos distintos usam o sal para combater o mau-olhado, e deixar a casa a salvo de energias nefastas.
O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos radiestesistas.
Ele tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos
Visto ao microscópio o sal bruto revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados.

As energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa, por isso, colocar um copo de água com sal grosso ou sal de cozinha equilibra essas forças e deixa a casa mais leve. 

Para uma sala média onde não circula muita gente, um copo de água com sal em dois cantos é suficiente. Em dois ou três dias, já se percebe a diferença. Quando se formam bolhas é hora de renovar a salmoura.

A solução de água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera, e reequilibrar a energia dos ambientes. 
Principalmente em locais fechados, escuros ou mesmo antes de uma tempestade, esses íons têm efeito intensificador e podem provocar tensão e irritação.

A prática simples de purificação com água e sal deve ser feita à menor sensação de que o ambiente está carregado, depois de brigas ou à noite, no quarto, para que o sono não seja perturbado.

Já foi considerado o ouro branco (salmoura para conservar alimentos).
Os povos foram desenvolvendo técnicas de usar o sal, como as abaixo descritas:

  • Uma pitada de sal sobre os ombros afasta a inveja.
  • Para espantar o mau-olhado ou evitar visitas indesejáveis, caboclos e caipiras costumam colocar uma fileira de sal na soleira da porta ou um copo de salmoura do lado esquerdo da entrada.
  • A mistura de sal com água ou álcool absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar e impede que a inveja, o mau-olhado e outros sentimentos inferiores entrem na casa.
  • Depois de uma festa, lavar todos os copos e pratos com sal grosso para neutralizar a energia dos convidados, purificando a louça para o uso diário.
Na tradição africana, quando alguém se muda, as primeiras coisas a entrar na casa são: um copo de água e outro com sal.

Usam sal marinho seco, num pires branco atrás da porta para puxar a energia negativa de quem entra.

Também tomam banho com água salgada com ervas para renovar a energia interna e a vontade de viver.

No Japão, o sal é considerado poderoso purificador.
Os japoneses mais tradicionais jogam sal todos os dias na soleira das portas e sempre que uma visita mal vinda vai embora.

Símbolo de lealdade na luta de sumô.
Os campeões jogam sal no ringue para que a luta transcorra com lealdade. Use esse poderoso aliado!

É barato, fácil de encontrar, e pode lhe ajudar em momentos de dificuldade e de esgotamento energético!

Modo de tomar o banho de sal grosso
  • Após seu banho convencional, deixe um punhado de sal grosso escorrer do pescoço para baixo, embaixo da água da ducha.
  • Banho de sal grosso e o antigo escalda-pés (mergulhar os pés em salmoura bem quente) têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo.
  • Para quem mora longe da praia é um ótimo jeito de relaxar e renovar as energias.
  • Tomar banho de água salgada com bicarbonato de sódio descarrega as energias ruins e é relaxante.
  • O famoso banho de assento, com água morna e bicarbonato de sódio, é excelente para a higiene íntima, pois evita infecções.
  • Mas no banho, o único cuidado é não molhar a cabeça, pois é aí que mora o nosso espírito e ele não deve ser neutralizado.
  • Uma opção que agrada muitas pessoas é colocar um punhado de sal dentro de uma meia, e repousar esta na nuca (atrás do pescoço) debaixo da ducha.
  • Não são aconselháveis banhos frequentes com o sal.
  • Dê preferência para os banhos na fase da Lua Cheia, utilize velas no banheiro, e se quiser ativar sua intuição, apague as luzes do banheiro.
Benefícios de banhos e escalda pé com sal grosso.

Fisiológicos:
  • Ajuda a desintoxicar o corpo e afastar os vírus.
  • Estimula a circulação natural para a melhoria da saúde
  • Ajuda a aliviar o pé do atleta, calos e calosidades.
  • Relaxa a tensão, dores musculares e nas articulações.
  • Ajuda a aliviar artrite e reumatismo
  • Ajuda a aliviar a dor lombar crônica
Benefícios estéticos:
  • Tira as impurezas da pele
  • Alivia irritações da pele como psoríase /eczema.
  • Alivia comichão, ardor e picadas.
  • Suaviza e amacia a pele• Incentiva a pele se renovar.
  • Ajuda a curar as cicatrizes.
  • Restaura o equilíbrio a umidade da pele.
Ocupacional:
  • Alivia o cansaço, os pés doloridos e os músculos da perna
  • Alivia a tensão nas mãos e punhos.
  • Ajuda a aliviar lesões ocorridas nas práticas esportivas.
Psicofísica:
  • Proporciona um relaxamento profundo
  • Ajuda a aliviar o estresse e tensão
Por - ÁUREA CAMPOPIANO ACERENZA GONZALEZ.'.
Colaboracao - Lamia Hasan

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

10 Filmes a Que Todo Empreendedor Deve Assistir


Muitas vezes saímos do cinema encantados depois de assistir a um filme. 

Uma boa história serve de modelo e inspiração para qualquer espectador. 

Por isso separamos dez filmes a que todos os empreendedores deveriam assistir. 

Com mensagens diretas e indiretas, atitudes lícitas (e às vezes nem tanto), eles mostram a atuação no mundo dos negócios. Prepare sua pipoca e inspire-se com a lista abaixo, composta por filmes mais recentes e outros tirados do fundo do baú. 



Longe de ser um filme sobre esporte, O homem que mudou o jogo mostra como o treinador Billy Beane (Brad Pitt) fez o Oakland Athletics se destacar na liga nacional de beisebol. A grande sacada de Beane para fazer isso foi analisar estatísticas da equipe, que tinha a menor folha salarial entre as competidoras. 


A rede social conta a história de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), o fundador do Facebook, mostrando a criação da rede dentro da universidade Harvard, em 2003. Mostra sua controversa relação com outros fundadores, como o brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield), e com empreendedores, como Sean Parker (Justin Timberlake), o primeiro presidente do Facebook. 


Um dos maiores sucessos recentes do cinema indiano, Quem quer ser um milionário mostra o jovem Jamal Malik (Dev Patel) num famoso programa de perguntas e respostas na TV. Jamal busca em sua própria história, marcada por uma infância miserável e violenta, as respostas para as questões perguntadas pelo apresentador. É um exemplo de busca de força interior, algo essencial para empreendedores. 


Em À procura da felicidade, Will Smith interpreta Chris Gardner, um pai de família com problemas financeiros. Tantos que sua mulher sai de casa, deixando o filho Christopher (Jaden Smith), de 5 anos. Chris consegue um estágio não-remunerado numa corretora de valores, mas não consegue dar conta das despesas da casa. Com isso, ele e o menino acabam dormindo em abrigos e estações de trem. É um grande exemplo de que se você tem um sonho, não deve desistir de alcançá-lo. 


Um clássico entre os apaixonados por tecnologia, Piratas da informática também é conhecido como Piratas do Vale do Silício. O filme mostra o começo de duas das principais empresas de tecnologia do mundo, a Apple e a Microsoft. Retrata as brigas de bastidores entre Steve Jobs (Noah Wyle) e Bill Gates (Anthony Michael Hall), a concorrência entre as companhias e sua importância no setor. 


Depois de uma crise de consciência, o bem-sucedido agente esportivo Jerry Maguire escreve um documento defendendo que os agentes deveriam cuidar da carreira dos atletas de forma mais humana, ainda que isso significasse ganhar menos. Depois disso, acaba sendo demitido da consultoria onde trabalhava e perde seus clientes, à exceção do jogador de futebol americano Rod Tidwell (Cuba Gooding Jr). Jerry Maguire – A grande virada é um filme que mostra como é possível vencer depois de um fracasso. 


Baseado numa história real, o filme mostra a trajetória de Preston Tucker (Jeff Bridges), um empreendedor que tinha o sonho de criar um carro à frente de seu tempo. Depois da Segunda Guerra Mundial, ele construiu o Trucker Torpedo, um carro mais seguro e veloz que os concorrentes da época. O projeto, no entanto, não deslanchou, pois sofreu com o lobby da indústria automobilística americana. 


O jovem Brantley Foster (Michael J. Fox) deixa uma cidadezinha no Kansas para tentar o sucesso em Nova York. Ao chegar lá, as coisas não saem como planejadas e ele se vê obrigado a pedir um emprego ao tio, Howard Prescott (Richard Jordan), que controla uma empresa milionária. Como o trabalho é modesto, Brantley, decide levar uma vida dupla, criando um personagem chamado Carlton Whitfield, um executivo de ideias brilhantes, mas que ninguém sabe de onde veio. 


Wall Street – Poder e cobiça mostra que se você quer ser bem-sucedido, precisa enfrentar riscos. Bud Fox (Charlie Sheen) é um corretor ambicioso que trabalha no mercado financeiro. Certo dia, dá ao bilionário Gordon Gekko (Michael Douglas) algumas informações sigilosas e acaba se tornando seu discípulo, abrindo mão de ética, valores e escrúpulos para ter sucesso. 


A clássica trilogia dispensa muitas recomendações e mostra a trajetória da família Corleone e seus negócios ilícitos. 
Mostra as vantagens e as desvantagens de empreender “em família”.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Governança Corporativa Nas PMES

Em primeiro lugar, vale dizer que não é mais necessário inventar a roda. Depois de tudo o que já vivemos e conquistamos, basta utiliza-la com sabedoria. 

O termo “governança corporativa” ainda assusta, entretanto, é mais simples do que se imagina.

Na definição do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, o termo define bem o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal.

De maneira geral, as boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade com base em quatro princípios importantes: 

1) transparência; 
2) equidade; 
3) accountability (prestação responsável de contas); 
4) responsabilidade corporativa.

Obviamente, uma PME (Pequena e Média Empresa) não consegue levar isso ao pé-da-letra, entretanto, precisa pensar sobre isso. Como eu digo sempre, quando você é pequeno, ninguém se importa, entretanto, quando você começa a incomodar os grandes, eles vão querer bater em você o tempo todo. 

O papel da governança corporativa é simples e diz respeito ao seguinte:
  1. Administração de riscos: qual é o investidor ou o sócio que vai colocar dinheiro no negócio para perder;
  2. Perenidade: ninguém deseja abrir uma empresa para fechar daqui a cinco ou dez anos;
  3. Poder compartilhadodistribuição ponderada da autoridade e da responsabilidade entre diferentes sócios, executivos e membros do conselho;
  4. Geração de valor: o que a empresa vai produzir de fato para todos os stakeholders (sócios, clientes, governo, empregados, fornecedores e a sociedade em geral).
Em geral, as PMEs não têm cultura nem dinheiro para implantar um sistema básico de governança corporativa, pois, grande parte delas precisa concentrar o seu tempo nas necessidades mais prementes e na sobrevivência do negócio.

Tudo isso é importante e necessário, mas como fazer para implantar a ideia na sua empresa?  

A voz da experiência: vá por partes, mas não deixe de fazê-lo. A maioria das grandes empresas começou da mesma maneira e evoluiu com o tempo.

O modelo IBGC seria ideal, porém, como eu disse anteriormente, pensar em governança ao mesmo tempo em que você tenta sobreviver no mercado não é fácil. Pensando nisso, eu desenvolvi um Sistema de Governança Corporativa Simplificado, o qual poderá ser implantado por etapas. 

Na medida em que a empresa for crescendo, não tem como fugir disso, porém, se você tentar implantar tudo de uma vez, há uma grande chance de se perder no caminho e se desmotivar. Para evoluir nos negócios é necessário evoluir também na gestão. 

Vejamos os principais pontos a serem abordados:

1) Acordo Societário: é a primeira coisa que você deve se preocupar quando têm sócios; retiradas, pró-labores, entrada e saída da sociedade, admissão ou não de parentes; é, em geral, o ponto da discórdia em caso de dissolução da sociedade.

2) Estrutura Organizacional: o mínimo que se deve fazer para evitar sobreposições de cargos e funções; quais são os níveis hierárquicos necessários para que cada um saiba exatamente o seu papel na empresa.

3) Matriz de Responsabilidade: quem faz o quê? Quem responde a quem? Qual é o papel de cada área definida na estrutura organizacional?

4) Planejamento Estratégico: quem não sabe para onde vai qualquer lugar serve; visão, missão, valores, diretrizes principais; objetivos, metas, indicadores, plano de ação; o seu posicionamento estratégico no mercado?

5) Políticas Organizacionais: todas as áreas precisam definir suas regras ou diretrizes de relacionamento com clientes, fornecedores, empregados e sócios; sem padronização não há coesão.

6) Processos bem definidos: a maneira como as coisas devem ser feitas para não criar dependência das pessoas; o modus operandi de cada processo ou atividade dentro de determinados padrões de qualidade e eficiência.

7) Plano de Cargos e Salários: pode estar inserido na política de recursos humanos e quando não existe, os critérios de admissão, treinamento, promoção e demissão ganham um caráter injusto e subjetivo incapaz de atender os interesses internos.

8) Controle e Monitoramento: quais os principais indicadores de sucesso do negócio? Você tem um ERP (software) básico para controle das suas operações? O seu contador aparece de vez em quando para discutir os resultados? Sua empresa tem um sistema de controle de relatórios gerenciais? Você compartilha os resultados com a equipe?

9) Conselho de Administração: você não precisa necessariamente montar um conselho como recomenda a Lei das S/A, entretanto, se os negócios estão em família, isso não o impede de reunir os membros periodicamente para discutir os resultados e definir os rumos do negócio; a prestação responsável de contas recomenda que tudo seja compartilhado, não apenas os resultados, mas a atribuição de responsabilidades.

10) Auditoria: quer estabelecer um caráter de seriedade para o negócio? Já pensou em submeter o negócio a uma Auditoria Externa uma vez por ano? 
Faça isso não apenas para demonstrar a seriedade, mas para corrigir as falhas que, mais dia, menos dia, tendem a atrapalhar o desenvolvimento do negócio.

Na prática, não basta dizer que tem, mas é necessário demonstrar todos os dias que a gestão da empresa não se restringe apenas a um ou outro sócio. 

Empresas responsáveis demonstram isso por meio de prestação de contas e compartilhamento das informações com frequência a fim de se manterem vigilantes perante as incertezas do mercado. 
Pense nisso e empreenda mais e melhor!