sexta-feira, 27 de setembro de 2019

RH é campo privativo do Administrador - STJ reafirma decisão do TRF-4

Funcionária de empresa do ramo industrial exercia ilegalmente a função de assessora de Recursos Humanos. Ela não é graduada em Administração e não tem registro no CRA
A fiscalização do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Administração (CFA/CRAs) acaba de vencer mais uma batalha. Em recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o exercício profissional na área de recursos humanos é privativo do administrador com registro no Conselho Regional de Administração. A decisão da corte superior ratifica o veredito do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
Essa decisão é fruto do intenso trabalho fiscalizatório realizado pelo Conselho Regional de Administração do Rio Grande do Sul (CRA), que autuou uma pessoa leiga em administração que exercia a função de assessora de Recursos Humanos em uma empresa do ramo industrial de forma ilegal. Na ação de fiscalização, ela foi notificada e multada por não ter o registro no CRA.
Alegando que exercia a função em uma empresa que não explora, sob qualquer forma, atividades privativas do Administrador, a autuada ofereceu embargos à execução fiscal da multa imposta no TRF-4. Entretanto, em apelação do CRA, ela perdeu a causa, pois o Tribunal entendeu que “a atividade básica da pessoa jurídica para fins de registro no Conselho Regional de Administração não vincula as atividades de administrador exercidas pelos seus funcionários.”.

A requerente foi à instância superior para recorrer da decisão do TRF. Em seu parecer, o ministro Sérgio Kukina julgou improcedente o recurso da funcionária. Segundo o que consta da decisão do TRF, “a atividade básica desenvolvida pela embargante é peculiar à área da administração, visto ser assessora de recursos humanos, atuando na coordenação de processos de recrutamento, seleção, acompanhamento, desenvolvimento e treinamento de pessoas na Unidade de acordo com as diretrizes da empresa; estabelecendo e acompanhando benefícios oferecidos aos colaboradores tendo em vista a política da unidade; efetuando a manutenção na estrutura de cargos e salários através do acompanhamento das promoções, admissões e respectivas avaliações e enquadramentos.”.
“A alteração das conclusões adotadas pela Corte de origem (…), de que sua função seria desvinculada da área administrativa, demandaria, necessariamente, novo exame do acervo fático-probatório constante dos autos, providência vedada em recurso especial, conforme o óbice previsto na Súmula 7/STJ”, categorizou o ministro do STJ.
Com base na Lei 4.769 de 1965, o Tribunal Regional entendeu, por fim, que o cargo exercido pela profissional “já demonstra que a embargante tem função de chefia e que a área em que atua – recursos humanos – tem relação com a profissão do administrador de empresas.”. Ou seja, para atuar na área de forma legal, ela precisaria ser formada em Administração e ter o registro no CRA, sendo tal entendimento corroborado com a decisão adotada na corte superior.
Mesmo sendo um caso particular, para o Sistema CFA/CRAs esta é uma importante conquista, pois a decisão do TRF4 endossada pelo STJ servirá de referência para casos semelhantes.
Jurisprudência
O CFA, por meio da Câmara de Fiscalização e Registro, divulga no site as jurisprudências com as decisões judiciais favoráveis à profissão. O interessado pode acessar a página e escolher entre os assuntos “Consultoria e Assessoria em Gestão Empresarial”, “Administração de Condomínios”, “Embaraço a Fiscalização/Sonegação de Informações e Documentos”, “Cargos Pertinentes ao Administrador”, entre outras.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Entenda a importância do Serviço de Ouvidoria!

Quem atua no mercado sabe que os usuários estão cada dia mais exigentes. 
Para garantir a satisfação de todos, é importante que a empresa disponha de meios eficientes para ouvir dúvidas e trabalhar no aperfeiçoamento de seus produtos e serviços — e é nesse contexto que o serviço de ouvidoria ganha relevância.
O papel do serviço de ouvidoria
A ouvidoria é um setor da empresa criado para ouvir e solucionar os problemas dos usuários que não tiveram o desfecho esperado pelos canais principais.
Embora seja possível receber elogios nesse canal, a maioria das pessoas recorre a esse serviço para fazer reivindicações. Trata-se, portanto, do último recurso que o usuário dispõe quando todos os outros departamentos e canais falharam no atendimento.
A importância da ouvidoria para a empresa
Embora seja legalmente obrigatória em alguns setores, diversas empresas criam esse canal por entenderem que as questões levantadas por clientes, usuários ou funcionários são fundamentais para corrigir processos e melhorar seus serviços.
A ouvidoria é, portanto, uma forma eficiente de coletar feedback e detectar em que situações os valores, os padrões e as diretrizes da companhia não são cumpridos ou não produzem os resultados desejados. Ela também permite a solução de conflitos sem impactos mais sérios.
Esse é um setor fundamental para detectar falhas, reavaliar processos, realinhar estratégias e criar soluções que levem ao aperfeiçoamento dos produtos e serviços realizados pela organização. Seu sucesso em atender as reivindicações garante a satisfação do usuário, a produtividade da equipe e, é claro, a melhoria dos resultados obtidos.
A importância da ouvidoria para o cliente
Diferentemente dos outros departamentos e até mesmo dos serviços de atendimento ao consumidor ou call centers, o ouvidor não abre um longo processo diante de um impasse. Ele garante que os problemas sejam resolvidos da forma mais rápida possível. Sua atuação visa defender os interesses do cliente dentro da organização.

Práticas importantes para o serviço de ouvidoria
Para que a ouvidoria atinja os objetivos mencionados, é importante que ela não apenas exista, mas que seja efetiva. Algumas práticas podem contribuir para essa eficiência, e a empresa deve conhecê-las:
Evitar conclusões precipitadas
O ouvidor precisa averiguar toda a situação e confirmar as informações antes de tirar conclusões e tomar decisões. Assim, é essencial que uma análise prévia seja realizada, com base nas informações disponibilizadas pelos envolvidos.

Identificar a raiz dos problemas

Não basta propor soluções paliativas apenas para apaziguar a situação. Para não viver “apagando fogo”, o ouvidor precisa identificar a causa mais comum das reclamações — problemas dos produtos, falhas no processo de implementação —, empenhando-se para evitar novas ocorrências e o desgaste da imagem da empresa.

Ter liberdade para agir com isenção

A neutralidade do ouvidor implica na ausência de uma propensão automática a defender cegamente os interesses do usuário, bem como da pressão para favorecer indevidamente a organização.

Fique atento a isso, pois o ouvidor deve ter a liberdade necessária para apurar os fatos e dar o encaminhamento correto ao problema. Uma ótima solução é garantir que a empresa siga um procedimento padrão ou uma espécie de script previsto para cada caso.

Desfrutar de autonomia

Tão importante quanto a liberdade para investigar é a autonomia para agir. A necessidade de aprovações e liberações para solucionar os problemas inviabiliza a agilidade esperada desse departamento.
Mais uma vez, a adoção de um script é uma solução. Ao seguir uma espécie de procedimento padrão, o ouvidor consegue encaminhar a reclamação a um desfecho favorável de forma autônoma, mas que concilie os interesses de ambas as partes.

Atuar em parceria com outros setores

Com o feedback recebido do cliente e constatado pela ouvidoria, faz com que ela conheça as falhas da organização. Por isso, esse serviço tem condição de contribuir para o aperfeiçoamento de processos. Para que isso aconteça, o ouvidor precisa trabalhar em parceria com outros setores, apontando soluções e melhorias.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Pirâmide de William Glasser: entenda o que é e qual a sua importância


Você já teve a sensação de que, ao estudar lendo por horas e horas, não compreendeu tão bem quanto assimilou o conteúdo ao explicá-lo para alguém? Caso nunca tenha refletido sobre isso, nesse momento você deve estar fazendo uma autoanálise para compreender que sim, essa teoria faz muito sentido! Um psiquiatra americano transformou essa ideia em uma pesquisa: a pirâmide de William Glasser.
Conhece esse estudo? Caso nunca tenha ouvido falar dele, continue a leitura que a gente vai explicar tudo! Acompanhe.

Saiba sobre a pesquisa de William Glasser


William Glasser (1925-2013) foi um psiquiatra americano que teve suas teorias aplicadas também na educação. Dentre os seus estudos, o pesquisador publicou sobre a Teoria da Escolha, em que ele afirma que nenhum ser humano é totalmente desmotivado: ninguém, apesar de todos os problemas enfrentados, acredita e deseja o seu fracasso. Pelo contrário, gosta de aprender diariamente.O pesquisador acreditava que ameaças, xingamentos, castigos e punições não eram suficientes para o aprendizado, pois ele não nasce de fora para dentro. Essas atitudes são ineficazes e insuficientes a médio e longo prazo. Do contrário dessa postura, a escolha e o desejo pelo estudo nasce de dentro para fora, pois, segundo o autor, é um movimento de liberdade pessoal.Assim como toda escolha do comportamento humano, a escolha pelo estudo é motivada para que satisfaça cinco necessidades básicas: sobrevivência, pertencimento ao grupo, liberdade, poder e diversão. Dentre essas necessidades, a maior delas é o pertencimento, que se agrupa aos sentimentos de amor e amizade.O autor esclarece que faz parte de nosso desejo que não sejamos prisioneiros do tédio. Caso as aulas produzam tédio, o resultado será insosso e enfadonho. Por essa razão, naturalmente os alunos buscarão fora do ambiente escolar um aprendizado que seja mais divertido e que, consequentemente, será mais significativo.A partir de toda essa ideia chegamos à pirâmide de aprendizado proposta pelo autor: a educação, para que seja assertiva, não deve se limitar à memorização mecânica e técnicas similares que contribuem pouco para esse aprendizado. Os atos de ler, ver e escutar contribuem significativamente (cerca de 50%) para o aprendizado com qualidade e eficiência.E a outra metade? Ela se completa pelos seguintes atos:
  • discutir: quando o aluno debate, pergunta e relata suas vivências, motivando a reflexão e a autocrítica;
  • fazer: praticar aquilo que está sendo ensinado, escrever e demonstrar. O conteúdo será mais fácil assimilado, pois será vivenciado e aplicado;
  • ensinar: aquele momento em que ele explica e resume o que foi aprendido aos outros colegas, podendo haver uma troca de informações. 
Entenda a pirâmide de William Glasser

Segundo a pirâmide de William Glasser, aprendemos e assimilamos 10% quando lemos o conteúdo proposto e 20% quando ouvimos: ou seja, os métodos tradicionais de ensino e aquelas escolas que ainda insistem neles devem ser repensados. De acordo com o pesquisador, é a prática menos eficaz para trazer resultados positivos ao aluno.Quando observamos, conseguimos assimilar cerca de 30% daquela matéria, e quando vemos e ouvimos, 50%. Essa porcentagem aumenta (cerca de 70%) quando debatemos.Por essa razão, é essencial que se estimule fóruns de discussões focados em determinado assunto, despertando a curiosidade e o espírito crítico de quem participa. Ao debater, o processo criativo é estimulado e existe a construção de feedbacks, favorecendo o lado crítico de quem participa.Ao experimentar o conteúdo apresentado, o aprendizado é ainda mais eficaz: a assimilação chega a 80%. Para que isso ocorra de maneira eficiente, deve-se realmente colocar a mão na massa e promover a interação da teoria com a prática. A ideia não é focar nas fórmulas e modelos robustos, mas sim experimentar e flexibilizar os processos.O mesmo problema, quando você realmente exercita, pode ter diferentes soluções e saídas que, se estivessem focadas apenas na teoria, elas poderiam nunca aparecer ou serem estimuladas.
O aprendizado atinge o topo quando ensinamos uns aos outros o que foi aprendido: 95%. Está aqui o verdadeiro diferencial, ensinar para que esse conteúdo seja efetivamente assimilado. O ideal é criar contextos para que os alunos possam ensinar uns aos outros e promover experimentações, colocando a teoria na prática de outra maneira: repassando aprendizado.Entenda a Pirâmide de William GlasserSempre enriqueça o aprendizado na prática
A teoria da pirâmide de Glasser não deve ser sustentada apenas em salas de aula para alunos, sejam eles de ensino básico ou superior. Enriqueça o seu aprendizado na prática, rompendo o medo natural de testar, praticar e correr certos riscos com o objetivo de assimilar melhor matérias e teorias. Não tema errar: isso faz parte da experimentação e a aprendizagem pode se tornar ainda mais rica.
Os participantes que vivenciam essa teoria presenciam melhoras qualitativas que saltam aos olhos de quem participa do processo. É possível assistir ao crescimento, mesmo respeitando o ritmo de cada um. A partir disso, há esse desenvolvimento não apenas no aprendizado, mas no posicionamento, na capacidade de realizar críticas construtivas e questionar determinadas práticas.Resumindo, as chances de saírem da inércia são muito maiores. Impulsionará e dará passos assertivos para que esse aprendizado adquirido se transforme em atitudes que, muito além da teoria, tragam resultados positivos que podem ser aplicados no dia a dia.
Além de tudo isso, uma pessoa adulta que está sempre querendo ser motivada pelo aprendizado se sente mais confiante e sempre mais entusiasmada para que mais e mais conteúdos sejam assimilados. Ela cria a base para se tornar mais flexível e com mais autoridade para sempre passar para frente esses ensinamentos.Esse é o ponto de partida para a prática: se coloque sob pressão, trabalhe em equipe e realize na prática o que, em algum momento, já leu ou ouviu. Destrave e aplique o conhecimento adquirido!Copiado: https://www.impacta.com.br/

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Importância da Administração Para Igrejas

Administrar algo muitas vezes pode ser uma tarefa bem complicada, afinal de contas, é necessário saber se organizar para que tudo fique em ordem. 
Muitas pessoas tem o costume de pensar que apenas em empresas de negócios é que a administração está incluída.
Ou então, para bancos e demais situações que envolvam a matemática. Mas, ao contrário disso, o setor de administração serve para todas as áreas do mercado de trabalho. 
Afinal de contas, é extremamente necessário que escolas, igrejas, por exemplo, tenham uma parte do setor administrativo.
Igrejas? 
Pois é, quando que você iria pensar que uma igreja precisaria de cuidar da sua parte administrativa. 

Por isso, para entender melhor esse processo, você vai ficar por dentro de toda a importância da administração para as igrejas.

Administração para igrejas 

A igreja, assim como qualquer outro tipo de negócio, precisa ter um setor administrativo para cuidar de diversas áreas, porque a administração é extremamente importante para manter qualquer negócio em bom estado de organização.

Ela começa desde os seus recursos de dinheiro até mesmo a pintura de uma parede. 

Por isso, contratar pessoas graduadas em administração para trabalhar na área administrativa de uma igreja é fundamental. Separamos em tópicos quais são as vantagens de qualquer tipo de igreja conter um setor administrativo. Confira!

Vantagens da administração para igrejas

  • Administrar os gastos, como, por exemplo, água, luz e etc
  • Administrar o setor de limpeza, saber como anda a higienização
  • Cuidar da quantidade de funcionários
  • Zelar por manter a qualidade da igreja em busca de resultados administrativos de qualidade
A administração é uma atividade fundamental dentro de qualquer negócio, porque com ela você ficará por dentro de como anda todos os setores e ainda ter uma visão ainda mais ampliada do que está acontecendo na empresa ou instituição.
É possível realizar diversos tipos de cálculos, gráficos, reuniões e muito mais para que toda a empresa e os funcionários fiquem por dentro de como anda a administração do negócio. 

Dessa forma, com os resultados administrativos em uma igreja, você pode pensar até mesmo em maneiras de como poder melhorar a capacidade de produzir mais e obter mais resultados positivos. 

Então, se você ainda não possui um setor administrativo, que tal a partir de agora colocar em prática?

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Características Que Todo Bom Recrutador Deve Ter.


Um recrutador tem um grande desafio dentro de uma empresa: atrair a pessoa certa para a vaga em aberto. Esse processo exige conhecimentos em diversas áreas, como a administração e a psicologia.
Dominar questões relacionadas a esses campos é fundamental para reconhecer o perfil de cada candidato de forma segura e eficiente, promovendo uma contratação alinhada ao perfil da empresa. Nesse sentido, algumas competências pessoais são muito bem-vindas.
O mercado de trabalho exige cada vez mais que os recrutadores tomem decisões certeiras em um curto espaço de tempo. Do contrário, podem perder ótimos talentos.
Conheça agora 6 dessas características que são fundamentais para que esse profissional tenha sucesso nos processos de recrutamento e seleção coordenados por ele. Acompanhe!

1. Ser estrategista

Anunciar uma vaga é um trabalho que exige do recrutador atuar de maneira estratégica. O motivo é bastante simples: é no ato de divulgar que se inicia o processo de atração dos melhores profissionais disponíveis no mercado.
Quem deseja reunir grandes talentos precisa conhecer profundamente as aptidões exigidas para o cargo e saber visualizar quais delas devem ser anunciadas. Além disso, é preciso estabelecer quais posturas da empresa devem ser pontuadas nesse espaço, compondo um texto objetivo, mas altamente atrativo.
Depois, o recrutador precisa construir esse processo, estabelecendo as etapas e os exercícios necessários para que todas as competências dos candidatos sejam testadas e avaliadas em tempo hábil para que a seleção não se prolongue além do necessário.

2. Ter habilidades em comunicação

Um dos segredos para ser um bom profissional de RH é saber se comunicar, e não seria diferente com aqueles que assumem o papel de recrutador. Em uma entrevista de emprego, qualquer ruído na comunicação pode levar a resultados catastróficos e colocar todo o processo a perder.
É importante informar ao candidato as funções que serão exercidas por ele em caso de contratação, bem como as normas da empresa, a remuneração e os benefícios concedidos. Quando a prática não condiz com o que foi apresentado, esse indivíduo pode abandonar a empresa logo na experiência, exigindo que o processo seja executado novamente. Na pior das hipóteses, o resultado pode ser uma ação trabalhista.
Falar, ouvir, entender e saber identificar se a mensagem realmente foi bem compreendida são os requisitos básicos que compõem essa habilidade.

3. Ser imparcial e objetivo

Na hora de escolher os candidatos que vão passar para as próximas etapas do processo seletivo até o momento da escolha final, o recrutador precisa manter o foco na imparcialidade e objetividade.
O recrutamento é uma ação em que não cabem julgamentos pessoais, preconceitos e rodeios na comunicação. Desde a triagem dos currículos até a última entrevista, devem ser consideradas as competências essenciais para assumir o cargo.
É preciso ter cuidado para não se deixar influenciar pelas opiniões pessoais ou características em comum que eventualmente um indivíduo pode ter com você.

4. Manter-se atualizado

Manter uma empresa sustentável no mercado nos dias de hoje depende diretamente do uso de recursos tecnológicos para otimizar a rotina de todos os setores e profissionais envolvidos. Não seria diferente com a equipe responsável pelo recrutamento e pela seleção.
Nesse contexto, o recrutador deve buscar manter-se atualizado sobre as tendências para a sua área. Atualmente, é possível automatizar diversos processos relacionados às novas contratações, utilizando sistemas que integram diversos canais, como:
·        candidaturas e compartilhamento de vagas via redes sociais;
·         triagem automática de currículos;
·         agendamento de entrevistas e feedback via e-mail;
·         dashboard para interação entre candidato e recrutador;
·         métricas de avaliação e emissão de relatórios sobre o andamento do processo;
·         banco de currículos integrado a diversos sites, incluindo o da empresa.

5. Ter uma visão holística da empresa

Muitas empresas pecam em destinar os processos de recrutamento e seleção apenas a um recrutador que tem a sua atuação limitada ao departamento de RH.
Quando há uma nova contratação em andamento, a pessoa responsável por estruturar todo esse sistema deve conhecer a empresa como um todo e contar com a ajuda dos supervisores do departamento no qual esse novo colaborador vai atuar para verificar as reais necessidades da vaga.
É de extrema importância manter um contato direto com diretores, gerentes e líderes de setor, para que o profissional atualizado sobre a sua cultura interna, conheça os resultados e aprimore a visão holística.
Somente por meio desse conjunto de conhecimentos é possível estabelecer o real perfil para a função e reconhecer esses elementos nos candidatos.

6. Ser discreto e honesto

A imagem da empresa começa a ser construída já durante o processo seletivo. Um dos segredos das empresas bem-sucedidas é a transparência na relação entre contratante e contratado, que se inicia já durante as entrevistas.
Não há necessidade alguma de fazer perguntas pessoais invasivas ou inadequadas, como descobrir o local de trabalho do cônjuge do candidato. Bons recrutadores são honestos, mas tomam cuidado para não criar conflitos ou deixar os entrevistados constrangidos.
É importante focar na relação a longo prazo que a empresa pode vir a ter com esse indivíduo. Não há como descobrir, desde o primeiro momento, qual será o perfil selecionado e adotar condutas diferenciadas durante o processo. A discrição e honestidade são posturas que cabem muito bem a quem exerce essa função.
O setor de recursos humanos cada vez mais sofre os impactos positivos das inovações tecnológicas. Quando falamos dos processos seletivos, realmente precisamos reconhecer o uso de diversas ferramentas que foram criadas com o objetivo de facilitar esse trabalho e transformar as contratações em uma ciência quase que exata, como o uso da inteligência artificial dentro dessa atividade.
No entanto, a mão de obra humana não pode ser ignorada. O papel do recrutador sempre será de extrema relevância para perceber os prós e os contras de cada candidato, utilizando de vários recursos integrados para descobrir quem realmente está apto a ocupar uma vaga. Isso só é possível por meio do desenvolvimento das características apontadas ao longo deste artigo, que visam promover melhorias no desempenho dessa função.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

RECLAME MENOS E AGRADEÇA MAIS


Reflita sobre quantas vezes você já reclamou e quantas vezes você já agradeceu só no dia de hoje. Não se assuste se a conclusão é a de que você fez mais reclamações do que agradecimentos, pois isso é comum. 
Usar o mantra “reclame menos” não é tão simples quanto parece, pois nosso dia a dia nos condiciona a sermos bons reclamões. 

Acompanhe esse artigo para saber mais sobre como esse tema pode ser sensível no ambiente de trabalho.
Perfil reclamão na empresa
Você já conheceu algum reclamão no trabalho? Se responder que não, repense. Tente se lembrar de um colaborador que não parava de criticar a empresa, achar problemas para não realizar suas atividades e ainda contaminava a equipe ao redor com o seu veneno. Ah, agora ficou mais fácil, não é mesmo? Apesar de parecer extremamente incômodo, esse perfil é mais comum do que se pensa.

Veja quais são as principais características de funcionários reclamão:
  • Faz críticas severas e constantes à empresa e/ou gestão sem argumentação válida;
  • Comunica sua opinião sempre que possível e estimula discussões sobre o assunto com os outros;
  • Usa uma reclamação como forma de aproximar de um colega de outra área ou de um funcionário novo;
  • Procura por impedimentos para realizar as tarefas sempre que possível
Desvantagens de ter um perfil reclamão
Claro que comportamentos impulsivos como os que citei acima podem trazer desvantagens reais para o dia a dia de uma empresa. Confira as principais:
  • Sua motivação para reclamar e capacidade de espalhar a palavra pode criar uma cultura de reclamação;
  • Criação de um clima organizacional desagradável;
  • Queda da qualidade de vida no trabalho;
  • Comparação constante da quantidade excessiva de trabalho com outros colegas;
  • Diminuição da produtividade.
Filosofia “reclame menos”
Agora é hora de ver o outro lado da moeda, afinal é possível achar o lado positivo de ter um reclamão no time. Esse pode ser a hora do despertar, em que a gestão e a liderança entendem que há algo errado. Então, juntamente com o Recursos Humanos (RH), é possível investigar quais são os motivas e as origens da reclamação, assim como planejar ações para diminuí-las ou acabar com elas de uma vez.

Esse pode ser o momento de fazer grandes mudanças para evitar excessos de reclamação. Fiz uma lista de quais seriam as principais e que teriam um resultado imediato após a aplicação. Confira:
  • A criação, aplicação e estabelecimento de um processo oficial de feedback. A devolutiva deve ter uma autoavaliação pessoal e técnica e uma avaliação da empresa e da gestão. Assim, os colaboradores, inclusive aqueles que reclamam muito, terão um momento para expor todos os pensamentos e também de analisar a si mesmo. Além disso, esse também será um espaço para o desenvolvimento de um plano de ação para os pontos que precisam ser desenvolvidos de todas as partes: funcionário, gestão e empresa.
·         A criação de uma caixa de sugestões para que todos os colaboradores tenham a oportunidade de reclamar, comentar ou elogiar. A caixa pode ser por área e deve ser aberta uma vez por semana na presença de todos. Assim se cria um espaço para uma discussão saudável. É importante lembrar que isso não pode ocupar um dia inteiro, por isso, estabeleça um prazo máximo que pode variar de acordo com a quantidade de participações e do tamanho do time.
  • A divulgação de canais de comunicação terceirizados para que os funcionários tenham a liberdade de reclamar a vontade.
  • A disponibilidade de profissionais de Recursos Humanos para ouvir o ponto de vista de quem desejar falar.
  • O desenvolvimento de uma campanha que mostra como a reclamação pode ter um impacto negativo caso ela não seja feita pelos modos formais e não tenha fundamento.
  • O desenvolvimento de uma campanha que incentiva a fazer um elogio. A comunicação interna pode criar uma linha de comunicação que mostre a importância de se fazer um comentário positivo.
  • O planejamento de um processo de seleção mais rígido em relação a isso. Para ajudar nesse ponto, o Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) tem um curso chamado Consultor em Análise Comportamental que é feito especialmente para funcionário da área de RH. A intenção é prepará-los e ensiná-los a fazer um mapeamento de perfil e tendências comportamentais. Além de possibilitar uma gestão mais eficaz de pessoas e de benefícios, é possível identificar quem pode ser um reclamão em potencial logo na entrevista.
 Reclamação X senso crítico
Engana-se quem pensa que reclamar adoidado é ter senso crítico. A capacidade de fazer uma crítica construtiva é composta por inteligência, análise, ponderação e respeito ao próximo. É possível ser sincero em relação ao trabalho dos outros apontando o que considera que poderia ser alterado e o porquê da mudança. Lembre-se de que o seu motivo deve ser sempre bem argumentado. Ainda mais você é preciso criticar o trabalho de uma área que você não tem conhecimento técnico, mas deve avaliar.
Um reclamão de plantão não costuma fazer uma crítica construtiva, pois não tem argumentos suficientes para isso. Ele acredita que deve falar só por falar sem se importar de faltar com o respeito, ser considerado um incômodo ou ainda dizer bobagens técnicas, pois não tem conhecimento o suficiente em determinado assunto.
Senso crítico é válido. Reclamar só por reclamar não é válido.

Qual é o seu perfil?
Agora é hora de me responder sinceramente! 
Qual é o seu perfil no ambiente de trabalho: mais reclamação, mais adepto do elogio ou um reclamação moderado? 
O ideal não é simplesmente não indicar o que acha que está errado e ficar quieto em relação a tudo. Assim como não é interessante só elogiar sem parar. Isso pode criar uma imagem de falta de senso crítico a respeito de você. 
O mais indicado é que você elogie sempre que achar necessário e reclame quando tiver argumentos para tal. Se houver plataformas para isso, procure as usar.