Há quem afirme que a Vida é uma escola.
Passamos por ela sempre aprendendo algo que aumente nosso conhecimento e nossa sabedoria.
Mas temos consciência de como este processo ocorre?
Pode-se resumir esse processo da seguinte forma.
Inicialmente dois eixos são traçados: um vertical (Inconsciência – Consciência) e outro horizontal (Incompetência – Competência), que se cruzam formando quatro quadrantes que deverão ser percorridos no sentido anti-horário.
No quadrante superior esquerdo está o “cego”.
É aquele que, além de não saber fazer, sequer sabe que não sabe.
É incapaz de realizar um trabalho ou tarefa determinada.
É incompetente e inconsciente.
Geralmente frustra e exaspera todos aqueles que precisam lidar com ele.
Ao se tornar consciente, o “cego” vira um “ignorante”, ou seja, enquanto o primeiro não sabe que não sabe, o segundo tem consciência de sua incompetência.
Neste ponto, o “ignorante” pode tomar três caminhos:
- – transformar-se em um “ausente” e ignorar (abandonar) seu campo de ação.
O “ausente” não gera competência, mas evita a persistência de erros.
- – transformar-se em um “cretino”, ou seja, mantém-se no campo de ação, sabendo que não sabe, mas fingindo saber.
- – transformar-se em um “principiante”, ou seja, comprometer-se com o aprendizado e com o aumento da efetividade.
O “principiante” identifica seu campo de ação e admite, sem sentir vergonha, que não consegue ser efetivo na realização da tarefa.
Ao “principiante” é necessário que se cumpram quatro passos os quais, se não cumpridos, não caracterizarão o “principiante”, mas um “cretino” que aparenta ser um “principiante”.
São eles:
- assumir a responsabilidade de aumentar sua competência;
- reconhecer-se como “principiante” e permitir-se cometer erros;
- buscar ajuda de um mestre ou coach e dar-lhe permissão e autoridade para ajudá-lo; e,
- dedicar o tempo e os recursos necessários para praticar diligentemente o que está sendo aprendido, sempre sob a supervisão do mestre ou coach, em um espaço adequado para tal.
A partir daí, com seu aprendizado contínuo, o “principiante” torna-se um “expert”, ou seja, torna-se conscientemente competente, hábil, sabendo o que tem que ser feito e, a partir de suas experiências, realizar aquilo que ele estima ser o melhor naquele momento.
Ele alcança o quadrante superior direito do gráfico.
Este é o roteiro que nos faz compreender porque alguns são mais competentes que outros e porque só uns poucos podem ser chamados de “mestres”.
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