A Gestão do
Conhecimento é uma disciplina que tem suscitado cada
vez mais atenção nas últimas décadas, tendo originado inúmeros trabalhos de
investigação e investimentos cada vez mais significativos por parte das
organizações que reconhecem a sua crescente importância. A investigação na área
da gestão do conhecimento está ligada à várias disciplinas, entre as quais, a
gestão estratégica, a teoria das organizações, os sistemas de informação, a
gestão da tecnologia e inovação, o marketing, a economia, a psicologia, a
sociologia, etc.(Georg van Krogh, 2002)
A principal preocupação dos
investigadores na área da gestão do conhecimento reside na busca da melhoria de
desempenho das organizações através de condições organizacionais favoráveis,
processos de localização, extracção, partilha e criação de conhecimento, assim
como através das ferramentas e tecnologias de informação e comunicação.
De forma geral, acredita-se que uma boa
prática de gestão do conhecimento influencia direta e indiretamente o bom
desempenho organizacional e financeiro de uma organização.
A Gestão do conhecimento possui ainda o
objetivo de controlar, facilitar o acesso e manter um gerenciamento integrado
sobre as informações em seus diversos meios. Entende-se por conhecimento a informação interpretada, ou seja, o
que cada informação significa e que impactos no meio cada informação pode
causar de modo que a informação possa ser utilizada para importantes ações e
tomadas de decisões.
Sabendo como o meio reage às
informações, pode-se antever as mudanças e se posicionar de forma a obter
vantagens e ser bem sucedido nos objetivos a que se propõe. Em uma definição
resumida pode-se dizer que Gestão do Conhecimento é um processo sistemático,
articulado e intencional, apoiado na geração, codificação, disseminação e
apropriação de conhecimentos, com o propósito de atingir a excelência
organizacional.
A globalização está fazendo com que as
empresas, sem as proteções oficiais das reservas de mercado, tenham que se
ajustar à Nova Economia. Precisam adequar seus custos e aumentar a
produtividade para serem competitivas.
Por isso, muitas empresas já estão
pensando em seus funcionários operacionais, administrativos e administradores,
não mais como simples “Recursos Humanos”, mas sim, como “Capital Humano”.
Esse novo enfoque enfatiza que as
pessoas são parte crucial de uma empresa e como tal, têm necessidade de serem
desenvolvidas, gerenciadas e tratadas com o mesmo respeito distinguido a todos
os outros capitais.
Na Nova Economia, as mudanças ocorrem
com extrema rapidez e as pessoas apesar de não acompanharem essas mudanças com
a mesma velocidade, têm que se amoldar às novas situações, necessitando de
atenção para reduzirem ou eliminarem essa diferença e conseguirem atingir os
objetivos empresariais.
Por outro lado, as empresas por muito
tempo subestimaram o valor dos conhecimentos de seus funcionários. Hoje,
sabe-se que a soma desse conhecimento tem um valor e que mensurá-lo e tê-lo sob
controle, e acima de tudo, aplicá-lo em favor da empresa, torna-se um
diferencial competitivo.
Mas para ser aplicado, não basta tê-lo.
Nesse momento entra outro importante e decisivo componente: a motivação do
funcionário para aplicá-lo.
Somente empresas atentas ao seu Capital
Humano, conseguem reter os talentos e motivá-los a utilizar o seu conhecimento
em benefício de ambos. A relação ganha/ganha faz parte dos valores dessas
empresas.
Deve haver um alinhamento de todos os
trabalhos de modo a converter o conhecimento dos trabalhadores em
auto-realização e em benefícios para as empresas. A função gerencial passa a
ter fundamental importância no desenvolvimento do “Capital Humano” devendo
mesmo ser vista como sua missão.
O que diferencia as empresas na Nova
Economia ou também chamada Economia da Era da Internet, é o quanto de valor
elas criam para seus clientes e consumidores.
A frase: “As empresas se constroem
através de pessoas e nunca serão maiores ou melhores que as pessoas que a
compõe.”(autor desconhecido) exemplifica bem, o quanto a qualidade das pessoas
pode ser o diferencial competitivo num mercado globalizado.
Nesse ponto, o Capital Humano é o que
faz a diferença. Os outros capitais, tais como cadeiras, computadores, salas,
etc. devem trabalhar para as pessoas e nunca devem ser tratados melhor que
essas pessoas.
Por traz da melhor tecnologia, sempre
haverá uma pessoa para comandá-la.
Outro fator de extrema importância a
ser analisado, é o custo da reposição de talentos que deixam a empresa.
A maioria das pessoas muda de emprego
em busca de trabalhos mais desafiadores, respeito profissional e a
possibilidade de influenciar a organização.
Essa é a conclusão de uma pesquisa
publicada pela Korn/Ferry International, apresentada no Fórum Mundial de
Economia de 2001 em Davos na Suíça.
Reter talentos é sem dúvida um desafio
para as organizações. Muitas empresas já comprovaram que é mais econômico
desenvolver um plano de retenção, do que buscar outros talentos no mercado. Até
porque não existem tantos talentos prontos no mercado para suprir todas as
empresas.
A Gestão de Conhecimento é um conceito
que infelizmente ainda não está sendo muito aplicado nas organizações, sendo
explorando somente a parte visível e tangível da ferramenta.
Neste resumo será mostrado algumas
falhas e possíveis soluções na aplicação da gestão de conhecimento.
1) Caça ao desperdício de talentos: O gerente com o conceito de Gestão de Conhecimento deve sempre motivar seus colaboradores, fazendo com que haja promoções internas e buscar recursos externo depois de verificar que não tem um recurso para preencher as características desejadas. Sempre verificar alguma talento escondido dentro da organização.
1) Caça ao desperdício de talentos: O gerente com o conceito de Gestão de Conhecimento deve sempre motivar seus colaboradores, fazendo com que haja promoções internas e buscar recursos externo depois de verificar que não tem um recurso para preencher as características desejadas. Sempre verificar alguma talento escondido dentro da organização.
2) Só Atitude não basta: O gerente deve ter atitudes acompanhadas de habilidade, experiência e contexto.
3) Esqueço, abandono, logo, eu, não uso: O gerente deverá encontrar recursos abandonados, que estão em trabalhos
paralisantes, pois essas pessoas nunca irão aplicar o seu pontencial em
serviços que desmotivam.
4) Ensinar a abordar o conhecimento, a pedir ajuda e aprender com os colegas: A organização precisa ensinar aos colaboradores a pedir ajuda, explicar melhor
o que necessita, compartilhar problemas, identificar e localizar especialista
de alguns assuntos especificos.
5) Diferença entre o que os funcionários sabem o que realmente aplicam: Deve-se certificar-se de que os funcionários estejam aplicando o que aprendeu
para benefício da organização.
Com esses problemas e as possíveis soluções a organização poderá ter benefícios
tanto com as informações como a produtividade com os recursos.
No decorrer da história, a humanidade passou por várias fases
evolutivas: idade do bronze, idade do ferro, revolução comercial, revolução
industrial e atualmente nos encontramos na era do conhecimento. Conhecimento
pode ser definido como experiência ou a habilidade de utilizar as informações
para gerar valor agregado.
Numa economia em ritmo acelerado, as organizações não podem perder tempo ou
vantagem competitiva tendo que reinventar a roda ou refazer determinado
processo o tempo todo, o que pode vir a se tornar um problema com efeitos
financeiros e de mercado prejudiciais.
Com o advento da informática e das novas tecnologias de comunicação, a
interação humana passou a ser cada vez maior, atingindo um estágio de
comunicação instantânea e sem limites geográficos, onde procedimentos regionais
se mesclam reescrevendo a maneira de pensar e agir para um nível global e muito
mais dinâmico.
Portanto, as organizações perceberam que tão importante quanto a pesquisa
tecnológica ou de produtos é também a gestão do conhecimento, seja empresarial,
pessoal, local ou global. Portanto, existem alguns procedimentos que podem
auxiliar na gestão mais efetiva do conhecimento, tais como:
- Mapear o conhecimento organizacional: A primeira e uma das mais importantes etapas da gestão do conhecimento é justamente identificar e mapear o mesmo.
- Entender a dinâmica do conhecimento na organização: O conhecimento é gerado e disseminado em diferentes maneiras em diferentes organizações, sendo crucial o entendimento de sua dinâmica na organização.
- Documentar o conhecimento organizacional: Tão importante quanto mapear e entender a dinâmica do conhecimento é criar mecanismos para sua documentação.
- Criar agentes multiplicadores: Mais do que ter o conhecimento e entender o mesmo na organização é necessário disseminar o conhecimento de maneira objetiva e organizada.
- Rever e atualizar conceitos: O conhecimento evolui com experiência e tempo, e a organização deve rever e atualizar os conceitos e o conhecimento periodicamente.
Por: Evaldo Ribeiro – Prof. de Gestão der Conhecimento
Nenhum comentário:
Postar um comentário