É importante conhecermos um pouco a história da Administração no Brasil e os precursores da luta de torná-la reconhecida.
A história da ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL iniciou-se em 1931, com a fundação do INSTITUTO DA ORGANIZAÇÃO RECIONAL DO TRABALHO - IDORT, que contava com o Prof. Roberto Mange, suíço naturalizado, na sua direção técnica.
Em meados do mesmo ano o Departamento Administrativo do Serviço Público, até hoje conhecido pela sigla DASP, foi fundado pelo Dr. Luiz Simões Lopes. Por este órgão foi criada a Escola de Serviço Público que enviava técnicos de administração aos USA para a realização de cursos de aperfeiçoamento, com defesa de tese.
Os conhecimentos e as ações desenvolvidas por estes especialistas, no seu retorno ao país, fez deles pioneiros da Administração no Brasil, como profissão. Novamente sob orientação do Dr. Luiz S Lopes, em 1944, foi criada a FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, mantenedora da EASP- Escola de Administração de Empresas de São Paulo.
Os conhecimentos e as ações desenvolvidas por estes especialistas, no seu retorno ao país, fez deles pioneiros da Administração no Brasil, como profissão. Novamente sob orientação do Dr. Luiz S Lopes, em 1944, foi criada a FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, mantenedora da EASP- Escola de Administração de Empresas de São Paulo.
Junto com o DASP, foi criado o cargo exclusivo de Técnico em Administração, hoje Administrador.
Sentia-se a necessidade de institucionalizar com urgência a profissão do Administrador, como forma de preservar o mercado de trabalho para os que já atuavam na Administração Pública e para os egressos daquelas escolas, bem como defender a sociedade de pessoas inabilitadas e na maioria das vezes despreparadas.
Mas, institucionalizar uma profissão não era tarefa fácil e a estratégia adotada deveria consistir na fundação da ABTA – Associação Brasileira de Técnicos de Administração, em 19-11-1960, que tinha como símbolo o hexágono.
A entidade recém criada começou a desenvolver esforços com vistas à preparação de um projeto de lei que institucionalizasse a profissão de Administração. É justo salientar que houve inestimável colaboração do Prof. Alberto Guerreiro Ramos, Técnico em Administração das DASP, na época DEPUTADO FEDERAL, na aprovação do projeto, ele foi apoiado pela ABTA na luta pela sanção presidencial, já que, à reação de poderosas forças contrarias, pediam pelo veto.
- Com o importante apoio do Diretor Geral do DASP, a lei n º 4769, que foi sancionada em 09-09-1965, pelo presidente da República na época, Humberto de Alencar Castelo Branco.
Para sua implantação dessa Lei, o Ministério do Trabalho nomeou uma Junta Federal presidida por Ibany da Cunha Ribeiro, aliada à ABTA, presidida por A Nogueira de Faria, que forneceu sua estrutura e seus recursos materiais e humanos, implantando assim os Conselhos Regionais de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Bahia.
Entre aqueles que exerceram o cargo de Técnico de Administração no DASP, além dos acima citados podemos ainda mencionar, Celso Furtado e Belmiro Siqueira. Este último ocupou vários cargos naquela repartição pública, dentre eles o de Diretor Geral em 1967 e1968.
- BELMIRO SIQUEIRA é o Patrono dos Administradores de Empresas, titulo que lhe foi outorgado "pós- mortem" e dá nome ao concurso nacional anualmente promovido pelo Sistema CFA/CRAs: Premio BELMIRO SIQUEIRA DE ADMINSITRAÇÃO.
Administrador, professor, consultor assessor governamental, colunista de vários jornais, sempre escrevendo sobre assuntos ligados à sua área de atuação.
Autor de vários trabalhos sobre Administração, ele foi eleito Conselheiro Federal em 1977 e Vice-Presidente do CFA, até 28-11-1987, data de seu falecimento. Ocasião em que se encontrava no exercício da Presidência do CFA. Mineiro de Ubá, nascido em 22-10-1921.
TornA-se imperativo, exaltar a valiosa e decisiva contribuição do Administrador Belmiro Siqueira, cujo talento, profissionalismo e dedicação à categoria, ficarão para sempre marcados nos anais da história da ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL.
Os profissionais de administração de empresas eram denominados, na época, Técnicos de Administração, o que transmitia uma conotação de formação escolar de nível médio.
Mais de 2 anos após a publicação dessa Lei, ela foi regulamentada através do Decreto 61.934 de 22-09-1967.
Foi criado então, o órgão responsável pela disciplina e fiscalização do exercício profissional: CFTA, com a missão de trabalhar pela afirmação da existência e fixação da profissão de Administrador de Empresas no macro sistema sócio, jurídico econômico nacional.
Começaram a ser criados Conselhos Regionais nas diversas capitais do país, que hoje compõem o Sistema CFA/CRAs, com a finalidade de difundir e consolidar a missão do órgão maior CFTA da categoria, com abrangência e autonomia nas diversas regiões do país.
Por foca da lei Federal de n º 735, de 13-06-1985, foi mudada a denominação de Técnico de Administração para ADMINISTRADOR, após uma vibrante campanha em 1983, coordenada pelo CRA-SP que levou reivindicações ao Ministério do Trabalho, de todas as instituições do país ligadas ao campo administrativo, universidades, faculdades, associações profissionais, sindicatos, além de milhares de profissionais e apoio de centena de Câmaras Municipais.
Iniciou-se um novo tempo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da Administração, como Ciência e como Profissão. A tecnologia moderna aliada a cientistas, pesquisadores e professores, com seus mecanismos, estudos e trabalhos vêm provando que Administrar é necessário, proveitoso e imprescindível em qualquer segmento, contesto ou situação na vida das pessoas, empresas ou entidades.
Depois da leitura desse texto, podemos concluir que houve uma larga batalha para a regulamentação da profissão de Administrador, onde se envolveram profissionais e organizações, provando que existe, e é real, a necessidade deste profissional dentro das empresas.
Texto extraído do original da autora: Adm. Lucinda Pimental Gomes - http://www.artigonal.com/
(*) O símbolo da Administração
O símbolo significa o Administrador na Organização. As setas apontando para dentro mostram que devemos olhar para a Organização e entendê-la a fim poder administrar melhor. As que apontam para fora indicam que nossa abordagem não deve ser unicamente focada na Organização, mas considerar também o ambiente em que ela está inserida e como este a afeta, positiva ou negativamente.
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