O médico das organizações, habilitado para atuar em qualquer setor dentro de uma empresa, dono de competências e habilidades invejáveis o mais eclético entre todas as profissões, acaba perdendo espaço no mercado de trabalho e sendo desvalorizado por não saber colocar na prática a maior parte da teoria vista no âmbito acadêmico e pela deficiência que os recém-formados na área apresentam quando encarram o mercado de trabalho.
Apesar de se submeter a um processo de aprendizagem durante um período longo para se tornar bacharel em administração, como em qualquer outra profissão, o Administrador ainda é inferiorizado até mesmo pelos próprios profissionais da área, vêm perdendo espaço em suas áreas de atuação para Advogados, Engenheiros, Enfermeiros, onde todos querem administrar, mas nenhum quer ser administrador, algo realmente contraditório.
Um empreendimento sem uma gestão eficiente é um negócio que vai de encontro à falência. Assim já dizia o mestre (Peter Drucker): Quando você vê um negócio bem sucedido é porque alguém, algum dia tomou uma decisão corajosa.
E esse alguém não poderia ser outro a não ser um grande Administrador aquele que vive dos riscos diários, quem ousa e luta com eficiência visando uma eficácia de seus objetivos, que se doa em prol das organizações.
Assim como os médicos investigam as naturezas e as causas das doenças humanas, procurando a sua causa e prevenção, os administradores acabam fazendo a mesma função só que diferente dos médicos eles cuida dos negócios.
Profissional que tem a sua disposição uma mala repleta de ferramentas especifica para investigação, para cada doença, para cada situação.
O curso de administração é a segunda carreira com maior número de matriculas (em 2015, mais de 585 mil pessoas estudavam administração). Nos últimos 15 anos, o número de formados por ano cresceu de 35.149 para 99.216, um aumento de 182%.
A deficiência na formação por falta de estruturas adequadas dentro das universidades para o processo de aprendizagem eficaz e o crescente número de formados dificulta a entrada destes novos administradores no mercado de trabalho, além do aumento da disputa por fatia no mercado, a qual vem sendo disputadas por profissionais de outras áreas do conhecimento.
Medidas para tentar solucionar algumas destas questões foram tomadas, mas pouquíssimas concretizadas. Como exemplo: pode-se citar o Projeto de lei do senado n° 439/2015, que dispõe sobre o exercício de atividades no campo da administração, de autoria do Senador, Donizette Nogueira que está em tramitação no Plenário do Senado Federal.
O PLS tem por finalidade, garantir que cargos e funções com atribuições voltadas para os campos da administração, em organizações de todos os setores, somente possam ser providos por tecnólogos e Administradores profissionais regulares na forma da lei.
Uma prova de proficiência como a do curso de Direito (Exame de Ordem) é viável no curso de Administração de Empresas, uma vez que será realizada uma triagem, fazendo o egresso dos graduados que são submetidos a um ensino de baixa qualidade.
Assim, entrarão no mercado aqueles realmente são capazes e qualificados a exercer a profissão de Administrador, aumentando também a credibilidade do curso e o reconhecimento dos formados na área.
Intensificar a fiscalização por parte dos órgãos responsáveis pela profissão; buscando adotar politicas punitivas mais severas para aquelas organizações a quais não cumprirem com as leis estabelecidas.
Exigir a parte prática dentro do curso de bacharelado em Administração em todas as universidades (Públicas e Privadas). Assim os acadêmicos vão colocar já na prática toda teoria vista na universidade, começando a conciliar a teoria com a prática desde sua trajetória na faculdade, teremos profissionais bem preparados e bem qualificados para ocupar e encarar o mercado de trabalho e exercer seu papel de médico das empresas, tomando posse de suas respectivas áreas de atuação.
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