Vivemos em um mundo em que o valor dos profissionais é medido pelo ter, não pelo ser.
Isso mesmo! Sem falsos moralismos, desculpas ou quaisquer tipos de subterfúgios psicológicos de autoenganação.
Basta ver nas capas das revistas, nos sites que tratam do assunto e nos talk shows na televisão.
Quantos ídolos!
Quantas pessoas de sucesso!
Independente de como eles subiram os degraus da glória, quantos pescoços cortaram, quantos tapetes puxaram…
Conheço tantos fdps que são aclamados!
Mas, é a vida. Ou melhor, é um modelo definido como o melhor para a vida das pessoas.
Adoramos máscaras!
Adoramos ilusões!
Adoramos chafurdar no sonho de outros… Vivemos mais de olhos fechados do que abertos.
Para uns os louros, para outros a lama
Veja: quando acontece um problema na empresa, uma falha, um erro. A culpa foi do estagiário, de sabotagem, de um grupo de funcionários preguiçosos e malpreparados.
Agora, quando há os lucros, a vitória, sempre é por causa dos presidentes competentes, dos CEOs magníficos.
“Nossa! Como meu boss é parecido com um deus grego!”, “Veja como ele fica divino trajando seu impecável terno de risca de giz!”, “Nossa como ele é majestoso tomando seu cafezinho!”.
E as pessoas piram!
Compram as revistas, leem as entrevistas, e, se pudessem, pediriam até autógrafos!
Idolatram.
Mas, fazer o quê?
É bom ter um ídolo quando se é apenas um número, não é?
E sempre foi assim…
Inventar figuras “centrais” ajuda a encapsular o raciocínio das pessoas, seja nos negócios, na política ou na religião.
Enfim, o nome que perdura na história é o do rei. Não dos soldados que sangraram, morreram e venceram as batalhas.
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