No mundo, o número de idosos aumentará rapidamente e passará de 606 milhões (no ano 2000) para perto de 2 bilhões, em cinquenta anos.
O aumento será mais marcante nos países pobres, onde a população idosa se quadruplicará, passando de 374 milhões para 1,6 bilhão
Estima-se que em 2040 aproximadamente 57% da população ativa será composta por pessoas com mais de 45 anos.O Brasil envelhece rapidamente: de 21 milhões em 2010 (11%) para aproximadamente 65 milhões (30%) em 2050. Em 2046, haverá 238 idosos para cada 100 jovens, o dobro dos valores atuais (112 para 100). Entre 1940 e 2015, a expectativa de vida teve aumento de mais de 30 anos e passou de 40,7 para 75,5 anos. A projeção para 2050 é de 80,7 anos.
Somente um quarto dos brasileiros irá parar de trabalhar totalmente na idade da aposentadoria, os outros continuarão a trabalhar em algum nível após a idade de se aposentar.
Alguém duvida que o futuro do mercado de trabalho pertence aos profissionais com mais idade cronológica? Nosso desafio é desestimular a saída precoce deles do mercado de trabalho e, claro, mudar o estigma de um idoso já desvinculado social, cultural e economicamente que carrega o rótulo e a etiquetagem da inflexibilidade perante as mudanças, da improdutividade laboral e da falta de conhecimento tecnológico.
É preciso mudar essa cultura assistencialista da aposentadoria por idade, aquela figura do idoso como um velhinho que precisa de cuidados já passou. Setenta por cento dos brasileiros querem se manter ativos após a aposentadoria. Estamos mais saudáveis e continuamos produtivos, e o País precisa disso!
Mesmo com as pequenas alterações trabalhistas que entraram em vigor em novembro de 2017, a problemática de idade na empresa ainda não foi abordada. Você já deve ter visto o grande desafio que profissionais acima dos 47 anos de idade enfrentam para serem recolocados e contratados por qualquer empresa no Brasil.
Muitas empresas querem contratar serviços dos profissionais seniores, os idosos querem e precisam trabalhar. Para que essa combinação dê certo é preciso seguirmos ampliando as mudanças nas leis trabalhistas, pois nesse cenário acredito que os empregados mais velhos provavelmente desejariam ser produtivos por mais tempo.
Se essa previsão se concretizar, algumas práticas terão de ser revisadas no setor privado, tais como locais de trabalho mais favoráveis e com uma série de adaptações para os idosos, cargos e horários flexíveis e oportunidades de treinamento.
Por tudo isso, provavelmente no futuro teremos uma nova visão sobre a velhice. A ideia de envelhecimento deixará de ser associada ao acréscimo de anos à vida e passará a significar mais vida aos anos.
Já passou da hora de termos um novo entendimento sobre o assunto e enxergar as oportunidades de negócios criadas pelo aumento da população mais velha, com suas necessidades e interesses específicos, algo que poucas empresas já perceberam.
O futuro sem dúvida será dos cabelos brancos. Mas se a imagem que lhe veio à mente foi asilos, consultórios médicos e hospitais, quebre esse paradigma. Ver idosos por uma ótica discriminatória de declínio só consolida estereótipos.
Convido você a traçar um quadro realista dos “novos” idosos. Observe e valorize sua sabedoria, experiência, autoridade moral e liderança. Ao focarmos essa perspectiva, se tornarão mais valiosos no mercado de trabalho.
Copiado: http://www.gestaoenegocios.digisa.com.br
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