segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

AFINAL, O QUE É INOVAÇÃO?



A ciência da Administração adquiriu ao longo dos anos um caráter irrevogável de dinamicidade. Nunca antes a arte de organizar e gerenciar estiveram tão inseridas em um contexto de mudança, de renovação. Nesse sentido, a Inovação desempenha um papel chave não apenas nos processos e nas operações básicas da firma, mas principalmente no modo de agir, de produzir, de gerar conhecimento. 

Dessa forma, reconhece-se, atualmente, a função essencial da inovação no administrar, contudo, quando pergunta-se o que é inovação, o que se obtém como resposta são termos vagos, não claros e pouco operacionais. Afinal, o que é inovação.

Sim, é claro que sabemos que a inovação é importante, mas a definição do termo se torna prejudicada em função não apenas da abrangência, mas também da multiplicidade de aplicações. Ficamos receosos de conceituar e negligenciar algum aspecto importante, e assim preferimos deixar o conceito em aberto. No fundo no fundo sabemos o que é, ou não. O objetivo deste texto é justamente esclarecer a origem do termo e tentar afastar alguns fantasmas, de tal forma que ao fim você será plenamente capaz de definir, com segurança, o que é inovação. 

Mas afinal, para que serve saber o que é inovação se eu não sei como inovar? Tenha calma, pois a definição correta do termo permite-nos uma melhor operacionalização, ou seja, dentro das diversas acepções, definir o que é inovação torna mais fácil visualizá-la, planejá-la, coordená-la e controlá-la. 

Assim como no planejamento estratégico a definição dos objetivos e metas é a etapa inicial, no processo de gestão da inovação a definição do conceito é o início.

Enfim, vamos desde o princípio. Na própria etimologia da palavra, inovação deriva do latim innovare, que simplesmente significa incorporar, trazer para dentro, inserir o novo, a novidade. Dessa forma, na origem a inovação significa simplesmente renovação. Entretanto essa concepção é incompleta, visto que se confunde com mudança, novidade, invenção, etc. Utilizemos, portanto, abordagens mais clássicas. Schumpeter, primeiro teórico clássico da inovação, em 1934 afirmou que esta representa um ato radical que envolve a introdução de um novo elemento ou a combinação de elementos antigos. 

Nesse sentido a inovação é caracterizada por combinações de recursos que geram novos produtos, novos processos, novos mercados, novas formas de organização e novos materiais. Ainda, em 1942, Schumpeter amplia seus escopos, e afirma que “inovação é a reforma ou revolução de um padrão de produção a partir da exploração de uma invenção, ou de forma mais geral, uma possibilidade tecnológica original, para a promoção de um novo produto ou serviço”.

Desse conceito resgatamos a terminologia da introdução do novo e acrescentamos a noção de combinação de recursos. 

Além disso, diferencia-se inovação de invenção, tendo em vista que aquela representa a aplicação e exploração desta com o objetivo de gerar novos produtos e serviços. Posteriormente, acadêmicos das teorias evolucionárias e da firma, trouxeram novos elementos ao conceito. Dosi defende que a inovação é um processo de solução de problemas que envolvem a geração de valor para a organização. 

Outros teóricos dessa vertente, chamados neoschumpeterianos, defendem que a inovação é o resultado de um processo de solução de problemas, seja de problemas de mercado (demanda), seja de problemas de custo (oferta). O que essas novas teorias trouxeram de novo? A característica central de que toda inovação deve solucionar problemas e gerar valor.

Copiado: https://www.portaleducacao.com.br

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