Se você entrar em uma reunião a
fim de buscar culpados e passar três horas discutindo sem identificar quem está errado, o
errado é você!
A prática do gerenciamento de
equipes é uma escola de formação que ensina ou deveria ensinar aos líderes, à humildade,
a coerção, a tolerância. Ninguém está sempre certo e nem sempre errado.
Se algum gerente que você
conhece lhe disser que sempre está com a razão, das duas uma: ou é um mentiroso ou nunca
gerenciou pessoas como deveria.
As empresas, mesmo as familiares,
têm interesses específicos, objetivos que devem ser atingidos no quotidiano, de forma
a garantir a sua sobrevivência. É por isto que necessitam ser administradas profissionalmente.
Alguns Gerentes, se é que posso tratá-los assim, no exercício das suas funções cuidam dos seus a
fazeres como se estivessem arrumando o quintal da sua própria casa, atropelando tudo e a todos,
enterrando recursos e deixando rastro de desânimo, antipatia, descrédito e desconfiança em suas
equipes de trabalho.
No fundo são pessoas inseguras
que deram a sorte de encontrar alguém que lhes puxassem pelas mãos e lhe renderam a
oportunidade de crescimento na carreira. Entretanto, não introjectaram a oportunidade e
perderam o trem desse aprendizado que passou e eles ficaram sentados na estação.
- As empresas alimentam famílias. Quantas bocas um empregado representa no trabalho?
- Responda a essa pergunta olhando para si mesmo. Quantas bocas dependem do seu salário?
- Quantos são aqueles que estão sob a sua dependência para vestir, ir ao médico, estudar etc?
As pessoas muitas vezes “engolem
sapos” por colocarem à frente os seus dependentes, pois todos conhecem as dificuldades em
conseguir um novo emprego hoje em dia. Optam por “irem levando” as ingerências cometidas
por seus gestores. As Organizações por serem o principal elemento de sustentação da família,
assume personalidade sagrada para o trabalhador, por isto, tratando-as assim, enquanto
Gerentes, Coordenadores, Supervisores e Monitores, devemos procurar não cair na tentação de
cometer algum dos Sete Pecados sobre os quais passaremos a expor mais adiante: Os Sete Pecados na Gestão
1) Miopia Organizacional: Agir como os três macacos: Não
ver, não ouvir, não falar. Não ver as potencialidades
multidisciplinares que estão a sua disposição, alocando cada talento no lugar certo, a fim de extrair
todas as suas potencialidades; Não ouvir mais os especialistas, pois neles estão depositadas as
práticas laborais que melhor atendem ao princípio, meio e fim das tarefas que lhe cabem;
Não falar, não agradecer, não elogiar, não reconhecer em público os agentes que
influenciam positivamente os resultados alcançados.
2) Soberba Profissional: Pensar e agir como se fosse o
dono da verdade. Assumir posições radicais esquivando-se das consequências,
principalmente se os resultados não agradarem aos seus superiores ou pares, imputando a
outrem a responsabilidade da implantação das suas equivocadas orientações. Se deu
certo, foi ele. Se deu errado, foi outra pessoa! Escolhem como seus substitutos pessoas sem
expressão, influência ou competência de modo a não se sentirem ameaçados.
3) Avareza: Especialisar-se em fazer economia
“burra” o tempo todo! Segurar as verbas o ano inteiro, para que no final dele,
sair procurando o que comprar de modo a garantir o mesmo orçamento no exercício seguinte e
continuar agindo do mesmo jeito. Não viabilizar cursos ou viagens na forma de prêmios
para aqueles que se destacaram na sua equipe, aliás, somente abrem a mão para os que
fizerem a políticas de seus bons amigos. Aos amigos do Rei tudo. Aos “inimigos”, a Lei!
4) Centralização: Não confiar a ninguém a condução
de tarefas principalmente as nobres, aquelas que podem estar sendo observadas por
seus superiores hierárquicos. Mantém tudo sobre a égide dos seus olhos. Acumulam
tarefas não importando a sua expressão. Vivem sem tempo para tudo e para todos. Torna-se
uma pessoa estressada, sem brilho e se concretam no exercício das suas funções.
Jamais serão mais do que são, ao contrário disso, são candidatos potenciais a perderem
seu “status” nas suas organizações.
5) Improbidade: Tratada aqui em sentido mais
amplo, vem a ser a ação ou omissão do Administrador que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. Está relacionada à Ética
Profissional. Incorrer neste Pecado é por sob a terra o aprendizado de toda uma vida, é
soterrar o caráter, ferindo mortalmente as leis sociais.
6) Ganância: Na sua escola só aprendeu a
conjugar verbos na primeira pessoa do singular. Eu faço, Eu decido, Eu resolvo; e na
terceira pessoa do singular também: Ele errou, Ele desobedeceu, Ele fracassou. Só pensa em si próprio. Assumir
os grandes feitos, as tacadas de mestre, capitalizando prestígio e valores
somente para si. Os brindes de final de ano vão para a gaveta ou fundo do seu armário.
Em primeiro lugar vem ELE, em segundo ELE e em terceiro ELE.
As equipes o veem como nuvens que
cobrem o céu nos finais de semana. Rezam para que passem rápido, que vão embora
o mais depressa possível. São pessoas inconvenientes, intransigentes e arrogantes. As
organizações competitivas não toleram pessoas assim.
7) Luxuria: Não tem garrafa fazia pra vender.
Não entendem de nada, não conhecem nada, não sabem de nada! São como
no dito popular, “um zero à esquerda”, no entanto são dotados de uma prepotência
invejada até no inferno! Parecem pombos passeando pelos corredores. Sempre concordam ou
discordam das ideias dos seus superiores numa rapidez impressionante. Incapazes de
tomarem posição sobre qualquer assunto custam a decidir até onde sentar num restaurante, é
capaz de comer em pé se alguém não lhe escolher a mesa.
São pessoas que agem como bolas.
Rolam para o lado que pender a política das empresas onde laboram.
É minha gente. Sete Pecados que
se somam a muitos outros sete já relacionados por outros pesquisadores e autores de
Artigos Técnicos assim como eu. Enfim, cabe a vocês que me acompanham através do Site do
Conselho Regional de Administração do estado de Sergipe – CRA-SE, julgar a
pertinência ou não de evitarmos cair na tentação de algum deles. Que Deus esteja sempre por
nós e nos livre de trabalhar com Gerentes que os adotem. Se isto acontecer numa
empresa, até o inferno irá parecer um lugar melhor para se trabalhar!
Por: Adm. José Mauro Alvim Machado - http://www.crase.org.br/
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