Mas já parou para pensar que existem diferenças entre as habilidades que uma pessoa pode desenvolver ao longo da carreira?
Por exemplo, uma pessoa pode ser muito boa em criar planilhas e analisar dados, enquanto outra tem o dom da oratória. Uma terceira pessoa pode, ainda, ser excelente em liderar pessoas, enquanto outra pode ser considerada o ás da organização de processos.
Essas diferenças podem ser classificadas em dois grandes grupos, que chamamos de hard skills e soft skills. Quer saber mais sobre esses conceitos? Continue a leitura!
O que são hard skills?
Hard skill, em tradução livre, significa habilidades duras ou difíceis. Na prática, elas correspondem às habilidades técnicas, que podem ser aprendidas por meio de estudos específicos. Desse modo, saber projetar um avião é uma hard skill, assim como realizar uma cirurgia do coração.
As hard skills ou competências técnicas podem ser ensinadas e avaliadas de forma objetiva. Por exemplo: um arquiteto sabe ou não sabe projetar um edifício. Seu sucesso pode ser mensurado a partir de análises matemáticas sobre o projeto feito.
Por muito tempo, as hard skills foram consideradas as habilidades mais importantes no universo corporativo. Isso porque o acesso à formação de qualidade ainda era bastante restrito e poucas pessoas conseguiam chegar à universidade, por exemplo.
Hoje em dia, esse cenário já mudou bastante. A população tem cada vez mais acesso a conhecimentos técnicos, não só na faculdade, mas em plataformas de ensino a distância e até mesmo em redes sociais, como o YouTube.
Além disso, as empresas sabem que as hard skills podem ser ensinadas por meio de metodologias próprias, acelerando o processo de aprendizagem dos colaboradores. Algo que não é tão simples quando se trata das soft skills.
O que são soft skills?
Soft skills ou habilidades leves, em tradução livre, são as habilidades comportamentais que desenvolvemos ao longo de nossas vidas.
Diferentemente das hard skills, que são facilmente treináveis, as soft skills exigem um aprimoramento humano bem mais profundo. Elas também requerem uma atitude mais proativa das pessoas em mudar hábitos, valores e conceitos aprendidos.
Liderança, empatia, comunicação assertiva, trabalho em equipe, colaboração, gestão de tempo e resolução de conflitos são alguns exemplos de soft skills que podemos — e devemos — desenvolver.
As soft skills também são mais difíceis de serem mensuradas, pois estão ligadas a habilidades subjetivas. Por exemplo: como você vai mensurar a capacidade de liderança de uma pessoa? Ou se a comunicação dela é eficaz ou não?
Difícil de estabelecer parâmetros para isso, certo? Por essa razão, as soft skills vêm sendo cada vez mais valorizadas pelas empresas. Afinal, são resultado não só de uma educação formal, mas, principalmente, de uma visão a atitude positivas perante a vida.
Hard skill x soft skill: quais as diferenças?
Com certeza você já identificou algumas das diferenças entre hard skills e soft skills. Mas vale a pena a gente expandir essa lista para entender a importância de desenvolver essas duas categorias de habilidades.
Mensurabilidade
Uma das principais diferenças entre hard e soft skills está na nossa capacidade de mensurar o quanto uma pessoa domina uma determinada competência.
Isso fica bastante evidente na faculdade. Você tem provas de cálculo, por exemplo, cujo resultado não pode ser questionado. Está certo ou está errado.
Mas, quando se trata de uma redação, por exemplo, os critérios só podem ser assertivos se estiverem relacionados ao uso da gramática.
Mas qual seria a redação mais inspiradora? Ou a mais poética? Tudo depende de quem está lendo, correto? Logo, esta avaliação é subjetiva.
Aquisição do conhecimento
Outra grande diferença entre hard skill e soft skill está na forma de aquisição do conhecimento.
Você pode aprender a desenvolver um projeto de engenharia mecânica a partir de tutoriais bem estabelecidos. Portanto, essa é uma hard skill, ou competência técnica.
Por outro lado, ter empatia pelas pessoas que trabalham com você é uma habilidade que você desenvolve no nível subjetivo, a partir de análise interior, que pode ser feita com a ajuda de um profissional de psicologia, por exemplo.
Não dá para fazer um curso de empatia e sair aplicando no dia seguinte, porque isso depende de uma mudança de comportamento da sua parte.
Durabilidade
Conforme o mercado de trabalho muda, as hard skills podem se tornar obsoletas. E com o avanço da inteligência artificial, ainda mais profissões podem deixar de existir, exigindo que cada vez mais pessoas busquem uma segunda graduação.
Nesse sentido, você precisa desenvolver uma mentalidade de lifelong learner para não ficar paralisado no tempo e perder oportunidades de emprego.
Por outro lado, as soft skills não sofrem com isso. Sempre precisaremos de pessoas com espírito de liderança, com empatia, com capacidade de gerenciar conflitos, com senso de equipe, capazes de colaborar coletivamente… Ou seja, investir em soft skills é para a vida toda.
Valorização
Tanto as hard skills quanto as soft skills são valorizadas no mercado de trabalho. Mas, conforme você vai ganhando experiência e avançando na carreira, mais as soft skills se tornam protagonistas.
Isso acontece porque, conforme você vai galgando cargos de maior responsabilidade, mais precisa saber lidar com pessoas e situações difíceis, tomar decisões e assumir a liderança.
Justamente por essa razão, na faculdade você tem uma carga horária maior de disciplinas com conhecimento técnico e na pós-graduação essa balança se inverte, com uma maior preocupação no desenvolvimento de competências comportamentais.
Copiado: https://multivix.edu.br/blog
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