Enfrentamos uma Epidemia Silenciosa de Desassossego Crônico?
O distúrbio ansioso representa uma crise psicológica insidiosa e onipresente que está subjugando uma população alarmantemente vasta em escala global.
Revelando-se como uma voragem de apreensão antecipatória, um temor visceramente palpável e uma consternação desmesurada que nos assola com frequência acompanhada de sintomas corpóreos de gravidade, incluindo palpitações cardíacas perturbadoras, episódios sufocantes de dispneia e tremores incontroláveis.
Este flagelo da condição ansiosa pode irromper silenciosamente em nosso cotidiano sob uma miríade de gatilhos - desde um excesso de situações estressantes, traumas psicológicos, medos irracionais e, às vezes, ele surge como uma sombra sem fonte aparente, corroendo nossa sanidade.
De acordo com um alerta emitidO pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estamos lidando com uma das afecções psíquicas mais difundidas que afeta aproximadamente 275 milhões de vidas em todo o planeta, uma cifra que equivale a cerca de 3,6% de toda a nossa população.
Um espectro muito mais amplo e insidioso do que a sociedade se permite reconhecer, fazendo vítimas desde os mais tenros anos da infância até o crepúsculo da velhice.
No Brasil, o quadro é de uma perturbação crescente e de proporções épicas.
Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, promulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, revelam que um chocante 10,2% da população, o que se traduz em aproximadamente 18,6 milhões de brasileiros, encontram-se assolados por este distúrbio – números que deveriam soar os alarmes de crise de saúde pública.
O mais aterrorizante é que a ansiedade não faz acepção de pessoas - ela ataca indiscriminadamente, transcende barreiras de gênero, raça e classe social.
Mas também para deflagar consequências físicas arrasadoras, como o surgimento de transtornos depressivos, o nefasto transtorno do pânico e uma série de doenças cardiovasculares.
A ansiedade não pode e não deve ser uma sentença perpétua.
Com determinação, pesquisa e políticas eficazes, podemos aspirar a uma sociedade mais justa e saudável, onde o desassossego crônico se transforme não em um estigma imobilizador, mas em um capítulo superável na história de vida das pessoas.
Copiado: https://www.linkedin.com/in-marcus-vinicius-pinto
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