quarta-feira, 17 de novembro de 2021

DISLEXIA: O que é, Sintomas, Causas e Tratamentos

 


Ler e escrever são habilidades consideradas básicas em nosso mundo de hoje. Porém, algumas pessoas têm uma dificuldade imensa para aprender essas habilidades por causa de um transtorno chamado de dislexia.

A dislexia é um transtorno neurológico que faz com que seja muito difícil entender símbolos, principalmente os que envolvem escrita.

De acordo com estimativas da Associação Brasileira de Dislexia (ABD), o distúrbio atinge entre 5% a 17% da população do planeta. E apesar de o diagnóstico geralmente ocorrer na infância, algumas pessoas passam anos sem saber que tem esse transtorno.

Por isso, neste post vamos falar o que é a dislexia, quais os sintomas e como é feito o tratamento.

O que é dislexia?

A dislexia é a principal disfunção que faz parte de um do transtorno específico de aprendizagem. A característica dessa condição é grande dificuldade no entendimento da comunicação que se utiliza na escrita e na leitura.

O transtorno tem uma origem neurobiológica e geralmente já está presente desde o nascimento. Porém, os sintomas acabam se apresentando apenas mais à frente na vida de uma pessoa.

Como o nome do distúrbio diz, a dislexia é um distúrbio que tem impacto direto no aprendizado do paciente. Isso porque as áreas de nosso cérebro responsáveis pela leitura e escrita ficam prejudicadas e não funcionam da forma esperada.

Entretanto, diferente do que muita gente pensa, desenvolvimento cognitivo geral da pessoa não é impactado pela doença. Ou seja, o nível geral de inteligência dela é o mesmo que o de alguém não disléxico.

Sinais e sintomas da dislexia

Uma vez que a dislexia é considerado transtorno que da aprendizagem, o mais comum é que os sintomas apareçam em crianças na fase de alfabetização.

Porém, ela pode aparecer na vida adulta, muitas vezes por não ter sido diagnosticada previamente.

Se existir suspeita de algum transtorno de aprendizagem, é muito importante procurar ajuda profissional, pois a pessoa irá precisar de diversas adaptações em seus ambientes educacionais.

Alguns sintomas gerais da dislexia são:

  • Leitura em voz alta de maneira lenta e com muito esforço;
  • Não entender o que acabou de ler;
  • Dificuldade para escrever corretamente (tanto palavras específicas quanto textos);
  • Confundir a ordem das letras de uma palavra;
  • Perder a linha que estava sendo lida.

Idade pré-escolar

O diagnóstico da dislexia em idades pré-escolares é bastante difícil, uma vez que a criança não é alfabetizada ainda.

Alguns indícios de dislexia nessas idades podem vir se a criança demorar muito para começar a falar. Junto a isso, outros sinais são dificuldade em memorizar nomes, canções e falta de prazer na leitura.

É necessário muito cuidado quando falamos sobre transtornos em crianças, pois cada uma tem seu tempo de desenvolvimento. Porém caso hajam suspeitas de algum tipo de transtorno, é importante a investigação.

Idade escolar

É durante a vivência escolar que a maioria das pessoas que sofrem com dislexia são diagnosticas, seja nas séries inicias ou mais à frente já na adolescência.

Os sinais mais claros acontecem quando a criança ou adolescente tem maior dificuldade do que os outros para aprender a ler, não consegue acompanhar a matéria e seu entendimento de leitura e escrita são claramente menos desenvolvidos que os dos colegas da mesma etapa.

É muito importante que seja feita a investigação nessa idade, pois os resultados desse mau desempenho escolar podem ter forte impactos na autoestima da criança ou do adolescente. Ou seja, a criança pode ter problemas emocionais devido às dificuldades apresentadas.

Idade adulta

A dislexia pode aparecer nos anos escolares, porém não ter grande impacto na pessoa até que ela chegue em ambientes que exijam mais da pessoa, levando a dislexia a ser um problema.

Um exemplo é quando uma pessoa disléxica, que tinha grande apoio dos professores no ensino médio, entra em uma faculdade.

Por sem um ambiente com maior exigência e que não possui o suporte tão próximo dos professores, os sintomas da dislexia podem começar a ter um forte impacto na sua vida acadêmica.

Tipos de dislexia

É comum fazermos uma divisão do transtorno de dislexia de acordo com a forma que ele se manifesta.

Vale ressaltar que as características da dislexia serão únicas para cada pessoa. Esse tipo de categorização serve apenas para definir as adaptações que irão funcionar melhor para o aprendizado da pessoa.

Dislexia visual

A dificuldade maior é na visualização. Ou seja, a pessoa tem grandes dificuldades em diferenciar tamanhos, formas e orientações das letras e palavras.

É comum a confusão entre letras e palavras parecidas, podendo a pessoa trocar uma letra por outra, como o “p” e o “q” ou “sair” e “cair”.

Muitas vezes, as pessoas têm dificuldade até em diferenciar o lado esquerdo do direito. Logo a escrita da pessoa disléxica acaba ficando disforme e com diversos erros gramaticais e sintáticos.

Dislexia auditiva

Neste tipo de dislexia, a pessoa tem muita dificuldade em diferenciar os sons emitidos na fala, principalmente no entendimento de fonemas (a pronúncia da sílaba).

Assim, palavras que tenham o som muito próximo podem ser confundidas pela pessoa com dislexia, como “venha” e “tenha”, podendo até impactar na própria fala da pessoa.

Dislexia mista

A dislexia mista ocorre quando existem sintomas dos dois tipos anteriores de dislexia na mesma pessoa.

Nesse caso, a dificuldade de entender e se expressar são muito grandes e o entendimento da pessoa sem adaptações fica muito restrito.

Causas da dislexia

Como falamos anteriormente, a dislexia tem origem neurobiológica. Isto é, ela acontece pois existe alguma deficiência na estrutura do cérebro da pessoa disléxica.

Essas deficiências podem vir de fatores genéticos ou ambientais nos primeiros anos de vida da pessoa.

Além disso, o transtorno pode estar relacionado a um problema de comunicação entre alguns neurônios, bem como com um desenvolvimento tardio do sistema nervoso central.

Como mencionamos, a dislexia não interfere em outras habilidades cognitivas e não tem impacto sobre a inteligência geral da pessoa. Assim, se a pessoa tiver os estímulos corretos ela pode se desenvolver tão bem quanto, ou até mais, do que pessoas sem o transtorno.

Diagnóstico da dislexia

Primeiramente, o diagnóstico do transtorno irá envolver diversos profissionais como psicólogos, psiquiatras, neurologistas, entre outros.

Não existe nenhum exame que identifique a dislexia. Portanto, para isso a pessoa irá precisar passar por uma avaliação composta por uma bateria de testes.

Caso exista a suspeita de dislexia, é muito importante que ajuda profissional seja buscada. Caso contrário, aquela criança – ou adulto – irá sofrer com o transtorno por muito mais tempo.

Além disso, existem vários casos de pessoas com dislexia que também tenhas outros transtornos, sendo um do que mais comuns é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Tratamento para a dislexia

A dislexia é um transtorno crônico. Assim, quem possui essa condição conviverá com ela pelo resto da vida.

Porém, existem diversas formas da pessoa aprender a conviver com esse transtorno.

Inicialmente, precisamos notar que não existe nenhum tipo de remédio para esse problema. O tratamento é principalmente ao se realizar adaptações ao dia a dia. Para isso, se pode contar com profissionais de diversas áreas como pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros.

É muito importante que a pessoa, ou os pais quando se tratar de crianças e adolescentes, encarem quem tem dislexia irá precisar de cuidados especiais, principalmente durante os anos escolares.

Copiado: https://blog.eurekka.me/

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