Uma palavra dita na hora errada, na frente a toda a equipe, cobranças até de madrugada, resultados nunca satisfatórios, enfim, situações de estresse que acabam em desmotivação, fazem a pessoa chorar de raiva e até pedir demissão. Para o consultor em recursos humanos de Campinas (SP) e região Josué Bressane Júnior, líderes que praticam essas ações podem ser definidos como “tóxicos” e há cinco tipos deles espalhados pelo universo corporativo.
Esses chefes contagiam negativamente quem está em volta, podem traumatizar o empregado e comprometer os resultados da empresa. São capazes de desestabilizar uma equipe, aumentando a rotatividade de funcionários, e, cedo ou tarde, acabam sendo desligados ou transferidos da companhia, segundo o especialista.
“O mais importante é responder a seguinte pergunta: Você gosta de gente? Gosta de liderar pessoas? Se você não gosta, não tem que ser um gestor”, afirma Bressane. Confira exemplos e dicas nos vídeos ao longo da reportagem.
“Talvez a grande causa seja a falta de preparação dessas pessoas para assumir posições de liderança num curto prazo”, afirma.
“É um tipo bastante comum nas organizações. É quase um bullying o que essa pessoa sofre dentro da organização”, afirma o consultor.
“Ele pede para alguém fazer alguma coisa. (…) Ele recebe aquele material todo e não era a forma como ele exatamente o faria”, explica.
O gerente Guedes também enfrentou um gestor com esse perfil ao longo da carreira. Entre os problemas, para ele, está a falta de reconhecimento pela experiência do colaborador.
“Tem que seguir a cartilha. ‘Esquece tudo isso porque eu tenho experiência’. Ah, mas e se eu… ‘Não, isso você guarda pra você’”, exemplifica o gerente.
“Ele se esquece de dividir com as pessoas que prepararam aqueles números qual análise foi feita e como ela foi feita”, alerta.
“Todo gestor, naturalmente, numa equipe tem mais ou menos afinidade com algum tipo de subordinado, é natural. O que ele não pode é criar formas de discriminação”, explica o especialista.
Ele não só faz cobranças fora do horário de expediente, como espera que o funcionário o responda na hora e, se isso não acontecer, cobra no dia seguinte.
“Ele tem por crença e por característica achar que trabalhar fora do horário de trabalho é o que determina o bom do mau empregado”, afirma.
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