Entender o que é metaverso abre um mundo de possibilidades no imaginário de uma pessoa. O conceito aguçou a curiosidade de muita gente desde que o Facebook anunciou a troca de seu nome para Meta. Trata-se de uma nova realidade que pode fazer parte da vida cotidiana de todos em pouco tempo e os altos investimentos prometidos apontam para esse caminho.
Este artigo fala do metaverso com
mais detalhes. Ao ler o texto, você saberá do que se trata essa novidade.
Conhecerá a origem da expressão e entenderá como ele funciona. Em seguida, verá
quais são as aplicações possíveis e, por fim, perceberá que o Brasil pode se
beneficiar muito com essa inovação.
O que é Metaverso?
Metaverso é um conceito e ele remete
a uma realidade paralela que ocorre em um mundo virtual. Nele, é possível ter
um avatar e efetuar diversas atividades, como comprar em lojas, ir a shows e
interagir com outras pessoas. Tudo se baseia na ideia de realidade virtual.
O tema se tornou popular recentemente
quando o Facebook anunciou a mudança de seu nome para Meta, indicando a
intenção de construir seu próprio metaverso.
Ou seja, um metaverso é um espaço
virtual no qual os participantes têm a oportunidade de ter e compartilhar
experiências diferentes.
No caso da Meta (antigo Facebook),
existem planos de integrar as outras soluções da empresa, como o WhatsApp.
Para Zuckerberg, não faz sentido
alguém estar em seu metaverso e precisar sair para responder a uma mensagem do
app. Deve existir a possibilidade de fazer tudo em um único ambiente.
Como surgiu esse conceito?
A ideia não é nova. A primeira vez
que o termo Metaverso foi usado data de 1992, quando da publicação do livro
Snow Cash do autor Neal Stephenson.
A história gira em torno da
possibilidade que as pessoas têm de “fugir” para um universo paralelo diferente
de sua realidade atual. Ou seja, elas poderiam adentrar um metaverso e se
ausentar da vida cotidiana.
Posteriormente, logo que a internet
se popularizou, algumas tentativas foram feitas na intenção de promover algum
tipo de metaverso.
O jogo Second Life é um exemplo, mas
acabou não emplacando pelas limitações tecnológicas da década de 2000.
Como funciona um Metaverso?
A ideia de metaverso é participar de
um mundo virtual. Para que isso seja possível, é preciso ter um avatar e
acessar o ambiente.
Isso é feito usando um óculos de
realidade virtual. Já os detalhes de acesso dependerão de qual metaverso está
sendo acessado no momento.
De forma geral, a proposta é que seja
possível fazer quase tudo em um ambiente como esses. Ir a um cinema, encontrar
com outras pessoas, comprar um livro e até mesmo emprestá-lo posteriormente.
E isso tudo ocorre com a transação de
valores que realmente tem preço no mundo real. Dentro de um metaverso, as
operações precisam ser feitas utilizando alguma criptomoeda.
É possível perceber que um metaverso permite a interação de pessoas mesmo que elas estejam separadas por grandes distâncias físicas. E isso possibilita o desenvolvimento de uma série de atividades.
O que pode ser feito no Metaverso?
Veja a seguir algumas aplicações
possíveis em um metaverso.
Entretenimento
Uma das primeiras ideias que vem a
mente quando se fala de metaverso é a possibilidade de se divertir.
Nesse sentido, as possibilidades de
entretenimento são muitas. Os jogos são um grande expoente desse formato de
diversão, mas existem outras maneiras bem particulares.
Uma delas é a apresentação de shows.
Já houve experimentos nesse sentido, quando a cantora Ariana Grande se
apresentou virtualmente no metaverso do jogo Fortnite.
Outro episódio foi quando nada menos
que 12 milhões de pessoas se juntaram em tempo real para o lançamento de um hit
do rapper Travis Scott.
A ideia de juntar muitos fãs em tempo
real em um show virtual faz todo sentido para o metaverso.
Conteúdo
Outra grande aplicação a um
multiverso é a produção de conteúdo. Grandes produtoras enxergam um alto
potencial nesse novo formato de plataforma de interação.
Estúdios de produção cinematográfica
como Disney e conteúdos streaming como Netflix já estão fazendo experiências
com imersão 3D. Estúdios de músicas e canais de TV seguem a mesma tendência.
Acredita-se que o grande
impulsionador desse novo modo de consumir conteúdo partiria da própria geração
Z. No futuro, os adultos que hoje são crianças já estarão acostumados a
interagir via metaverso.
Trabalho
A popularização do trabalho remoto
contribui para o exercício de atividades profissionais executadas em um
multiverso.
Algumas empresas já apresentam
soluções nesse sentido com a existência de salas de reunião virtual.
Elas substituiriam as videoconferências, proporcionando uma experiência muito mais interativa para os colaboradores de uma organização.
A própria Microsoft já tem um
metaverso voltado para empresas. A ideia evoluiu do uso massivo do aplicativo
Teams, usado para realizar reuniões virtuais.
Como o Brasil pode se beneficiar do
Metaverso?
O Brasil também pode ter muitos
ganhos com a popularização do conceito de metaverso.
É o caso de empresas que desenvolvem
aplicações de realidade aumentada e de mundos virtuais. Existem algumas delas
em operação no Brasil que foram fundadas na década passada e atuam até hoje.
Além disso, muitas oportunidades se
abririam com o novo conceito, principalmente em áreas como educação e
aprendizado, e-commerce e consumo.
Empresas desenvolvedoras de softwares
poderão se voltar para o metaverso com a ideia de fabricar soluções de ensino
baseadas em realidade virtual, imergindo no metaverso.
Um obstáculo a ser vencido é a
infraestrutura de tecnologia disponível hoje no país. As redes de
telecomunicações teriam que avançar para comportar o volume de dados
transacionados em um metaverso.
O próprio 4G é um exemplo disso, que
permite acesso de qualquer lugar mas não em uma velocidade satisfatória. Nesse
sentido, o 5G precisa estar instalado e disponível ao público em geral.
Entender de modo adequado o que é
metaverso ajuda na compreensão do conceito e na possível aplicação vinda no
futuro. Diversas atividades que hoje são feitas apenas no mundo real podem, em
pouco tempo, fazer parte de uma realidade paralela. Grandes investimentos
feitos pelas gigantes de tecnologia denotam isso, mostrando que logo logo o
modo cotidiano de interagir, consumir e trabalhar pode sofrer profundas
alterações.
Por Ronaldo Araújo -
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