segunda-feira, 11 de abril de 2022

“Eu Me Demito” – Apesar da Crise, Fenômeno da Resignação Cresce no Brasil


 A revista Você S.A trouxe recentemente em sua capa o tema “Eu me demito”, um fenômeno que atinge o mundo todo. 

O fenômeno, também chamado de “resignação” está atrelado às mudanças comportamentais decorrentes da pandemia. 

No Brasil, quase 500 mil trabalhadores entregam seus crachás todos os meses, uma rotatividade de 15% nas vagas, conforme estudo apresentado pela revista em conjunto com o instituto Lagom Data. 

Um número assustador, se imaginarmos um país com alta da inflação e instabilidade econômica. 

Mas quem são essas pessoas que estão pedindo demissão? 

São pessoas que estão optando por sair de seus empregos para ir em busca de um ambiente de trabalho mais saudável, de mais qualidade de vida, mais oportunidades de crescimento, além de uma renda maior. 

O advento do home office (e do anywhere office), em decorrência da pandemia, deu força a quem sonha ganhar mais e ter mais tempo livre e flexibilidade em seus horários.  

Outro aspecto que compõe esse cenário é o fato de que muitas pessoas simplesmente cansaram de ambientes corporativos tóxicos e se sentem forçadas a sair. 

Soma-se a isso a falta de reconhecimento e feedback por parte de seus empregadores. 

É notável que surge no horizonte uma nova visão de trabalho, que não prioriza apenas estabilidade e remuneração. 

Valores pessoais estão se tornando inegociáveis, buscando o equilíbrio entre reconhecimento, autorrealização e ética. 

Mas é muito importante não tomar decisões tão importantes no calor de uma situação. 

É preciso refletir sobre o cenário profissional da minha área, o momento em que estou na minha carreira e o contexto econômico do país. 

Também é preciso analisar as implicações de curto, médio e longo prazo. 

Antes de pedir demissão, avalie se está saindo pelos motivos certos e se essa decisão está bem amadurecida e firmada em um bom planejamento de carreira. 

Hoje em dia, não é possível ter 100% de certeza de como estará o mercado de trabalho e talvez seja preciso ter reservas para enfrentar tempos difíceis. 

Especialistas em gestão financeira recomendam que é importante listar suas despesas fixas que precisarão ser pagas mesmo sem um contracheque mensal. 

Negocie e procure quitar antes toda e qualquer dívida. 

Evite pedir demissão com dívidas em cartões de crédito, pois os juros desse tipo de financiamento costumam ser muitos altos. 

Avalie também os benefícios indiretos que terá de abrir mão, como por exemplo o plano de saúde. 

Um processo demissional exige preparação pessoal e lastro financeiro para realizar com mais tranquilidade essa transição. 

Contar com um coach de carreira ajuda muito nessa hora. 

Esse profissional poderá ajudá-lo a ter mais clareza na decisão e caminhar contigo, lado a lado, na sua mudança de rota.

Copiado: https://www.linkedin.com/in/angelica-dalla-rosa

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