quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Errei. O Que Fazer?


Quem nunca erro que atire a primeira pedra, não é mesmo?
Errar faz parte do processo de aprendizagem, do crescimento como ser humano, da vivência que nos torna profissionais melhores a cada dia.
  • Errar faz parte.

O que não faz parte é ficar chorando sobre o leite derramado. Não faz parte desistir e achar que tudo está perdido.
  • Errou? Conserte. Não tem conserto? Então já está solucionado.

Há erros que se traduzem em acertos. Há erros que ensinam mais do que professores. Há erros que passam desapercebidos até que caímos nos mesmos erros.
Um interessante artigo escrito por Júlia Telles aponta nesta direção:
Errar é um processo para quem acredita que uma boa colheita se dá através da experiência e ninguém adquire experiência se não cometer um erro, mesmo que seja mínimo, mas que servirá como um guia para alcançar o objetivo.
As pessoas não gostam de admitir que erraram ou erram, por isso continuam persistindo e nada conseguem colher de algo que aos olhos parece ser assustador, mas se encararmos de maneira positiva teremos um grande aliado para o aprendizado.
  • Administrando o erro

Podemos aprender muitas lições através dessa sombra tenebrosa que parece ser o erro. Muitas pessoas que hoje fazem parte da nossa história aprenderam com os seus próprios erros e, muitas vezes, estes foram transformados em oportunidades e ganhos inesperados. Temos muitos exemplos que hoje são casos de sucesso.
A 3M deixa como herança, para quem quer aprender com o erro, o exemplo de um jovem assistente de laboratório que no ano de 1953, acidentalmente descobriu um produto fluorquímico ao deixar cair algumas gotas de um composto experimental sobre seus tênis. Na tentativa de limpá-los, percebeu que os efeitos do sabão, do álcool e outros solventes não surtiam. 
Dois anos depois, surgia no mercado o primeiro protetor ScotchgardMR com base no alto poder de repelir até mesmo outras substâncias.
Aceitar o erro é simples e se faz com naturalidade, basta ser humilde e lembrar que os mais sábios erram. Conta-se que certa vez Thomas Edson – o inventor da lâmpada – foi convidado por seu patrocinador a interromper suas experiências, mas ele respondeu que já conhecia muitas maneiras de como não fazer uma lâmpada e que estava mais próximo do seu invento do que antes. No entanto, acreditava que errar era a possibilidade de acertar na próxima tentativa. E por quê não podemos errar?
Como evitar o erro?
Errar é a melhor maneira de evitar o erro e aprender a fazer a coisa certa. Na verdade muito do que sabemos não é ensinado por ninguém. Aprendemos com a nossa própria experiência que nada mais é do que um processo natural de aprendizagem na vida do ser humano. Através da observação dos erros que comete, o indivíduo fica mais atento e evita um segundo erro e assim chega cada vez mais próximo do seu objetivo. É como aprender a caminhar.
Jean Piaget (1896 – 1980), psicólogo e filosofo suíço, pioneiro no campo da inteligência infantil, ensina que ao observarmos atentamente como se desenvolve o conhecimento nas crianças, seremos capazes de compreender melhor a natureza do conhecimento humano. Cada ser humano constrói o seu conhecimento, isto se faz ao longo do processo dedesenvolvimento e o erro é um componente poderoso. Para este grande gênio, as crianças estão constantemente testando suas próprias teorias com relação ao mundo, razão pela qual as respostas que este dá a cada uma de suas ações é de extrema importância.
Por ter suas teorias particulares no que diz respeito ao mundo e ao testar alguma delas, a criança censurada sem receber a devida explicação não será capaz de entender o porque sua teoria é considerada um erro e o porque não é verdadeira. Quando um fato como este acontece, a criança passa a ter medo de testar novas experiências. Como conseqüência terá o bloqueio da criatividade e a perda da motivação. A criança passa a ter medo de errar, internaliza este sentimento e o levará para o resto de sua vida.
E quando gente grande erra?
Muitas vezes os erros são severamente punidos dentro das organizações e o pior é que essas pessoas num ato impensado "matam" a criatividade de um colaborador que pode fazer a diferença, ao invés de abrir espaço para um diálogo e discutir o que se pode ser transformado num processo de aprendizagem e na busca do resultado, e com isto criar um atalho para evitar o erro.
A sociedade possui um péssimo vício de condenar os erros; tolerar, jamais. Devemos mudar as nossas maneiras de pensar a partir de que errando é que se aprende, assim torna-se interessante lutar contra nossas próprias limitações, e que também podemos aprender com o erro de outras pessoas.
A perseverança, a vontade de ver e fazer acontecer, a curiosidade, a humildade, a necessidade, a esperteza, a sabedoria, inovar (fazer diferente o que já foi feito), acreditar e perceber o que e no que errou servirão como instrumentos para evitar um futuro erro. Não existe idade para errar ou aprender, a evolução faz parte da espécie humana, mesmo que o erro tenha nos trazido conseqüências dolorosas (erramos também nas atitudes, nas escolhas...). Mas, o conhecimento adquirido ao corrigir o erro ou aceitá-lo como condição servirá como combustível (elemento essencial) para o motor da aprendizagem (conhecimento). Não há nada mais estimulante do que aprender com o erro, pois se adquiri todo um processo na procura de soluções e respostas, o que nada vale quando trazida por outra pessoa. Devemos viver a nossa própria experiência.
Júlia Telles - É pós-graduanda em Gestão de Pessoas e Administradora de Empresas - Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/

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