sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Networking: o Poder do “Nós”


Networking é a poupança que você, previdentemente, faz em tempos de bonança antes mesmo que a necessidade bata à sua porta. 
Todos sabem da importância de manter uma boa rede de relacionamento, mas poucos sabem que essa construção deve ser iniciada desde cedo e de forma estratégica. 
O processo de construção de uma rede de relacionamento eficaz tem como ponto de partida o núcleo familiar, estendendo-se ao círculo de amigos, depois família de amigos e daí por diante, possibilitando a construção de uma teia onde cada fio oferece múltiplas possibilidades de conexões.

Algumas pessoas acham que para fazer networking basta apenas colecionar contatos influentes nas redes sociais e aproximar-se de pessoas em posições estratégicas nas empresas e com uma visão pobre de como funciona o mecanismo de manutenção das redes de relacionamento, quando precisam se valer dos contatos amealhados para apresentar suas pretensões. 

Lamento informar, mas isso decididamente não é networking. Reproduzindo a visão de Bert Hellinger, “para que as relações sejam justas devem oferecer trocas”.

Uma rede de relacionamento honesta é feita de conexões e não de apenas de meros contatos. 

A despeito do termo ser bastante conhecido no universo corporativo, o networking parece só ter importância quando existe o interesse em conquistar novas oportunidades de trabalho, pedir indicação ou oferecer produtos e serviços. Movimentos feitos apenas diante de uma necessidade, quando, de fato, a premissa básica do networking é desenvolver uma rede de contatos com o objetivo de promover a troca de experiências entre profissionais.

Numa rede de contatos não se trata apenas de quem você conhece. O que conta mesmo é o quanto você, realmente, o conhece. 

É essencial que haja uma conexão para que outro se comprometa a fazer coro aos seus propósitos e apoie sua causa. 

Da mesma forma, para que alguém dê referências a seu respeito é necessário que tenha um mínimo de conhecimento sobre seu trabalho e expertise.

Deve haver um vínculo que privilegie a proposição de “mão dupla” nos relacionamentos. Ou será que seu compromisso com a sua rede de contatos visa apenas o “venha a nós”, mas nunca “ao vosso reino”?

Algumas pessoas reclamam que recorrem à ajuda de seus contatos, mas não conseguem êxito. 
Pergunto: 
  • o que elas têm feito para merecer o retorno de seus contatos? 
  • Quais as trocas que efetivamente realizam para se acharem no direito de obter uma resposta favorável às suas intenções? 



Com frequência vejo profissionais solicitando recomendação sem que nunca tenham trabalhado ou ao menos conhecido a pessoa a quem recorrem. É imperativo que haja interação para que depois seja feita a solicitação. 

Jamais peça a desconhecidos, por mais conveniente que seja, para referenciá-lo. 
Afinal, como falar do trabalho de alguém sem conhecê-lo? 


Esse tipo de comportamento compromete a credibilidade de ambas as partes.

Se a sua conduta for essa, em breve, verá que as pessoas não se lembrarão de você quando a necessidade bater à sua porta. Ou pior, lembrarão, mas como aquele que só aparece quando tem algum interesse próprio. 

O oportunista que bate à porta apenas para pedir, mas nunca para contribuir ou retribuir. Se você pretende construir uma rede de contatos eficaz é importante observar a forma como tem agido e investir na construção de uma boa imagem na mente das pessoas com quem se relaciona.

Aqueles que sabem utilizar o networking conquistam bons resultados. A construção de alianças consiste em dar antes mesmo de pretender receber. 

Quer que as pessoas curtam e compartilhem as suas ideias? 

Dê o exemplo. Faça você primeiro. Demonstre interesse genuíno pelas pessoas. Lembre-se delas e as ajude quando precisarem e sem que esperem. 

É na adversidade que construímos os mais fortes vínculos. A ideia é, ao invés de acumular contatos, construir pontes com o objetivo de estreitar laços e crescer em conjunto. 

Tudo é cíclico: quem dá num dia, no outro pode precisar.

A única certeza que temos é a de que estamos todos no mesmo barco!

Por Waleska Farias - Fonte: www.hsm.com.br 

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