Networking é a poupança que você, previdentemente, faz em tempos de bonança antes mesmo que a necessidade bata à sua porta.
Todos sabem da importância de manter uma boa rede de relacionamento, mas poucos sabem que essa construção deve ser iniciada desde cedo e de forma estratégica.
O processo de construção de uma rede de relacionamento eficaz tem como ponto de partida o núcleo familiar, estendendo-se ao círculo de amigos, depois família de amigos e daí por diante, possibilitando a construção de uma teia onde cada fio oferece múltiplas possibilidades de conexões.
Algumas pessoas acham que para fazer networking basta apenas colecionar contatos influentes nas redes sociais e aproximar-se de pessoas em posições estratégicas nas empresas e com uma visão pobre de como funciona o mecanismo de manutenção das redes de relacionamento, quando precisam se valer dos contatos amealhados para apresentar suas pretensões.
Lamento informar, mas isso decididamente não é networking. Reproduzindo a visão de Bert Hellinger, “para que as relações sejam justas devem oferecer trocas”.
Uma rede de relacionamento honesta é feita de conexões e não de apenas de meros contatos.
A despeito do termo ser bastante conhecido no universo corporativo, o networking parece só ter importância quando existe o interesse em conquistar novas oportunidades de trabalho, pedir indicação ou oferecer produtos e serviços. Movimentos feitos apenas diante de uma necessidade, quando, de fato, a premissa básica do networking é desenvolver uma rede de contatos com o objetivo de promover a troca de experiências entre profissionais.
Numa rede de contatos não se trata apenas de quem você conhece. O que conta mesmo é o quanto você, realmente, o conhece.
É essencial que haja uma conexão para que outro se comprometa a fazer coro aos seus propósitos e apoie sua causa.
Da mesma forma, para que alguém dê referências a seu respeito é necessário que tenha um mínimo de conhecimento sobre seu trabalho e expertise.
Deve haver um vínculo que privilegie a proposição de “mão dupla” nos relacionamentos. Ou será que seu compromisso com a sua rede de contatos visa apenas o “venha a nós”, mas nunca “ao vosso reino”?
Algumas pessoas reclamam que recorrem à ajuda de seus contatos, mas não conseguem êxito.
Pergunto:
Com frequência vejo profissionais solicitando recomendação sem que nunca tenham trabalhado ou ao menos conhecido a pessoa a quem recorrem. É imperativo que haja interação para que depois seja feita a solicitação.
Jamais peça a desconhecidos, por mais conveniente que seja, para referenciá-lo.
Afinal, como falar do trabalho de alguém sem conhecê-lo?
Esse tipo de comportamento compromete a credibilidade de ambas as partes.
Se a sua conduta for essa, em breve, verá que as pessoas não se lembrarão de você quando a necessidade bater à sua porta. Ou pior, lembrarão, mas como aquele que só aparece quando tem algum interesse próprio.
O oportunista que bate à porta apenas para pedir, mas nunca para contribuir ou retribuir. Se você pretende construir uma rede de contatos eficaz é importante observar a forma como tem agido e investir na construção de uma boa imagem na mente das pessoas com quem se relaciona.
Aqueles que sabem utilizar o networking conquistam bons resultados. A construção de alianças consiste em dar antes mesmo de pretender receber.
Quer que as pessoas curtam e compartilhem as suas ideias?
Dê o exemplo. Faça você primeiro. Demonstre interesse genuíno pelas pessoas. Lembre-se delas e as ajude quando precisarem e sem que esperem.
É na adversidade que construímos os mais fortes vínculos. A ideia é, ao invés de acumular contatos, construir pontes com o objetivo de estreitar laços e crescer em conjunto.
Tudo é cíclico: quem dá num dia, no outro pode precisar.
A única certeza que temos é a de que estamos todos no mesmo barco!
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Networking: o Poder do “Nós”
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