O caminho em direção a equidade de gênero nas empresas ainda é longo: seriam necessários 99,5 anos – de acordo com o estudo “Global Gender Gap Report 2020”, publicado pelo World Economic Forum (WEF). Algo que ajuda na conquista desse objetivo é falar sobre esse tema tão importante.
E é
isso que faremos neste artigo. Além de explicarmos o conceito de equidade de
gênero, falaremos também sobre a sua importância e como o RH pode impulsioná-lo
por meio de ações estratégicas. Acompanhe os próximos tópicos!
Entendendo o que é equidade de gênero
A equidade de gênero significa oferecer as mesmas oportunidades, benefícios e tratamento tanto para os homens como para as mulheres.
No
contexto empresarial, esse conceito permite que ambos tenham igual acesso a:
·
Boas remunerações;
·
Promoções de carreira;
·
Posições de liderança;
·
Treinamento e capacitação;
·
Qualidade de vida.
Em
outras palavras, a equidade de gênero faz com que a empresa, ao definir as
políticas internas, leve em conta as necessidades, peculiaridades e perfil
profissional de homens e mulheres.
- E quanto a igualdade de gênero?
- É o mesmo conceito de equidade, mas com um nome diferente?
No caso da igualdade, o foco é na proporcionalidade.
Por exemplo, uma empresa que
tem um percentual igual ou bem próximo de homens e mulheres na liderança, é um
ambiente que promove a igualdade de gênero.
Então,
para ficar bem claro, a equidade é voltada para as ações corporativas
que embasam a igualdade de oportunidades entre os sexos.
A importância de falar sobre equidade de gênero
A falta de equidade de gênero é uma infração ao artigo 2 da Declaração Universal dos Direitos Humanos feita pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Nesse artigo, é dito que todos os seres humanos têm os mesmos direitos,
dignidade e liberdade.
Porém, muitos setores da nossa sociedade não levam a sério ou desconhecem esse importante documento.
Isso acontece porque as diferenças de tratamento entre
homens e mulheres têm raízes históricas e culturais.
O
reflexo disso é visto no mundo corporativo. Segundo o estudo “Is Gender Diversity Profitable?”,
produzido pelo Peterson Institute for Internacional Economics, das mais de 21
mil empresas pesquisadas, 50% não tinham mulheres na posição de líder.
Esses números mostram um recorte nos cargos de liderança, mas os impactos da ausência de equidade entre os gêneros atingem todas as áreas das organizações.
Quando as
empresas começam a se preocupar em promover ações internas iguais para os
gêneros, mostram um grande respeito pelo ser humano – em especial pelas
mulheres.
O efeito disso se estende para os resultados organizacionais. A pesquisa “Diversity Matters”, feita pela Mckinsey & Company, revela que as empresas com maior nível de equidade têm um desempenho 15% maior do que a concorrência.
Fica claro que investir nessa
prática é uma estratégia inteligente.
O papel do RH nesse debate
Sendo
responsável pela gestão de pessoas, o RH tem um papel fundamental na promoção
da equidade de gênero na empresa. Uma das maneiras de fazer isso é por meio da
criação e implantação da gestão da diversidade.
Esse tipo de política é composto por dois pilares que sustentam a equidade: a diversidade e a inclusão.
Enquanto o primeiro pilar garante que a empresa tenha um time com profissionais
de diferentes gêneros, o segundo estimula o acolhimento, a aceitação e o
respeito entre homens e mulheres.
Uma
vez construída essa base, é importante que o RH estruture as seguintes
práticas:
· Recrutamento e seleção – vagas oferecidas para
aqueles que têm as competências, habilidades técnicas e comportamentais
compatíveis com a função – sem critérios discriminatórios;
· Gestão de desempenho – os líderes e
gestores são treinados para analisar o desempenho dos profissionais
(independente do gênero) visando promoções futuras;
· Remunerações, benefícios e programas de
recompensa – os salários são atrelados aos cargos e não ao sexo. O mesmo
acontece com os benefícios e as premiações. Todos têm a mesma chance de
recebê-los desde que apresentem um bom desempenho;
· Treinamento e desenvolvimento – o
programa interno de aprendizagem e desenvolvimento profissional incluirá
colaboradores de ambos os sexos, além de levar em conta necessidades
específicas deles;
· Comitê da diversidade – órgão interno
que representa, fiscaliza e promove os direitos dos gêneros dentro da empresa.
Todas essas estratégias, por fim, ajudam a organização a ter a cultura da diversidade.
Esse tipo de cultura melhora
a employer
branding (marca empregadora) da empresa,
bem como potencializa os níveis de atração e retenção de profissionais.
Construir um espaço com oportunidades iguais não é
dever apenas das mulheres
Para que a empresa seja um espaço com oportunidades iguais para homens e mulheres, é necessário um esforço global.
Isso quer dizer que essa responsabilidade não deve ficar só nas mãos das colaboradoras.
Mas como engajar os profissionais do
sexo masculino nessa luta? É preciso uma mudança de mentalidade interna.
Para isso, a liderança e o RH precisam “lançar luz” sobre o tema equidade de gênero.
Dessa forma, o assunto será tratado abertamente por meio de discussões,
debates, eventos e ideias para melhorar as taxas de representatividade de
mulheres.
Nesse contexto, nascem ações e estratégias importantes para a redução das diferenças entre os gêneros.
Cabe ao RH “bater do martelo” em relação às políticas que
serão implementadas. No entanto, ao comitê da diversidade deve ser dada a
liberdade de:
· Questionar as práticas internas;
· Identificar e tomar ações contra
comportamentos discriminatórios;
· Propor mudanças e ideias que beneficiem
os gêneros.
Esse esforço em conjunto: RH, líderes e comitê da diversidade, dará a força que as mulheres precisam para ter os mesmos direitos e oportunidades que os homens.
Vale lembrar que quando as competências e habilidades dos gêneros se
unem, as empresas só têm a ganhar.
Copiado: https://blog.convenia.com.br/
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