A privacidade na internet é o nível de privacidade e proteção individual que uma pessoa tem enquanto está conectada à internet. Para ter privacidade na internet, é preciso uma certa quantidade de segurança disponível para o usuário e seus dados financeiros, pessoais e de comunicação.
Internet avança
na América Latina, mas desigualdade permanece
É comum que usuários tentem aumentar
sua privacidade na internet por meio do uso de softwares de
antivírus, senhas fortes, localização desligada, leitura da segurança do site e
configurações de privacidade mais rígidas. Os problemas envolvidos na falta
de privacidade na internet vão desde o phishing —
enganar pessoas para conseguir dados pessoais — até roubo de identidade.
Por
que a privacidade na internet é importante?
Na internet, os dados têm alto valor.
A necessidade da privacidade na internet vai além do que um
indivíduo faz on-line. Na verdade, a questão da privacidade está ligada aos
dados pessoais que um indivíduo fornece on-line. Sem cuidado, ou privacidade
na internet, dados podem ser roubados, vendidos, coletados e analisados por
terceiros.
Para entender melhor, é preciso
separar os dados em duas categorias:
Quem você é: sua informação pessoal, que consiste no seu
nome, seu aniversário, seus dados de identificação, seu número ou suas
informações de trabalho;
O que você faz: as pesquisas realizadas, os sites que
são visitados, os artigos lidos e o que é comprando on-line.
Com o desenvolvimento da tecnologia,
as pessoas passaram a exercer mais funções on-line. Isso mostra como a privacidade
na internet se tornou ainda mais importante para a sociedade. Afinal,
quando um indivíduo usa um aplicativo, site ou rede social em
seu celular ou em seu computador, essas plataformas estarão coletando seus
dados.
Quando alguém faz buscas simples na
internet, desde o resultado de um exame até um objeto que está tentando
comprar, ele deixa um rastro de dados digitais. Mesmo que essas ações não
revelem informações pessoais de identificação, elas ainda serão usadas por
empresas para uma análise de suas preferências.
É possível notar a falta de privacidade
na internet quando se pesquisa uma blusa para comprar. Depois dessa
busca, o indivíduo vai notar que todos os anúncios em seu celular, ou outros
dispositivos, vão remeter àquela peça de roupa – mesmo que seja apenas com uma
roupa parecida.
O
que pode ser feito com seus dados?
Existem empresas, chamadas de data
brokers, que trabalham com a coleta de dados de milhões de pessoas ao
redor do mundo. Essas informações são analisadas, armazenadas e vendidas sem o
consentimento do usuário, infringindo sua privacidade na internet.
As data brokers coletam
e vendem dados para outras empresas. Os motivos são os mais diversos:
publicidade, avaliação do risco de crédito e marketing direto.
No entanto, a venda de dados pessoais, como números bancários ou de
identificação, não é comum entre esse mercado.
Qual
a necessidade de aprender sobre privacidade na internet?
Um estudo da University of Canberra,
na Austrália, revelou que existe uma desigualdade etária em relação à privacidade
na internet. A pesquisa mostrou que o público jovem (de 15 a 32 anos) é
mais preocupado com sua privacidade na internet do que o
público mais velho (de 33 anos até pessoas idosas).
A população mais jovem teve maior
contato com as tecnologias, e por isso, tem conhecimento sobre a importância
da privacidade na internet. O contrário do que acontece com pessoas
mais velhas, que comumente não têm tanto contato sobre essas informações de
segurança digital.
De acordo com os dados do estudo, é
possível notar que indivíduos de idade avançada são propensos a sofrerem golpes
on-line. Por isso, qualquer idade é o momento certo para aprender sobre privacidade
na internet.
Esconder dados pessoais não é algo
ruim. Todas as pessoas têm o direito de não compartilhar informações de maneira
pública, a não ser sob intimação da justiça. Além do déficit de privacidade
na internet dar espaço para crimes, como golpes e roubos, ele também é
responsável pela exposição desnecessária da vida dos indivíduos.
Quais
as leis que existem para proteger a privacidade na internet?
Marco
Civil da Internet
Em 2014, o Brasil sancionou o Marco
Civil da Internet (Lei n° 12.965). O intuito do Marco Civil é garantir a privacidade
na internet, o não fornecimento a terceiros de dados pessoais, incluindo
registros de conexão e outras questões relacionadas com a violação do sigilo
digital.
Para saber mais sobre o papel do Marco Civil na privacidade na internet, confira o documento na íntegra: Marco Civil da Internet no Brasil.
Lei
Geral de Proteção de Dados
A Lei Geral de Proteção de Dados (13.709/2018)
no Brasil tem papel importante para a privacidade na internet. O
principal objetivo da lei é assegurar direitos fundamentais de liberdade e
de privacidade. Além do livre desenvolvimento da
personalidade da pessoa natural.
O regulamento define o que são dados
pessoais e explica que alguns deles precisam de cuidados mais específicos.
Dados que precisam de atenção extra são aqueles relacionados à vida de crianças
e adolescentes. A regulação tem poder não apenas no meio físico, mas também com
a privacidade na internet.
Direito
ao Esquecimento
O direito ao esquecimento é
significativo não só para a privacidade na internet brasileira,
mas em todo o mundo. Cada país tem suas regulações que fornecem o direito ao
esquecimento de sua população.
Esse direito, no Brasil, está
assegurado pelos artigos CF/88 (art. 5º, X) e CC/02 (art. 21). Para a
constituição brasileira, o direito de esquecimento está diretamente ligado à
privacidade, intimidade e honra à moral e imagem do indivíduo. Alguns
especialistas em direito também acreditam que esse código é assegurado pelo
direito à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88).
Quais
problemas relacionados à privacidade na internet?
Rastreamento
de usuários de buscadores
As ferramentas de pesquisa, como o
Google, não buscam apenas coisas que você está procurando. Eles também rastreiam websites que
você visitou depois de fazer sua pesquisa. Caso a ferramenta de busca que você
usa também seja seu navegador, ele irá manter todo o seu histórico de
navegação.
Ferramentas de busca conseguem e
coletam:
- Histórico de pesquisa;
- Cookies;
- Endereços de IP;
- Histórico de cliques.
Quando esses dados formam um
conjunto, eles são usados para “traçar um perfil” do usuário para possíveis
empresas de vendas. Esses perfis são usados também com o intuito de
personalizar os anúncios que o usuário verá em sua rede.
Coleta
de dados nas redes sociais
A coleta de dados das redes sociais
tem ganhado espaço de discussão quando se trata de privacidade na
internet. Um exemplo recente do que pode resultar é a brecha de dados
do Facebook que aconteceu em 2019. Nessa
ocasião, a rede social liberou dados pessoais de 533 milhões de usuários,
incluindo seus nomes completos, número de telefone, localização, data de
nascimento e endereço de e-mail.
Cookies e rastreio on-line
Cookies servem para coletar informações de busca e
permitir que sites relembrem o seu login, suas
preferências e suas configurações de linguagem. Quando os cookies coletam
uma quantidade exagerada de informação, sem o consentimento do usuário, isso é
um ataque à privacidade na internet.
Aplicativos
móveis e privacidade
Ao instalar um aplicativo, ele pode
solicitar sua localização, seu e-mail, número de telefone ou nome
de usuário. No entanto, alguns aplicativos vão um pouco mais longe e pedem
acesso ao microfone do seu celular, à câmera, aos contatos ou às mensagens. O
que pode ser um risco para a privacidade na internet.
É possível negar acesso do aplicativo
a essas configurações e informações se você não se sentir confortável em
compartilhar. Desta forma, garantindo que se tenha um pouco de privacidade
na internet.
Roubo
de identidade
O roubo de identidade, quando se
trata de privacidade na internet, é quando alguém aplica um golpe
para ter acesso aos dados pessoais de outro indivíduo. Ele pode ocorrer de
quatro formas:
Phishing: criminosos
fingem que são contatos confiáveis, como instituições financeiras, e enganam o
usuário para que ele forneça suas informações identificáveis;
Malware: um software malicioso
pode invadir o sistema operacional de seu aparelho e permitir que hackers roubem
suas informações pessoais;
Pharming: sequestro
de informação feito com o uso de vírus, sem o conhecimento do usuário. Essa
situação acontece comumente através de um site falso;
Computadores e telefones
descartados: certifique-se de checar e limpar seus
eletrônicos antes de descartá-los, para evitar o roubo de dados pessoais.
10
maneiras de manter sua privacidade na internet
Uma pesquisa, realizada com internautas estadunidenses, mostrou que 81% dos entrevistados acreditam não ter poder nenhum sobre os dados coletados por empresas privadas na internet. O número de pessoas que acreditavam não poder controlar sua privacidade na internet aumentou para 84% quando a pesquisa mencionou a coleta de dados feita pelo governo.
Internet e novas
tecnologias reduzem emissões, diz ONU
Porém, existem formas de evitar que
sua privacidade na internet seja violada. Para isso, existem
algumas técnicas simples a seguir:
- Uso de antivírus confiáveis;
- Ferramenta anti-tracking para
impedir que os websites recolham os seus dados;
- VPN para esconder o seu endereço IP e
atividade on-line;
- Ferramenta anti-spyware para
impedir que os hackers o espiem;
- DNT, que significa “do not track” (não
rastrear), que — quando conectado a seu navegador — diz para websites que
você não quer ser rastreado;
- Bloqueadores de cookies, extensões
que limitam a troca de dados;
- Restringir o acesso de aplicativos a suas
informações pessoais;
- Sempre leia as políticas de privacidade com
cuidado, para evitar violação de sua privacidade na internet;
- Use a guia anônima do seu navegador. Ela não
irá guardar seu histórico de internet;
- Por fim, tome cuidado com tudo que clicar.
Leia antes de aceitar algo que pode invadir sua privacidade na
internet.
Copiado: https://www.ecycle.com.br/
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