terça-feira, 24 de maio de 2022

A Infantilização do Mercado de Trabalho. Quando irão admitir que isto não está dando certo ?


 Para pessoas na casa dos 40 anos, com mais de 10 anos de carreira está sendo difícil compreender algumas novas manias nas empresas. 

Uma delas é a "infantilização do ambiente", com a justificativa de torná-lo mais amigável e descontraído.

É difícil entender qual a relação entre a descontração e ter brinquedos espalhados pelas mesas. 

Sempre trabalhei em empresas com o ambiente altamente descontraído e informal. Nem por isto as mesas eram lugares de bonecos(as) e carrinhos.

Você pode achar que eu esteja tratando entre o conflito da geração X com a novas Y e Z.

Será mesmo?

Isto não é real, porque na verdade as empresas precisam de resultados, eufemismo de dinheiro. 

Os clientes precisam dos produtos e serviços que pagaram por eles no prazo especificado, com a qualidade que esperam.

Agora é que começa o problema de verdade, que é o conflito entre a realidade do negócio e a esta nova falsa cultura hedonista.

Como fazer a geração do “faço o que eu quero”, “quando eu quero” e “o que importa é a minha qualidade de vida”, “não vivo para trabalhar”, etc..

 Entregar o que precisa entregar no prazo correto, com a qualidade requerida e principalmente sem pressioná-los porque normalmente eles não são muito resistentes a pressão.

Como colocar na cabeça de homens e mulheres na casa dos 30 anos, que reservam grande parte do tempo das suas vidas brincando com bonecos(as), carrinhos, videogames, revistas em quadrinhos, seriados, desenhos animados, magic cards, etc. que um trabalho precisa ser entregue em 40 horas e não 80, sem ferir a sua sensibilidade ?

Afinal, se a pessoa não leva a própria vida fora da empresa a sério. Não vai ser no ambiente de trabalho que ela irá levar.

Acredito que este singelo raciocínio faça um certo sentido.

Agora que entra a triste, dura e nua realidade das empresas. 

A hora que o problema aparece, acaba todo o respeito a individualidade, qualidade de vida e etc. Com o produto não entregue o puxão de orelha vem do topo até embaixo e alguém vai perder o final de semana por que durante a semana “não estava afim”.

Caso a empresa não use banco de horas, já começou a ficar mais caro que o planejado. 

E agora ? 

Será que o cliente vai aceitar este aumento ou a empresa vai ficar com o prejuízo ?

Está na hora das empresas admitirem que esta política não deu certo. 

Como as novas gerações precisam igualmente de emprego, infelizmente será papel das empresas impor a disciplina que esta turma não recebeu em casa. 

Afinal o mundo gira e na verdade não está nem um pouco interessado nos problemas particulares de cada um.

Copiado: https://josedesciopinto.wordpress.com

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