O uso das máscaras diminui a chance de contágio pelo novo coronavírus, reforçaram especialistas no programa “Combate ao Coronavírus” desta terça-feira (14). A recomendação já havia sido feita pelo Ministério da Saúde e pela OMS, ainda que com ressalvas (entenda melhor mais adiante nesta reportagem).
Veja, mais abaixo, ilustrações que mostram as chances de contágio entre duas pessoas que conversam. Uma delas está doente (a da esquerda); a outra, não. As situações mostram a probabilidade de se contaminar se apenas uma delas está usando máscara, se nenhuma delas está usando o acessório e se as duas estão usando.
A recomendação dos especialistas é que todos usem máscaras, mas, se não houver quantidade suficiente para todos, elas devem ser reservadas para os doentes. Eles também ressaltam que devem ser usadas máscaras caseiras, para que não falte aos profissionais de saúde.
Quando as duas pessoas conversam sem máscara, a chance que a pessoa saudável pegue a Covid-19 da pessoa que está doente é muito alta:
A chance de contágio vai diminuindo, portanto, se todas as pessoas usarem as máscaras, porque aumentam as barreiras de proteção contra o vírus.
“Eu acho que a máscara, sim, é eficiente. E é muito importante que quem tenha sintomas use a máscara”, ressalta o infectologista Mario Gonzalez, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, ligado à USP.
Segundo a OMS, as pessoas com sintomas de Covid devem usar as máscaras médicas.
Máscaras caseiras
No início, as máscaras eram recomendadas somente para pessoas com sintomas e profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Mas, depois, o Ministério da Saúde mudou as recomendações, e a OMS admitiu que, apesar de não serem a solução ideal, os acessórios podem ser uma boa estratégia.
Mas os dois órgãos também ressaltaram que é importante usar máscaras caseiras, para que não falte aos profissionais de saúde.
No início da pandemia, a corrida pelas máscaras e outros itens – como álcool gel – fez com que esses itens ficassem em falta para as equipes de saúde.
“De fato a gente ouve que está faltando equipamento de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde. Especialmente logo no início, onde houve uma corrida para estocar esse tipo de material. Por isso que houve, logo no início, uma recomendação de não se usar a máscara, para que pudesse sobrar para o profissional que está lá na linha de frente, em contato direto com o vírus”, explica a imunologista Karina Ramalho Bortoluci, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Mas, mesmo agora, a recomendação é que as pessoas façam as próprias máscaras, para evitar que falte nos hospitais e unidades de saúde.
“Você não encontra mais máscara em farmácia. Por isso que a recomendação é usar a máscara sim, e hoje a gente encontra em qualquer lugar da internet auxílio para fazer a sua própria máscara caseira”, lembra Bortoluci.
O infectologista Mario Gonzalez pede que, no caso da falta do material, pelo menos as pessoas que têm sintomas usem o acessório. “Então esse é um apelo. Se não tem máscara para todos, que pelo menos os que estejam com sintomas usem a máscara”.
Mas ele ressalta, também, a importância de se usar a máscara corretamente e manter as outras recomendações de higiene, como lavar as mãos e evitar levá-las ao rosto.
“Uma outra coisa muito importante é que as pessoas, às vezes, usam a máscara com o nariz de fora, não usam a máscara adequadamente. Ou usam a máscara, mas não fazem a higiene adequada das mãos, e ao manipularem a máscara e o próprio rosto, elas estão levando o vírus para se contaminar”, avalia Gonzalez.
“Cuidado com a falsa sensação de segurança que o uso de máscara pode dar”, alerta o infectologista. É [com] o uso adequado da máscara e a higiene adequada das mãos que a gente reduz a possibilidade de infecção.
Copiado: https://sincofarma.org.br/
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