Há quem diga que estamos diante de uma nova era quando falamos em consumo. Os mais metafísicos acreditam que entramos em uma fase na qual nos preocupamos mais com os impactos que nossas ações geram e quais são os valores que vamos deixar para as gerações que virão depois de nós. Os mais otimistas, então, afirmam que estamos chegando ao fim de uma era individualista e dando um passo ao futuro em direção a uma sociedade mais colaborativa e sustentável.
E são essas discussões que nos pautam para um novo tema: a criatividade. Se alguém pedisse você para explicar este termo, você sabe o que responderia? Quando resgatamos a etimologia da palavra, encontramos o seguinte conceito: capacidade de criar, produzir ou inventar coisas novas. E é justamente isso que vivemos e experimentamos atualmente. As startups e as empresas pautadas no conceito de criatividade, representantes da nova economia – a criativa – são provas desse movimento que tem se tornado cada vez mais vivo e colaborativo.
Mas, afinal de contas, o que é essa tal de Economia Criativa?
O conceito, propriamente dito, foi definido pelo professor inglês, John Howkins, em seu livro The Creative Economy, que a considera como “atividades nas quais resultam em indivíduos exercitando a sua imaginação e explorando seu valor econômico. Pode ser definida como processos que envolvam criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos”.
De forma clara, é todo tipo de negócio gerado a partir da criatividade, que, como o próprio nome diz, é o pilar desse novo formato de economia. É importante destacar que, para ser considerado parte da economia criativa, o negócio precisa gerar – ou, na visão de pesquisadores da área, pelo menos tentar – algum tipo de valor, seja para quem o produz ou para quem é o público do produto gerado.
John Howkins, o especialista no assunto que citamos acima, defende também a ideia de que a Economia Criativa está diretamente ligada às nossas necessidades. À medida que elas se tornam mais latentes ou que demandem novas soluções, a EC entra com um papel fundamental para oferecer recursos inovadores: pautados sempre na criatividade e na inovação.
Na Samba Tech, nós sempre buscamos formas criativas e inovadoras para desempenhar o nosso trabalho da melhor maneira. Desde a forma que nos comunicamos por meio das estratégias de marketing, passando pelo atendimento com a equipe de consultores, até a equipe de Costumer Success no pós-venda, tudo é pensado para agregar valor à ideia, ao projeto e ao cliente.
Na última semana, publicamos um material específico sobre Economia Criativa. Nos inspiramos mais ainda na discussão sobre o tema e convidamos a Perestroika, o Quartoamado, o Shoot The Shit e o Num Pulo, que entendem bem do assunto, para contar a história deles, a relação com a criatividade e, ainda, como a tecnologia os ajudou na criação dos seus projetos.
O fato é que, hoje, a Economia Criativa é vista como a economia do século XXI. Em uma época cada vez mais marcada pela criatividade e pela quebra de padrões pré-estabelecidos, investir em soluções criativas contribui diretamente para o desenvolvimento de uma sociedade mais sustentável e mais preocupada com o futuro. E é justamente isso que estamos vendo e vivendo no nosso dia a dia.
Como surgiu a economia criativa?
O conceito de Economia Criativa é relativamente novo, por isso, não há uma definição de conceito concreto e unânime sobre o termo, mas é possível dizer que a ideia da Economia Criativa é unir economia com criatividade, que tem, como matéria-prima, o capital intelectual, isto é, carregado por valores simbólicos. Há o encontro da economia, que diz respeito à ciência que regula a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços com a criatividade, que diz respeito a ser capaz de criar algo novo ou transformar algo que já existe.
Ao longo dos últimos 20 anos vêm surgindo serviços, plataformas e produtos que unem a criatividade com lucratividade, ou seja, se complementam e ampliam as possibilidades para criação de novos negócios.
A Economia Criativa abrange quatro áreas: consumo, mídias, cultura e tecnologia. São negócios nos mais diversos segmentos que se agrupam nessas categorias e se identificam com os movimentos e tendências da inovação e da criatividade. Os bens e serviços comercializados, em geral, tem um valor intangível, baseado na venda de experiências, propondo aos consumidores uma nova relação com os produtos.
As pequenas e médias empresas são a maioria nesse setor, embora grandes companhias já adotem práticas voltadas a projetos de inovação. A premissa é simples: consumir menos e melhor, seja conhecendo as pessoas de quem você compra ou incentivando negócios sustentáveis.
Economia criativa e sustentabilidade
Com a sustentabilidade ganhando cada vez mais espaço, as empresas estão mais atentas a isso, indo em busca de novos modelos de negócios, e é nesse contexto que a economia criativa se conecta à sustentabilidade. As empresas têm trabalhado mais com produtos e serviços, buscando como matéria-prima, a criatividade, recurso inesgotável.
Na Economia Criativa, é possível pensar em novas soluções econômicas, que levem em consideração o lado humano e a sustentabilidade do planeta. A Economia Criativa caminha em uma lógica contrária ao do consumo de massa, instaurado há décadas por empresas que produziam bens constantemente, estocando e desperdiçando muito. No oposto desse fluxo, a ideia é estimular o consumo inteligente, comprar menos e melhor e até mesmo habituar-se a reutilizar materiais em vez de descartá-los.
O intuito da economia criativa também é oferecer soluções de qualidade, únicas e personalizadas, e muitas marcas atualmente se destacam por aliar economia criativa e sustentabilidade em seus negócios, como por exemplo companhias que trabalham com reutilização de energia, captação de água e construções de uma forma mais ecológica.
Essa associação de economia criativa e sustentabilidade só traz benefícios à sociedade, tanto que cada vez mais empreendedores conseguem ter sucesso buscando pilares como o respeito ao meio ambiente e a promoção da diversidade. Com essa visão, pequenas e médias empresas conquistam espaço comercializando valores intangíveis, como experiências. Repensar o o consumo é benéfico tanto para o planeta quanto para o desenvolvimento pessoal.
Com a conscientização da população, o ter algo está sendo substituído pelo ter acesso, usar quando necessário, ter novas experiências em prazos curtos, com o emprego da Economia Criativa o mundo ganha novas dimensões para fazer negócios. Aos poucos, vamos migrar do tangível para o intangível, para a desmaterialização em favor da experimentação.
Economia criativa no Brasil e no mundo
O número de pessoas com ocupações criativas no emprego formal e informal, não só no Brasil, como no mundo, está crescendo. No Brasil, a maioria ainda se concentra em grandes centros urbanos da região sudeste, no entanto, a participação da Economia Criativa no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, ainda é baixa, por volta de 2,5% em comparação com países onde a Economia Criativa já é expressiva.
Em relação aos empregos em Economia Criativa, de acordo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os bens e serviços culturais participam aproximadamente 7% do PIB mundial, e há expectativas de crescimentos anual entre 10% e 20%.
Copiado: https://meusucesso.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário