quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE PRINCÍPIOS E VALORES?

Não existe dúvida quando Jack Welch afirma que “pessoas com bons princípios serão sempre funcionários mais confiáveis”. Segundo o presidente da GE por mais de 20 anos, “pessoas com integridade dizem a verdade, mantém sua palavra, assumem responsabilidade por suas ações, admitem erros e os consertam”. 
Quem não gostaria de ter pessoas assim na equipe?
Para Jack Welch, e a cada vez mais recrutadores, é melhor contratar uma pessoa com princípios e baixo desempenho do que aquele que tem ótimo desempenho mas sem integridade.
Desta forma, aliar valores pessoais e profissionais a nossa trajetória de vida pode ser a chave não só para melhores desempenhos, mas para uma vida melhor – profissional e pessoal. Mas qual é a diferença entre princípios e valores? Por que parecem tão semelhantes e são tão importantes na nossa vida?

Princípios e valores

Os princípios dão base para a formação dos valores. Enquanto princípios são pressupostos universais que definem regras essenciais que beneficiam um sistema maior que é a humanidade, valores são regras individuais que orientam, como bússolas internas as relações, as decisões e as ações.
A melhor analogia que ouvi sobre princípios e valores foi a do carvão e do diamante. Os princípios são como o diamante, além de mais preciosos, se assemelham também por serem rígidos, constantes e inquebráveis. Princípios são, portanto, preceitos universais rígidos, regras incontestáveis e direcionamentos de conduta universal e atemporal. Ele por si só, não se quebra, mas sim a pessoa que não os seguem. Exemplos de princípios: amor, equilíbrio, pertinência, ordem.
Os valores, por sua vez, são como o carvão, mais maleáveis, individuais, subjetivos e influenciados pelo externo, assim como o contexto, a época, a cultura, o objetivo, o tempo e o interesse. São, portanto, frágeis se não forem pressionados de forma adequada e se não tiverem princípios como sua base. Além disso, por serem padrões sociais eles são subjetivos e contestáveis, por isso podem ser éticos ou não, dependendo de quem, ou qual cultura, o adota.

“Valor é o que você está e princípio é o que você é”, independente das circunstâncias ou influências externas.
Os princípios essenciais são aqueles que estão alinhados com a nossa essência (que é espiritual, divina, perfeita, verdadeira, imutável, sistêmica e, portanto focada no bem comum) eles dão base e ingrediente para a formação de crenças e valores também essenciais como ética, integridade, verdade, justiça, colaboração, fé, desenvolvimento contínuo, meritocracia, compaixão, inclusão, generosidade, equilíbrio, respeito, etc
Cada pessoa possui seus próprios valores pessoais e profissionais, que determinarão sua atitude perante a vida e como suas escolhas serão feitas. Por exemplo, se uma pessoa tem como princípio a regra de outro, que é faça aos outros o que gostaria que fizessem a você, é natural que tenha valores também essenciais como respeito, justiça, integridade, verdade, confiança, colaboração, gentileza, etc
Imagine que você tem como o princípio o bem comum, o ganha- ganha e um dia sua liderança desafia o valor da sua integridade e pede para você fazer algo que vai prejudicar a empresa para aumentar seus ganhos pessoais. Você se sente pressionado e se não tivesse a força do princípio como uma bússola moral internalizada na sua alma, seu valor não se sustentaria e se quebraria, deixando sua consciência incomodada no início até substituir o valor por um outro.
Uma pessoa de princípios não é perfeita, mas sua busca em permanecer no caminho guiado pelo o que é certo é tão grande, que  comete um delito, ela se incomoda tanto e é tão pressionada pela própria consciência que procura se redimir rapidamente, contar a verdade e pagar o preço externo, para não ter que pagar o preço interno pesado e cobrador do precioso princípio que foi desrespeitado.

Quem não comunga valores essenciais (que buscam um bem comum), fere um princípio que busca o equilíbrio. A forma sistêmica de compensar essa desarmonia (já que estamos todos interligados) é através do peso da consciência, da culpa e dos demais sofrimentos, conflitos e desgastes que afetam todas as áreas, dimensões e gerações e existem para indicar que algo precioso foi desrespeitado. Como já foi dito, não se quebra um princípio, mas a pessoa que o desrespeitou! Se não for por essa caminho do amor, que a conduta seja por inteligência, uma vez que todos colhem o que plantam (e fogem do caminho da dor!)
O fato é que a verdade liberta e viver sob princípios é libertador. Isso tem a ver com a sua e a nossa vida!

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