Organizações de todo o mundo estão acompanhando o aumento na
força de trabalho da geração Y, inclusive, nos cargos de liderança. Devido às
transformações geracionais esses profissionais requerem abordagens diferentes
das tradicionais, e cabe à empresa mapeá-las.
A gamificação é uma das
estratégias que dialoga bem com esses perfis, permitindo uma maior interação
entre os colaboradores e contribuindo para a melhoria do fluxo de trabalho.
Mas, na
prática, o que é gamificação?
Antes de responder a essa questão precisamos
entender o que ela não é. Gamificação não é um jogo de entretenimento. Ou seja,
não podemos simplificar o termo a algo como capturar Pokémon no trabalho. Sob
uma perspectiva mais técnica, podemos considerar a gamificação uma abordagem na
qual os elementos e princípios de um jogo são usados para criar uma experiência
de aprendizagem eficaz e envolvente.
O objetivo da sua adoção nas empresas é
fazer com que os colaboradores melhorem o seu desempenho, usando a motivação e
o feedback em tempo real para o aumento do engajamento e o alcance de objetivos
individuais ou organizacionais.
Na prática,
são oferecidas recompensas aos participantes que realizam tarefas
pré-determinadas, em níveis e fases a serem superados. A mecânica envolve a
definição de tarefas que estejam de acordo com o objetivo, a criação de regras
e a aplicação de controles e mensuração de indicadores.
As recompensas pelas
interações dos participantes podem variar, indo desde incentivos virtuais, como
medalhas (ou “badges”, termo mais usual em gamificação) a, eventualmente,
prêmios físicos.
Parte-se do
princípio de que a diversão é a maneira mais fácil de mudar o comportamento das
pessoas para melhor. A vantagem do modelo é que ele instiga duas fortes
características do ser humano: a cooperação e a competitividade.
O reforço de
aprendizagem é imediato, por meio de feedbacks instantâneos que indicam se as
decisões tomadas estão certas ou não. Com isso, a gamificação nos permite
aprender coisas novas e buscar uma melhoria constante. Sem contar que o
sentimento de desenvolver uma certa habilidade é um dos aspectos mais
importantes da satisfação e bem-estar no local de trabalho.
Mas
é possível aplicar a gamificação a qualquer empresa ou organização,
independentemente do tamanho? Acreditamos que sim.
O foco pode ser interno,
permitindo o desenvolvimento e engajamento dos colaboradores, bem como a
verificação da satisfação e a aderência a valores e cultura. Ou pode ser externo,
visando recrutar novos colaboradores, que sejam assertivos e tragam
produtividade à organização, além de envolver os clientes e parceiros com a
marca e produtos. Quando a sua empresa entrará no jogo?
Por Felipe Azevedo - https://canaltech.com.br
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