Nosso cérebro pesa aproximadamente 1,5 kg e processa, em média, 50 mil impulsos simultaneamente. Ele é dividido em hemisfério direito e esquerdo e tem aproximadamente um bilhão de células na forma de um quatrilhão de conexões.
Em 1860, um neurologista francês chamado Paul Broca descobriu que o lado esquerdo do cérebro controlava o desenvolvimento da fala.
Dez anos mais tarde, o neurologista alemão Carl Wernicke começou a desvendar o processo da comunicação, concluindo que o lado esquerdo é responsável pelo desenvolvimento da linguagem e que ela nos diferencia dos animais.
Nos anos 50, outro neurologista chamado Roger Sperry, ganhador do premio Nobel de Medicina, ao estudar pessoas portadoras de epilepsia removeu o corpo caloso e definiu que o lado direito do cérebro não é inferior ao esquerdo, e sim diferente. Mesmo depois de tantas descobertas a respeito do cérebro, ele ainda é um mistério a ser desvendado.
O que podemos fazer para cuidar do nosso cérebro? Muita coisa!
- No campo espiritual, podemos ler, meditar e orar. No campo sócio emocional, podemos aprender a dizer não, sorrir com mais frequência e dedicar algum tempo a nós mesmos. No campo mental, podemos fazer palavras cruzadas, aprender a tocar um instrumento e aprender um novo idioma. E, finalmente, no campo físico, podemos parar de fumar, fazer exercícios frequentemente e comer tendo em mente que no prato deve haver as cores do arco-íris.
Os sinestésicos são aqueles que precisam estar em movimento, manuseando e participando ativamente; os auditivos precisam ouvir uma variedade de sons e tons (atividades com música são muito bem-vindas); os didáticos precisam de algum tempo para processar e analisar o conteúdo, e finalmente, os visuais são aqueles que se concentram quando os materiais têm cor, movimento e auxiliam na complementação do que se quer ensinar. Não poderíamos esperar nada diferente, afinal, diz um ditado, “cada cabeça uma sentença”. A verdade nesse ditado é que não somos iguais; portanto, se a liderança não entender que para lidar com pessoas diferentes é necessário usar recursos diferentes, seu legado e resultados correrão riscos.
Segundo pesquisadores, há uma grande diferença entre as gerações. Em julho de 2011, a Folha de São Paulo definiu três gerações e suas diferenças. Os baby boomers, nascidos depois do fim da II Segunda Guerra Mundial, com idades, hoje, entre 50 e 68 anos, têm as seguintes características: criam vínculos com a empresa, trabalham arduamente, valorizam a hierarquia, encaram o chefe com respeito e não são questionadores.
Na relação com o trabalho, esforçam-se para serem valorizados, consideram êxito atuar em uma grande empresa e o emprego é visto como um meio de construir a vida. As pessoas da geração X, com idades entre 37 e 49 anos, buscam equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, questionam a hierarquia, adaptam-se bem e dividem o sucesso com o grupo.
Na relação com o trabalho, desejam que a empresa valorize suas contribuições individuais, buscam propor modelos que melhorem a qualidade de vida profissional e arriscam-se pouco.
As pessoas da geração Y, com idade até 36 anos, buscam equilíbrio entre o trabalho e a família, mudam muito de emprego, buscam ascensão rápida, não gostam de hierarquia e arriscam-se mais. Na relação com o trabalho são informais com os chefes e muito criativos.
Querem ser reconhecidos pela sua contribuição individual e seu objetivo é ter liberdade no processo de produção.Usando como exemplo somente essas gerações (existem outras definições), podemos identificar uma série de cuidados que um líder deve ter para conseguir o melhor de cada uma delas.
Mesmo dentro delas há outra gama de diferenças no processamento de informação. Anthony Gregorc descreve quatro tipos de funcionamento da mente relacionados à percepção da informação, que pode ser concreta ou abstrata, e o processamento pode ter o formato sequencial ou aleatório.
Portanto, para lidar com toda essa diversidade, nosso trabalho como líderes é árduo e nossa preparação precisa ser profunda.Pensando na necessidade da nossa preparação como líderes, temos que cuidar do nosso cérebro e nos preparar para auxiliar nossos colaboradores a cuidar dos seus. Segue abaixo duas dicas para iniciar o processo:Primeiro: analise seus resultados. Verifique o que tem feito de bom e em quê poderia melhorar.
Provavelmente você está colhendo o que plantou em algum momento do passado. Segundo: comunique-se. Tenha uma conversa sincera e objetiva. Eis alguns passos para melhorar sua comunicação:- Estabeleça um Foco- Verifique o momento atual- Descubra possibilidades- Crie um plano de ação- Avalie e remova eventuais barreiras- Defina uma meta ou um objetivo a ser conquistado- Recapitule o que foi conversado e crie comprometimento por parte dos envolvidos.Se isso tudo lhe parece muito complicado, observe o que está em jogo.Desenvolver habilidades e aumentar nosso nível de conhecimento pode ser trabalhoso e custar caro.
No entanto, tenha a certeza de que a falta de habilidades e a ignorância podem custar muito mais.
- Qual é seu processo de aprendizado?
- Como você lida com a informação?
- E seus liderados?
- Qual foi a ultima vez que você teve uma conversa sincera com seus colaboradores?
- Qual foi a última vez que procurou ouvir atentamente?
- Quais os benefícios que uma conversa sincera e com foco podem trazer?
Fonte: João Palmeira - http://www.qualidadebrasil.com.br/
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