Um índio, alto e forte, morava em uma aldeia da Amazônia e era
considerado um pouco diferente dos demais. Ele despertava inveja na sua
tribo, porque caçava muito bem e sempre estava disposto a ajudar as
pessoas.
Em
uma de suas caçadas, o índio percebeu que um jacaré ameaçava um grupo
de crianças na beira de um rio. O índio logo pulou na água e começou uma
grande briga com o jacaré. Neste momento, vários índios se juntaram às
margens do rio e alguns deles começaram a torcer pelo jacaré, pois
estavam com inveja.
Muitas
pessoas têm o costume, tanto nas empresas como na vida, de torcer pelo
“jacaré”. Querem sempre ver o “circo pegar fogo”; sentem prazer em ver o
desfecho sendo o pior possível; fazem torcidas para que as vendas
caiam, para que produtos saiam da fábrica com defeito ou para que a
concorrência lance produtos similares ao original. E isso se justifica
pela inveja ou pelo ódio de algum chefe/diretor.
Pessoas
que torcem contra estão mais presentes em nossa vida do que nós
pensamos. São aquelas que dizem que tal ação não vai dar resultado, isso
já foi tentado e falhou ou simplesmente dizem que você é louco!
Essas
torcem pelo jacaré e não pelo índio, querem que ninguém tente fazer
algo diferente para continuarem na sua zona de conforto, fazendo sempre a
mesma coisa durante vários anos. A mudança para essas pessoas significa
apenas simplificação de trabalho, nunca a criação de desafios ou
inovação de processos.
O
grande problema da torcida do Jacaré é que ela não se dá conta que está
na beirada do rio. Quando o Jacaré devorar o Índio (a empresa) ele pode
se voltar contra seus torcedores. Não custa nada recordar da música da
Cuca, personagem criada por Monteiro Lobato: “Cuidado Com a Cuca, que a
Cuca te pega. Te pega daqui, te pega de lá”.
Vamos refletir sobre isso!
Colunista:
Pedro Paulo Morales - http://www.qualidadebrasil.com.br
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