Moradia, carros, roupas, alimentos e uma infinidade de coisas, são necessidades e desejos de todo indivíduo. Entretanto, em meio a todo esse consumismo, as pessoas têm se preocupado cada vez mais com o meio ambiente e práticas sustentáveis.
Economizar também se tornou um ponto importante, uma vez que estamos vivendo em tempos de crise e inflação, e estes fatores têm exercido grande influência no processo de compra.
O que queremos dizer é que com esta consciência, o consumidor tem explorado modelos de compra alternativos, como compartilhamento, aluguel e troca. Estes modelos se enquadram no que chamamos de Economia Colaborativa, e o entendimento deste novo formato, bem como seu impacto no modelo de negócio tradicional, deve fazer parte do conhecimento da nova sociedade moderna.
Entendendo a Economia Colaborativa
O conceito de Economia Colaborativa une três pontos importantes, os quais se tornam cada vez mais atrativos na medida em que as pessoas mudam sua maneira de pensar em relação ao consumo, são eles:
Social – a preocupação com o ambiente em que vivemos e uma abordagem altruísta.
Econômico – a busca pelo consumo mais acessível para redução de despesas.
Tecnológico – os avanços do mundo virtual, com inúmeras redes sociais, dispositivos e plataformas mobile, além de sistemas práticos de pagamentos.
Ou seja, compartilhar, alugar ou trocar bens ao invés de comprá-los é uma maneira econômica de consumir, sem prejudicar o planeta. Quando realizada por meio da Internet, a “compra” é ainda melhor, mais prática e fácil. Esta tendência tem obtido força mundialmente e aos poucos está chegando ao Brasil.
Uma pesquisa da Market Analysis, instituto especializado em comportamento do consumidor, mostrou que pelo menos um em cada cinco brasileiros já está familiarizado com esse conceito. Um estudo do Instituto Data Popular mostrou também que 91% dos brasileiros reduziram o consumo em 2015.
Por isso, a prática da economia colaborativa tem conquistado cada vez mais espaço.
Diante desses dados, é preciso agir com sabedoria. Ferramentas de inteligência de mercado, análises de concorrência, de comportamento do consumidor e de tendências, tornam-se imprescindíveis no processo de recriar o formato do negócio.
Atualmente, o consumidor se preocupa cada vez mais com sua saúde, seu bem-estar e sua qualidade de vida, além de estar sempre atento em como vai gastar seu dinheiro. Até pouco tempo atrás, fazer negócios era mais simples: as empresas vendiam e os clientes compravam. Mas com essa nova cultura, eles querem também participar da concepção e desenvolvimento dos produtos e serviços que consomem.
Cabe as empresas não ignorar esta tendência e buscarem soluções criativas e assertivas, embasadas não apenas em opiniões e experiências de marketings e estrategistas, mas sim, na visão e desejo dos próprios consumidores, analisados através de dados fundamentados pela Inteligência de Mercado.
Um exemplo desse conceito é o Ecozinha, um restaurante que segundo os próprios donos é um “anti-restaurante”. Localizado em Curitiba, ele oferece aos clientes experiências gastronômicas que buscam relações mais saudáveis entre a comida e o dinheiro.
A cozinha é itinerante e recente, o almoço é servido como em casa de família e a proposta é desacelerar para se aproximar de uma rotina mais benéfica. Ao final de cada refeição, os proprietários apresentam os gastos que tiveram para servi-la e o cliente decide quanto quer pagar, podendo até retribuir o almoço com ajuda na hora de lavar as louças.
Podemos citar outros exemplos, mais populares e conhecidos no mercado, como o UBER e o AirBnb. No UBER, pessoas comuns dirigem seus próprios veículos para outras pessoas, usando apenas um aplicativo para a conexão e a realização do negócio.
Já no AirBnb, as pessoas hospedam desconhecidos em suas residências utilizando uma rede online de contatos que avalia os hóspedes e anfitriões, dispensando o uso de hotéis convencionais.
As ofertas são as mais inusitadas possíveis. Vão desde o aluguel de carros por algumas horas, empréstimo de ferramentas para uma reforma rápida ou troca de livros e roupas que não são mais usados. Afinal, este modelo de economia produz uma cultura que pensa no coletivo, onde a sociedade em geral e os pequenos prazeres da vida são os maiores bens.
É tempo de inovar
O conceito de Economia Colaborativa tem se provado duradouro e revolucionário. Prova disso, é que grandes corporações já passaram a adotar estratégias baseadas de compartilhamento em seus principais negócios, como a Toyota, ao alugar carros de concessionárias selecionadas. O Citibank também adotou o modelo ao patrocinar um programa de compartilhamento de bicicletas em Nova York.
Por isso, entender a tendência não é suficiente, é preciso se reinventar. As empresas devem repensar seu negócio e, tal como a sociedade, incorporar modelos colaborativos e sustentáveis, que visem a coletividade. É necessário criar um relacionamento com o cliente a partir dos canais sociais e, acompanhar as informações da mídia, através de processos de monitoramento estratégico de informações, que capte de imediato e regularmente essas movimentações da sociedade, a fim de oferecer a melhor experiência possível aos seus clientes, diante de seus novos interesses e, assim, garantir o sucesso do negócio.
Com a Economia Colaborativa se tornando mais ativa em mercados consumidores globais, as empresas devem aproveitar não somente o formato, mas oportunidades de ocasião para implantar suas estratégias. Um exemplo disso, são as Olimpíadas, que pela amplitude do evento, prevê a troca de culturas e experiências, tornando-se o momento perfeito para inovar e se destacar. Se você pretende engajar sua empresa nesta nova realidade, confira as principais dicas:
8 passos para engajar sua empresa no Consumo Colaborativo
- Estude o segmento que pretende explorar.
- Use a inteligência de mercado a seu favor.
- Descubra o diferencial do seu negócio e invista nele.
- Veja as lacunas dos modelos atuais para que o seu possa preenche-las.
- Diga não às cópias! A criatividade é fundamental neste processo.
- Estabeleça parcerias com empresas colaborativas.
- Crie plataformas para conectar, organizar e dar voz aos consumidores.
- Invista em modelos que ajudam a conectar necessidades e soluções.
Copiado: http://miti.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário