OBRIGADO MARANHÃO QUE HOJE É TAMBÉM MEU TORRÃO
Sou migrante, venho de São Paulo. Obrigado pela acolhida e pelas lições que aqui aprendi.
Na MATRACA, tirando música de dois pedaços de madeira, aprendi que posso mudar a partir do pouco que tenho. E de fundo o som dos pandeirões e a voz do cantador que num chamado reúne seu pelotão.
Na ORQUESTRA, numa toada, quase “um reggae junino”, com seus índios coloridos e com sua música de sopro, aprendi que somos um mundo só e podemos nos recriar a cada momento.
Da BAIXADA, com seus cazunbas – homens místicos – místicos humanos, aprendi que também somos seres espirituais e que há um outro ritmo forte e cadenciado que toca o nosso coração e nos reconecta com a terra.
Da COSTA DE MÃO, com um som original e pessoal, das próprias costas das mãos, a mão machucada pela lida na lavoura, exigiu a originalidade, um outro som, um outro ritmo.
Na ZABUMBA, o som da tradição, da mistura de raças, aprendi que somos a força da miscigenação dos povos.
Aproveitar o que temos. Recriar. Reconectar com a espiritualidade e valores.
Obrigado meu Maranhão, meu torrão!
Por: Alfredo Barbetta - https://www.linkedin.com
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