Conflitos têm as mais diferentes origens. O mais comum decorre do fato das pessoas terem perspectivas distintas em relação à visão, decisões, alocação de recursos e coisas do gênero. Às vezes, acontece por não se ter entendido o ponto de vista da outra pessoa.
O método conciliatório não significa fugir da solução – saindo de perto ou negando-a –, tentar se proteger ou brigar pela sua posição, porém aprender a gerenciá-lo, adotando uma posição de equilíbrio, ouvindo e aprendendo, arbitrando e resolvendo.
A verdade é que muitas pessoas vêem o mundo de forma diferente, por razões culturais, educacionais, costumes e outras tantas que interferem numa uniformidade de pensamento. Há os que manifestam posição ou entendimento; outros ficam calados, contudo com um menor envolvimento e compromisso.
Há quem diga que os conflitos são bons. Acordam as pessoas no sentido da não conformidade absoluta e que têm que valorizar as diferenças, abrir seus horizontes, expandir sua visão e resolver o problema.
Certo fica também que se pode encontrar uma solução mutuamente aceitável. Se a proposta for calcada em honestidade e respeito, pode haver flexibilidade e aqueles em desacordo abandonarem suas posições, algo que passe do compromisso à colaboração, logo mais à sinergia.
Merece consideração o comportamento confiante. Atrai os simpatizantes na mesma moeda. Chega ao princípio da reciprocidade social “o que você recebe de volta é o que você dá aos outros”, ou de forma mais singular “o que vai volta”.
De toda sorte alguém precisa ter a iniciativa. O fato de relevância é de que cada um vê sua verdade como a verdadeira e, se não houver alguma flexibilidade, cairemos na máxima do professor Covey. Touro Sentado, o famoso chefe indígena – e quem não conhece – ensina: “primeiro, ofereça ao seu oponente o cachimbo da paz”. O consenso e a sinergia para se tornarem fato precisam de cooperação em vez de competição.
Sabemos que alguns conflitos certamente nunca serão resolvidos por causa de medo, rigidez, intolerância, raiva, paranóia e outros aspectos emocionais negativos, bloqueadores de qualquer negociação.
A sabedoria sinaliza que compensa acomodação em assuntos de menor relevância. Em outros casos, é preciso competir, usando todos os recursos que disponha. Afinal, o todo não poderá ser prejudicado.
Voltando a Touro Sentado, quando não for possível nenhum acordo por se tratar de item inegociável, sua sugestão é: “Enfrente-o com todas as suas forças. Vença-o. Depois de vencê-lo, esqueça o passado”.
“Ou todo mundo ganha ou não tem negócio.”
Stephen Covey
Stephen Covey
Por Aucélio Gusmão - aucelio@unimedjp.com.br
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