quinta-feira, 28 de julho de 2022

Você Sabe Impor e Respeitar os Seus Limites?


 Impor limites é estabelecer linhas com os outros (e conosco) que não devem ser cruzadas. Edward T. Hall e Robert Sommer, pioneiros no estudo do espaço pessoal, garantem que esses limites estabelecidos são mais do que um território.

Quem nunca disse: só mais um, ou só mais esta vez!

Muitas pessoas têm a tendência de acreditar que “só mais um pouco”, “só mais um tempo”, “só mais uma cerveja” ou “só mais uma palavra” não vai fazer mal a ninguém. Porém, não percebem que esse “só mais…” pode fazê-las ultrapassar uma fronteira que talvez não tenha volta. É a árdua tarefa de impor limites. (Celia Lima - Psicoterapeuta Holística)

Primeiro precisamos entender que a imposição de limites cabe apenas em duas situações: primeiro para si próprio e depois para o outro.

Entender o que é estabelecer limites é primordial para uma vida saudável. Isso envolve a nossa autoestima e autoconfiança. Simmm... Isso esta muito ligado a nossa autoimagem (a forma como nos vemos). Sendo assim, nossa imagem pessoal (como somos vistos), junto com tantos outros códigos emitem informações a nosso respeito, é aí, que a tal "primeira impressão" entra. Exemplo: a nossa imagem pode demonstrar, se somos uma pessoa fácil de ser manipulada, ou não (entre outras questões físicas e emocionais).

Para entendermos nossos limites precisamos primeiro nos conhecer. O que significa que é primordial a busca e investimento no autoconhecimento. Desculpe, mas não tem como não ser repetitiva neste assunto. Conhecer a si mesmo é uma das habilidades mais importantes para o desenvolvimento e crescimento do indivíduo em todas as áreas de sua vida.

A importância de se estabelecer limites pessoais.

Umas das primeiras etapas para o estabelecimento de limites é tomar consciência e reconhecer as suas próprias necessidades e sentimentos para que, de forma saudável possa cuidar delas nas relações, ao invés de anulá-las em prol “do outro” ou esperar que o outro as suprima. Pois, as suas necessidades, sentimentos e opiniões são tão válidas como as do outro.

Nem sempre conseguiremos fazer isso sozinhos. ter ajuda de um profissional através da terapia é o mais indicado. E, esta tudo bem. A terapia é um dos investimentos em autoconhecimento. É uma ferramenta poderosa.

Infelizmente ainda existem muitos tabus e preconceitos relacionados a este assunto. Contudo, as melhores pessoas são as que têm coragem o suficiente para saber que, sozinhas não chegam a lugar nenhum. Pessoas que se cuidam desta forma, geralmente agregam muito ao seu redor. Sua autoimagem cresce e se desenvolve de forma sadia. A saúde mental agradece.

Quando nossa autoimagem é correta e sadia, nosso olhar para o outro não é diferente. Fato é: como me vejo, verei os outros. Não podemos dar o que não temos.

E o que é estabelecer limites pessoais?

Estabelecer limites pessoais relaciona-se com a capacidade de afirmação pessoal, isto é, com a capacidade de dizer ao outro o que sente, pensa e quais as suas necessidades de forma a respeitar o outro, ou seja, de forma assertiva e assumindo responsabilidade pessoal. Pelo contrário, a ausência de limites pessoais pode passar por não expressar aquilo que sente ou pensa com receio da resposta do outro. As dificuldades em colocar limites estão muitas vezes relacionadas a uma forte necessidade de que o outro mostre apreço por eles. 

Acreditam que, se abdicarem dos seus limites pessoais vão ter maior apreço e afeto por parte dos outros, quando muitas vezes é o contrário que se verifica, porque na fase adulta as relações mais saudáveis e atrativas ocorrem quando as pessoas se responsabilizam. Por outro lado, ao não colocar limites, à espera de apreço, está-se a contribuir para alimentar o medo de não ser apreciado, criando-se um ciclo. O ciclo manifesta-se na medida em que, cada vez que evita dar-se a conhecer e respeitar-se, está a reforçar a ideia de que os outros só vão gostar de si porque faz tudo o que lhe pedem. (Andreia Santos - Psicóloga e cientista)

Valorize os seus limites e por certo não se livrará mais deles. Richard Bach

Quando aprendemos a respeitar nossos limites passamos a nos amar mais e a nos respeitar. temos forças para dizer o NÂO necessário que nos "liberta".

Quando não conseguimos delimitar limites deixamos claro a nossa desvalorização. E isso vem lá da nossa querida infância. Afinal de contas, tudo o que acontece lá, não fica lá.

Essa desvalorização afeta diretamente nossos relacionamentos pessoais e profissionais. Em razão disso sempre haverá cobranças. E nessa profunda insatisfação colocamos as coisas sempre pelo ponto negativo e sempre o individuo vai achar que o outro esta sempre errado. Só o jeito dele/dela é o correto e valido. Quando fica claro a situação, a raiva é o sentimento predominante, Imagina o sofrimento de quem vive assim.

A autodesvalorização acontece por problemas que foram iniciados nas relações de filiação socioafetiva ou seja, a relação entre pais, mães e filhos, cuja origem vem do vínculo afetivo existente entre eles, não sendo necessário que haja um vínculo genético, ou seja, para ser mãe ou pai, não é preciso ter sido aquele que gerou o filho. Isso acontece também com o tutor da criança. Os problemas emocionais gerados na fase infantil como a ausência de amor, proteção, aceitação e reconhecimento, leva o individuo a buscar incessantemente a disputa por atenção e reconhecimento. Muitas vezes, são pessoas que estão sempre competindo e podem ter características narcisistas (na grande maioria dos casos).

Estes sentimento de desafeto geram em muitos a dificuldade de impor limites a si mesmos e aos outros. Toda qualidade de relações está ligada a maneira como aprendemos a lidar como os estímulos do nosso passado. Por esta razão, nossas escolhas dependem de nossa capacidade de lidar com atual realidade, ou seja, a vida adulta e tudo o que ela representa.

Por isso sempre digo: é muito fácil falar de amor-próprio, mas a realidade de compreensão vai muito além disso. Nem todo discurso é coerente, até porque, todos nós temos nossa bagagem e muitas historias que compõe a nossa historia. É por isso, que para muitos estabelecer seus limites é desafiador. E quando o fazem, muitos não entendem.

Impor limites nas pessoas - Por Celia Lima

Quando se fala em impor limites nas pessoas, logo vem à mente algum tipo de atitude agressiva. Acredita-se que é preciso gritar, desligar o telefone “na cara”, armar discussão e até desfazer uma amizade porque não se encontra outro caminho mais equilibrado e seguro para alcançar a paz. E para não recorre à agressividade, silencia-se.

São inúmeras as situações perturbadoras das quais, muitas vezes, não conseguimos nos livrar por causa da nossa incapacidade de dizer “não”. E normalmente nossas razões passam pelo medo:

  • Medo de magoar
  • Medo de ser injusto
  • Medo de perder o amor
  • Medo de perder o emprego
  • Medo de perder o amigo

E, assim, vamos colecionando medos e raivas. Sim, a raiva toma conta porque acreditamos que a pessoa deveria perceber que está sendo grosseira, que está sendo invasiva, agressiva, explorando a boa vontade alheia, sendo mal educada, e por aí vai.

Em condições normais, ninguém precisa ser agressivo para estabelecer limites, mas não é possível se deixar capturar pelos medos e deixar perpetuar as situações abusivas.

Uma vez me falaram algo que foi muito forte e impactante me tocou profundamente. Me disseram: se existe uma vitima é porque alguém se deixou ser vitimizado de forma consciente ou inconsciente. Hoje estudando a psicologia aplicada e comportamentos, tenho a certeza que é verdade. Sabe como isso se dá? Pelos códigos da nossa imagem pessoal. E ainda tem pessoas que acreditam ser apenas a roupa a parte importante do que emitimos. 🙄

Acredite, as pessoas não mudam. Ou elas melhoram ou elas pioram, mas não mudam.

Muitas vezes, a nossa teimosia em querer acreditar que um dia as outras pessoas vão se dar conta de que suas atitudes nos causam desconforto faz com que permaneçamos numa eterna espera por algo que provavelmente nunca vai acontecer.

  • Como o outro pode saber que seu comportamento é nocivo se eu não disser?
  • Que razão ele tem para acreditar que está me fazendo algum mal se eu silêncio, se não me manifesto, se não reclamo, se não digo que estou magoado, enfurecido, incomodado?

Se a pessoa não consegue falar, certamente o problema de relacionamento ou abuso afetivo já existe. É preciso ajuda e apoio para sair desta situação.

Quando cedemos demais abrimos as portas para problemas muito maiores.

As mudanças que precisam ocorre em nossa vida só depende de nós mesmos e da nossa busca por uma melhora e progresso como indivíduos. É necessário entendermos a nossa autorresponsabilidade. É necessário entendemos que, as pessoas só fazem conosco o que permitimos, por isso precisamos nos conhecer e nos respeitar. O respeito que queremos será aquele que deixaremos claro para o outro. Isso só ocorre quando impormos limites, seja na vida pessoal ou na vida profissional. Caso contrário, chegara o momento do nosso abismo emocional. E acredite, ele existe.

É preciso entender que se eu não me respeitar, as outras pessoas não verão motivo algum para me respeitar.

Se eu me permito ser invadido, maltratado, desconsiderado, por que acho que o outro vai me dispensar um tratamento diferente?

Assim, devemos perceber que tudo começa no respeito que tenho por mim mesmo, na gentileza que eu mesmo dispenso às minhas necessidades.

Dizer “sim” mais vezes para si mesmo é tratar-se com amor e gentileza. Se não começar por você, o outro dificilmente vai ter por você a consideração que você mesmo deveria ter.

As outras pessoas podem ficar chateadas? É uma questão de escolha: “quem escolho para ficar chateado, eu ou o outro?” Ora, se você suporta a chateação, por que o outro não suportaria? Ou você acha que só você tem que lidar com os dissabores da vida? Não se preocupe, o outro vai sobreviver a sua escolha.

Este é o poder libertador da autoconhecimento, Quando escolhemos a nós mesmos somos mais felizes e sabemos o que realmente vale a pena ou não. Sabemos o preço que estamos dispostos a pagar. E isso não se trata de estar sozinho ou não. Pois quando sabemos que nos bastamos ou outro é apenas um complemento não a totalidade.

Tudo na vida, absolutamente tudo, tem limites!

 Quando dizer “não” para você mesmo?

Você vai dizer “não” para você sempre que sentir que está sendo permissivo demais:

  • Quando deixa o outro ofendê-lo diante de agressões físicas ou verbais.
  • Quando está cansado de se sentir em desvantagem.
  • Quando não é respeitado em sua posição e papel seja ele qual for.
  • Quando percebe que sempre paga a conta e se sente abusado.
  • Quando é o outro que decide onde ir, a que filme assistir e sempre que sua omissão lhe dá aquela sensação de não ter o comando de sua própria vida fazendo com que você se sinta fraco e sem voz.

É preciso colocar limites em sua permissividade consigo mesmo para que tome posse de sua própria vida!

Devido ao meu histórico de vida, por nunca ter tido uma família entre outras questões, eu vivia em conflito com os meus limites e os que precisava impor as outras pessoas. Me prejudiquei muito, mas também aprendi muito. Hoje por investir em mim e no meu autoconhecimento, tudo mudou. Mudou muito. Nunca fui fraca, mas cedia em busca de aprovação e autoaceitação. Não tive um relacionamento socioafetivo de ninguém.

Hoje sei lidar muito bem com a minha realidade. Sou a prova que podemos mudar a rota da nossa vida e seguir caminhos mais saudáveis e diferentes. Ninguém nesta vida está fadado a infelicidade a menos que queira ou permita.

Imponha limites sem culpa e não deixe ninguém dizer o que você pode ou merece!

Ame-se Cuide-se Proteja-se Preserve-se

Copiado: https://www.linkedin.com/in/gilkaferreira/

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