quarta-feira, 14 de julho de 2021

EMPREENDEDORISMO SOCIAL – UM NOVO CONCEITO ENTRE OS EMPRESÁRIOS

 


Um empreendedor social é aquele que apresenta e desenvolve soluções inovadoras para atender aos problemas sociais. São profissionais ambiciosos e persistentes, que se preocupam com as grandes questões sociais e estão em busca de ideias que tragam mudanças em grande escala.

Ser um empreendedor social significa visar à maximização do capital social a fim de realizar mais iniciativas, programas e ações para que uma comunidade, cidade ou região possa se desenvolver de maneira positiva e sustentável. O empreendedorismo social surge especialmente em contextos turbulentos, de crise e de desafios econômicos, sociais e ambientais.

O que é o empreendedorismo social?

Empreendedorismo social é um conjunto de ações empreendedoras que buscam a melhoria da sociedade. Para isso, os empreendedores criam medidas que podem, ao mesmo tempo, ser lucrativas e sociais.

Trata-se de um tipo de empreendedorismo que busca implantar medidas sustentáveis para conciliar os avanços tecnológicos e outros progressos sociais com um meio ambiente mais saudável e com boas condições de vida para todos.

Uma das metas do empreendedorismo social é reduzir as desigualdades sociais e econômicas por meio da criação de negócios que gerem não apenas dinheiro, mas que tragam melhorias em todos os setores existentes em uma sociedade. Essa forma de empreender busca uma forma de vida mais justa, em que o meio ambiente é preservado e as diferenças sociais são reduzidas de forma que todos tenham oportunidades iguais.

Qual a diferença entre o empreendedorismo social e o empreendedorismo tradicional?

O empreendedorismo tradicional é aquele por meio do qual as empresas oferecem serviços e produtos à sociedade. Assim, essas organizações conseguem lucrar e prosperar cada vez mais com aquilo que arrecadam com as suas vendas. No empreendedorismo social, também pode haver lucro, mas, nesse caso, existe também um grande objetivo de levar mais qualidade de vida às pessoas.

As empresas tradicionais até podem fazer algum tipo de ação em benefício de determinadas causas sociais. Já no empreendedorismo social, as causas sociais são o principal motivo da sua existência, e não um mero acessório para aumentar a sua visibilidade e simpatia com o público.

Outra diferença importante é que as empresas tradicionais segmentam o mercado com vistas a atender a um público-alvo específico, que possa pagar pelas soluções que comercializa. A empresa social, entretanto, vai ao encontro de populações carentes, marginalizadas e não atendidas pelo empreendedorismo clássico. Por isso, ela até pode ter fins lucrativos, mas o seu principal propósito é atender aos apelos de grupos mais necessitados.

Os três componentes do empreendedorismo social

Toda iniciativa de empreendedorismo social é constituída por três elementos. Confira quais são eles.

1. O diagnóstico

O primeiro passo para a implementação de um empreendedorismo social é a identificação de um problema, ou seja, de alguma injustiça que provoca a exclusão de determinado segmento da sociedade ou algum tipo de sofrimento ao planeta e à humanidade. Em geral, as pessoas mais impactadas por essas questões não têm recursos financeiros ou influência política para alcançar soluções.

Entre esses principais problemas, podem ser citados:

  • Educação de má qualidade, analfabetismo e exclusão digital;
  • Falta de moradia;
  • Desnutrição e atendimento médico precário;
  • Subemprego e desemprego;
  • Exclusão social de determinados grupos: mulheres, negros, pessoas com deficiência, comunidade LGBTQIA+, entre outros;
  • Violações aos Direitos Humanos;
  • Problemas ambientais: maus tratos a animais, desmatamento, poluição, mau uso de recursos naturais (com incentivo ao desenvolvimento de energias renováveis, reciclagem e indústrias limpas).

2. A identificação da oportunidade

Após o diagnóstico desse problema, ele deve ser transformado em uma oportunidade de negócio, ou seja, a construção de uma empresa que ofereça algum tipo de solução às vítimas do problema. Esse trabalho é feito com a iniciativa do empreendedor e com a sua capacidade de formar equipes motivadas, criativas, inspiradas e com coragem para transformar a realidade.

3. A criação de uma nova realidade

A ideia é que, após a implementação desse novo negócio, os problemas sociais identificados sejam minimizados, oferecendo mais qualidade de vida à população afetada. Assim, o objetivo do empreendedorismo social se concretiza, não como uma simples empresa que deseja lucrar, mas que tem a finalidade de fazer do mundo um lugar melhor.

O que difere o empreendedorismo social, a assistência social e as ONGs?

À primeira vista, os conceitos de empreendedorismo social, assistência social e ONGs parecem bem similares, já que os três têm o objetivo de promover alguma melhoria quanto aos já citados problemas da sociedade. Contudo, existem sim algumas diferenças básicas entre eles.

O empreendedorismo social é uma iniciativa que tem o objetivo de resolver um determinado problema social e ampliar a sua atuação para áreas cada vez maiores. A prestação da assistência social, entretanto, fica sempre limitada a uma mesma localidade, restringindo o seu potencial de atuação. No empreendedorismo social, porém, a ideia é fazer com que esse negócio prospere e amplie cada vez mais a sua abrangência, em diferentes bairros, cidades e países.

Quanto às ONGs, elas também lutam pelas mesmas causas dos empreendedores sociais. Entretanto, essas organizações são completamente dependentes das doações de pessoas físicas, empresas, fundações e até mesmo do governo para manter as suas ações. No empreendedorismo social, porém, a empresa é autossustentável e pode gerar lucro. Essas instituições até podem receber doações de terceiros, mas não dependem delas para sobreviver e crescer.

Assim, o empreendedorismo social constitui um conjunto de atividades econômicas. As empresas desse tipo reinvestem os seus lucros em seu próprio progresso para promover ainda mais melhorias na sociedade.


Exemplos de empreendedorismo social no Brasil

O Brasil conta com bons exemplos de empresas de empreendedorismo social. Confira três dos principais exemplos do nosso país:

  • O Projeto Tamar foi fundado na Bahia em 1980, com o objetivo de proteger as tartarugas marinhas, em extinção no litoral brasileiro. Hoje em dia, porém, há diversas unidades do projeto em estados do Sul, do Sudeste e do Nordeste do Brasil, protegendo variadas espécies da vida marinha. A atuação da empresa se concentra em três linhas: conservação e pesquisas aplicadas, educação ambiental e desenvolvimento local sustentável.
  • O Instituto Chapada é um empreendimento criado em 2006 com a finalidade de oferecer formação continuada a professores e coordenadores pedagógicos, entre outras ações para beneficiar a qualidade do ensino público em determinados municípios da Bahia.
  • O GRAAC, Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer, é um instituto criado em 1991, com o objetivo de proporcionar às crianças e aos adolescentes com câncer um tratamento médico de qualidade. O seu propósito é ser um centro médico de referência em ensino, pesquisa, diagnóstico e tratamento do câncer infantojuvenil, com prioridade à população de baixa renda.

E você, conhece mais alguma iniciativa de empreendedorismo social? 

O que pensa sobre o tema? 

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Copiado: https://www.ibccoaching.com.br/

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