Muito já tenho dito sobre a importância da Ciência da
Gestão para o desenvolvimento das sociedades e das Organizações.
Falo
recorrentemente sobre temas variados que orbitam sobre esta Ciência e que são
fundamentais para o alcance do bom desempenho, do progresso e da inovação.
Publico semanalmente para duas Revistas que abordam esse tema -
administradores.com e N&C - e procuro sempre enfatizar que, embora existam
e se utilizem variados modelos e conceitos teóricos sobre esta Ciência, é
essencial que haja prática.
Sem comprometimento, orientação à ação e responsabilidade,
não há gestão. Como diria Drucker (2010), haverá, no máximo, boas ideias que
não sairão da gaveta.
E quero sublinhar o termo prática, pois já fui
acusado por um leitor de ser uma "espécie de teórico desprovido de
ação".
Essa situação já foi acertada, embora eu ainda tenha a leve
sensação de que ele não se convenceu!
Minha condição, enquanto pessoa e autor
que sou, não me permite criticar e muito menos induzir leitores para algo que
não seja aplicável, praticável e verdadeiro.
Tenho uma linha muito bem definida
por aquilo em que acredito ser fundamental para o avanço da Gestão como
Ciência.
E não me considero o "dono da verdade" e, tampouco, o
"inventor da roda". Apenas sigo a linha de pensamento Druckeriana, e
isso é tudo.
Também quero aludir uma questão: como diria o
senso comum, "quem entra no fogo é pra se queimar". Entretanto, não é
preciso que o indivíduo entre no fogo para saber que o mesmo poderá queimá-lo.
Há certas coisas que são óbvias, pois já passaram pelo crivo da cientificidade.
O indivíduo não precisa ser um bombeiro para saber disso, mas talvez precise
sê-lo caso haja um perigo potencial de incêndio.
Nesse caso, um cidadão
consciente chamaria o Corpo de bombeiros para atuar nesse cenário alusivo. Mas
sabemos que, dependendo da situação, outro cidadão "ousaria" ao
intentar esforços por conta própria. E sabemos que o pior poderá ocorrer,
apesar de haver algumas raras exceções.
Este exemplo traz alguns fatos que podemos relativizar com muitas situações
diferentes, do trabalho em si ao profissional competente para exercer
determinada função. Não há de se esperar que um bom açougueiro também seja um
bom cirurgião; ou que um renomado sociólogo seja igualmente um excelente
"gestor de pessoas"; ou, ainda, que um economista atue com excelência
no lugar de um jurista. Isso parece absurdo, e realmente deveria ser.
Afinal,
cada tipo de profissional deveria ser limitado à sua esfera de competência.
Entretanto, enquanto alguns ofícios possuem um escudo legítimo e firme contra
"profissionais de fora da área de atuação", com a Administração a
realidade é contrária.
A legitimidade da Administração como Ciência,
apesar de já ter sido comprovada há quase setenta anos por Drucker, ainda é
"questionada" por uma parcela da sociedade. Isso ficou evidenciado
através do PLC 38/2016 que previa a criação de cargos estritamente competentes
às atribuições do Administrador e que poderiam ser ocupados por qualquer tipo
de profissional.
Uma verdadeira "barbárie" contra os Administradores
e contra as Organizações e as sociedades. O estrago só não foi maior porque o
Presidente do País vetou essa tentativa absurda de golpe contra a Lei 4769/65.
Mas a peleia continua.
Para concluir, quero destacar o Ex Presidente
do CFA, Adm. Sebastião Luiz de Mello, pelo excelente texto que escreveu -
Administrar é para Administrador - e que pontuou muito bem sobre a importância
da Gestão profissional para o País e que só pode ser exercida por
Administradores.
Onde há funções de planejar, organizar, executar e controlar,
isso só pode ser exercido por Administradores. Fora psicólogos, fora advogados,
fora economistas, fora engenheiros. Não há espaço para "amadorismo".
Fora amadores!
Copiado: https://administradores.com.br/
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