Princípio 1. Apoie suas decisões de gerenciamento em uma filosofia de longo prazo.
Tenha um senso filosófico de propósito que supere qualquer tomada de decisão a curto prazo. Trabalhe, cresça e alinhe-se num propósito que seja maior que fazer dinheiro. Entenda seu lugar na história e trabalhe para chegar ao próximo nível. Sua filosofia será a fundação para todos os demais princípios.
Gere valor ao cliente, à sociedade e à economia: essa é sua partida. Avalie cada passo em termos da sua habilidade de conquistar isso.
Seja responsável. Lute para decidir seu próprio caminho. Confie em suas próprias habilidades. Aceite responsabilidade por sua conduta e melhore as habilidades que lhe permitam produzir valor agregado.
Princípio 2. Crie um fluxo contínuo de processo que traga os problemas à tona.
Redefina os processos de trabalho para alcançar um alto valor agregado. Lute para zerar a quantidade de tempo que qualquer projeto fique ocioso ou dependendo de alguém que o resolva.
Crie um fluxo que mova rapidamente materiais e informações unindo pessoas e processos de forma que os problemas apareçam imediatamente.
Deixe o fluxo evidente por toda cultura da organização. É a chave para o verdadeiro processo de melhoria contínua e para desenvolver as pessoas.
Princípio 3. Use sistemas de coleta para evitar produção excedente.
Ofereça aos seus clientes o que eles precisam, na hora certa e na quantidade necessária. Reposição de estoques iniciado pelo consumo é o princípio básico da pontualidade.
Minimize seu trabalho e inventário estocando pequenas quantidades de cada produto e frequentemente repondo baseado no que o consumidor realmente retira.
Seja atento aos turnos diários referentes a demanda do consumidor ao invés de confiar em sistemas de agendamentos automáticos para rastrear inventário perdido.
Princípio 4. Nivele a carga de trabalho (heijunka). (Trabalhe como a tartaruga, não como a lebre.)
Eliminar desperdício é apenas um terço da equação para obter sucesso em lean. Eliminar sobrecarga de pessoas e equipamentos e eliminar erros na agenda de produção são tão importantes quanto: ainda assim isso geralmente não é entendido nas empresas que tentam implementar os princípios de lean.
Trabalhe para nivelar a carga de trabalho de todos os processos de manufatura e serviços como alternativa para a abordagem parar/continuar de trabalho em projetos em lotes que é comum na maioria das empresas.
Princípio 5. Crie uma cultura de parar pra corrigir problemas para obter qualidade logo na primeira vez.
A qualidade significa valor para o cliente.
Use todos os mais modernos métodos de qualidade disponíveis.
Construa em seus equipamentos a capacidade de parar ao detectar problemas. Desenvolva um sistema visual que alerte o time ou os líderes de projeto que uma máquina ou processo precisam de assistência. Jidoka (máquinas com inteligência humana) é a fundação para “produzir” qualidade.
Crie em sua organização um sistema de suporte para resolver rapidamente os problemas e oferecer soluções.
Crie em sua cultura a filosofia de parar ou diminuir até obter a qualidade apropriada desde o início para melhorar a produtividade a longo prazo.
Princípio 6. Tarefas e processos padronizados são a fundação para melhoria contínua e capacitação de funcionários.
Use métodos estáveis e reproduzíveis em todo lugar para manter a previsibilidade, sincronia e saídas normais de seus processos. Essa é a fundação para fluxo e coleta.
Capture a sabedoria acumulada de um processo para padronizar as melhores práticas atuais. Permita que expressões criativas e individuais melhorem o padrão; então incorpore-as num novo padrão de modo que quando a pessoa se ausentar você possa passar o conhecimento para a próxima.
Princípio 7. Use controle visual para que nenhum problema se esconda.
Use indicadores visuais simples para ajudar as pessoas a determinar imediatamente se elas estão em condições normais ou se elas se desviaram.
Evite usar uma tela de computador quando ela tirar o foco do trabalhador de seu trabalho.
Projete sistemas visuais simples no local onde o trabalho é feito para ajudar o fluxo e a coleta.
Diminua seus relatórios para um pedaço de papel quando for possível, mesmo para suas mais importantes decisões financeiras.
Princípio 8. Use apenas tecnologia confiável e profundamente testada que sirva seu pessoal e seu processo.
Use tecnologia que ajude as pessoas, não que as substitua. Frequentemente é melhor trabalhar num processo manualmente antes de adicionar tecnologia que ajude no processo.
Novas tecnologias são frequentemente instáveis e difíceis de padronizar e portanto arriscam o fluxo. Um processo certificado que funcione geralmente leva vantagem sobre tecnologias novas e sem testes.
Conduza um ritual de testes reais antes de adotar novas tecnologias nos processos de negócio, nos sistemas de manufatura e nos produtos.
Rejeite ou modifique tecnologias que conflitam com sua cultura ou que possam atrapalhar a estabilidade, confiabilidade e previsibilidade.
Ainda assim, encoraje seu pessoal a considerar novas tecnologias quando procurarem novas abordagens de trabalho. Rapidamente implemente uma tecnologia avaliada profundamente se ela se provou em julgamentos e ela possa melhorar o fluxo nos seus processos.
Princípio 9. Fortaleça líderes que entendam o trabalho meticulosamente, vivem a filosofia e a ensinam a outros.
Fortaleça os líderes de dentro, ao invés de comprá-los de fora da organização.
Não veja o trabalho do líder simplesmente como cumprir tarefas e ter boas habilidades com pessoas. Líderes devem ser modelos da filosofia e forma de agir da empresa.
Um bom líder deve entender o trabalho diário detalhadamente para que ele possa ser o melhor professor da filosofia da empresa.
Princípio 10. Desenvolva pessoas excepcionais e times que sigam a filosofia da empresa.
Crie uma cultura forte e estável na qual os valores e crenças da empresa sejam largamente compartilhados e vividos por muitos anos.
Treine indivíduos excepcionais e times que trabalhem dentro da filosofia da empresa para alcançar resultados excepcionais. Trabalhe bastante para reforçar a cultura continuamente.
Use equipes multi disciplinares para melhorar a qualidade e produtividade e aumentar o fluxo ao resolverem problemas técnicos complexos. Superação ocorre quando as pessoas usam as ferramentas da empresa para melhorar a empresa.
Faça um esforço constante para ensinar indivíduos como trabalharem juntos como equipe em direção a objetivos em comum. Trabalho em equipe é algo que precisa ser aprendido.
Princípio 11. Respeite sua rede de parceiros e fornecedores ao desafiá-los e ajudá-los a melhorar.
Tenha respeito por seus parceiros e fornecedores e trate-os como uma extensão do seu negócio.
Desafie seus parceiros externos de negócio a crescer e evoluir. Isso mostra que você os valoriza. Estabeleça alvos de desafio e ajude seus parceiros a alcançá-los.
Princípio 12. Vá e veja você mesmo para entender profundamente a situação (genchi genbutsu).
Resolva problemas e melhore processos indo até a fonte e observando e verificando pessoalmente os dados ao invés de teorizar baseado no que outras pessoas ou a tela do computador lhe diz.
Pense e fale baseado em dados verificados pessoalmente.
Mesmo os gerentes e executivos de alto nível devem ir e ver as coisas por si, para que tenham mais do que um entendimento superficial da situação.
Princípio 13. Tome decisões lentamente por consenso, cuidadosamente considerando todas as opções; implemente as decisões rapidamente (nemawashi).
Não escolha uma única direção para seguir sem antes considerar cuidadosamente as alternativas. Quando tiver escolhido, siga rápida e continuamente o caminho.
Nemawashi é o processo de discussão de problemas e soluções potenciais com todos os envolvidos, para pegar suas ideias e chegar a um acordo ao caminho a seguir. Este processo consensual, apesar de consumir tempo, ajuda a ampliar a busca por soluções e uma vez que a decisão for tomada, o palco estará pronto para uma rápida implementação.
Princípio 14. Seja uma organização de aprendizado por reflexões rígidas (hansei) e melhoria contínua (kaizen).
Uma vez que você tenha estabelecido um processo estável, use ferramentas de melhoria contínua para determinar a causa raiz das ineficiências e aplicar medidas corretivas eficientes.
Modele processos que não precisem de muito inventário. Isso irá expor para todos as perdas de tempo e recursos. Uma vez que as perdas são expostas, faça com que os funcionários usem um processo de melhoria contínua (kaizen) para eliminá-los.
Proteja a base de conhecimento da organização desenvolvendo pessoal estável, promoções lentas e sistemas de sucessão muito cuidadosos.
Use hansei (reflexão) em marcos importantes e ao término do projeto para que possa identificar claramente todas as deficiências do mesmo. Desenvolva medidas que evitem que os mesmos erros se repitam.
Aprenda com as padronizações das melhores práticas, invés de reinventar a roda em cada novo projeto e cada novo gerente.
Copiado: https://comofiz.wordpress.com/
Referência: http://icos.groups.si.umich.edu/Liker04.pdf
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