A ação ética deveria estar presente em todas as atitudes dos seres racionais, em especial para nós administradores que trabalhamos a favor do planejamento, da organização, da direção e do controle, haja vista que o gestor possui a árdua missão de alcançar os objetivos previamente definidos, com a máxima celeridade, solucionando no menor tempo possível os gargalos que possam aparecer no decorrer de suas atribuições.
E o que fazer quando o gestor sabe o conceito, porém não o coloca em prática? Será que para o administrador o mais importante é cumprir suas metas? Ou a culpa está nos valores morais?
A palavra ética provém de origem grega “etho” que denota o caráter, a personalidade do indivíduo em seu ciclo de vida. Ela propicia a reunião dos valores morais e princípios que norteiam a conduta do ser em sua sociedade. Apresenta sua sustentação nos valores culturais e históricos. Não se deve confundir ética com moral.
O vocábulo moral tem origem no termo latino “morales” que relaciona a atinência aos costumes locais. Logo a ética é um raciocínio crítico sobre o ato moral. Segundo Marinoff: “A ética refere-se à teoria ou sistema que descreve o que é o bem e, em extensão, o que é mal [...]. A moral refere-se às normas que nos dizem o que fazer ou não fazer”. (2001, p.223).
Vivemos na era marcada pela globalização, pelo sistema capitalista e pelo ato individualista em prol do melhor. E no decorrer dessa disputa onde fica a ética profissional? Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética.
Ser ético na profissão é colocar em prática as normas éticas que compõem a consciência do profissional e representam imperativos de sua conduta baseado na moral. Assim como é de suma importância colocar em prática ética no ambiente de trabalho, na qual se fundamenta nos valores organizacionais ajudando os colaboradores ao alcançarem a eficácia por meio da obediência à legislação, assim como, aos valores e diretrizes da organização que utilizam o código de conduta.
Na administração é observado o código de conduta desde a Teoria Clássica que veio se aperfeiçoando em especial na Teoria Burocrática e reformulada na administração contemporânea que é considerada uma ferramenta que serve para orientar as relações internas e externas; e disciplinar seus colaboradores independentemente das suas atribuições e responsabilidades.
O ato de administrar é uma tarefa cíclica repleta de gargalos que cabem ao administrador suprir as falhas proporcionando um bom feedback entre os colaboradores e o eficiente atendimento das necessidades que o mercado exige.
Ao falarmos em ética no trabalho vem logo em nossa mente a ética na gestão pública representada pela adulteração, corrupção, extorsão, desleixo, etc, porém temos que fixar um padrão do que é certo, lembrando que acima de tudo é imprescindível que esse padrão seja ético, e em seguida julgar as ações dos servidores que atuam na gestão pública.
Lembro que iniciamos 2014 com a lei anticorrupção, porém houve comentários, esses não confirmados legalmente que havia falhas na lei e que o cerne que estava trabalhando na elaboração da referida encontrava-se bem aquém da ética profissional, assim como escutamos deslizes na atuação de alguns componentes que faziam parte da Comissão de Ética Pública que tinham a função de apurar as barbáries na gestão pública. Porém nem tudo está perdido. Administração Pública vem implementando políticas públicas com enfoque em uma gestão mais austera, com revisão de métodos e estruturas burocráticas de governabilidade.
Os gestores carregam a probabilidade de estarem sempre aptos a serem analisados, pois estende além da imagem profissional, a representatividade da organização para qual trabalham. Ratificando assim, sua obrigação junto a moral e o bom profissionalismo em sustentar uma boa relação com todos os que ajudam no crescimento organizacional, servido assim, como modelo para todos que compõem a organização. Devido tanto desconforto os gestores estão tentando praticar políticas com enfoque em uma gestão mais rígida e transparente, onde se primem pelos princípios éticos e morais.
Por Gleyson Martins Magalhães Reymão - http://www.cfa.org.br/
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