Hoje, são 16 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza, num país que passou da 53ª. (2011) para a 48ª. (2012) posição entre as nações mais competitivas, segundo o Relatório Global de Competitividade, divulgado no Fórum Econômico Mundial, neste 05/09/12.
A isso não se credita, necessariamente, a evolução da economia, mas que as condições gerais para um crescimento igualitário estão sendo promovidas no Brasil. E qual é a contradição?!
No ranking de competitividade, as condições que ajudaram nessa “melhora” foram o ambiente macroeconômico, a eficiência no mercado de bens, a eficiência no mercado de trabalho, a prontidão tecnológica e o tamanho do mercado. No entanto, as instituições, a infraestrutura, a saúde e educação primária, a educação superior e capacitação, o desempenho do mercado financeiro, a sofisticação dos negócios e a inovação, que são indicadores de sustentabilidade, exatamente onde mais se precisa da interveniência da administração, “pioraram”.
Qualquer profissão que se preze e país que respeite seus cidadãos exigem a qualificação de seus profissionais. Se de nível superior, melhor! Bem, mas para gerenciar no Brasil, tanto faz ter diploma ou não ter. Nem mesmo de Administração. Distorção! Mas e a sociedade, como fica? O diploma não é mera reserva de mercado. Não é em nenhuma profissão! Diploma é – via de regra – segurança social e credibilidade no serviço contratado ou produto adquirido. De resto é miopia.
A revolução das mulheres nas últimas décadas prova isso. Antes senhoras donas de casa, prestadoras de serviços domésticos, professoras primárias e secretárias, hoje se expandiram em profissões como manicures, cabeleireiras, caixas de supermercados, secretárias executivas, caixas de bancos, gerentes, empresárias, consultoras, professoras universitárias, reitoras e presidentes.
Tudo através da qualificação ou diploma. Depreende-se que na gestão seja imprescindível a qualificação na ciência da Administração: Administrador ou Tecnólogo em Área de Administração.
A Administração é dinâmica, interagente, cíclica e flexível. Mas tem propósitos específicos, mensuráveis, atingíveis, razoáveis e temporais. A Administração é catalisadora dos subsistemas organizacionais, mas não reduzida à sistêmica interna.
A Administração transcende! É holística no sentido de compreender a interação e resolutividade desses microssistemas e as suas relações com o ambiente externo: sociedade, formadores de opinião, fornecedores, consumidores, governo e sua própria sustentabilidade. Destarte, a Administração desenvolve tecnologias de gestão afetas às empresas e organismos públicos, sobretudo, no tocante ao aumento da riqueza e da equidade na apropriação dos seus excedentes, podendo reduzir as disparidades socioeconômicas e ambientais, tão propaladas.
A Administração aos militantes profissionais da ciência da Administração. Ao exercício da Administração, o diploma.
Por Adm. Carlos Augusto Matos de Carvalho * Administrador. Conselheiro do Conselho Federal de Administração. Professor (UFRR e UERR)
Nenhum comentário:
Postar um comentário