Empresas nascem e morrem todos os dias em diferentes lugares do mundo por motivos perfeitamente explicáveis, mas inaceitáveis para quem, muitas vezes, têm de abrir mão da única fonte de sobrevivência.
Peter Drucker afirmou que o empreendedorismo pode ser definido como um comportamento e não como um traço de personalidade.
Sob esse ponto de vista qualquer pessoa pode se tornar empreendedor desde o momento em que toma a firme de decisão de mudar os acontecimentos ao seu redor e criar algo novo com base em princípios capazes de transformar as próprias necessidades e habilidades pessoais em oportunidades de negócios.
Empreendedorismo é uma palavra cativante, mas aplicá-la no sentido literal requer muito mais do que força de vontade ou capital. Infelizmente as escolas do século passado não se preocuparam com duas premissas básicas do empreendedorismo: lidar com dinheiro e lidar com gente, ou seja, saber conviver com o excesso ou a falta de dinheiro e aprender a se relacionar com as pessoas.
Criatividade não falta a nenhum indivíduo na face da Terra, todos são munidos de algum dom especial que pode ser estimulado de alguma forma ou ficar adormecido sem nunca ter sido descoberto.
Ser útil e criativo significa contribuir para um mundo melhor, assim como fizeram Edison, Einstein e Graham Bell. Empreender significa criar valor, inovar, conceber algo inesquecível, útil, digno de louvor e apreciação, o que, em geral, é retribuído pela natureza com valor monetário e reconhecimento.
O que moveu Ford, Santos Dumont e o Barão de Mauá não foi o dinheiro propriamente dito, mas o sentido de realização. Dinheiro é apenas uma conseqüência e pode ser utilizado para o bem ou para o mal quando o empreendedor não conhece a sua verdadeira vocação.
Empreender é algo que transcende a lógica do mercado. Quem não conhece algum empreendedor que, contrariando todos os prognósticos, se deu bem na vida por ter reunido qualidades não ensinadas nas escolas?
Persistência, foco, ousadia e relacionamento interpessoal são características imprescindíveis para quem quer vencer como patrão e isso somente o tempo é capaz de ensinar. O que não se deve fazer é lamentar durante uma vida toda sem ter coragem de tentar algo novo.
Vontade pura e simples não basta. O mundo está cheio de sonhadores que não conseguem administrar a própria conta bancária e quem não é capaz de controlar as próprias finanças jamais será um empreendedor de verdade. Talvez seja por essa razão que “a maioria dos homens prefere a escravidão na segurança ao risco na independência”, segundo Mouniere.
A sede de desafios e coisas novas demanda qualidades indispensáveis para a superação de obstáculos, portanto, antes de se atirar no complexo mundo dos negócios, tenha objetivos claros, conhecimento daquilo que deseja e seja um obstinado.
Sonhe alto e não perca o foco. Nietzche afirmava que só se pode alcançar um grande êxito quando nós mantemos fiéis a nós mesmos. E mãos à obra, afinal, o Brasil precisa de legítimos empreendedores.
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