A empregabilidade da empresa. A dimensão holística da Gestão Empresarial
O
conceito de Empregabilidade vem sendo disseminado já faz um bom tempo,
ao contrário da Empresabilidade.
Entende-se
por Empregabilidade a busca constante do desenvolvimento de
competências, para buscar ou manter um emprego atrativo.
Empresabilidade
é geralmente entendida como a capacidade das empresas de desenvolver e utilizar
as competências intelectuais e técnicas de seus membros, para sustentar um
posicionamento diferenciado no mercado.
Quero
aqui sugerir de enxergar o assunto Empresabilidade
sob uma dimensão holística de Gestão Empresarial; ou seja, a capacidade da
empresa de atrair potenciais, clientes, fornecedores, comunidades e,
consequentemente, investidores, os chamados stakeholders; os públicosque lidam com a empresa no dia-a-dia; é
aqui que se invertem os pólos: a pergunta não é (apenas),o que o profissional
deve fazer para ser empregável, mas (também) o que a empresa precisa fazer
para se tornar empresável perante o público acima.
Partimos
da premissa de que a Gestão Empresarial, além da atração e retenção de talentos
e líderes, engloba também as dimensões (1) a satisfação dos clientes “A” que
perfazem 80% da sua receita, (2) a qualificação por fornecedores parceiros e
(3) a busca de investidores potentes.
Em
outras palavras, a empresa pretende se tornar uma opção preferida para fazer
negócio com ela, ser “empregada” pelos players acima, mas nem sempre sabe como suceder nesta
missão.
Porque
não despertar na empresa a coragem de ampliar o raio da Gestão Empresarial na
condução de seu negócio através das seguintes cadeias de valor:
1. Ousar (metas) – envolver (gente) – mover (mudanças e horizontes)
2. Propósito (Clareza) – pessoa (networking) – processo (canalização de recursos)
3. Competência (saber aprender) – atitude (querer aplicar) – postura (fazer acontecer)
4. Conhecimento (multicultural) – experiência ( internacional ) – sabedoria ( pessoal ).
As
cadeias evolutivas acima da Gestão Empresarial sugerem que o aprendizado
contínuo se torne um hábito organizacional, necessário para alcançar o objetivo
maior: crescer e expandir – com rentabilidade, de forma sustentável.
O
grau de exigência que as empresas demonstram com relação a sua empresabilidade
estimula os players do mercado a jogar no time dela. Os proprietários
da empresabilidade (empresas “empregáveis”) estão “com a
faca e o queijo na mão”.
Ser
percebido – conhecido – reconhecido e recompensado como sendo diferente – não
sendo “apenas mais 1”, no entanto, requer que a Gestão Empresarial adote
atitudes para tornar-se ou manter-se viáveis – na percepção dos seus stakeholders(!).
O desenvolvimento das respectivas atitudes tem sua âncora na formulação da visão de Futuro através de um Plano de Negócios (Business Plan), que por sua vez deve ser alimentado pela Gestão do Conhecimento (knowledge management) pergunta: como vamos ganhar dinheiro com aquilo que conhecemos e que descentraliza a gestão através da criação de unidades de negócios (profit centers). Um comportamento que estimula as pessoas através de delegação de poderes(empowerment) e zela pela transparência com os colaboradores (endomarketing).
A
empresa dos tempos atuais deve se entender como sendo a responsável por sua
carreira através de uma Gestão Empresarial multidimensional que cria suas
competências e seus comportamentos de tal forma que possa multiplicar seu
potencial produtivo no seu negócio central ( core business ).
Uma
tarefa que se torna mais fácil na medida em que a Alta Direção
identifique com qual time vai jogar, quais clientes vai servir, de quais
fornecedores vai comprar e quais investidores vai atrair.
Resta
lembrar que a Empresabilidade engloba a dimensão Comunidade, onde a
empresa está inserida; nasce aqui a razão para combinar decisões empresariais,
de cunho econômico-financeiro, com ações de responsabilidade sócio-ambiental.
Fecha se assim o “clube” dos stakeholders da empresa: Pessoal – Cliente – Fornecedor – Investidor – Comunidade.
Para
você, leitor, queria contribuir para desmistificar a Empresabilidade,
a empregabilidade da empresa; uma missão difícil, mas não
impossível; espero que este artigo sirva para despertar seu interesse nesta
tarefa de modernização da Gestão Empresarial, tanto desafiadora como
fascinante.
Werner Kugelmeier |
Consultor Empresarial |
http://www.gestaoempresarial.adm.br/artigos_sobre_gestao_empresarial.asp |
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