A área dos pequenos e médios negócios, sobretudo os micro, considerados aqueles que faturam menos que R$ 250.000,00/ano, possuem investimento inicial abaixo de R$ 50.000,00 e baixo custo fixo, sem a carga do ponto comercial, dentre eles, está cada vez mais na mira de investidores que possuem baixos valores disponíveis, e que buscam um retorno aparentemente mais seguro e confortável para seu capital.
Dentre estes modelos de negócios e, em expansão, não se pode deixar de destacar a franquia que, em alguns casos, é o formato com maior habilidade para tratar de alguns mercados que, inclusive, caminharam até então na informalidade, até mesmo pelos considerados baixos custos envolvidos.
Não se pode negar que este crescimento no setor das microempresas também é um dos reflexos da ascensão das classes C e D, constatada tanto para o empreendedor-franqueador, quanto para o cliente-consumidor.
Não é difícil, em alguns casos, vermos os próprios franqueados na operação integral do seu negócio, sem empregados, diminuindo ainda mais os custos, apesar de pesquisas já constatarem que o setor de micro franquia foi responsável por cerca de 57 mil postos de trabalho.
Importante ainda ressaltar que essa é uma tendência mundial, principalmente européia, onde, mesmo com a crise, esse formato de negócio não parou de crescer.
Nesse sentido também a ABF – Associação Brasileira de Franchising não entende de modo diferente: a previsão é de crescimento, sobretudo nesse setor de micro negócios.
A estatística também demonstra que foram criadas mais que o dobro de empresas em 2010, comparado ao número de 2009.
A micro franquia seria uma das alternativas para que o antigo empregado/funcionário se torne proprietário, utilizando um formato já testado, marca já desenvolvida, o que, indubitavelmente, transfere certa segurança ao empreendedor.
Não é raro encontrar no mercado slogans do tipo “Franquia de baixo custo é passaporte para virar patrão”.
Importante frisar e alertar que o “virar patrão”, não exime, de modo algum, a análise de riscos existentes em tipo qualquer negócio e muitos especialistas ainda alertam que esse modelo de franquia não cabe para qualquer mercado.
Merece cautela do franqueador nessa prévia análise.
Mesmo em bons locais, bons produtos, Marcas renomadas, há diversos fatores, alguns até mesmo intangíveis, que podem afetar diretamente o sucesso do negócio.
A franqueadora não assegura retorno, pay back, nem lucro e crescimento, mas deve apresentar ao interessado o estudo de viabilidade econômico-financeira da operação.
“Na micro franquia o franqueado tem de estar à frente do negócio. É um trabalho”, diz Artur Hipólito da Zaiom, diretor de micro franquias da ABF.
Ricardo Camargo, Diretor da ABF também atesta “as menores, “home-based, são mais perigosas, pois têm menos estrutura para se manter”.
Melitha Novoa Prado, consultora, especializada no setor, alerta também que em “microfranquias: antes de investir, é preciso analisar o mercado”. E continua “Quem quer ser franqueado precisa analisar o mercado, a concorrência, a capacidade de suporte do franqueador, os serviços e produtos oferecidos (e se há um leque oferecido que permita trabalhar para fazer a franquia crescer), o contrato de franquia, o registro da marca etc.” E finaliza: “O boom do Franchising deve ser encarado como uma grande oportunidade para novos empreendedores, mas nem tudo é franqueável e nem o sistema de franquias serve para todos.”
No Brasil , além das consultorias especializadas, várias instituições, atentas ao crescimento desse formato de micro franquias, lançaram projetos voltados exclusivamente a apoiar esses empresários, como o SEBRAE, com o Projeto Franqueador com, inclusive, consultores capacitados.
O SEBRAE ainda disponibiliza números interessantes sobre valores envolvidos, oportunidades e opções de negócio.
Este projeto se atenta a pontos importantes para a expansão do negócio de forma segura, através das micro franquias: (i) avaliação prévia da empresa; (ii) avaliação prévia do seu modelo de negócio; (iii) avaliação do potencial de mercado; (iv) cuidado e adoção de medidas para proteção da Marca; (v) estudo de viabilidade do negócio para que a expansão ocorra a um custo menor e rentabilidade maior.
O cenário é otimista e reflete segundo o presidente do SEBRAE, Luiz Barreto, a estabilidade econômica nacional, além das novas oportunidades que surgirão por conta da Copa e Olimpíadas.
Por Cristina Donadio - http://www.novoaprado.com.br/
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