segunda-feira, 4 de outubro de 2021

O Que Faz um Profissional de Gestão Hospitalar?

 


Saber o que faz um gestor hospitalar é uma possibilidade para aquele aluno que gosta da área da Saúde e da parte administrativa e quer fazer projetos interessantes com o objetivo de conciliar esses dois conteúdos.

A atuação de um gestor hospitalar, quando bem realizada, garante mais efetividade nos serviços, segurança ao paciente, processos informatizados e outros benefícios a todos os envolvidos.

Esse profissional também está em busca constante para manter o equilíbrio financeiro da instituição, trazendo soluções viáveis e práticas, incentivando seus colaboradores a trabalharem melhor e treinando-os constantemente.

O que é Gestão Hospitalar?

Um profissional que assume a gestão de uma instituição clínica tem atividades administrativas baseadas nas informações repassadas pelos setores. Com base nelas, ele toma decisões importantes e modifica processos ou aperfeiçoa serviços.

Isso significa que ele deve entender de todo o funcionamento dos estabelecimentos de saúde, desde os mais simples até a mais complexa unidade hospitalar, e saber como os setores se relacionam entre si.

A partir da compreensão desse fluxo, o gestor será capaz de investir em mudanças, alterar o número de funcionários, fazer cotação para novos equipamentos e acompanhar todas as modificações sugeridas.

Um gestor hospitalar precisa ter a visão de um todo, considerando as particularidades de cada setor e como isso afetará a funcionamento dos demais. Exemplo disso é quando ele percebe algo ineficiente na recepção da clínica ou no estoque de produtos no serviço de farmácia.

Engana-se quem pensa que o gestor hospitalar é aquele que não conseguiu passar em Medicina, pois muitos indivíduos já se interessam pela área antes mesmo de terem feito outro vestibular.

Gestor hospitalar: o que faz?

Entre as atribuições do profissional de Gestão Hospitalar, podemos listar:

  • planejamento administrativo na instituição hospitalar;
  • controle e avaliação do gerenciamento, considerando indicadores de sucesso;
  • organização dos processos que envolvem os recursos do ambiente clínico;
  • liderança das equipes multidisciplinares;
  • solução de problemas técnico-administrativos;

A seguir, mostraremos como é a atuação do gestor hospitalar dentro de cada uma dessas atribuições. Confira.

Planejamento administrativo

O planejamento administrativo é uma parte fundamental das responsabilidades deste profissional, que precisa elaborar planos de ação conforme as necessidades do hospital em que trabalha.

Para tanto, ele deve levantar quais rotinas demandam por atitudes emergenciais, além do custo e da quantidade de funcionários que serão envolvidos nesta ação, e organizar o passo a passo desse projeto.

Isso significa que uma medida emergencial deve ser feita rapidamente devido ao risco de acidentes dentro do ambiente clínico ou para se adequar às exigências sanitárias pertinentes ao setor.

Controle e avaliação do gerenciamento

Uma das formas de avaliar a efetividade de uma rotina hospitalar é mediante o levantamento dos chamados indicadores, que são dados obtidos nos sistemas, nos relatórios e nos depoimentos dos funcionários.

Vamos supor que a taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva (UTI) aumentou, conforme comparação desse número entre o mês anterior e o atual. Trata-se de um indicador eficiente para verificar com a equipe as principais causas do problema.

Existem indicadores que avaliam também uma percepção positiva, quando se observa maior proporção de satisfação do paciente com os serviços na comparação entre os períodos, o que reflete na melhoria da atenção à saúde.

 Por isso, para que o gestor atuante nas áreas da Gestão Hospitalar tenha controle da rotina, ele precisa de indicadores reais e consistentes que facilitem a tomada de decisão. Eles devem constantemente avaliar seu desempenho enquanto profissional.

Organização dos processos de Recursos Humanos

Organizar processos em um ambiente clínico é uma das tarefas mais desafiadoras, sobretudo quando a modificação na rotina de um setor afeta proporcionalmente outros, seja pelo lado benéfico, seja pelo lado maléfico.

Imagine que o gestor hospitalar esteja informatizando todo o hospital e que, desde o momento da recepção, o paciente terá um código que será utilizado durante todo o tempo. Isso significa melhorias aos médicos e aos profissionais de saúde, pois evita novos cadastros.

No entanto, essa medida requer aquisição de computadores e do software, treinamento dos funcionários, estabelecimento de responsabilidades para cada setor e detecção precoce dos imprevistos.

Por isso, o profissional da gestão deve planejar a rotina, acompanhar os processos, organizar e motivar a equipe e avaliar, constantemente, por meio de indicadores, se essa medida está surtindo um efeito positivo.

Liderança da equipe multiprofissional de apoio técnico-administrativo

A palavra liderança remete mais confiança do que chefia, pois se acredita que um gestor líder é mais competente para lidar com a equipe e sabe resolver os problemas de forma conjunta e não autoritária, mais ligada à figura do chefe.

Portanto, aquele que se torna um gestor hospitalar deve ser capaz de liderar uma equipe com indivíduos graduados em profissões da área da Saúde, que incluem médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas etc. e também o pessoal do faturamento de contas, recepção e administrativo.

Diante disso, ele deve considerar os problemas de cada profissional, propor soluções para resolução e negociar a mudança de rotina a partir do que foi decidido consensualmente nas reuniões.

Diagnóstico e solução de problemas técnico-administrativos

Enquanto o médico faz o diagnóstico do paciente, o gestor diagnostica a situação clínica, administrativa e financeira do hospital. Para tanto, ele faz um levantamento das atividades clínicas, como os processos são dependentes dessas ações e qual é o custo total de cada setor.

A partir desse diagnóstico, o gestor compara-o à situação externa considerando como estão os hospitais concorrentes, como está a situação clínica e econômica do Brasil e como esses aspectos podem influenciar na administração do hospitalar.

Sendo assim, o gestor hospitalar deve ficar atento a tudo que ocorre dentro e fora da instituição que administra, a fim de verificar como alguns fatores influenciarão no equilíbrio financeiro e na assistência ao paciente.

Como se tornar um gestor hospitalar?

Além disso, é importante fazer o curso de Gestão em uma faculdade que tenha parceria com empresas, para conseguir de forma mais tranquila um estágio durante a graduação, ou até mesmo uma vaga como efetivo. 

Outro ponto fundamental para se tornar um excelente gestor hospitalar é conhecer as áreas de atuação (hospitais, clínicas especializadas, consultoria, docência etc.), aprofundar seus conhecimentos e acompanhar as tendências do mercado.

Saber o que faz um gestor hospitalar, como ele trabalha e quais são os requisitos para seguir na área são fatores essenciais àqueles que desejam entrar nessa carreira. Também é requisito importante fazer uma graduação de nível superior e conversar com profissionais atuantes no serviço para descobrir como acontece a inserção desses gestores na vida real.

Copiado: https://blog.anhanguera.com/

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