Descubra quais as principais dúvidas e requisitos para quem quer ser um
microempreendedor individual.
Uma das formas de
começar a atuar na área de empreendedorismo é por meio do registro como microempreendedor individual
(MEI). Graças a ele, todo trabalhador que atua por conta própria, autônomo ou
liberal, pode se formalizar como um pequeno empresário, passando a ter direitos
e deveres.
Com suas atividades
legalizadas, o pequeno empreendedor obtém vantagens, como acesso à previdência
social e maior possibilidade de conseguir crédito no mercado.
Para entender
melhor como funciona essa modalidade e quais os passos para se registrar como
MEI, separamos alguns dos principais questionamentos relacionados ao tema.
Confira!
- O que é microempreendedor individual?
O MEI corresponde
ao pequeno empresário que possui faturamento menor que o limite de R$ 81.000,00
por ano ou R$ 6.750,00 por mês. Se o MEI começar suas atividades depois do
início do ano, o que passará a contar serão os rendimentos proporcionais aos
meses restantes.
Por exemplo, se ele
inicia em 01 de outubro, o limite que não pode ser ultrapassado é de R$
20.250,00 — o valor correspondente aos três meses que ainda restam no ano.
A figura do
microempreendedor individual foi instituída pela Lei Complementar nº
128/2008, que modificou a Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa — Lei Complementar nº
123/2006.
Para se formalizar
na condição, o trabalhador precisa verificar quais as atividades que se enquadram
no regime MEI. As permitidas são determinadas conforme o Comitê Gestor do
Simples Nacional (CGSN), Anexo XIII da Resolução CGSN n.
94/2011.
Vale destacar que,
um microempreendedor pode ter mais de uma atividade econômica de acordo com a
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Além da principal, ele
consegue registrar até o limite de quinze ocupações como atividades
secundárias. Lembrando que, a cada novo registro será atribuído um código de
CNAE.
- Quem pode e quem não pode ser MEI?
Além da questão do
faturamento que já foi citada, o interessado também não pode ter participação
societária em outra empresa. Além disso, deve contar com apenas um funcionário
contratado que ganhe um salário-mínimo ou o piso da sua categoria de atuação.
Há restrições
também para quem recebe algum benefício previdenciário, como aposentadoria por
invalidez. É importante consultar a lei acima listada para verificar quais
outros benefícios podem restringir a regularização como MEI.
Quem está
interessado deve ainda observar se a sua ocupação atual está inclusa na lista
de atividades contempladas pela modalidade e se ela pode ser exercida no local
desejado.
Nesse caso, é
importante buscar a prefeitura da sua cidade para checar se é possível
estabelecer um empreendimento na área pretendida, porque é preciso respeitar os
limites e regras de zoneamento urbano e da própria prefeitura para a atividade
de MEI.
- Como abrir um registro MEI?
Para conseguir se
regularizar como microempreendedor individual, o interessado precisa informar
os seguintes documentos e dados:
·
Número
do seu CPF;
·
Data
de nascimento;
·
Número
do título de eleitor ou do último recibo de envio da Declaração Anual de
Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) — apenas se você estiver obrigado a
entregá-la.
De posse desses
documentos, acesse o site Portal do Empreendedor para dar continuidade à formalização. O procedimento é
gratuito. Vale destacar que, o CNPJ, a inscrição no INSS e na Junta Comercial e
o Alvará Provisório de Funcionamento são emitidos de imediato, gerando um
documento específico: o Certificado da Condição de Microempreendedor Individual
(CCMEI).
Não existe a
necessidade de assinaturas, tampouco é preciso enviar documentos originais ou
cópias. O processo é todo eletrônico. No entanto, é preciso checar junto ao
site da prefeitura da sua cidade como você deve proceder para conseguir o
Alvará de Licença.
Aliás, ao finalizar
a formalização, o interessado precisa declarar e firmar um termo de ciência e
responsabilidade de que conhece e atende às regras exigidas pelo Município e
Estado para concessão do Alvará de Funcionamento e Licenças. Entre elas, estão
as normas da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiro Militar.
Por fim, é
importante destacar que, a formalização é o processo que efetivamente faz a
empresa “nascer”. Ela é fundamental para a regularização junto ao Governo das
atividades exercidas e da situação do indivíduo que atua como empreendedor. Por isso, não se deve descuidar desse procedimento sob pena de
ter seu registro MEI não emitido, negado ou cancelado.
- Quais as principais obrigações e impostos a pagar?
O microempreendedor
individual é enquadrado no Simples Nacional. Além disso, ele é isento de
alguns tributos, como CSLL, IPI e COFINS. No entanto, ele deve pagar
mensalmente uma taxa fixa que varia de acordo com o tipo de atividade
(comercial, industrial ou de serviços). Isso é feito por um Documento de
Arrecadação (DAS).
O cálculo dessa
taxa corresponde a 5% do salário-mínimo vigente, a título da Contribuição para
a Seguridade Social. A esse valor deve ser acrescido R$ 1,00 de Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou R$ 5,00 de Imposto sobre Serviços (ISS).
Além disso, é
preciso seguir corretamente e cumprir as normas solicitadas, assim como
declarou no ato de formalização. Caso contrário, o MEI estará sujeito a
apreensão, multa e cancelamento do registro. Também deve preencher o Relatório
Mensal das Receitas Brutas, que pode ser encontrado no Portal do Empreendedor.
- Quais os principais direitos de um MEI?
O MEI ganha direito
a alguns benefícios previdenciários. Entre eles, auxílio-maternidade,
aposentadoria e auxílio-doença. Isso é essencial para quem deseja garantir
maior segurança social no futuro.
Também tem direito
ao CNPJ e à emissão de nota fiscal para seus clientes, o que facilita o acesso aempréstimos e serviços fornecidos por instituições financeiras. A
regularização da atividade é outro ponto positivo, já que é importante para
muitos empreendedores saírem da informalidade e conquistarem clientes mais
exigentes.
Se você deseja
atuar como um empreendedor de
sucesso, lembre-se também de juntar um capital próprio para manter seu negócio assim que obter o registro de MEI. Também
busque se informar e estudar bastante a sua área de atuação, além de procurar
apoio de órgãos especializados em fornecer suporte para empreendedores. O que
mais se destaca é Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae).
Agora que você já
sabe como funciona a modalidade de microempreendedor individual, que tal
descobrir quais os diferentes tipos de empresas que existem?
Copiado: https://blog.biva.com.br
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