O questionamento acima mostra um dilema vivido diariamente por muitas empresas: proibir o acesso a uma rede que automaticamente tira o foco de seus colaboradores ou permitir o acesso a essa rede, visando o bem estar deles.
Com a grande quantidade disponível de gadgets e o rápido acesso através de inúmeros dispositivos, as redes sociais são inevitáveis. Aliás, o número de redes é exorbitante e para todos os gostos. A divulgação alimentada pelo próprio usuário dissemina e cria a famosa “modinha”. As redes sociais se reinventam e, paralelo a isso, seus criadores ainda compram novas startups para continuar no gosto e no dia a dia dos usuários. Sendo assim, o acesso às redes é inevitável, seja no celular, tablet ou desktop.
Fato é: vivemos a era do C – Curte, Clica, Compartilha – e em questão de segundos, uma informação é divulgada, visualizada e já vira comentário até nos telejornais. Então, por que fugir delas?
Atuo em empresas que possuem tanto políticas liberais como mais conservadoras. Por isso, posso dizer com toda certeza: a diferença não está no acesso que você bloqueia ou libera, mas na maturidade de suas equipes.
Esse é o detalhe que faz toda diferença. Se você tiver uma equipe madura, que faz as entregas e atende as expectativas e mesmo assim você bancar o “rei dos bloqueios”, terá um grande problema com a equipe. O contrário também vale, liberar o acesso para uma equipe que sabe que não atenderá as expectativas fará com que ela perca ainda mais o foco.
- A grande questão é: você quer buscar soluções para a empresa e trabalhar com uma equipe estratégica ou buscar bloqueios para que, cada vez mais, sua equipe não perca o foco?
- Pode ser que esse bloqueio faça parte da política da empresa, mas vale a pena brigar para que isso mude, desde que você tenha os argumentos certos e a certeza de que sua equipe produzirá mais com isso. Além do mais, qual a diferença entre seu colaborador acessar suas redes pelo micro da empresa ou olhar pelo celular (afinal, esse você não pode bloquear)?
Existem ainda empresas onde somente a direção e a gerência têm acesso permitido às redes. Os demais colaboradores, não. Nesse caso, a situação é muito mais complicada, pois impera a hierarquia piramidal, que tende a morrer aos poucos com o novo ritmo imposto pelas novas gerações que adentram o mercado de trabalho. Então, a empresa que não se adequar a isso, tende a ter dificuldades em reter talentos, pois o impacto na motivação e na liberdade são fatores que pesam muito na decisão desses novos profissionais.
Sou um gestor com foco em equipe e, quando analisamos a maturidade e nivelamos para um melhor ambiente e uma entrega mais rápida, faz toda a diferença. Uma equipe que tem maturidade, tem comprometimento e foco nas entregas, não será o acesso às redes sociais que fará diferença. Se você como líder visualiza que sua equipe faz as entregas, mas passa mais tempo nas redes sociais do que você imagina, saiba que a questão está com você. Quais são os desafios dessa equipe? As metas não estão baixas para ela? Como fazer para que eles possam superar e se reinventar a cada dia? Na maioria das vezes essas equipes são motivadas por desafios e, quanto mais complexo for o desafio, mais eles se engajarão para dar o resultado. Faça uma análise de sua equipe e veja quanto eles podem se superar.
O mesmo se passa com as equipes que precisam de um bloqueio para poder produzir e não dispersar. Nesse caso, vale uma análise mais profunda. Se isso se passa com parte da equipe ou uma única pessoa – e nesse caso vale uma conversa franca e aberta com os membros, onde muitas vezes uma ruptura é necessária para um ânimo da equipe.
Em outras ocasiões, a falta de desafio desmotiva e a rede social acaba virando foco para se distrair de tarefas que podem parecer chatas. Agora, se você tem desafio, muitos projetos e a equipe não os entrega, tenha certeza de que a rede social não fará diferença, pois quando a equipe deseja chegar a um objetivo e traça isso como meta, não há rede social que a segure. Nesse caso, tanto faz você liberar ou bloquear o acesso.
Faça a experiência de desafios à equipe com bloqueios e acessos liberados, preste atenção na receptividade dos membros da equipe e equipare resultados. Você se surpreenderá do que o colaborador é capaz de fazer, seja para o bem ou para o mal.
Lembre-se: a empresa é composta de pessoas e esse é seu maior patrimônio. Por isso, cuide delas!
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