1. ABC – Activity Based Costing (Custeio Baseado em Atividades).
O ABC é um sistema de custeio que permite ter um conhecimento melhor dos
custos, por meio de uma análise das atividades executadas na empresa, conforme
detalhado no post que o Pedro Parreiras fala sobre 3 princípios de
custos.
O método verifica quais atividades consomem mais os recursos da empresa
e compara com as passagens dos produtos por cada atividade. Desta forma,
observamos quais os produtos com mais custos; é uma boa forma de analisar os
custos indiretos da fabricação de produtos.
O principal objetivo do sistema é gerenciar a lucratividade através da
análise dos custos. O ABC reconhece os relacionamentos de causa dos
responsáveis pelos custos das atividades, e utiliza esta informação para
amenizar as distorções provocadas pelo uso dos métodos tradicionais de rateio
dos custos indiretos.
2. ABC Classification (Classificação ABC)
Este método de classificação utiliza critérios de demanda e valor para classificar
os produtos em três categorias dentro da curva de Pareto (80% das
consequências advêm de 20% das causas). Isto indica que a classificação busca
ações que necessitam de menos esforço sobre itens que apresentam maior
lucratividade.
A classificação nas categorias A, B ou C é dada de acordo com os
critérios abaixo:
·
Categoria “A”: Nesta categoria entram os itens que possuem pouca demanda
(volume de venda baixo), mas apresentam muito valor (boa representatividade
financeira).
·
Categoria “B”: São classificados como “B” os itens que apresentam
valores intermediários tanto em volume de venda (quantidade demandada) quanto
em ganho financeiro (valor).
·
Categoria “C”: Ficam os itens que apresentam muita quantidade demandada
e baixo ganho financeiro.
3. AIS – Automated Information System (Sistema de Informações
Automatizado)
Sistemas de Informações são sistemas que administram o
fluxo de informações que circulam em redes. Se um sistema manipula dados e gera
informações, independente de usar ou não recursos de computação, ele pode ser
considerado um sistema de informação. Os sistemas de informações cumprem
funções de:
·
Armazenar
·
Coletar
·
Processar/Analisar
·
Disseminar
Os sistemas de informações automatizados (que também
são conhecidos como sistemas de informação computadorizados) são os sistemas
que se utilizam de recursos tecnológicos para de desempenhar sua função (ou
pelo menos parte dela) de maneira autônoma, sem que ocorra interferência
de um operador.
Os sistemas de informação automatizados possuem uso em larga escala
atualmente, levando as empresas a se tornarem cada vez mais dependentes deles,
por sua capacidade de processar informações de modo rápido e preciso,
disponibilizando-as em tempo real.
A Exigência do bloco K no Sped fiscal
No Brasil, a exigência do bloco K do SPED fiscal está fazendo com que as
empresas intensifiquem a implantação de sistemas de informações automatizados.
Esta exigência fará com que as indústrias de transformação se
informatizem e percebam as vantagens que essa informatização trará para a
empresa. Para saber mais sobre o Bloco K e suas exigências, assista o seminário
que organizamos com o pessoal do Nibo: 11 processos
essenciais do Bloco K para sua indústria atender às novas demandas.
4. APS – Advanced Plannig and Scheduling ou
Advanced Planning
O objetivo dos sistemas APS é realizar o sequenciamento das ordens de
produção, gerar programas de produção realistas e de extrema confiabilidade.
Planejar é antecipar o futuro, que traz consigo muitas incertezas. Por isso, os
sistema APS precisam analisar diversas variáveis e considerar os prováveis
cenários. Uma observação importante é que as soluções de programação da
produção baseadas em sistemas APS fazem o sequenciamento com capacidade finita.
O uso da ferramenta APS no Brasil ainda é pequeno, apesar de estar
crescendo regularmente. A expectativa é de que esse cenário mude em um curto
espaço de tempo. Existem dois fatos que nos fazem acreditar nessa
afirmativa:
Redução de Custos
A busca constante pela redução de custos e perdas, bem como melhora no
aproveitamento dos recursos (o que irá gerar um aumento consequente na
produtividade), principalmente pelo fato do país estar atravessando uma crise
econômica, faz com que as empresas sejam mais sensíveis ao uso de recursos que
alcancem os resultados buscados.
Alguns ganhos dos sistemas APS são:
·
aumento da capacidade de produção aparente
·
redução de perdas
·
redução de custos de produção
·
redução de estoques em produção e de produtos acabados
·
redução da ociosidade dos recursos
·
melhoria no gerenciamento de compras
·
mão de obra direta
·
melhoria na relação com o cliente.
5. ATO – Assembly to Order (Montagem sob Encomenda)
Modelo de fabricação no qual os principais componentes do produto são
produzidos e armazenados de acordo com a previsão de demanda, porém, o término
da montagem do produto só ocorre após a chegada do pedido do cliente. Esse
modelo de produção pode ser considerado um intermediário entre a produção
puxada e a produção empurrada. O Rômulo Henrique faz uma excelente descrição
deste e de outros ambientes de produção neste post.
Estocamos apenas os componentes com maior demanda, reduzindo assim os
estoques, ao passo que se consegue manter um lead-time relativamente curto
quando comparado ao modelo tipicamente puxado, posto que uma parte
significativa da produção já estava adiantada entes do pedido. É um
modelo indicado para empresas que um grupo reduzido de componentes utilizados
para a montagem de diversos produtos finais.
6. BI – Business Intelligence (Inteligência Empresarial)
É o processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e
monitoramento de informações que dão suporte a tomada de decisão de
uma grande variedade de negócios, que vai do nível operacional ao estratégia de
organização. Em outras palavras, é um conjunto de teorias, metodologias,
processos, estruturas e tecnologias que fazem com que dados brutos sejam
trabalhados e se transformem em informações úteis para os tomadores de decisão
da empresa..
Tecnologias de BI fornecem:
·
dados históricos, atuais e previsões do comportamento do negócio
·
relatórios, processos de análise online
·
mineração de dados
·
processamento de eventos completos
·
gerenciamento de desempenho dos negócios
·
Hoje em dia, os softwares de gerenciamento industrial são os
responsáveis por exercer estas atividades nas empresas, e estão cada vez mais
presentes no dia a dia empresarial. Levando em consideração que o mercado atual
exige que a empresa não erre na tomada de decisão e se mantenha altamente
competitiva, aliado ao fato do Brasil estar atravessando uma crise econômica, o
que potencializa a necessidade de minimizar erros e aumentar a produtividade,
tais programas se tornam ainda mais parceiros dos gestores.
7. BOM – Bill of Material (Lista de Materiais)
A BOM fornece a estrutura do produto, ou seja, é a
lista de componentes e quantidade dos mesmos, necessários para a manufatura
mercadoria. Ela é utilizada desde a base da engenharia do produto explodindo
a quantidade necessária de componentes que devem ser pré-produzidos ou
comprados para que a ordem de produção seja atendida de forma plena (encontrada
principalmente como retorno do MRP), até para comunicação entre
parceiros de negócios. Na comunicação entre parceiros, sua utilização é
indispensável nos dias atuais onde a redução de estoques é um foco permanente
das empresas.
Nos sistemas de gerenciamento de PCP, como o Nomus,
a lista de materiais pode ser analogamente comparada à espinha vertebral do
sistema, visto que ela dará sustentação a todos os cálculos e resultados desses
programas. Com a exigência do bloco K no SPED Fiscal, a chamada “lista de
material padrão”, que nada mais é do que a BOM unitária, será a base de cálculo
para consumo de matéria prima na indústria de transformação.
8. B2B – Business-to-Business
Expressão que denomina o relacionamento estabelecido entre empresas (“de
empresa para empresa”). Pode ser utilizado para relacionamentos
comerciais ou na troca de informações. Quando utilizado como
relacionamentos comerciais ele abrange tanto operações de compra e
venda como de prestação de serviços e, atualmente, é baseado
principalmente no uso de sistemas de informações (troca de informações
estruturadas).
O que significam as siglas mais essenciais da Gestão Industrial – parte
2
9. BSC – Balanced Scorecard.
É uma metodologia de desempenho de gestão desenvolvida por Robert Kaplan e David Norton (professores
da Harvard Business School) em 1992. A BSC envolve quatro perspectivas:
Financeira, Clientes, Processos Internos e Aprendizado e Crescimento. A
ideia central é fornecer regras sobre o que deve ser medido, a fim de atingir
os objetivos e metas da empresa, com a possibilidade de utilizar softwares de
gestão empresarial como apoio. A metodologia é baseada em indicadores de
desempenho e inclui:
·
definição da estratégia empresarial
·
gerência do negócio
·
gerência de serviços
·
gestão da qualidade
Grande parte da economia empresarial brasileira está galgada em empresas
de pequeno porte, muitas vezes familiares. Essas empresas, frequentemente,
correm riscos pela falta de planejamento estratégico. O BSC é
uma ferramenta importante para o avanço profissional de tais empresas, que
são lucrativas e ocupam um bom posicionamento no mercado. Contudo, acabam tendo
seu crescimento comprometido e limitado por estarem vulneráveis às oscilações
do mercado, já que não possuem uma visão plena do mercado e possuem uma
carência para planejar e acompanhar seus resultados estratégicos
10. CIF – Custos Indiretos de Fabricação
São os custos que não estão diretamente envolvidos na fabricação dos
produtos, mas que são necessários para a produção. A partir
desta definição, podemos dividir os custos envolvidos em uma produção em dois:
Custos diretos
Estão diretamente relacionados aos produtos e possuem fácil
identificação. O custo de matéria-prima é um exemplo.
Custos indiretos
São custos que não estão diretamente envolvidos com o produto e
necessitam de um tipo de rateio para se saber qual é a contribuição no custo
total de fabricação de um certo produto (esse rateio normalmente é feito com
base no tempo que cada produto fica em processo, somado ao tempo de preparação
para sua fabricação – tempo de setup). São identificados por custos como:
·
mão-de-obra indireta (salários e encargos de profissionais que não estão
diretamente envolvidos na produção, tais como setores de administração,
supervisores, etc)
·
materiais indiretos (materiais que são utilizados na fabricação mas que
não integram o produto, tais como lixas, materiais de limpesa, etc)
·
custos da fábrica (como telefone, materiais de limpeza das instalações,
segurançã e saúde ocupacionais, etc).
Leitura recomendada:
11. CEO – Chief Executive Officer.
É a denominação dada ao Chefe Executivo da Empresa ou
Diretor Geral, principal pessoa na hierarquia empresarial. Ele possui a
responsabilidade de comandar as diretrizes estratégicas da empresa. A função de
CEO é muito utilizada em empresas com capital aberto, que possuem muitos
acionistas. Não é um cargo comum a empresas pequenas (de um ou poucos donos e
com capital fechado). Geralmente, o CEO é uma pessoa com habilidade e
competência para estar à frente da organização e é nomeado de acordo com seu
reconhecimento no mercado de atuação da empresa.
12. CEP – Controle Estatístico de Processos.
O CEP é uma ferramenta de qualidade utilizada nos processos produtivos. Ele
fornece informações que preveem possíveis falhas nos processos avaliados.
Por isso, auxilia no aumento da produtividade, evitando o desperdício e o
retrabalho. O CEP estabelece uma informação permanente sobre o comportamento do
processo, utilizando as informações coletadas para detectar e caracterizar as
causas que geram instabilidade no processo, sendo muito importante para a
melhoria contínua de tais processos.
Seu conceito central está em analisar o comportamento do
processo e observar estatisticamente se o mesmo está se comportando dentro do
esperado, tendo apenas oscilações pequenas em suas variáveis (como tempo de
execução, quantidade de falhas, tempo entre falhas, etc). Caso o processo
apresente uma tendência de sair do comportamento esperado, que seja analisado e
tratado o que está causando isso, bem como se o processo apresenta uma mudança
permanente de comportamento, que os parâmetros de avaliação de desempenho do
processo sejam readequados.
13. CIM – Computer Integrated Manufacturing (Manufatura Integrada com
Computadores).
Com o objetivo de integrar, a partir do uso da tecnologia da informação,
os diversos setores industriais, com o propósito de se obter ganhos em
produtividade e qualidade, o CIM surge como algo indispensável para uma empresa
que queira se manter no mercado nos dias atuais. O desejo central dessa
filosofia de gerenciamento é que se tenha a menor interferência humana possível
no processo de fabricação, o que minimiza as chances de erros e
garante a padronização das atividades.
O CIM é a integração das atividades envolvidas na manufatura, usados em
softwares de gestão industrial, como o Nomus PCP, integrando os
setores de:
·
produção
·
compras
·
vendas
·
financeiro
·
marketing
·
projetos
·
administração
·
planejamento
14. CPM – Critical Path Method (Método do Caminho Crítico)
O caminho crítico é definido pela sequência de atividades cujo tempo
mais cedo de execução (Time Earlier) é exatamente igual ao tempo mais tarde de
execução (Time Later). Ou seja, não há folga na execução das tarefas naquele
caminho. É utilizado principalmente para sequenciar as atividades de um projeto
e para fazer o ajuste fino da produção diária em empresas que não tenho um
processo de fluxo contínuo de produção.
O CPM objetiva minimizar o tempo total de duração de projetos ou se ter
a real noção de qual é a sequencia crítica de atividades dentro de uma
produção. Atividades que darão a restrição ao lead time.
15. CRP – Continuous Replenishment Process (Programa de Reabastecimento
Contínuo)
É o Programa responsável pela gestão de estoques e controle da
informação de ordens de compra/venda. Com ele, podemos minimizar as
incertezas da demanda (evitando assim os indesejáveis efeitos chicotes). Para
uma boa experiência com o CRP, é necessário um bom sistema de informações,
permitindo que o fornecedor tenha acesso aos dados de estoque do cliente,
assumindo a tomada de decisão sobre os reabastecimentos do estoque.
16. DFM – Design for Manufacturing (Projeto por Manufatura)
É uma técnica que enfatiza aspectos da manufatura, aplicando conceitos
que reduzem os custos com a utilização de equipamentos. Enfatizando a efetiva
influência do conhecimento das características de processamento sobre o
desenvolvimento do produto, as análises do DFM devem se basear nos
conhecimentos tecnológicos e sociais do processo produtivo.
É importante que se tenha pleno conhecimento científico do processamento
e que a cultura organizacional seja considerada, conhecendo os conceitos
utilizados pela equipe de projeto, a formação intelectual dos integrantes da
equipe e as características marcantes dos fornecedores e funcionários
envolvidos.
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